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  • 26/05/2025

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Transcrição
00:00MÚSICA TRANQUILA
00:03MÚSICA TRANQUILA
00:10Ele estava ou não estava com o seu marido na noite de automóveis?
00:14MÚSICA TRANQUILA
00:18Pode confirmá-lo com um sim ou um não?
00:19MÚSICA TRANQUILA
00:21Sim.
00:21MÚSICA TRANQUILA
00:22Certo.
00:23MÚSICA TRANQUILA
00:24A que hora calcula que o viu?
00:25MÚSICA TRANQUILA
00:27Sobre as oito, oito e quarto.
00:29E qual foi o motivo?
00:31Olha, ele tinha pensado em se mudar para Paris com a Julia, com a sua filha.
00:37Para mim, a Julia sempre foi como minha filha e...
00:41Eu quis falar com ele para lhe propor mudar para Paris com eles e estar perto da menina.
00:45Mas, como diz, a menina é filha de Jesus da Reina, não de você.
00:49Quer dizer, não tinha nenhum direito sobre ela.
00:52É assim.
00:54Desde que nos considerou na anualidade, essa era a nossa realidade, sim.
00:59Certo.
01:00E como se desenvolveu a conversa?
01:04A que se refere?
01:06Acredito que você entendeu-me perfeitamente.
01:08Que qual foi o tom?
01:11Hum...
01:14Não, não, não nos pusemos de acordo.
01:16O que quer dizer? Que discutiram?
01:20Olha, eu estava muito preocupada.
01:23Não somente porque Jesus fosse deixar a menina da sua família, mas...
01:27Mas porque temia que a menina poderia estar em perigo.
01:31Parece-me que sempre temia seu marido.
01:34Já acusou-o de ter drogado-a,
01:36de ter matado seu primo e sua mulher,
01:38de ter disparado-o.
01:40Realmente descreveu um homem muito perigoso.
01:42Embora isso nunca tivesse provado.
01:45É assim.
01:47O que não entendo é por que você continua vivendo em casa dos da Reina, nessa situação.
01:52Porque Julia para mim é minha filha.
01:54Não me importam os papéis.
01:56E tanto para meu pai-de-lo quanto para o resto da família, eu sou sua mãe.
02:00Por isso fui pedir a Jesus para não levar a menina só para me machucar.
02:03Por ter pedido a anulidade matrimonial.
02:05E por que mentiu na sua primeira declaração?
02:07Por que não contou que foi a última pessoa que a viu com vida?
02:11Porque não quer parecer culpável.
02:13Culpável?
02:14Culpável de quê?
02:16Se Jesus da Reina supostamente se suicidou?
02:21Bom, o que quero dizer é que...
02:24se foi outra coisa o que aconteceu, que eu não tive nada a ver.
02:29Entendi.
02:31E você acha que temos motivos para pensar que foi outra coisa o que aconteceu?
02:40Não, não...
02:41O que eu lhe pergunto é se você, como sua antiga esposa,
02:44viu algum indício de que Jesus da Reina podia ter se suicidado.
02:48Não.
02:51Eu não acho que Jesus estivesse deprimido.
02:55Nem que ele fosse o tipo de pessoa que está disposta a quebrar-se a vida.
03:01Bem, o que é certo é que,
03:04em ligação com o que você acabou de me contar,
03:07você teve a motivação e a oportunidade de matar o que fosse seu marido.
03:13Não é assim?
03:16Não é assim?
03:22Mentir só traz problemas, Sra. Montes.
03:26Você terá minhas notícias.
03:35Bom dia.
03:46Que recepção!
03:48Teresa me disse que você queria falar comigo.
03:51Sim, mãe, sente-se, por favor.
04:04Bem, fale.
04:06Você está me deixando nervosa com essas caras tão longas.
04:09Veja, temos algo importante que lhe contar.
04:12Bem, filho, não dê tanta suspensão.
04:15Marta descobriu algo que afeta você.
04:19Veja, estive pensando em investir no negócio imobiliário que me comentou.
04:23Que bom, Marta, me alegro.
04:25Deixe que lhe conte.
04:27O que quero dizer é que, pensando nisso,
04:31decidi ir visitar os terrenos onde se estava construindo.
04:35E qual foi a minha surpresa, que...
04:38que ali não se está construindo nada.
04:42Não entendo.
04:44O que ela está tentando dizer é que não se estão construindo os chalets.
04:48Não, isso não é possível.
04:51Você provavelmente está equivocado de lugar.
04:54Fui à localização que você me indicou.
04:56Onde se está construindo é nas terras adjacentes a...
04:59A farmácia dos Tilos.
05:01Sim.
05:03Não, não, não.
05:06Tem que haver algum erro.
05:08Me temo que não.
05:10O que sua esposa está tentando dizer é que o Arturito me enganou?
05:14Não, não estamos dizendo isso, mas tudo é um pouco estranho, não é?
05:18O que me parece é que vocês estão dizendo coisas muito absurdas.
05:21Mãe, eu não tenho nenhum interesse em que você desconfie de Arturo,
05:24mas ele te disse que já tinham começado a construir, não?
05:26Sim, claro, você sabe perfeitamente. Para que perguntar?
05:29Deve ser um mal entendido. Se quiser, eu falo com ele.
05:32E que diabos você tem que falar com ele?
05:34Eu sou uma impedida?
05:36E quanto a você, Marta, quero que saiba uma coisa.
05:39Arturo Montesquinza é um amigo da família.
05:41Seus pais são como irmãos para mim.
05:44Eles me cuidaram muito quando o pai de Pelayo morreu.
05:47E não aceito as acusações que você fez sobre ele.
05:50Não tento acusar ninguém, simplesmente tento avisar...
05:53Olha, não quero ouvir nem um disparate base, acabou.
05:56Mãe, mãe, já está.
05:57Não, não, não, basta já.
05:59Nem mais uma palavra, por favor. Deixe-me sozinha.
06:09Mãe.
06:33Arturito?
06:35Sim, sim, sou eu.
06:37Estou muito feliz em encontrá-lo.
06:39Não, não, não se preocupe, não vou entretenê-lo demais.
06:42Não, só queria saber como está a obra.
06:47Sim, a da minha inversão.
06:51Ah, entendi.
06:54Mas isso quer dizer que vocês estão muito antes.
06:58Ah, como me alegro de ouvi-lo.
07:02Sim.
07:07Estava esperando que o sargento saísse.
07:09O que aconteceu? Me conte.
07:11Que sou uma mentira.
07:13Que acho que acabei de entrar sozinha em um problema muito grave.
07:16Do que você está falando?
07:18O sargento veio me perguntar, porque parece que a Guarda Civil soube que estive com Jesus na noite em que ele morreu.
07:23Como que estiveste com ele?
07:24Sim.
07:25Mas Begoña, isso significa...
07:27Sim, sim, significa que menti na minha primeira declaração.
07:30Mentiste? Por quê?
07:32Pois porque tinha medo de parecer sospechosa.
07:35Parece que fui a última pessoa que viu Jesus vivo.
07:39E agora o único que consegui é parecer ainda mais culpável.
07:43Como eles descobriram que você o viu?
07:47Ontem recebi uma carta anônima me ameaçando.
07:51E acho que essa pessoa avisou a Guarda Civil.
07:54Mãe minha, Begoña, me deixas de pedra.
07:57Quem poderia ter te denunciado?
08:01Foi Maria.
08:03Maria?
08:05Está segura?
08:07Tudo apunta a ela.
08:10Mãe minha, me entrei sozinha em uma trampa.
08:14Mãe minha...
08:35Manuela, você não viu o Raul por aqui?
08:38Estou procurando por ele para ir à fábrica para pegar alguns documentos e não o encontro.
08:43Não sei, não sei.
08:45Ele deve estar em casa porque o carro está marcado na porta.
08:49Ele olhou para o ofício?
08:51Sim, ele olhou para lá, mas não tenho mais remédio do que perguntar para a Maria.
08:56Vamos ver se ela sabe de algo.
09:01Oi, Caio.
09:03Agora me lembro.
09:04Você me disse há algum tempo que saia para comprar algumas coisas para o carro.
09:10E que voltaria em pouco tempo.
09:12Ele andou?
09:13Sim, diz que faz as pernas assim.
09:16Bem, me avise quando ele voltar. Estarei esperando no ofício.
09:21Cuide-se que eu o aviso.
09:23Não há maneira de encontrar ninguém nesta casa quando se precisa.
09:42Senhora, eu sou a Manuela. Abra-me, por favor.
09:45Um momento. Já abro.
09:58Está o Raul aí com você?
10:00Manuela, por favor, não diga estupidez. Ele estava descansando.
10:04Senhora...
10:07Eu ouvi-las desde o corredor.
10:08Eu não quero entrar em seus assuntos.
10:10Mas os dois me preocupam muito.
10:13Mas não sei por que faz isso. Você não precisa dessas coisas.
10:15A senhora deveria pensar que...
10:17Você sabe o que eu preciso?
10:19Manuela, há muito tempo que eu não tenho o que eu quero.
10:23Cheguei a esta casa amando meu marido.
10:26E perdi por culpa de outra mulher.
10:29Eu não tenho o direito de ser feliz?
10:32Claro que tem o direito de ser feliz.
10:34Então não me desligue de moral.
10:37Senhora, eu não sou quem para dizer-lhe o que tem que fazer.
10:41Só digo-lhe que não está medindo as consequências dos seus atos.
10:45Você parou para pensar que medidas tomaria o D. Damián
10:48ou o D. Andrés se tudo isso se soubesse.
10:52E hoje não os pegaram porque eu estava aqui.
10:56Mas esta é a última vez que os encubro, senhora.
10:58E hoje não os pegaram porque eu estava aqui.
11:01Mas esta é a última vez que os encubro, senhora.
11:28Mas por que mentiste, Begoña?
11:43Não pensaste nas consequências que podia ter?
11:45Pois não o sei.
11:46Não o sei, Luz.
11:47Naquele momento estava...
11:48Estava muito aturdida e...
11:49E a Andrés e eu pensamos que era o melhor que podíamos fazer, porque contá-lo era
11:54assinar-me a mim como sospechosa.
11:56Bem, já vês que não foi uma decisão muito inteligente.
11:58Luz, o que aconteceu foi que naquela noite eu discuti com Jesus e a coisa acabou muito
12:06mal.
12:07Jesus me agarrou muito forte das unhas e me deixou uma marca e isso podia ser um celular
12:11para a Guarda Civil.
12:12E o pior de tudo não é isso.
12:16O pior de tudo é que sempre me tinha custado muito acreditar que Jesus tinha podido se
12:19suicidar, mas...
12:21Mas não sei, essa foi a conclusão da investigação.
12:24O caso é que quando Ponto me perguntou o que eu pensava sobre o suicídio de Jesus,
12:29bem, dessa vez...
12:30Dessa vez sim que eu disse a verdade.
12:33Que verdade, Begoña?
12:36Bem, eu disse que eu não acho que Jesus fosse uma pessoa depressiva, nem que fosse
12:41se suicidar.
12:42E dizendo isso eu me coloquei ainda mais no ponto de vista.
12:46Não, não.
12:47Calma-se.
12:48Mas como vou acalmar, Luz?
12:49Como vou acalmar se...
12:50Se...
12:51Se me acusaram de ser a assassina de Jesus?
12:54Meu Deus, por que eu tive que mentir?
12:56Begoña, tudo vai se aclarar.
12:58Não podem acusar-te de ter matado Jesus porque isso nunca aconteceu.
13:02Não veja como ficou a senhora quando lhe contamos sobre os terrenos.
13:22Praticamente nos tirou.
13:23Estava furiosa com Pelagio, sim, mas sobretudo comigo.
13:26Bem, essa senhora teria que entender que tu o único que tentas é lhe avisar.
13:30Bem, isso seria o razoável.
13:33Embora também...
13:36Também o que?
13:38Que Marta, não me digas que vai justificar.
13:40Não, não a justifico.
13:42Embora, em parte, a entenda.
13:44Não deve ser fácil ver como uma pessoa de tua confiança, o filho de amigos da família de toda a vida, está tentando te roubar.
13:53Bem, eu imagino que isso não é um prato de bom gosto para ninguém.
13:56Mas você não quer lhe fazer dano.
13:58Você só quer ajudá-lo.
13:59Eu confio que quando se acalme, poderá aclarar tudo.
14:04Embora me dê que esse Arturito Montesquinza é um sem vergonha de muito cuidado.
14:09Ai, já vou eu.
14:14Sra. Clara, posso ajudá-lo em algo?
14:16Bom dia.
14:18Sra. Clara, precisa de algo?
14:20Sim, queria falar contigo.
14:22Aqui me tem.
14:24Há um tempo eu mantenho uma conversa telefônica com Arturito Montesquinza.
14:28Ele me assegurou que o projeto continua e que está em estado muito avançado.
14:34Bem, eu lhe digo que nesses terrenos não se está edificando nada.
14:37E isso é um fato.
14:39Bem, eu lhe digo que não tenho nenhum motivo para desconfiar dele, Marta.
14:45Se não é indiscreção, quanto você investiu nesse projeto?
14:51Bem, o suficiente para começar o projeto.
14:55Me desculpe, me desculpe por interromper.
14:57É que eu também estive nesses terrenos, porque estava interessada em comprar um prédio de promoção.
15:03E lhe pude assegurar que ali não se está construindo nada.
15:06Bem, que eu vi com meus próprios olhos.
15:08Nem ali, nem a vários quilômetros à redonda.
15:11De fato, fiz umas fotografias para poder mostrar o que estou dizendo que vamos recolher amanhã.
15:17Se quiser, pode vir conosco e lhes mostramos.
15:21Acho que talvez não tenha que esperar tanto.
15:24Para que esperar as fotografias?
15:26Se a você lhe parece, esta mesma tarde poderíamos ir aos terrenos.
15:30Para que o veja com seus próprios olhos.
15:32Além disso, assim confirmaríamos que é a localização que você nos diz.
15:36Assim sairíamos de dúvidas.
15:40O que você acha?
15:44E esse, que tal?
15:46Melhor, esse sim. Ele se sente melhor, sim.
15:48Com certeza, eu acho que está melhor encaixado.
15:50Ela foi muito amável.
15:52Sua cabeleira, deixando-lhe todos esses tocados para prová-los.
15:55Tenai é uma garota maravilhosa.
15:57De gosto duvido, mas maravilhosa.
16:01Tenho que recolher o Teo.
16:03Está ficando tarde.
16:05E, além disso, fiquei com o Joaquim em uma loja do centro,
16:07para procurar um traje para ir à sua festa.
16:09Vamos ver se encontram algo bonito.
16:11Com certeza. Um traje de homemzinho.
16:13Será lindo.
16:15Eu vou voando.
16:16Muito bem.
16:18Olá, Luz.
16:20Diga-lhe que você gosta.
16:23Luz, o que você acha?
16:25A Gema está tentando que eu chegue tocado.
16:28Eu não tenho certeza, mas diga-me a verdade.
16:31Tudo bem.
16:33Tudo bem, muito bem.
16:35Mas você nem me viu.
16:37Estou tão horrível.
16:39Desculpe, Edirna.
16:41Estive pensando em outra coisa.
16:44Por sua cara parece preocupada, sim.
16:47O que está acontecendo?
16:48Não, não está acontecendo comigo.
16:50Está acontecendo com a Begoña.
16:52A Begoña?
16:54O sargento Pontón
16:56caiu no dispensário
16:58para perguntá-la sobre a morte de Jesus.
17:04Certo, senhora Ricarte.
17:06Então nos vemos hoje às sete da tarde.
17:08Você realmente não se importa fazer esse caminho de Madrid?
17:13Muito obrigado pela sua disposição.
17:15Sim.
17:16Então nos vemos.
17:18Certo.
17:20Adeus.
17:23Sim?
17:26Pai, o que você está fazendo aqui?
17:29Algo está acontecendo.
17:32Há algo que temos que lhe contar.
17:34Venha.
17:35Venha.
17:42Veja.
17:44O sargento Pontón
17:46apareceu há algum tempo no dispensário para me perguntar.
17:48Para perguntar o quê? Por quê?
17:50Porque sabem que estive com Jesus na noite em que ele morreu.
17:54E como você descobriu?
17:56Porque parece que receberam a chamada de um testigo.
17:59A culpa é minha.
18:01Nunca devia dizer a Begoña que cairia.
18:03E só consegui que pareça culpável.
18:05A culpa é minha, Andrés. Eu já sou maior...
18:07Bem, deixe-o aí. Não importa quem tenha a culpa.
18:10Agora o importante é encontrar soluções.
18:12Diga-me, como foi o interrogatório?
18:14Bem, eu não...
18:16Eu não esperava que viessem.
18:18Eu não consegui reagir.
18:20Seja um pouco mais específica, Begoña, por favor.
18:22Eu lhe contei a verdade.
18:24Eu lhe contei que Jesus queria levar a menina para Paris
18:27e que eu não estava de acordo
18:29e que fui falar com ele para tentar impedi-lo.
18:31Certo.
18:32Então você viu um motivo mais que suficiente
18:35para que pudesse desejar matar Jesus
18:38para que não tirasse a menina.
18:40E isso adicionado ao fato de mentir na minha primeira declaração.
18:42Bem...
18:44Deus abençoe.
18:48E...
18:50você tem ideia de quem pôde ter te deletado?
18:58Ontem recebi este anônimo.
18:59E...
19:01acho que o escreveu Maria.
19:04Você recebeu ontem este anônimo.
19:06E me diz agora.
19:08Até quando vai estar me escondendo coisas?
19:11Assim não vamos a lugar nenhum.
19:13De todas formas, acho que você está errando em suas suspeitas.
19:16Estou convencido de que foi Pedro que chamou a Guarda Civil.
19:24Mas...
19:26por que o sargento foi interrogá-la agora?
19:28O que quer saber?
19:30Não sei, eu não estava presente.
19:32Me contou a Begoña.
19:34Parece que em sua primeira declaração não foi totalmente sincera.
19:36E agora querem falar com ela.
19:38Que não foi sincera?
19:40A que você se refere?
19:42Aparentemente, Begoña, na noite em que Jesus morreu,
19:44foi ver a fábrica.
19:46Foi ver a Jesus?
19:48Sim, estava muito angustiada.
19:50Por a ideia de que Jesus podia levar a menina longe.
19:52Ela queria que se o repensasse e...
19:54estava disposta a ir a Paris,
19:55para estar perto de Júlia.
19:57E o que Jesus lhe disse?
20:00Dado o carácter de Jesus,
20:02a conversa não terminou muito bem.
20:04O problema é que Begoña não lhe contou tudo isso
20:07à benemérita quando a interrogou.
20:09E agora alguém a descobriu,
20:11a deletou e suspeitam dela.
20:13Mas isso é absurdo, porque ela não fez nada.
20:15Quer dizer que é incapaz de fazer algo assim.
20:18Claro que não.
20:20Qualquer que a conheça, sabe disso.
20:22Mas cometeu um erro.
20:23Um erro muito grave,
20:25se considerar que estamos falando da morte de alguém.
20:27Mas ela não conseguiu explicar bem ao sargento o que aconteceu.
20:31O sargento o pegou por surpresa.
20:33E ela não conseguiu se defender.
20:35Agora temeu me dar uma impressão que não era.
20:38Deus...
20:41E é que, além disso, quando o sargento lhe perguntou
20:43sobre a teoria do suicídio,
20:45ela lhe contou o que pensava.
20:47Que não acreditava que Jesus seria capaz de fazer algo assim.
20:50Mas isso é...
20:52Mas isso é absurdo.
20:54Como pode pensar esse homem que bego...
20:57Eu sei, eu sei. Não tem nenhum sentido.
21:00E, bom, e...
21:02E se sabe como acabou o interrogatório?
21:05Ponton não ficou nada contente com suas respostas.
21:08E agora vão reabrir o caso.
21:17Como é possível que tenha acontecido algo assim?
21:20Não sei, Dina.
21:22A vida dá umas voltas que não te imaginas.
21:25Depois de tudo o que aconteceu com Begoña.
21:27Depois de que Jesus lhe disparasse.
21:29Tentou acabar com sua vida.
21:31Que seja ela, agora, quem vai acabar na prisão.
21:34Acusada de matar...
21:36É que é incrível.
21:38É horrível.
21:41Como conseguimos chegar a esse ponto?
21:44Desculpe, pai, mas acho que está errado.
21:47Maria entrou no escritório quando estávamos conversando sobre o tema.
21:52Fique atento.
21:54Provavelmente Pedro viu Begoña sair da fábrica quando entrou.
21:58Depois se dirigiu ao escritório e...
22:01Acabou com seu irmão.
22:05Você acha que D. Pedro é capaz de me acusar de algo assim?
22:09Não seria nada estranho que ele fizesse algo assim.
22:11Já se encarou de me informar quando estive acusado de morte de Vitor Zárate.
22:16Mas se o caso está fechado, por que me acusar agora?
22:19Porque se sente acorralado.
22:22É muito miserável ver que nos estamos aproximando da verdade.
22:26E decidiu atuar.
22:28Mas isso não é possível.
22:30Nós não demos nenhum passo em falso.
22:32É impossível que...
22:36Pai, o que está acontecendo?
22:38Pai, o que está acontecendo?
22:45Se D. Pedro te atuou, provavelmente sou eu o culpado.
22:49O que ele fez?
22:51Ontem falei demais.
22:53Fui ver a Dina e compartilhei com ela as minhas suspeitas.
22:56Disse que acreditava que D. Pedro tinha matado Jesus e que não deveria casar com ele.
23:01Mas como ele conseguiu fazer algo assim?
23:04Não se dá conta de que situação ele está.
23:05Acusou D. Pedro de assassinato sem ter provas.
23:09E nos expôs a todos.
23:12Sim, cometi um erro em ir ver a Dina, mas só pude dizer em meu descargo que...
23:17Atuei cegado com o desejo de proteger ela.
23:20E agora o que vamos fazer?
23:22Talvez eu devia pedir a presença de um advogado, mas...
23:24Não, isso teria feito você parecer mais sospeitosa.
23:26Mas o que podem fazer?
23:28Não podem me acusar sem provas, não?
23:30Não sei.
23:31O que eu sei é que mentiu em sua declaração e isso é um crime em si mesmo.
23:36Espero que não tenha isso em conta quando tudo isso for resolvido.
23:40Jesus quis me destruir e no final...
23:43No final ele conseguiu.
23:49Andrés!
24:01Uma de galhos para Fuen-Santa.
24:05O que é, garoto?
24:07Os galhos não são tão ruins?
24:09O que você quer, pai?
24:11Eu não deveria ter pedido, acredito.
24:14Estou um pouco cansado.
24:16Não, homem.
24:18Se você me der uma tarta e eu pego?
24:21Não, não, não.
24:23Não, não, não.
24:25Não, não, não.
24:27Não, não, não.
24:29Não, não.
24:31Sim.
24:33Mas os frios não serão tão bons.
24:35Já me desculpe, Azpar.
24:37E me dê um café também, por favor.
24:39Estou indo.
24:44Eu prometo que se alguém chegar por você,
24:46e quando isso acontecer,
24:48não duvide em fazer-te a mulher mais feliz do mundo,
24:50ao meu lado não faltará de nada.
24:52Não perdamos o tempo falando.
24:57Nunca conheci uma mulher como você.
25:01Manuela, por favor, não diga estúpidas.
25:03Eu estava descansando.
25:05Senhora.
25:07Eu ouvi-las desde o corredor.
25:11Eu não quero entrar em seus assuntos,
25:13mas os dois me tem muito preocupada.
25:15Aqui está, Torero.
25:17Agora te traigo a tarteira com os galhos.
25:19Muito obrigado, Azpar.
25:21E anima essa cara, garoto.
25:23Parece que está em outro lugar.
25:26Algo te aconteceu?
25:28Não, o carro faz um barulho estranho
25:29e me tem um pouco preocupado.
25:32Entendi.
25:34Com certeza é só isso.
25:36Para ser um barulho no motor,
25:38te vejo muito afetado.
25:40É que não consigo localizar a barreira
25:42e me tem medo de que seja algo grave.
25:44Veja, com o que você sabe de mecânica,
25:46olha se são os rodamentos.
25:48Com certeza são os rodamentos.
25:50Boa tarde.
25:52Olá, boa tarde.
25:54Boa tarde.
25:56Cobra-me, Azpar.
25:58Mas você não vai tomar café?
26:00Não, é que...
26:02Acabei de me lembrar que tenho uns pedidos.
26:05Eu, se você está ocupado, volto em outro momento.
26:07Não, não, eu não estou ocupado.
26:10Mas, garoto, eu que deixei a tarteira com os galhos.
26:17O que acabou de acontecer aqui?
26:20Não sei o que acabou de acontecer aqui.
26:22Não sei o que acabou de acontecer aqui.
26:24Mas, garoto, ele faltou tempo para sair por pedaços
26:26quando viu você.
26:28Coisas da casa, sem importância.
26:30Veja, eu trago uma redação,
26:32veja se pode me corrigir.
26:34Mas, por coisas da casa, está aí
26:36que quase não olha a sua cara.
26:38Não, coisas que acontecem.
26:40Coisas que acontecem?
26:52Coisas que acontecem?
26:54Estão seguras que este é o lugar?
27:09Vocês não se equivocaram ou se desorientaram pelo caminho?
27:14Temos comprovado com mapas da zona e aí tem a farmácia dos Tilos.
27:18É a localização que deu a Montesquinza.
27:22Então, não temos dúvida.
27:27Então, por aqui deveria estar o Chalet Piloto.
27:33Exato. Como pode comprovar, não há nada.
27:37Já vê que nós não mentíamos.
27:40Sra. Clara, ninguém está construindo aqui.
27:49Então...
27:52Arturito me estafou.
27:55Me lamento muito por ter que dar a notícia a ele.
27:59Espero que me tivesse enganado.
28:01Mas como ele conseguiu me dar conta de nada?
28:03Porque você não estava aqui para comprová-lo.
28:05Ele me estafou uma boa quantidade de dinheiro.
28:08Faça-me um favor de não se sentir culpada.
28:11Você confiou em uma pessoa que era próxima e de quem não esperava nenhum mal.
28:15Ele abusou de você, de sua confiança e de sua boa vontade.
28:19Como Arturito conseguiu me fazer algo assim?
28:23Eu o queria como filho.
28:28O que eu vou dizer aos seus pais?
28:31Pobre Arturo, que desculpa.
28:34Não. Sra. Clara, não se desculpe.
28:41Ainda não posso acreditar. Não posso acreditar.
28:45Faça-me um favor de respirar fundo.
28:47Vamos ver se vai ficar assim por culpa do desgraçado.
28:53O pior de tudo é que não posso acreditar que tenha sido tão ilusa.
29:01Não, não se pode confiar em ninguém.
29:06Sabe o que dizia meu pai?
29:08É verdade que há pessoas com quem não podemos confiar.
29:11Mas não podemos perder a fé e a esperança em todos os outros.
29:14Querida, por favor, não seja tão ingênua.
29:17Este é o caso claro de que não pode confiar nem na pessoa mais próxima.
29:21Em ninguém.
29:22Em ninguém.
29:23Se o tenho na frente, o que faço com os olhos?
29:27Mãe minha.
29:30Desculpe.
29:32Calme-se.
29:34O caso é que o garoto estava aí dando-lhe voltas ao Prato Cayos.
29:38Estava aí como em Bábia.
29:40E quando lhe pergunto se algo estava acontecendo, me diz que não.
29:43Não, não, que é um assunto mecânico.
29:46Bem, é normal. É o motorista, não?
29:48Sim.
29:49Mas quando apareceste tu, saí correndo como a alma que leva ao diabo.
29:55Não, aqui há algo que não me quadra.
29:58E algo que tu não me estás contando.
30:00O que aconteceu, Manuela?
30:02Ai, Gaspar, o que vai acontecer? Nada.
30:05Faz-me o favor, corriga-me isto que tenho pressa.
30:07Manuela, que te conheço.
30:09Que tu a mim já não me colas, homem.
30:12O que aconteceu aí?
30:15Bem, aconteceu que o garoto está se metendo em um problema.
30:20Que tipo de problema?
30:22Um problema dos gordos.
30:24Dos gordos?
30:26Dos gordos, gordos.
30:30Que está com a Dona Maria.
30:33Não te escuto bem.
30:35Bem, mais claro não te posso dizer.
30:38Que está com a Dona Maria.
30:39Mas com a mulher da Dona...
30:47Eu não sei o que se lhe passou pela cabeça.
30:49Não sei, Gaspar.
30:50Olha o que eu te disse.
30:51Que está se metendo em uma coisa muito perigosa.
30:53Que isto pode custar-lhe o posto de trabalho.
30:59Se é que não te tinha que contar.
31:00Mas vamos ver.
31:02Mas como se lhe aconteceu de se meter em uma história assim, por favor?
31:05Não sei, não sei.
31:06Eu já não sei o que pensar dele.
31:07Eu pensava que era um bom vagabundo.
31:08Mas é que...
31:09Agora já com isto da Dona Maria...
31:12Não penso em nada bom de nenhum dos dois.
31:14Olha, Manuela.
31:16Escuta-me com atenção.
31:18Por Deus.
31:20Mantenha-se ao margem desta história.
31:23Que eu gosto muito do garoto.
31:24Mas que isto pode custar-lhe o posto de trabalho.
31:26Se a família souber.
31:27Que você estava à toa de tudo.
31:29Você acha que eu não pensei?
31:30Gaspar.
31:32Que ver se para encobri-lo isto vai prejudicar o meu trabalho.
31:36Enfim, corrija-me isto.
31:37Venha, que se me faz tarde.
31:43Quando me imagino o Arturito rindo-se cada vez que recebia um ingresso meu.
31:48Ele é muito canalha.
31:51Isso que o conheço desde que não levantava nem um palmo do chão.
31:55Não se desguste mais.
31:58O fato, o fato está.
31:59Já encontraremos uma maneira de arregá-lo.
32:02Desculpe-me por como te treinei cada vez que tentava me avisar sobre ele.
32:06Não se preocupe.
32:08Entendo que lhe custasse acreditar que alguém tão próximo o estava fazendo tão mal.
32:13Sim, e não só por isso.
32:17Posso...
32:19Sincerar-me contigo?
32:23Sim.
32:24Estive muito preocupada pelo pacto que você tem com o meu filho.
32:28Não sabes quantas noites me tirou do sonho.
32:31Acredite-me, sei.
32:34Não é o dever de uma mãe proteger seus filhos.
32:36Claro.
32:39Mas tudo isto, não sei...
32:43Me fez ver-te de outra forma.
32:46Quando eu vi o que estava acontecendo.
32:49Eu não sabia o que estava acontecendo.
32:51Me fez ver-te de outra forma.
32:54Quando eu vejo a Fina e você tão próximos e tão discretos.
33:00Comecei a entender o que eu vi em você.
33:03Em vocês.
33:06E agora sei que...
33:08Você é a primeira interessada em cumprir com esse pacto.
33:11Porque não quer perder o que é mais preciado para você.
33:15Faria o que fosse para protegê-la.
33:18Igual que faria o que fosse para proteger seu filho.
33:22É por isso que nos casamos.
33:24Sei.
33:25E me mostraste.
33:28E não protegeste a Pelayo, me protegeste a mim.
33:31Apesar de como te tratei.
33:34Obrigada pelas palavras bonitas.
33:39Eu pensava...
33:41Que não tinha nenhum respeito, nem para Pelayo, nem para mim.
33:44E não podia estar mais errada.
33:46Talvez eu também não tenha tomado o tempo para...
33:49Para entendê-la.
33:50Talvez eu a julgue demais cedo.
33:53Bem...
33:56De tudo isso, saiu algo bom.
33:59É que agora sei que você é a pareja perfeita para Pelayo.
34:03Me alegra de ver-te.
34:04Que veja assim.
34:06Estava fazendo umas fotografias dos terrenos.
34:08Por si, em algum momento, quer denunciar.
34:11Muito bem.
34:12Obrigada, Fina.
34:14De nada.
34:15Enfim...
34:17Talvez seja hora de irmos, não é?
34:23Cuidado.
34:24Sim, querida.
34:25Não vá me quebrar o outro braço.
34:27Obrigada.
34:30Há quanto tempo faz fotografias?
34:32Há pouco.
34:33Eu tinha a câmera do meu pai.
34:36E, bem...
34:37Tentei.
34:45Sargento.
34:46Passe.
34:49Obrigado por vir.
34:52Gostaria de falar com você.
34:54Por favor, sente-se.
34:56Me disse por telefone que tinha a ver com a morte do seu irmão.
35:00É assim.
35:01Bem, qualquer tipo de informação nova não será útil.
35:06Na verdade, só queria saber se pensam em reabrir o caso.
35:10Essa é uma informação confidencial que não posso lhe dar,
35:12mas tenho a impressão de que você já sabe que...
35:16Existem novas informações que mudam a situação.
35:19Sim, sei que interrogou a senhora Montes, a minha irmã.
35:23E que lhe contou que...
35:24Ela estava com meu irmão na noite em que morreu.
35:26Algo que ela obviou em sua primeira declaração.
35:30Olhe, eu a convenci de que não o fizesse.
35:33Bem, não a aconselhou bem?
35:36Não.
35:38Bem, não a aconselhou bem?
35:41Estou consciente.
35:42Não sei se também está consciente de que o que conseguiu foi que a senhora Montes se tornou suspeita.
35:47Foi a última pessoa que viu com vida a Jesus da Rainha.
35:50Sei o que parece, mas se a convenci de não contá-lo, não foi porque tivesse que esconder nada,
35:56mas para que não tivesse problemas.
35:58E a que tipo de problemas se refere?
36:01A que se pudesse acusar injustamente.
36:03Olhe, nós só tentamos descobrir a verdade.
36:07O único que pode temer algo é aquele que sabe que é culpado.
36:10Um inocente não deveria temer nada.
36:13Deveria confiar mais na justiça, senhor da Rainha.
36:16Eu não posso confiar plenamente nela, depois de ter sido acusado pela morte de Vitor Zaratea.
36:22Alguém pode acabar condenado simplesmente por estar no lugar errado e no momento errado.
36:28Acabei de me lembrar...
36:31que a quartada da senhora Montes para aquela noite...
36:35você deu?
36:38Sim.
36:39Então você também não tem quartada, e também mentiu em sua declaração.
36:43Parece-me que não é apenas a senhora Montes que tem problemas.
36:46O sargento pode retorcer tudo isso.
36:48Aqui ninguém retorce nada, senhor. Você está falando com a autoridade.
36:51Eu já declarei no seu dia.
36:53Mas estive em casa depois do passeio que fiz, voltando do convite da minha irmã.
36:55Olha, nenhum dos dois está me dando explicações convincentes,
36:58e começo a ficar um pouco cansado de tantas mentiras e falta de claridade.
37:02Eu só...
37:04Você não vai marcar minha investigação.
37:07Só lhe digo que o caso poderia reabrir-se.
37:10E se isso acontecer, tanto você quanto sua irmã terão que enfrentar as consequências de ter obstruído a justiça.
37:19Boa tarde.
37:21Boa tarde.
37:22Boa tarde.
37:34Então pode reabrir o caso da morte do meu filho?
37:38Já entendo.
37:40O que eu peço ao Ramalho é que esteja preparado para defender a minha mulher
37:43caso a polícia decida acusá-la de algo.
37:47Adiante.
37:48Sim, sim, eu espero.
37:51Mas se tudo der errado, devemos estar preparados, não é?
37:56De acordo.
37:58Muito obrigado, Ramalho.
38:00Adeus, adeus, adeus.
38:03D. Damian, me desculpe por incomodá-lo.
38:05Uma garota veio perguntar por você.
38:07Diz que tem uma entrevista.
38:09É a Srta. Cristina Recarte?
38:11Sim, senhor.
38:13Bem, não se preocupe, que eu a citei.
38:15Com seu permisso, eu me retiro.
38:19Srta. Recarte, boa tarde. D. D. Damian.
38:23Boa tarde.
38:25Seja bem-vinda a me convidar para o meu quarto.
38:27Sim, com seu permisso.
38:34Sente-se, por favor.
38:36Sim.
38:41Foi difícil para você encontrar esta direção?
38:44Não, não, não. Me indicaram perfeitamente desde a estação.
38:46E nesta cidade todo mundo sabe onde vivem os da Reina.
38:50Eu trouxe as minhas referências.
38:53Sim, bem, eu sei que você é licenciada em química.
38:56Não é comum que uma mulher decida estudar uma carreira de ciências.
39:00Vem de família?
39:02Não, meu pai tem outros negócios, mas nada relacionado.
39:04Eu decidi estudar química porque me interessava.
39:06E porque meus pais me apoiaram.
39:08Entendo.
39:11Desculpe, mas por que me citou?
39:14Estou procurando alguém com seu perfil.
39:17E na faculdade me deram muito boas referências de você e dos seus companheiros.
39:22Preciso de alguém que ocupe um posto de importância na fábrica da Reina.
39:28Aprendo muito rápido,
39:30mesmo que não tenha experiência no campo da perfumaria e da saboneteira.
39:33Bem, isso não tem importância.
39:35Estou procurando um enfoque novo.
39:37E acho que alguém com seu perfil poderia ser uma boa incorporação.
39:43Desculpe a surpresa, mas não é comum que chamem uma mulher para este tipo de trabalho.
39:48Sei, sei, mas nesta empresa isso não é um problema.
39:51Minhora trabalha como enfermeira no dispensário.
39:54Nosso médico é uma mulher.
39:56Mesmo minha própria filha dirigiu esta empresa por um tempo.
40:01Não sabia que sua empresa tinha uma visão tão moderna da mulher no mundo laboral.
40:06Bem, posso dar a impressão de ser compreensível.
40:08Mas o tempo me ensinou que a visão feminina pode aportar muito a qualquer equipe.
40:13E de que trabalho se trata exatamente?
40:16Participar na criação de novos perfumes.
40:19Supervisar a qualidade na fabricação de todos os nossos produtos.
40:23E, fundamentalmente, ajudar o Luís Merino, que é um dos melhores perfumistas da Espanha.
40:28Por isso estamos aqui sentados.
40:30Me alegra que me veja como uma boa cantora.
40:32Sei que sua empresa é conhecida pela qualidade de seus perfumes.
40:36E que Luís Merino deve ser um químico formidável.
40:39Então, lhe interessaria este trabalho?
40:41Por suposto.
40:42Mesmo que esteja aqui em Toledo?
40:43Sim, sim. Não todos os dias se apresento a uma ocasião como esta.
40:46Estaria encantada de trabalhar em seu laboratório.
40:49E eu tenho a impressão de que aqui encaixaria muito bem.
40:54Bem, vamos começar.
40:56E eu tenho a impressão de que aqui encaixaria muito bem.
41:01Bem, mas não posso prometê-lo nada.
41:04De momento tenho que entrevistar alguns candidatos mais.
41:07Claro, por suposto. Entendo perfeitamente.
41:10Apesar de...
41:11Devo admitir que me sinto muito alegada de que o fundador da empresa me tenha entrevistado.
41:17Terá notícias nossas.
41:27O FUNDADOR DA EMPRESA
41:47Você está sozinho?
41:48Sim.
41:50Ainda tenho medo do corpo.
41:52Se Dona Amanda nos pegar...
41:54De agora em diante teremos que ter mais cuidado.
41:56Não é só isso, Raul.
41:58A Manuela tem razão.
42:01Isto é um erro.
42:03Não.
42:04Para mim não é.
42:05Sim, é.
42:08Raul, eu sou uma mulher quebrada.
42:11Destruída por culpa de seu marido.
42:15E você chegou no melhor momento.
42:18Em um momento em que precisava de apoio e compreensão.
42:22Mas não podemos nos arriscar mais.
42:24Não é prudente, nem para você, nem para mim.
42:26Não tem por que se encontrar com mais ninguém, Maria.
42:29Tarde ou cedo nos descobrirão.
42:31Não podemos continuar assim.
42:34Ninguém mais tem que se encontrar.
42:36Foi minha culpa, mas vou buscar um lugar longe daqui onde não corramos nenhum perigo.
42:40Raul, eu não quero viver assim.
42:42Então vamos.
42:43Longe daqui, onde ninguém nos conheça.
42:47E eu posso trabalhar em qualquer coisa.
42:50Não seja criança, Raul.
42:51Não sou, Maria. Sou um homem de verdade e vou demonstrar.
42:54Deixarei as carreiras para mais adiante e cuidarei de você.
42:58Posso trabalhar de mecânico o tempo que for necessário.
43:02Você realmente acha que eu posso viver com um salário de mecânico?
43:06Esta é a vida que você tem que me oferecer.
43:08Mas estaríamos juntos, Maria.
43:11Isso é o importante, não é? Que nos queremos.
43:14Mãe minha, eu pensava que nós dois sabíamos o que era isso.
43:18Maria, você me quer, não é?
43:22Mãe minha, eu pensava que você era muito mais inteligente.
43:26Como você pôde pensar que entre duas pessoas tão diferentes como você e eu poderia haver algo sério?
43:33Isso foi algo passajeiro, Raul.
43:35Um romance.
43:38Não, não me olhe assim.
43:41Uma mulher como eu nunca poderia se enamorar de alguém como você.
43:45É tarde.
43:47E eu deveria ir para a colônia descansar.
43:53Me desculpe.
44:15Adelante.
44:16Você está bem?
44:17Não.
44:19Sim.
44:20O que está acontecendo?
44:21Está o seu irmão, por favor.
44:23Sim, sim, sim.
44:24Adelante, por favor.
44:28Desculpe.
44:29Sinto vir assim, mas preciso falar contigo.
44:32Claro que sim, não se desculpe.
44:34Bem, deixo vocês tranquilos.
44:36Obrigado, Irene.
44:39O que está acontecendo?
44:40Obrigado, Irene.
44:43O que está acontecendo, querido? Você está desengajada.
44:46O Begoña foi interrogado.
44:49O que está dizendo?
44:51Alguém foi à Guarda Civil e contou que Begoña estava com Jesus na noite em que morreu.
44:56O sargento que levou o caso foi vê-la.
45:00Begoña entrou na fábrica naquela noite?
45:01Sim.
45:02Eu não sabia.
45:03Agora o sargento pensa que ela pode ser responsável pela sua morte, porque Begoña não contou nada disso em sua primeira declaração.
45:12E o que se supõe que aconteceu entre eles exatamente?
45:15Discutiram porque ele queria levar a menina.
45:19O sargento acredita agora que ela pôde ter motivos para matá-lo.
45:26Não entendo.
45:28Por que Begoña cometeu essa estupidez ao não contá-lo antes, desde o início?
45:33Pedro, o que vai acontecer agora com ela?
45:37Calma, não é nada assustador.
45:39Como não?
45:40Não, simplesmente estão fazendo algumas perguntas e é lógico, se tem informação nova, é seu trabalho, é tudo isso.
45:45Não. E se continuam investigando?
45:48E se abrem o caso?
45:50Porque acreditam que meu sobrinho não se suicidou e foi assassinado.
45:54Teriam que prová-lo, não é fácil.
45:56Não.
45:58Não vão deixar que aconteça assim.
46:01Continuarão investigando até chegar ao fundo do assunto.
46:04Eu não posso permitir que Begoña pague por algo que não fez, não posso permitir.
46:08Escute-me.
46:10Não se deixe levar pelo pânico.
46:12De verdade, me ouça. Tudo isso passará.
46:15Acredite em mim.
46:17Não posso permitir que Begoña pague por algo que não fez.
46:20Não posso.
46:24Pedro, eu tenho que confessar a verdade.
46:27O meu filho não se suicidou.
46:29Eu assusto-lhe.
46:31Mas também digo-lhe que minha mulher e meu outro filho não tinham nada a ver.
46:35Eu pensei que esses dias, quando eu estivesse fora, que o Joaquim assumisse o posto de diretor.
46:39Agradeço-lhe o oferecimento e aceito o cargo.
46:42Contratar essa garota trazeria muitas vantagens.
46:46Só lhe peço que me dê uma oportunidade.
46:49Eu não tenho nenhuma relação, Manuela.
46:51O que dizes?
46:53Acabou a sua história.
46:54A chamada que recebemos foi feita por uma mulher.
46:57Sabe mais sobre a Guarda Civil?
46:59Não.
47:01Mas não pare de pensar em que pontão pode aparecer na porta para me deter.
47:05Begoña e você são os principais suspeitos.
47:08Desde o seu ponto de vista, vocês têm a motivação.
47:11E o fato de que vocês inventassem uma coartada não ajudou.
47:14Begoña pode ser a mais perjudicada.
47:16Ela está em seu ponto de vista.
47:18Se eu não faço algo que o impida, podem acusá-lo.
47:21Podem condená-lo.
47:23Quem te diz que não vai confessar?
47:25Porque se faz, você e eu o encobrimos durante todo esse tempo.
47:29Desde que entrei nessa família, é uma surpresa atrás de outra e nunca são agradáveis.
47:34O que fazes, urgando nas minhas coisas?
47:36Você escreveu a nota de Begoña.
47:38Você também fez a chamada anônima à Guarda Civil, certo?