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O Ibovespa, principal índice acionário do país, abriu a semana em alta de 1,07%, aos 122,6 mil pontos. O indicador foi puxado pela melhora nas perspectivas para os juros futuros, após decisão unânime do Banco Central pela manutenção da Selic em 10,50% ao ano.
O destaque do dia, no mercado de renda variável, ficou por conta do anúncio da parceria dos market places da Magalu com a chinesa Aliexpress. A ação da brasileira encerrou o dia em alta de 12,28%, a maior entre as componentes do Ibovespa. Hapvida (+5,99%) e MRV (+5,43%) seguiram a varejista para completar as três principais altas da segunda-feira,24.
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NotíciasTranscrição
00:00O Comitê de Política Monetária, o COPOM, divulgou nessa terça-feira a ata da reunião da semana passada e aí basicamente a conclusão que chegou foi a seguinte, os integrantes do COPOM querem uma atuação firme e eles vão se manter vigilantes em relação ao controle inflacionário.
00:21O COPOM avaliou que eventuais ajustes futuros na taxa Selic serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.
00:33Traz para cá o nosso grande Rodrigo Oliveira, porque é o seguinte, na semana passada, inclusive nós falamos aqui no meio-dia, o que teve de comentarista falando,
00:46não, porque o Lula pressionou o Roberto Campos Neto, porque era um xadrez 4D, para pressionar e no final das contas deixar o Galípolo numa situação menos desconfortável para se manter a taxa de juros.
01:00No final das contas, a ata do COPOM mostrou que não tem nada disso, que o Comitê de Política Monetária resolveu botar um pé no freio, porque o cenário internacional não é favorável e também o cenário nacional não é nada favorável.
01:12Rodrigo Oliveira, seja bem-vindo ao Meio Dia em Brasília.
01:14Meu cordial, boa tarde, meu querido Wilson e para o pessoal aí do chat.
01:19É isso mesmo que você estava falando, tinha essa história toda desse 4D imaginário e xadrez, não sei das contas,
01:26é uma grandissíssima balela para o Lula não parecer tão treslocado quanto ele verdadeiramente é nesse assunto de política monetária.
01:37O COPOM, o que é a ata do COPOM?
01:40O COPOM tem dois documentos, o Comitê de Política Monetária do Banco Central tem dois documentos que ele divulga logo após a decisão da taxa de juros.
01:52Ele faz oito reuniões por ano e no mesmo dia em que há a decisão sobre a taxa de juros, você tem o comunicado do COPOM.
02:04O que tem no comunicado? O comunicado é um texto, como eu já falei aqui, onde tudo que está escrito lá é consenso entre o grupo,
02:14de todos os membros aí do COPOM, que é composto por os nove diretores do Banco Central.
02:21E depois vem a ata, normalmente nas terças-feiras vem a ata do COPOM, que pormenoriza, coloca detalhes sobre a decisão do COPOM.
02:35Então é isso que estava todo mundo esperando para saber se tinha essa história, tinha gente que acreditava nisso,
02:40mas não tem gente para tudo nesse planeta.
02:45Então tinha gente que acreditava, não, o Lula que forçou a decisão, não, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá.
02:52É tipo a Glaze, com esse mundo fantástico de Glaze, onde ela não reconhece que tem quatro diretores indicados pelo próprio Lula,
03:04que também concordam com a decisão de manter a taxa em 10,5%.
03:11O meu querido Matheus, coloca para a gente aí aquele parágrafo 11, que fala da unanimidade do comitê na ata do COPOM.
03:24Olha aí, o comitê unanimemente avalia que se deve perseguir a reancoragem das expectativas de inflação,
03:32independentemente de quais sejam as fontes por trás da desancoragem, hora observada.
03:37E ressalta que a reancoragem das expectativas é vista como elemento essencial
03:42para assegurar a convergência da inflação para a meta.
03:45Pode me trazer de volta, meu querido.
03:48Deixa eu só explicar isso.
03:49O que é ancoragem?
03:51Hoje vão ser várias explicações para a gente entender essa linguagem do Banco Central
03:58para vocês entenderem por que essa conversa causa isto ou aquilo
04:03e não ficarem aí reféns desta babaquice que é essa conversa de
04:09porque os caras lá, os rentistas, querem não sei o que lá.
04:14E aí o Roberto Campo Neto vai fazer não sei o que.
04:18Porque os malvadãos do não sei onde querem não parar com essa babaquice.
04:22Chegou, acabou, quinta série já passou, está na hora de virar adulto
04:26e a gente reconhecer argumentações, ficar contrário, ficar favorável
04:32e reargumentar se for alguma necessidade.
04:35É isso que faz o Banco Central.
04:38Eu sei que é difícil para aqueles que são muito democráticos, como Lula,
04:43que gostaria de ser imperador ou ditador, segundo ele próprio,
04:46quando estava naquela entrevista, citou que ele só era comparável
04:50ao Dom Pedro II, imperador, Getúlio Vargas, ditador.
04:56Então, esse pessoal muito democrático tem dificuldade de aceitar visões diferentes.
05:02Mas o que é a expectativa de inflação que o Lula chama de inflação do futuro?
05:07As expectativas de inflação, os agentes econômicos, os agentes de mercado
05:11são questionados pelo Banco Central sobre, alguns desses números vão lá
05:18para o boletim Focus, sobre o que eles acham que vai acontecer com a inflação
05:22no final dos próximos anos, 2024, 2025, 2025.
05:26E eles dizem o que acham.
05:28Se as expectativas estão se afastando da meta de inflação, que é 3%,
05:34o Banco Central diz que não há ancoragem, há desancoragem.
05:40E por que isso é um problema?
05:42Vocês já me ouviram falar isso aqui?
05:43Porque a expectativa, ela acaba sendo uma profecia, não que nem essas do Wilson aí,
05:49mas é uma profecia autorealizada.
05:52Quanto mais inflação o camarada acha que vai ter, mais inflação tem.
05:56Por quê?
05:56Porque ele reajusta o preço dele antes, para se ele vender lá na frente,
06:02ele não vender com desconto, com deságio, que seria prejudicial para o negócio dele.
06:08Por isso, isso vira um ciclo vicioso, que é ruim para a inflação.
06:14Por isso, o Banco Central, unanimemente, inclusive os quatro diretores indicados,
06:22e ungidos por vossa magnanimidade, Luiz Inácio Lula da Silva, Gabriel Galipo,
06:28Ailton Aquino, Rodrigo Teixeira e Paulo Piquete, todos votaram da mesma forma,
06:36olhando para as expectativas de inflação ou inflação do futuro, como gosta o Lula,
06:41e falando, olha, do jeito que está, não dá.
06:46Então, desse jeito, a gente tem que mostrar para os agentes de mercado,
06:49para os agentes econômicos, que nós estamos sérios,
06:53que nós vamos perseguir a meta de inflação.
06:56Não interessa qual é a causa da desencoragem.
06:59Se é porque o Lula fala demais, se é porque o Lula trabalha de menos,
07:04se é porque o Lula qualquer coisa, se é porque o Haddad alguma coisa,
07:07ou porque a Glaze, ou porque o Roberto Campos Neto, ou porque o Bolsonaro,
07:11ou porque o Papa, não interessa.
07:13O que interessa é manter ou perseguir a meta de inflação,
07:18para que a gente tenha uma inflação controlada.
07:22Esse é o primeiro ponto, mas eu não quero me estender muito, Wilson,
07:27mas se eu puder falar mais de três pontinhos aqui, eu juro que eu tenho...
07:30Rodrigo Oliveira, eu fiz questão de segurar o jornal o máximo,
07:35para que você tenha liberdade, porque esse assunto é muito importante, Rodrigo.
07:39Então, pode ficar à vontade.
07:41Eu estou relendo aqui a ata do Copom,
07:43para ver se tem algum outro detalhezinho
07:45que a gente possa puxar do ponto de vista daquelas pessoas que são mais leigas.
07:49Então, é o meu caso.
07:51Então, é exatamente isso que eu quero explicar algumas coisas.
07:55Vamos começar...
07:58O que acontece?
08:00Aí o Banco Central vai falar nessa ata aí que, olha,
08:02esse cenário que a gente está vendo é mais incerto,
08:05lá no exterior está difícil,
08:06porque os Estados Unidos estão com dificuldade na desinflação,
08:10e aí os juros lá vão permanecer altos por mais tempo,
08:13o famoso higher for longer,
08:16que o pessoal aí que é troglodita, como eu, fala muitas línguas.
08:20E aí, no cenário interno, tem mercado de trabalho apertado.
08:26O que isso quer dizer?
08:27Está todo mundo empregado, ganhando dinheiro,
08:30e isso cria mais demanda.
08:32Se todo mundo tem dinheiro para comprar as coisas,
08:35as pessoas vão comprar as coisas.
08:37E aí eles criam mais demanda,
08:39vão procurar mais produtos para comprar.
08:42E aí, qual é o problema na visão do Banco Central?
08:48Um deles é o tal do hiato do produto.
08:51Você consegue colocar essa partezinha para nós aí,
08:53meu querido Matheus?
08:59Matheus!
09:00Olha aí, aí estamos.
09:02Ele fala que a atividade econômica surpreendeu,
09:05tem mais crescimento em diferentes componentes da demanda.
09:07Eu até grifei aí.
09:10As surpresas concentram-se na formação bruta de capital fixo,
09:14isso é investimento, que é bom,
09:16e no consumo das famílias,
09:17sustentado primordialmente pelo mercado de trabalho.
09:21Eu falei que o mercado está apertado,
09:23ele fala isso em outro momento lá, mercado de trabalho.
09:26Benefícios sociais e pagamentos de precatórios.
09:29O que é isso?
09:30Dinheiro na mão do povo, certo?
09:32E incerteza a respeito do Rio Grande do Sul.
09:35O Haddad se abraçou nesse argumento aí,
09:39para dizer, mas o Rio Grande do Sul vai passar, blá, blá, blá.
09:41Não interessa.
09:42Mas o importante aqui é dizer, olha, tem mais demanda.
09:47E aí o comitê novamente avalia que há surpresas recorrentes
09:52apontando para o elevado dinamismo do mercado de trabalho,
09:55corroborando aí um cenário de mercado de trabalho apertado.
09:59Então tem muita vaga e aí os trabalhadores, em tese,
10:04conseguem salários melhores.
10:05Essa que é a ideia, tá bom?
10:06Tira aí, Matheus, senão eu não consigo ler o resto do negócio.
10:10Não, eu queria te...
10:11Rodrigo, pode deixar até aí, Rodrigo,
10:15porque tem um detalhezinho que eu queria te perguntar,
10:18que me chamou a atenção sobre a questão do Rio Grande do Sul.
10:21Deixa aí esse trecho, Matheus, porque eu acho que ele é importante.
10:25É que eu estou pensando aqui, Rodrigo Oliveira,
10:28me parece que no caso específico do Rio Grande do Sul,
10:30além do custo de reconstrução do Estado,
10:33em virtude das enchentes,
10:35você também tem uma discussão sobre a dívida do Rio Grande do Sul,
10:39que inclusive vai ser alvo de uma audiência hoje
10:41entre o Eduardo Leite e os integrantes do Supremo Tribunal Federal,
10:45porque isso também pode afetar ali a economia como um todo, Rodrigo.
10:49Quer dizer, se o Rio Grande do Sul tiver sua dívida perdoada,
10:54isso pode gerar um elemento que, para o governo federal,
10:58um outro elemento de endividamento.
11:00É nessa linha, Rodrigo?
11:01Não, não, na verdade é o efeito inflacionário mesmo.
11:05É claro que isso vai ter um efeito no caixa do governo,
11:09mas eu acho que a preocupação do Banco Central maior aí
11:11é queda na produção.
11:14Se você vai produzir menos e você tem uma demanda que está elevada,
11:18a transmissão disso vai ser via inflação.
11:22E é exatamente esse último parágrafozinho aí que o Matheus...
11:27Aí, Matheus, valeu.
11:28O comitê avalia que o hiato do produto,
11:30que se encontrava levemente negativo na última avaliação divulgada,
11:36mas que já vinha sendo objeto de estudo,
11:38utilizando diferentes métodos ao longo dos últimos meses,
11:40está agora em torno da neutralidade.
11:42Pode voltar, Matheus.
11:43O que é isso?
11:45O hiato do produto é o PIB potencial,
11:48então tudo aquilo que a gente consegue crescer,
11:52menos o PIB real.
11:55Quanto a gente está crescendo.
11:57E o que isso quer dizer?
11:59Como se fosse assim, você pegar uma fábrica,
12:01a fábrica tem essa fábrica X que a gente inventou aqui agora,
12:05tem capacidade para produzir 100 unidades de alguma coisa.
12:10O que é o hiato, nesse caso, o hiato do produto?
12:13Ela está produzindo 90,
12:14então ela tem capacidade para absorver uma demanda maior
12:17do que ela está produzindo,
12:19sem ter que aumentar o preço,
12:21porque ela consegue produzir mais, então está tudo bem.
12:23Quando o hiato fecha, que é esse neutro que o Copom está falando,
12:28o que acontece?
12:29A empresa não consegue produzir mais do que ela já produz.
12:32Isso demora um tempo, porque necessita de investimento, etc.
12:35Tem que melhorar a capacidade produtiva do Brasil,
12:38tem que melhorar a produtividade brasileira,
12:40que está lá em quase último no mundo inteiro.
12:43E aí, o que acontece?
12:46Eu tenho 100 para vender, tenho 200 querendo comprar,
12:49eu aumento o preço do que eu tenho para vender.
12:51É simples, é oferta e demanda,
12:56vocês lembram dessa aulinha aí.
12:59Então, tem um dos problemas, é o hiato do produto,
13:03que é isso que o Banco Central está falando.
13:05Olha, a gente chegou no limite,
13:07por isso que tem que ter investimento
13:08no parque econômico brasileiro,
13:12para serviços, indústria, o que quer que seja,
13:15para que a gente ganhe mais produtividade.
13:16E o outro é a taxa de juros neutro.
13:20Rapidinho, só para eu passar aqui para o pessoal.
13:24O que é a taxa de juros neutro?
13:26A taxa de juros neutra é uma variável não observável,
13:30sujeita a grande certeza na estimação,
13:33é o que o Banco Central está falando.
13:34O que ele está falando aí?
13:36Olha, a gente não tem certeza sobre isso,
13:38mas, do jeito que a gente está olhando aqui nos nossos modelos,
13:43a taxa de juros neutra, juros real neutra,
13:48está em 4,75.
13:51Pode voltar para mim, Matheus.
13:52O que isso quer dizer?
13:54Olha, a taxa de juros real neutra
13:57é a taxa de juros a qual o Banco Central
14:02ou a economia brasileira nem é prejudicada
14:06e nem é favorecida,
14:07ele nem aquece a economia e nem esfria a economia.
14:11Ele nem expande a base monetária,
14:13nem contrai a base monetária.
14:16Essa é a taxa para o Brasil funcionar, beleza, 4,75.
14:21Como é que você descobre
14:23se a gente está com uma taxa, grosso modo,
14:25contra acionista ou não?
14:27Você soma a inflação,
14:28vamos supor aí algo próximo a 4%,
14:31mais 4,75, 8,75.
14:34Qualquer coisa acima disso
14:36é uma taxa de juros contra acionista.
14:39Abaixo disso é uma taxa de juros expansionista.
14:43E por que isso é importante?
14:44Porque isso mostra que,
14:46na visão do Banco Central, por enquanto,
14:50a taxa mínima está rodando ali
14:52por perto dos 9%.
14:53É o mínimo.
14:56Como a gente está fora da nossa meta de inflação,
15:01o Banco Central precisa de uma taxa mais alta que essa,
15:05na visão do Banco Central.
15:08Então, a taxa vai ser acima de 9%.
15:12Por isso, ele já parou em 10,5%.
15:14Por quê?
15:15Porque ele quer que a inflação seja reancorada,
15:18que os dados inflacionários
15:20fiquem lá perto dos 3%.
15:22Então, foi isso que a ata do Copom teve dessa vez.
15:27Teve bastante mudança
15:28para você analisar aí
15:34e ver por que é que o Banco Central está fazendo
15:36o que está fazendo.
15:37Obviamente, você não tem que pegar tudo
15:39que o Banco Central fala e falar,
15:41nossa, amém.
15:42O Banco Central está certo?
15:43Não.
15:43O Banco Central é.
15:45O governo é.
15:48Você é.
15:49Eu é.
15:51Então, mas a gente tem que entender
15:53sobre o que a gente está discutindo
15:54mais do que essa palhaçada
15:56que um pessoal andou fazendo por aí,
15:59falando que era uma estratégia,
16:00que não sei o quê e blá, blá, blá.
16:02Agora, Rodrigo, só para a gente fechar,
16:05a conversa está boa para caramba.
16:06Eu acho que...
16:07Eu vou te falar uma coisa.
16:08Essa ata do Copom daria um meio-dia sozinho,
16:10porque tem vários recados.
16:12Eu acho que, inclusive, Rodrigo,
16:15eu acho que a gente pode deixar um...
16:17Pincelar outros pontos desse assunto
16:19no programa de amanhã.
16:20Porque eu acho que é...
16:21Mas vai dormir, todo mundo vai dormir, Wilson.
16:24O pessoal vai ficar coitado.
16:26É muito certíssimo.
16:28Não, mas tem algumas questões interessantes,
16:30Rodrigo, porque eu estou vendo...
16:31Coloca, por gentileza, de novo,
16:33Matheus, o item 9,
16:35que eu acho que no finalzinho
16:35você, inclusive, grifou isso.
16:38Que me chamou a atenção
16:40essa frase aqui, Rodrigo.
16:41O Comitê reforçou a visão
16:43de que o esmorecimento,
16:45esmorecimento, esfriamento,
16:48no esforço de reformas estruturais
16:51e disciplina fiscal,
16:52ou seja,
16:53no momento que o governo
16:54pega leve com isso,
16:56no momento que o governo
16:57relaxa nesse sentido,
16:59o aumento de crédito direcionado
17:03e as incertezas
17:04sobre a estabilização da dívida pública
17:07tem o potencial
17:08tem o potencial
17:09de elevar
17:11a taxa de juros neutra
17:13da economia
17:13com impactos deletérios,
17:15negativos,
17:17nefastos,
17:18sobre a potência
17:19da política monetária.
17:20Quer dizer,
17:20aqui também tem um recadinho
17:22claro
17:22para o governo federal.
17:24Não é isso,
17:24Rodrigo Oliveira?
17:24Ou seja,
17:25não adianta só reclamar
17:27comigo no Twitter,
17:27meu amigo,
17:28pode trazer para cá.
17:29Não adianta só reclamar
17:29comigo no Twitter.
17:30Não adianta só fazer pressão
17:32em entrevista na CBN
17:33ou nas rádios locais.
17:34Governo federal,
17:35você precisa sim
17:37fazer a sua parte
17:38para nos ajudar
17:39a reduzir a taxa de juros.
17:41É o clássico.
17:42Amigo,
17:42me ajuda a te ajudar,
17:43não é, Rodrigo?
17:44É isso,
17:45exatamente isso.
17:45E veja,
17:46ele fala aí de novo
17:47da taxa de juros real neutra.
17:49Por quê?
17:49Porque se tudo estiver
17:50meio bagunçado,
17:52esse juro mínimo,
17:53ele sobe.
17:56Então,
17:56naturalmente,
17:57essa é a ideia
17:58do Banco Central,
17:59naturalmente,
18:00você teria um juro mais alto
18:02se essas coisas
18:03não forem cuidadas.
18:04Se você não cuidar
18:05de dívidas,
18:06se você não cuidar de...
18:08Ele fala ali
18:09de incentivo ao crédito
18:10ou coisa parecida,
18:11que é o quê?
18:12Ah,
18:12vai usar o BNDES
18:13para driblar o juro
18:15que o Banco Central
18:16está fazendo,
18:17que é uma coisa
18:18que foi feita lá atrás,
18:19na época da Dilma
18:19e também na época
18:20do Fernando Henrique,
18:22não,
18:22do Lula,
18:23lá no segundo mandato,
18:24que é você pegar juros
18:26subsidiados do BNDES
18:29a rodo
18:30e isso meio que driblar
18:32toda a política,
18:33todo o esforço
18:34que você está fazendo
18:34de política monetária.
18:35Você vai lá no BNDES
18:36e oferece crédito
18:38a 3% ao ano,
18:40enquanto a Selic
18:41está em 10,5%.
18:42Quer dizer,
18:42a Selic
18:43vira uma rainha
18:44da Inglaterra,
18:45que tem função
18:47mais decorativa
18:48do que operacional,
18:50e aí você tem dificuldades.
18:52É isso que ele está falando aí,
18:53que, olha,
18:54isso vai levar
18:54a um custo maior
18:56da desinflação
18:57e a um custo maior
19:00da potência
19:02da política monetária.
19:03Você perde
19:04com esse tipo de coisa,
19:06que é o que ele quer dizer
19:07com potência
19:08da política monetária.
19:09É que se eu precisava
19:11de 10% de taxa
19:12para segurar a inflação,
19:14agora eu vou precisar
19:15de mais taxa
19:16porque ela perdeu
19:17a potência.
19:17Esses mesmos 10
19:18não valem
19:19os 10 de antigamente.
19:22Para fazer aqui
19:23um paralelo
19:24meio ruimzinho,
19:25mas eu acho que dá
19:26a contender.
19:27Obrigado.
19:28Obrigado.
19:29Obrigado.
19:29Obrigado.
19:30Obrigado.
19:30Obrigado.
Recomendado
16:07
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