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Lula se comparou a presos para defender a saída temporária de detentos. Em entrevista à rádio Meio, de Teresina, o petista citou o período em que passou 580 dias na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), após ser condenado na Lava Jato por corrupção.

“Eu fiquei preso 580 dias. Você não tem noção do prazer quando eu recebia meus filhos para me ver. Agora, você proibir uma família, mulher e filhos, de receber o marido porque ele cometeu um delito? Sabe, você não está apostando na recuperação dele”, afirmou Lula.

Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:

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Transcrição
00:00Em outro momento, o Lula se comparou a presos para defender as saídinhas.
00:05Ilustrativo. Não, vamos acompanhar.
00:09Você pensava, porque o Lula perdeu o veto da saídinha.
00:16Saídinha dos presos.
00:17Deixa eu te contar uma coisa.
00:20A decisão da saídinha foi uma decisão unipessoal.
00:25Foi uma decisão moral minha.
00:28Muito moral.
00:28Porque eu sabia que todos os deputados queriam que eu não vetasse.
00:34Que deixasse passar, porque vai ter eleições e é um tema delicado.
00:37Mas antes de ser presidente, eu sou um ser humano.
00:41Eu tenho formação política.
00:42Eu tenho caráter.
00:44Eu tenho compromisso ideológico.
00:46Eu tenho família.
00:48E eu falei, como é que é possível, numa sociedade democrática,
00:52em que a base da sociedade é a família,
00:54e o Estado prende um cidadão que cometeu um delito e se o prendeu,
01:00não é apenas para castigá-lo, é para recuperá-lo.
01:03E na hora que o cidadão sai para ver a sua família, que é uma das fontes de recuperação dele,
01:09é proibido.
01:10Porque cometeu um delito, vai pagar pelo delito e vai voltar a ser uma pessoa livre outra vez.
01:17É isso que eu queria.
01:18É que a família tivesse o direito de receber e não qualquer um que pudesse sair.
01:23Quem tivesse praticado crime de onda não poderia sair.
01:26Quem tinha feito estupro não poderia sair.
01:28Ou seja, o cara sair tinha que ser crimes, sabe?
01:32E também um comportamento de que pessoas podem ser recuperadas.
01:36Ah, mas de vez em quando as pessoas fogem.
01:38Mas é tão pequeno o percentual dos que não voltam,
01:40que não compensa a gente destruir a possibilidade da família, sabe?
01:46Conversar com essa pessoa.
01:47Você imagina?
01:48Você imagina?
01:49Eu fiquei preso 580 dias.
01:52Você não tem noção o que era o meu prazer quando eu recebia meus filhos para me ver.
02:01Pois é, recebia na cadeia, Lula.
02:04Na cadeia.
02:05É diferente de sair com liberdade, com a possibilidade de poder delinquir.
02:12Quer dizer, com a possibilidade de delinquir, né?
02:15Fui até repetir, porque a gente precisa enfatizar o óbvio diante de tanta narrativa enganosa.
02:22E não é curioso, chega a ser cômico.
02:25A solidariedade que o Lula tem com os ladrões é bastante curioso, né?
02:30Por que será?
02:31Tanta compreensão, tanta solidariedade.
02:34Existe uma maneira muito simples de você poder encontrar os seus familiares fora da prisão.
02:40Não cometa crimes.
02:43Inclusive, o de receber propina sobre a forma e reforma de imóveis.
02:48Não os cometa.
02:49Se você não cometer crimes, você tem grandes possibilidades de encontrar os seus familiares.
02:57Seja na sua casa, na casa deles, numa festa, na rua, onde quer que seja.
03:04O Lula, ele fala ainda, Graev, de uma maneira que beira o menospreso.
03:10Tem só alguns casos aí.
03:12Só alguns casos de gente que foge.
03:15Ele nem fala de gente que comete crime durante a saidinha.
03:18E olha só o caso que fez, que foi a gota d'água para que o projeto fosse pautado.
03:23É um caso de assassinato, Lula.
03:27Assassinato.
03:28Ele oculta isso.
03:31Quer dizer, um sujeito que já tinha sido preso por um crime,
03:35durante uma saidinha, ele matou um policial em Minas Gerais.
03:39E o Lula ignora isso completamente com esse impacto.
03:46É uma coisa ou outra e tal.
03:48Não vamos tirar aí o direito de todo mundo.
03:51Quer dizer, se o problema é que os familiares encontrem os presos,
03:56o Lula poderia até argumentar.
03:58Olha, acho que eles podem receber os presos na cadeia.
04:01Então, os familiares vão lá e visitam.
04:03Só falta agora querer da Vale Transporte também, né?
04:06Já citei aqui muitas vezes que a Alerj...
04:08Todo dia tem escândalo da Alerj, tá?
04:11A Alerj, assim, ela é um antro que precisa ser investigado o tempo todo no Rio de Janeiro.
04:19E teve um determinado momento.
04:21Eu era colunista de um outro veículo, isso já faz quase 10 anos.
04:24E a Alerj aprovou o Vale Transporte para parente de bandido preso.
04:28Quer dizer, não tem sequer Vale Transporte para a vítima, para parente da vítima,
04:33para ir visitar no hospital ou para ir ao cemitério, etc.
04:36Mas queriam dar o Vale Transporte com esse mesmo discurso.
04:39Ah, é importante para a ressocialização.
04:41Marcelo Freixo era líder do PSOL na bancada, na Alerj.
04:45E defendeu em nome da ressocialização o Vale Transporte
04:49para os familiares dos criminosos que estavam presos.
04:53E aí eu, na época, fiz coluna dura.
04:57Depois vários parlamentares vieram atacar, entrar na justiça e tal,
05:03porque eu fui duro com eles.
05:05Agora, era preciso mostrar a gravidade daquela decisão.
05:10E em razão da repercussão que eu dei ao caso,
05:13o governador Luiz Fernando Pesão acabou vetando o projeto.
05:16E depois, olha só como o Brasil é engraçado, acabou preso.
05:20Então, assim, depois o Pesão foi preso e ele não pôde desfrutar do Vale Transporte.
05:25Do Vale Transporte.
05:26É, quer dizer, mas acho que os familiares dele têm condição de ir visitá-lo na cadeia.
05:31Enfim, Graeb, o Brasil é cômico, né?
05:35Mas a gente tem que dar os elementos faltantes.
05:37O Lula disse que é muito pequeno o número de pessoas que não voltam
05:41ou que cometem crimes.
05:44Esse número é da ordem de 5% ou 6%.
05:47Tem muitas estatísticas mostrando uma certa consistência, né?
05:534, 5, 6% de presos que não voltavam depois das saídinhas.
06:01Quando você vai ver em números absolutos,
06:03são 5 mil, aqui em São Paulo, por exemplo,
06:065 mil, 6 mil presos, né?
06:10Que voltam às ruas para cometer crimes
06:14no momento em que eles deveriam estar cumprindo a sua pena.
06:18Não é pouco.
06:205 mil presos, 6 mil presos, bandidos,
06:24que estão voltando a delinquir.
06:26Estão se reintegrando às suas facções aqui fora.
06:32Estão voltando a fazer tráfico de drogas,
06:35a fazer assalto.
06:37Enfim, é uma política que, evidentemente,
06:43tem uma falha muito séria.
06:47Muito séria.
06:48Essa falha foi sanada
06:50por meio da proibição dessas saídinhas.
06:54Vamos voltar a dizer.
06:56O trabalho e estudo não foram proibidos.
07:00São apenas essas saídas da cadeia
07:04em três ou quatro momentos do ano.
07:09Isso também não proíbe ou não impede
07:12que as famílias visitem o preso.
07:18Veja, existe uma preocupação
07:20em relação ao fim das saídinhas.
07:23Ah, vai haver rebelião dentro dos presídios?
07:28Vai aumentar a violência dentro dos presídios?
07:31Nós não sabemos.
07:32É uma coisa que vai ter que ser observada.
07:35Mas você também não pode simplesmente desistir
07:41de fazer as políticas públicas
07:44ou de tentar consertar uma coisa
07:47que não está dando certo
07:48pelo medo.
07:51O Estado não pode ficar refém da bandidagem.
07:53Exato.
07:53Esse que é o ponto.
07:54Exatamente.
07:55Então é isso.
07:57É mais uma daquelas instâncias
07:59em que o Lula apela ali
08:01para o gogó.
08:04Mas foge dos números.
08:05Foge da argumentação.
08:07E tem um motivo.
08:09Ele fala da porcentagem pequena,
08:12não fala dos números, evidentemente.
08:14Porque também o Lula vive encastelado,
08:18protegido por seguranças.
08:20É diferente do cidadão comum
08:23que está lá enfrentando os ladrões o tempo todo.
08:27O cidadão comum que mora longe do local
08:31que trabalha,
08:31que tem que pegar um transporte coletivo
08:33no qual, eventualmente, é assaltado.
08:36Volta para casa num horário,
08:39às vezes, tarde e escuro.
08:43Não tem segurança, não tem iluminação.
08:47Acaba sendo assaltado de novo.
08:50O Lula não está nem aí, entendeu?
08:53Vocês que se virem aí,
08:55mais alguns milhares de ladrões na rua.
08:58É como se não fosse nada para ele.
09:01Porque ele tem toda a segurança,
09:03está lá encastelado em Brasília.
09:04Assim como esses ministros do SDF
09:06que, eventualmente, botam na rua
09:08chefes de facções criminosas.
09:12Quantas vezes já escrevi a respeito disso.
09:14Tem um de São Gonçalo
09:15que está lá barbarizando até hoje.
09:18Então, é uma manipulação retórica
09:20o tempo todo.
09:21E aqui a gente traz os elementos faltantes
09:24e desfaz as sínteses enganosas.
09:27Tchau, tchau.
09:28Tchau, tchau.
09:29Tchau, tchau.
09:30Tchau, tchau.
09:31Tchau, tchau.
09:32Tchau, tchau.
09:33Tchau, tchau.
09:34Tchau, tchau.
09:35Tchau, tchau.
09:36Tchau, tchau.
09:37Tchau, tchau.
09:38Tchau, tchau.
09:39Tchau, tchau.
09:40Tchau, tchau.
09:41Tchau, tchau.
09:42Tchau, tchau.
09:43Tchau, tchau.
09:44Tchau, tchau.
09:45Tchau, tchau.
09:46Tchau, tchau.
09:47Tchau, tchau.
09:48Tchau, tchau.
09:49Tchau, tchau.
09:50Tchau, tchau.
09:51Tchau, tchau, tchau.
09:52Tchau, tchau.
09:53Tchau, tchau, tchau.

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