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Em entrevista à revista Allure, a cantora Shakira compartilhou suas impressões sobre o filme “Barbie”, revelando que seus filhos, de 11 e 9 anos, não gostaram. Eles consideraram “emasculadora”, ou seja, que atacaria o valor da masculinidade e a virilidade.
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Transcrição
00:00Vamos falar agora de Shakira.
00:03Sim, a cantora Shakira criticou o filme Barbie.
00:07Quer dizer, ela criticou e não criticou.
00:09Ela criticou parcialmente o filme Barbie
00:11por depreciar a masculinidade.
00:15Ela acha que a Barbie, o filme,
00:17acertou a mão em trazer empoderamento
00:20para o mundo das mulheres,
00:21ela só não acha que para isso
00:23tenha que diminuir o papel masculino.
00:25Como é que você enxergou essa manifestação
00:29da Shakira? Duda?
00:31Eu acho ótimo ela falar o que ela pensa.
00:35Ela disse que os filhos dela,
00:37acho que um tem 9, o outro tem 11 anos,
00:39assistiram e não gostaram.
00:42E aí, o que eu penso, Inácio?
00:46Se eles querem ver super-heróis masculinos,
00:50é o que mais tem de opção.
00:53É bem fácil encontrar isso daí.
00:57É óbvio que o filme da Barbie
00:59foi feito para um outro público,
01:02que é um público mais parecido
01:04até com a própria Shakira,
01:06que eram as mulheres mais velhas
01:09que, quando eram crianças,
01:11brincavam com as bonecas da Barbie.
01:15Agora, o que me chamou a atenção
01:17é o argumento que ela dá.
01:19Um que realmente...
01:21No universo da Barbie,
01:24o homem que tem ali é o Ken,
01:27e os amigos do Ken.
01:29Então, assim, seria difícil
01:32que desse filme da Barbie
01:35saíssem homens muito fortes,
01:38masculinos, agressivos,
01:41machões, nada disso.
01:44É melhor ir assistir outro filme.
01:46Mas ela fala uma coisa que me chamou a atenção,
01:48que ela fala assim,
01:49eu acho que a gente não podia perder
01:50a imagem dos homens
01:51como protetores e provedores.
01:57Me chamou a atenção isso daí.
02:00Primeiro porque eu acho que
02:02quando você pede para que a indústria cultural
02:06mostre cenas de homens provedores,
02:10acho uma coisa meio difícil hoje,
02:14porque eu acho que o mundo hoje já mudou muito.
02:16essa família,
02:20tudo bem que isso depende
02:21da opinião das pessoas,
02:22da religião,
02:24mas é um fato que essa família
02:25é composta de pai e mãe,
02:27e o pai cuida das contas,
02:29e paga tudo,
02:31já meio que...
02:33existe ainda,
02:35mas ela convive com outras tantas famílias
02:38que já não têm mais
02:40essa figura do pai provedor.
02:41Uma porque
02:42talvez esse homem viva sozinho,
02:45talvez ele viva com um amigo,
02:51tem mulheres que vivem sozinhas,
02:53tem mulheres que vivem também com uma parceira,
02:58ou com a mãe,
03:00ou com a filha.
03:02Então, eu acho que não cabe mais
03:05essa ideia do homem provedor.
03:08É claro que eu acho que todo pai
03:10tem responsabilidades com os filhos,
03:13mas achar que um homem
03:16deve ser sempre um provedor,
03:18eu acho que é uma ideia
03:19que já não casa mais com a realidade.
03:23Agora, quando ela fala
03:24um homem que protege,
03:27aí eu acho que ela está certa,
03:29porque eu acho que a gente...
03:34Bom, enfim,
03:35muitas das violências
03:37que são cometidas contra as mulheres
03:39são cometidas por homens.
03:42Larga a maioria.
03:43Exatamente.
03:44E quando você está em situações
03:46em que não existe Estado,
03:48ou numa situação de guerra,
03:51ou onde o Estado é o Talibã,
03:55ou você vive muito à margem da sociedade,
03:59nesses rincões do Brasil,
04:01a mulher sofre muito mais,
04:03e não dá para achar
04:07que ela vai se proteger sozinha.
04:09Então, aí eu acho que sim,
04:11eu acho que o homem...
04:13Faz sentido cobrar dos homens
04:16que eles protejam as mulheres.
04:20Agora, sim,
04:22isso não está ali no fundo da FAB,
04:24mas isso está em tantos outros,
04:27e acho que é um valor
04:28que deve ser mantido aí.
04:30O homem tem sim como missão
04:32proteger a si próprio
04:34e proteger as mulheres também.
04:36Maravilha!
04:38Lembrando que o filme Barbie
04:39faturou mais de um bilhão de dólares
04:42mundo afora,
04:43foi protagonizado pela Margot Robbie,
04:46dirigido pela Greta Gerwing,
04:48que não foi sequer nomeada ao Oscar,
04:51então gerou uma polêmica nisso também,
04:54e, ironicamente,
04:55uma das poucas nomeações ao Oscar
04:58desse filme
04:58foi justamente pelo ator de Kent.
05:01Então, criou-se um sentimento estranho.
05:06Tipo, é um filme que é uma ode feminina,
05:08e aí quem é lembrado é o homem.
05:11Ficou estranho isso daí.
05:12Mas está aí a visão do Duda Teixeira.
05:17Eu só lembro,
05:18eu queria lembrar de uma frase
05:20que eu vi que me marcou muito.
05:22Eu assisti a um seriado chamado
05:23To Detect It.
05:25Se não me falha a memória,
05:26não sei se é no Amazon Prime,
05:28eu acho que é no Amazon Prime.
05:30E aí,
05:31a protagonista da segunda temporada,
05:33ela é super lutadora,
05:34sabe,
05:35não está com faca,
05:35não sai.
05:36e, em determinado momento,
05:38pergunta por que ela é super combativa.
05:41Ela fala,
05:42porque eu estou num mundo
05:43que, num casal,
05:44um dos dois,
05:46e é sempre o mesmo,
05:47consegue matar a companheira
05:49apenas com as mãos.
05:51É interessante isso, né?
05:52O homem consegue matar uma mulher
05:53com as mãos.
05:55Uma mulher raramente vai conseguir
05:56matar,
05:57sufocando, por exemplo.
05:58Então, existe esse descompasso físico
06:01que é interessante
06:02e que mostra justamente
06:04a importância do homem ser homem
06:06no sentido de não abusar
06:09da sua força física
06:10e tratar realmente
06:12as mulheres com total igualidade
06:15e defendê-las
06:16de gente canalha
06:17que faz violência,
06:20que comete violência contra a mulher.
06:22Legenda por Sônia Ruberti

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