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O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de julho ficou em 0,30%, após taxa de 0,39% registrada no mês anterior. O número surpreendeu economistas e analistas, que esperavam alta de 0,22% para o período. Apesar disso, a pressão sobre os preços medidas pelo indicador registrou o segundo mês consecutivo de queda, após alcançar 0,44% em maio.
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Transcrição
00:00Mais cedo nós tivemos a divulgação do IPCA 15, o índice de preços ao consumidor amplo de julho
00:07ficou em 0,30% após a taxa de 0,39% registrada no mês anterior.
00:15O número surpreendeu economistas e analistas que esperavam alta de 0,22% para o período.
00:23Apesar disso, sempre há uma massa na nossa vida, a pressão sobre os preços registrou o segundo mês consecutivo de queda
00:33após alcançar 0,44% em maio.
00:37Rodrigo Oliveira, a pergunta que eu sempre te faço, boa ou má notícia?
00:43Não, é uma notícia ok, né?
00:46Assim, a gente esperava um arrefecimento, uma desaceleração maior da inflação,
00:51veio um pouco acima, isso acabou refletindo em alguns índices de mercado aqui,
00:56juros futuros estão subindo e as coisas ficam um pouquinho mais complicadas
01:01porque você tem aí uma expectativa ou pelo menos um prêmio na curva de juros futuros
01:08indicando que o Banco Central pode aumentar os juros até o fim do ano
01:12e esse é um número que vai, que reforça um pouco dessa história,
01:19embora ninguém acredite realmente que haja necessidade de aumentar os juros
01:24de onde eles estão hoje nos 10,5%.
01:27Aí a gente está falando da taxa Selic, que é a taxa básica de juros.
01:31Para o IPCA, o que aconteceu? Afinal de contas, para essa surpresa,
01:34as passagens aéreas, isso é em junho, tá gente?
01:39E aí a gente tem que pensar o seguinte, foi até o dia 15 de julho essa tomada de preços,
01:46então tem algumas coisas que estão atrasadas, né?
01:48Estão pegando lá do comecinho de junho ainda e etc e tal,
01:52mas assim, as passagens aéreas tiveram uma alta muito forte
01:57e puxou aí o item transportes para cima,
02:01que foi o principal elemento que impulsionou essa aceleração da inflação
02:07acima do que estava sendo esperado.
02:09O único elemento que veio deflacionado foi a alimentação em domicílio,
02:17que foi muito em função aí da recuperação de algumas lavouras, etc e tal,
02:23de começo de uma normalização no Rio Grande do Sul,
02:27isso trouxe alguns preços para baixo também e foi basicamente isso,
02:32mas ainda tem muita pressão aí sobre serviços, né?
02:36Como passagens aéreas e etc e isso tem preocupado um pouco os economistas e analistas.
02:42A expectativa era um pouquinho melhor que essa, era de 0,22, veio 0,30.
02:47No ano a expectativa era 4,37, veio 4,45 no limite aí quase da meta de inflação,
02:55que é de 4,5 a banda superior, porque a meta mesmo é o 3%.
03:00E isso faz uma pressão aí para o Banco Central tomar um pouquinho mais de cuidado com a inflação
03:07e ver se não é hora talvez de apertar um pouquinho mais a política monetária.
03:13Ninguém está levando muito isso a sério, mas na curva de juros futuros você já tem,
03:18nesse momento, mais um ponto percentual na Selic até o fim do ano,
03:26o que faria com que a Selic saísse dos R$10,50 que a gente está hoje para R$11,50 até o fim do ano.
03:34Isso tudo se mistura com aquela história que a gente estava falando do fiscal,
03:38porque isso também é puxado pelo fiscal.
03:42Quanto menos qualidade fiscal você tem no sentido de equilíbrio de conta pública,
03:48menos ou mais juros você vai ter que pagar para as pessoas confiarem no seu dinheiro,
03:55confiarem na sua economia.
03:57Então é basicamente isso.
03:58Mas além disso tudo, tem vários fatores internacionais que estão acontecendo.
04:02A gente tem um desmonte de uma operação que o pessoal faz que pega dinheiro no Japão
04:07e investe em juros no Brasil, porque o juro lá no Japão é negativo,
04:13aí pega o juro do Brasil aqui que é bem alto, mas a moeda japonesa está valorizando,
04:17então o cara tem que desmontar isso aqui,
04:19acaba pressionando o dólar que pressiona o juro por aqui e volta lá para o Japão.
04:25Então as coisas não são simples, não vale a pena a gente ficar simplificando,
04:31são vários itens aí somando-se para piorar um pouquinho
04:36as expectativas econômicas que a gente está tendo ou está vendo.
04:55Obrigado.
04:56Obrigado.

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