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  • 16/05/2025
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a suspensão parcial da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem, do PL do Rio de Janeiro, por suposta tentativa de golpe de Estado. A decisão vale para crimes que teriam sido praticados após a diplomação.

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Transcrição
00:00Antes de passar para o Acácio, só quero trazer uma informação, inclusive um monitoramento aqui da nossa produção.
00:06O ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão parcial da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem, do PL do Rio de Janeiro.
00:15Acácio, já havia essa expectativa, né?
00:17E eu me lembro que, há alguns dias, Jair Bolsonaro chegou a se manifestar defendendo que poderia ser beneficiado com uma eventual suspensão dessa ação contra o Alexandre Ramagem.
00:31Só que essa suspensão é parcial, né?
00:33Então, talvez aquela defesa feita há alguns dias não se conecte justamente a essa decisão do ministro Alexandre de Moraes, né?
00:42Porque essa decisão vale para os crimes praticados após a diplomação.
00:47Exato. Existe um instituto chamado Efeito Extensivo das Decisões.
00:54Então, a decisão tomada em relação a um, em determinadas circunstâncias, pode ser aplicada em relação aos demais.
01:03Porém, ela será aplicada quando ela não tiver como fundamento uma circunstância pessoal.
01:11E o fato do Ramagem ser parlamentar, neste contexto, neste momento, é uma circunstância pessoal que não pode ser comunicada em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
01:25Me parece até que, e nós discutíamos isso ontem, o Congresso se insurgiu contra o Supremo e o Supremo acabou acatando parcialmente o que foi proposto pelo Congresso.
01:41O Supremo não quis entrar nessa seara de discussão.
01:46Olha, vocês vão suspender, porque ele era parlamentar à época e os parlamentares precisam dessa autorização.
01:54Então, nós vamos suspender tudo que está sendo investigado, todos os fatos investigados, desde que ele se tornou parlamentar.
02:03Então, foi uma solução meio mussarela, meio calabresa.
02:07Não ficou nem bom para o Supremo, não ficou nem bom para o Congresso.
02:12Mas, no final das contas, os dois podem contar uma história que fizeram prevalecer à sua vontade.
02:18Fato é que ninguém vai acabar beneficiado por essa decisão do Ramagem.
02:23Nem quem tomou a decisão, nem quem se insurgiu em relação à decisão, e muito menos os demais investigados neste processo.
02:32Pois é, então, paralisados dois dos cinco crimes dos quais o parlamentar é acusado.
02:39Então, são eles, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União,
02:44com considerável prejuízo para a vítima.
02:47E o outro, deterioração do patrimônio tombado.
02:52Mas, para o Supremo, Ramagem ainda deve responder por três crimes.
02:58Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e Organização Criminosa.
03:05Gostei da classificação do Acácio.
03:09Aquela decisão meia calabresa, meia mussarela, Mota.
03:12É, eu acho que, na verdade, é uma pizza misturada com comida japonesa, com a carajé,
03:23com um pouco de feijoada em cima e uma salada para acompanhar.
03:28E aí, eles servem esse prato, o caniato, e dizem que é sobremesa.
03:32E aí, você olha e não entende nada.
03:33Eu, realmente, eu não sei o que dizer.
03:38Porque, eu já fiz essa analogia aqui uma vez.
03:43Você está debatendo com alguém que tem o poder de mudar as regras enquanto o jogo está sendo jogado.
03:53Como é que você joga?
03:54Você vai jogar uma partida de futebol contra o outro time.
03:58Aí, no meio do jogo, o time adversário começa a pegar a bola com a mão.
04:02Aí, você diz, não, não pode.
04:04Não, agora pode.
04:06A partir desse momento, pode pegar a bola com a mão.
04:08Aí, você pega a bola com a mão.
04:10Aí, o juiz diz, não, você não pode pegar a bola com a mão.
04:13É só o time adversário que pode.
04:16É isso que está acontecendo.
04:18Não há como se buscar lógica.
04:22Não há coisa que não tem lógica.
04:24Não há como um presidente da República perdoar alguém na forma do que está previsto em lei,
04:31como sempre foi feito.
04:33E aí, dizem, esse perdão é inconstitucional.
04:36Mas por quê?
04:36Porque é inconstitucional.
04:38Sou eu que decido e eu estou dizendo, é inconstitucional.
04:41Faz o quê?
04:43Como é que você joga esse jogo?
04:44Como é que brinca essa brincadeira?
04:48A gente está chegando a um ponto em que a única declaração possível,
04:52as únicas declarações possíveis,
04:54são essas aí que o presidente Jair Bolsonaro deu.
04:57Ele está vendo o que vai acontecer.
04:59Não tem mais o que fazer.
05:02Como eu disse aqui antes,
05:05no meu ponto de vista,
05:08existem questões jurídicas e questões políticas.
05:11As questões jurídicas têm que ser resolvidas pelos juristas.
05:15E há muitos juristas de renome dizendo hoje no Brasil,
05:20o direito acabou.
05:22Se eu não me engano, até um ex-ministro do STF disse isso.
05:27O direito acabou no Brasil.
05:28Não existe mais direito.
05:30Essas são questões jurídicas.
05:32Os juristas têm que decidir isso.
05:34O que é a lei?
05:36Como é que se interpreta a lei?
05:37Pode se interpretar de um jeito hoje para uma pessoa
05:40e amanhã interpretar de outro jeito para outra pessoa?
05:43Se for de direita, vale uma regra.
05:45Se for de esquerda, vale outra.
05:47Se for crime de tráfego de drogas,
05:49a punição é de um jeito.
05:51Agora, se for crime de opinião ou tentativa de golpe de Estado,
05:54a punição é de outro.
05:56Golpe de Estado.
05:58Quando pessoas fazem coisas que são claramente uma ameaça ao Estado,
06:02você ignora porque não te interessa.
06:04Na hora que são outras coisas
06:05que, à primeira vista, não representam nenhuma ameaça,
06:08mas você quer que represente,
06:10você leva a sério.
06:11Essas são questões jurídicas.
06:12E tem a questão política.
06:14A questão política envolve independência dos poderes,
06:18o equilíbrio dos poderes,
06:20os freios e contrapesos.
06:22Muitos políticos estão se omitindo,
06:24nesse momento crítico da história do Brasil.
06:27Eles estão preferindo fingir de mortos,
06:31fazer cara de paisagem,
06:32como se esse processo um dia não fosse atingir todo mundo.
06:37Então, essa é a questão.
06:38Eu não me lembro,
06:40me corrigem,
06:41me corrigem se eu estiver errado.
06:43Eu não me lembro
06:43de nenhum precedente
06:45na história do Brasil
06:46ou em outras democracias
06:48para uma situação em que
06:51um dos poderes,
06:53um poder judiciário,
06:54tem hegemonia sobre os outros.
06:56Eu não conheço,
06:58não sei de tudo.
06:59Se vocês conhecerem,
07:01refresquem a minha memória.
07:02Porque uma situação como essa,
07:05ela, para mim,
07:06ela leva a uma mudança do modelo.
07:10Não se trata mais de uma democracia,
07:13não se trata mais de uma república.
07:15É alguma outra coisa.
07:18As pessoas podem até achar,
07:19não, eu acho esse o modelo melhor.
07:22Eu acho que esse é o modelo mais justo.
07:24Tudo bem.
07:25Mas não chame de democracia,
07:27não chame de república.
07:29E eu tenho dúvidas também
07:32se essa é uma situação sustentável.
07:37Porque você tem um poder
07:39que deveria tratar das coisas
07:41sob um ponto de vista técnico, jurídico,
07:46agindo de forma política.
07:48Então, eu não vejo
07:50como isso vai levar a algum lugar melhor
07:54para o país e para o Estado brasileiro.
07:57Programa Os Pingos nos Is,
07:59recebendo também as pessoas
08:00que nos acompanham
08:01pelas emissoras de rádio
08:02espalhadas por todo o Brasil.
08:04A notícia que chegou a pouco
08:06à redação da Jovem Pan News,
08:08determinação do ministro
08:09Alexandre de Moraes
08:10oficializando a suspensão
08:12de dois crimes,
08:13duas acusações
08:14contra Alexandre Ramagem.
08:16Agora, tem o lado da Câmara,
08:18o lado do Legislativo,
08:20Cristiano Beraldo,
08:21que queria a suspensão
08:23dessa ação como um todo.
08:25Ou seja, que Alexandre Ramagem
08:28permanecesse fora do processo
08:30pelo menos até o fim do mandato
08:32em 2026.
08:34Você acha que isso agrava
08:36esse cenário de desconfianças
08:39entre os poderes
08:41e também troca de acusações?
08:44Olha, Caneta,
08:46essa decisão,
08:47ela consolida uma posição
08:49que já era esperada.
08:50Ninguém tinha qualquer esperança
08:54de que o Supremo Tribunal Federal
08:57passasse a tratar este caso
08:58com algum tipo de parcimônia,
09:01de serenidade,
09:03no sentido de tomar uma decisão
09:06para acalmar os ânimos.
09:07Não há esse tipo de espírito
09:09hoje no Supremo Tribunal Federal.
09:11Agora, é preciso reconhecer
09:14que, de um lado,
09:15não faz sentido
09:16a Câmara dos Deputados
09:18utilizar um dispositivo
09:20constitucional
09:21em relação a um processo,
09:24mas que esta decisão,
09:26pela vontade,
09:27pelo menos de parte
09:28dos deputados,
09:29deveria ser estendida
09:31a pessoas que não são parlamentares.
09:34Isso claramente
09:35não faz nenhum sentido.
09:37Como também,
09:38na minha opinião,
09:39não faz sentido
09:40manter ou suspender
09:43contra Alexandre Ramagem
09:46nos processos
09:47de depredação,
09:49não é isso?
09:50Invasão de prédio público?
09:53Como é que é essa lógica?
09:55Então, dois,
09:56dano qualificado
09:56pela violência
09:57e grave ameaça
09:58contra o patrimônio da União
09:59e com considerável prejuízo
10:01para a vítima
10:02e o outro,
10:03deterioração
10:04do patrimônio público tombado.
10:07Que coloca ele
10:08no contexto
10:09do 8 de janeiro.
10:11Mas aí eu tenho que perguntar,
10:12mas a tese
10:13não é que é tudo
10:14uma coisa só?
10:15porque se há
10:17separação
10:17neste julgamento
10:19de Alexandre Ramagem
10:20dizendo que
10:20tudo aquilo
10:22que ele fez
10:22antes de assumir
10:24continua
10:25avançando,
10:26mas aquilo
10:27que ele teria feito
10:28depois de assumir,
10:29que é justamente
10:30o 8 de janeiro,
10:31fica suspenso,
10:33está separado
10:34de forma clara
10:35que não é uma coisa só.
10:37Está demonstrada.
10:37A decisão diz isso,
10:39pelo menos no meu
10:39entendimento de leigo.
10:40eu não
10:42entendo
10:43como é a convivência
10:45com
10:46esses
10:47conflitos.
10:49E por isso
10:50eu esperaria
10:51do Congresso Nacional,
10:53do Poder Legislativo,
10:55Caniato,
10:56uma ação
10:56contundente
10:57para primeiro
10:58defender as suas
10:59prerrogativas,
11:00que neste caso
11:01eu não vejo
11:02que foram
11:02atropeladas,
11:04mas que há
11:05uma incoerência
11:06por parte
11:07de outro poder
11:08numa circunstância,
11:10num julgamento
11:11que está
11:12prejudicando
11:13um membro
11:14da Casa,
11:16da Câmara Federal.
11:18Mas hoje,
11:19Caniato,
11:20ouvindo as declarações
11:21dos líderes,
11:22tanto da Câmara
11:22quanto do Senado,
11:24fica mais do que
11:25claro e evidente
11:26que não há
11:27a menor disposição
11:29de tomar
11:31decisões,
11:31medidas,
11:32ou mesmo
11:32fazer declarações
11:34que possam
11:34representar
11:35algum tipo
11:36de conflito
11:37com o Poder Judiciário.
11:40Então,
11:40nós não vamos
11:41ver isso acontecer,
11:43pelo menos não,
11:44na gestão
11:45atual do
11:46presidente da Câmara
11:47e do presidente
11:47do Senado,
11:48que foram eleitos,
11:49é importante frisar isso,
11:51foram eleitos
11:52com o apoio
11:52de Jair Bolsonaro,
11:54que justificou
11:55este apoio
11:56à sua base,
11:58dizendo que
11:59a troca
12:00que ele estava
12:01fazendo
12:02era muito positiva
12:03para os apoiadores
12:05de Jair Bolsonaro,
12:05para as ideias
12:06de Jair Bolsonaro.
12:08Eu não entendi
12:09qual é a vantagem
12:11que se levou
12:12diante dessa
12:12negociação.
12:14Não entendi
12:14para que servem
12:15os cargos em comissão
12:17que foram prometidos
12:18e entregues.
12:19Não entendi
12:19para que serve
12:20a posição na mesa
12:22que foi prometida
12:23e entregue.
12:24Não serve
12:24para absolutamente nada,
12:25porque nada mudou.
12:28Quem está
12:28regendo
12:30o posicionamento
12:31da Câmara
12:32e do Senado
12:33são os seus respectivos
12:34presidentes
12:34e não há contestação
12:36a discurso,
12:38a protesto,
12:39a declaração,
12:40mas na prática
12:41não há absolutamente
12:42nada.
12:44Então,
12:44Cuneto,
12:45a gente está vivendo
12:45uma democracia
12:47absolutamente capenga
12:48e não é por causa
12:49de invasão
12:49e depredação
12:50de prédio público,
12:51não.
12:52Nós estamos
12:53vivendo uma
12:54democracia capenga
12:55porque uma parte
12:57dos pilares
12:59da democracia
13:01se omite
13:02diante das suas
13:02obrigações
13:03e outra parte
13:05avança
13:07muito além
13:08dos limites
13:09das suas
13:09obrigações
13:10porque não é
13:11contestado
13:12e ainda há
13:13um outro poder,
13:14um outro pilar
13:14que assiste
13:16a isso tudo
13:16preocupado em viajar,
13:18passear
13:19e falar bobagem
13:20por aí.
13:21Então,
13:21realmente,
13:22a nossa democracia
13:22acabou.
13:24Eu vi que o Acácio
13:25fez algumas anotações.
13:26Acácio,
13:27no que tange
13:28o poder legislativo,
13:29a intenção
13:31e a expectativa
13:32da Câmara
13:33dos Deputados,
13:34essa defesa
13:35de que a ação
13:37como um todo
13:38deveria ficar
13:39suspensa
13:39até o fim
13:40do mandato
13:40de Alexandre Ramagem,
13:42o que a gente
13:43precisa considerar?
13:44O Geraldo
13:45traz um ponto
13:45importante,
13:46a cobrança
13:47de uma resposta
13:48contundente.
13:49Há,
13:49por parte
13:50de opositores,
13:52a ideia
13:52de tentar
13:53blindar ao máximo
13:54Alexandre Ramagem.
13:56Enfim,
13:56o que a gente
13:57precisa trazer
13:57e considerar
13:58em relação
13:59aos caminhos
14:00possíveis
14:00para a Câmara
14:01quando a gente
14:02olha para o caso
14:02de Ramagem?
14:04A gente
14:05precisa observar
14:06o seguinte,
14:07esse conflito
14:08entre poder
14:09judiciário
14:09e legislativo
14:10é algo novo
14:11para nós
14:12no Brasil.
14:13Até bem pouco
14:14tempo atrás,
14:14nós convivíamos
14:15com uma complacência
14:17entre executivo
14:19e entre
14:20judiciário
14:21e legislativo.
14:22Nós demoramos
14:23séculos
14:24para que nós
14:25tivéssemos
14:25um parlamentar
14:26condenado
14:27efetivamente,
14:28porque as casas
14:29legislativas
14:30suspendiam
14:32essas ações
14:33e o judiciário
14:34não se opunha
14:36a isso.
14:37Então,
14:37esse conflito
14:38em termos técnicos,
14:39em termos
14:40jurisprudenciais,
14:42ele é bastante novo
14:43e é nítido,
14:44pelo menos
14:45no meu entendimento,
14:46que o legislativo
14:47fica um pouco
14:48sem alternativa.
14:50Alternativa
14:51no sentido
14:51de não conseguir
14:53contraditar,
14:54de não conseguir
14:55debater
14:56e não conseguir
14:57derrubar
14:58efetivamente.
14:59Até porque
15:00nós temos
15:01hoje uma polarização
15:02no Brasil,
15:04mas é uma parcela
15:05pequena dos parlamentares
15:06que se opõem
15:07ao Supremo.
15:08Todos os outros
15:09do Centrão
15:11e da Esquerda,
15:12a rigor,
15:13eles não têm
15:14essa indisposição
15:15para o Supremo,
15:16por mais que
15:17eles finjam
15:18em determinadas
15:19circunstâncias
15:20que ela existe.
15:22então o fato
15:23é que
15:24o Congresso
15:25tomou uma medida
15:26como o Lira
15:27fez há um tempo
15:28atrás,
15:29também tomou
15:29uma medida,
15:30mas eu acho
15:31que a grande
15:31cartada
15:32que um parlamentar
15:33tomou contra
15:34o Supremo Tribunal
15:35Federal
15:36foi Renan Calheiros
15:38há uns 10 anos
15:39atrás,
15:40quando o Supremo
15:41disse que ele
15:42precisaria se afastar
15:43do cargo
15:44e ele simplesmente
15:45publicou no Twitter
15:46à época
15:47que não se afastaria,
15:49que não cumpriria
15:50a decisão.
15:51então é uma
15:52confusão recente,
15:54falta,
15:55e a gente discute
15:56muito essa legitimidade
15:57do Judiciário
15:58que tem cometido
15:59excessos,
16:00é fato,
16:01nos últimos tempos
16:02e não é só o Supremo,
16:03acho que todas as esferas
16:05do Judiciário
16:06cometeram excessos
16:08nos últimos tempos
16:10e o Legislativo
16:11nessa disputa
16:13pendular de poder
16:14está um pouco
16:15refém
16:15de tudo isso.
16:17Então eu confesso
16:18que falta
16:19neste contexto
16:20um presidente
16:21do Congresso
16:21que diga
16:22olha,
16:23vocês mandaram
16:23a gente suspender
16:24mas nós não
16:25vamos suspender,
16:27ele continuará
16:28parlamentar
16:29e para a gente
16:30está suspenso
16:32todo o processo
16:34porque a Constituição
16:35diz que
16:36estes processos
16:37dependem
16:38da autorização
16:39da Câmara
16:40dos Deputados
16:41e ponto final,
16:42mas a gente não viu
16:43essa postura
16:44do Gumota.
16:45Por isso que eu brinquei
16:46lá atrás
16:47que é uma decisão
16:47meio mussarela,
16:48meio calabresa
16:49porque o Gumota
16:51não gritou muito,
16:52o Supremo
16:53fingiu
16:53que aceitou
16:55o que disse
16:56a Câmara
16:56dos Deputados
16:57e fato é
16:58que essa ação
16:59vai continuar
17:00tramitando,
17:01capenga em relação
17:02ao que era
17:03mas continuará
17:04tramitando.
17:06Bons apontamentos.
17:07Agora, Mota,
17:08e o Legislativo?
17:09Se a pequena
17:11quando ele
17:12se vê encurralado
17:14ali,
17:15sem saída,
17:15quando se depara
17:16com alguém que tem
17:17o que você chamou
17:18de superpoder
17:20e aí o Legislativo,
17:22no caso a Câmara
17:22dos Deputados
17:23decide não
17:24enfrentar
17:25ou até
17:26achei muito interessante
17:28o exemplo dado
17:29pelo Acasso
17:29em relação
17:30ao senador
17:30Renan Calheiros,
17:31enfim,
17:32porque havia
17:33uma grande expectativa
17:34para a gestão
17:37de Gumota
17:37à frente da Câmara
17:38dos Deputados
17:39e aí,
17:40meses depois
17:40ou semanas depois,
17:42algumas decepções.
17:43Bom,
17:45aquele episódio
17:47com o senador
17:48Renan Calheiros
17:49aconteceu em outro Brasil.
17:52Aquele Brasil
17:52não existe mais.
17:53Aquele Brasil acabou.
17:54Aquele era um outro país.
17:56Aquele era um país
17:57onde vigoravam
17:59leis diferentes
18:00das leis que vigoram hoje.
18:04Em relação
18:05aos presidentes
18:08da Câmara
18:10e do Senado,
18:10nós aqui sabemos
18:13sempre
18:14muito menos
18:16do que sabem
18:17os parlamentares
18:18que estão lá
18:18no Congresso,
18:20que convivem
18:21uns com os outros
18:21todos os dias.
18:23Então,
18:24eu tenho dificuldade
18:25de acreditar
18:26em ingenuidade.
18:29Eu tenho dificuldade
18:30de acreditar
18:31que nós
18:32sabemos mais
18:33do que eles.
18:35Eu tenho dificuldade
18:36de acreditar
18:37nas versões
18:39de fatos
18:40que às vezes
18:41são as narrativas
18:42que acabam
18:43vigorando.
18:45Eu tenho dificuldade
18:46de acreditar
18:47que pessoas
18:48acreditavam,
18:49que parlamentares
18:50acreditavam
18:50que hoje
18:52estaria acontecendo
18:53alguma coisa diferente
18:54do que está acontecendo.
18:56A impressão
18:57que eu tenho,
18:57Caniato,
18:58é que para a maioria
18:59dos parlamentares,
19:02essas questões
19:03que nós estamos
19:04discutindo aqui
19:05ainda não se tornaram
19:05questões relevantes.
19:08Eles estão
19:09mais preocupados
19:10com outras questões,
19:11práticas,
19:12que dizem respeito
19:13a eles,
19:15a emendas,
19:16a possibilidade
19:17do seu mandato.
19:18Eu acho que a maioria
19:19dos parlamentares
19:20ainda não tentou
19:21extrapolar
19:22essa linha
19:24do que está acontecendo
19:25no Brasil
19:26para ver aonde
19:27ela termina,
19:29aonde ela vai dar.
19:31Eu já falei aqui
19:32várias vezes
19:33que como cidadão
19:34eu acho,
19:36eu fui surpreendido
19:38por esse controle
19:40que é exercido
19:41sobre a Câmara
19:43e o Senado
19:44pelos presidentes
19:45das casas.
19:46Eu nunca imaginei
19:48que fosse um controle
19:49tão poderoso assim.
19:51Isso é extremamente
19:52frustrante
19:53para o eleitor.
19:55Isso vai na contramão
19:56da narrativa
19:57que vendem para a gente
19:58de que voto
20:00é fundamental,
20:01você tem que ter
20:02consciência cívica,
20:03se preparar,
20:04fazer o seu dever
20:05de casa,
20:06escolher bem
20:06o seu representante,
20:08porque aí começa tudo.
20:10Não começa nada.
20:11Porque a gente faz
20:12tudo isso,
20:13elege o parlamentar,
20:15o parlamentar
20:15vai lá para a Câmara
20:16e não consegue fazer nada.
20:18Porque fica tudo parado
20:19na mão do presidente
20:20da Câmara.
20:21E a mesma coisa
20:22em relação ao presidente
20:24do Senado
20:25que inclusive
20:26detém alguns
20:27superpoderes,
20:29detém um superpoder
20:30de anular
20:31o superpoder,
20:33mas nada acontece.
20:35A gente vê
20:36o equilíbrio
20:39dos poderes
20:39saindo dos eixos
20:40e nada acontece.
20:42Eu sempre
20:43retorno
20:44àquele ponto.
20:46O que pensa,
20:48o que sente
20:49as pessoas,
20:50as pessoas comuns,
20:52o que pensam
20:52as pessoas comuns
20:53com as quais
20:53eu converso todo dia.
20:55É uma mistura
20:56de indignação
20:57com confusão.
20:58a gente está chegando
20:59a um ponto
21:00em que ninguém
21:00sabe mais
21:01o que vale
21:03nesse país.
21:04Parece que o que vale
21:05é o que?
21:06É quem fala mais alto,
21:08é quem tem
21:09algum truque
21:09mais poderoso
21:11na manga.
21:13E os parlamentares
21:14precisam
21:14pensar
21:15onde isso vai parar.
21:17Isso não vai parar
21:18num Brasil
21:20equilibrado.
21:22Isso não vai
21:23significar um retorno
21:24àquele tempo
21:25onde um senador
21:27podia dizer
21:27não vou cumprir
21:28essa determinação
21:30porque ela
21:31fere a independência
21:32do Congresso Nacional
21:33e não cumpre.
21:35E a determinação
21:36deixa de existir.
21:39Então,
21:39eu acho que
21:39a maioria
21:41dos parlamentares
21:42não tem
21:43essa preocupação.
21:45E a maioria
21:45dos que tem,
21:47infelizmente,
21:48estão,
21:49a maioria,
21:50hoje,
21:50ameaçados
21:51de uma forma
21:52ou de outra.
21:53De serem processados,
21:55de serem calados,
21:56de perderem
21:57o seu mandato.
21:58Essa é a situação
21:59do Brasil hoje.
22:00Daqui a pouco
22:01eu vou trazer
22:01a informação
22:02que o Supremo Tribunal
22:04Federal
22:04proibiu jornalistas
22:06de gravarem
22:07as audiências
22:08das testemunhas,
22:09inclusive,
22:10nos julgamentos
22:10que envolvem
22:11Jair Bolsonaro
22:12e aliados.
22:12Daqui a pouco
22:13eu vou trazer
22:13essas informações.
22:14Deixa eu só passar
22:15para o Cristiano Beraldo,
22:16só para a gente fechar
22:17essa discussão
22:18em relação
22:19ao posicionamento
22:20do legislativo,
22:22em relação
22:22à maneira
22:23como o judiciário,
22:24no caso,
22:25na figura
22:25do Supremo,
22:27como os presidentes
22:28das casas,
22:29especialmente,
22:30têm tratado
22:30dessas questões.
22:32Beraldo,
22:32a pouco você defendeu
22:33uma resposta
22:34contundente
22:35do legislativo,
22:36da Câmara,
22:37certa vez você falou
22:38em freio de arrumação
22:39e me lembro
22:40que em uma das nossas
22:41discussões aqui
22:42você até chegou
22:43a usar a expressão
22:45ruptura
22:45e um dos nossos
22:46comentaristas
22:46não interpretou direito,
22:48mas enfim,
22:48eu entendi exatamente
22:49o sentido que você
22:50quis dar
22:51naquela declaração.
22:53Câmara e Senado
22:53têm boas oportunidades
22:56para tomar
22:57uma decisão
22:58mais firme,
22:59talvez dar
23:00uma resposta
23:00à altura
23:01para aquilo
23:01que eles entendem
23:02que estaria fora
23:04da ordem
23:05adequada,
23:06mas parece
23:07não haver
23:08vontade política,
23:09dificilmente
23:11teremos uma mudança
23:12importante,
23:13pelo menos
23:13como as coisas
23:15estão dispostas
23:16e organizadas,
23:17não me parece
23:18que a gente
23:18tem uma mudança
23:19substancial,
23:21por quê?
23:21Olha,
23:23Caniato,
23:24eu não tinha
23:25absolutamente
23:25nenhuma expectativa
23:26em relação
23:27a Davi Alcolumbre
23:29presidindo o Senado,
23:30ele tem um perfil
23:32que hoje
23:33simboliza
23:35de uma forma
23:36extrema
23:36o que é
23:37o Centrão,
23:38extremamente
23:39pragmático
23:40e as suas prioridades
23:41são a sua eleição
23:42e os seus interesses
23:44dele próprio
23:45e do seu grupo político.
23:47Ele trata
23:48essa relação
23:49política
23:49dentro do Senado
23:50Federal
23:51com tal pragmatismo
23:52que foi ganhando
23:53o respeito
23:55das pessoas
23:55e o poder
23:57que ele exerce
23:58é tão forte
24:00que Davi Alcolumbre
24:02à frente da Comissão
24:03de Constituição e Justiça
24:05do Senado
24:05pegou a indicação
24:07feita
24:09então pelo
24:10presidente Jair Bolsonaro
24:11para o Supremo
24:12Tribunal Federal
24:13em que ele indicou
24:13André Mendonça
24:14e ele colocou
24:16essa indicação
24:17na gaveta
24:17por meses
24:18salvo engano
24:19foi o processo
24:21mais lento
24:22mais demorado
24:24dentro da CCJ
24:25para analisar
24:25a indicação
24:26de um presidente
24:27da República
24:27para o Supremo
24:28Tribunal Federal
24:29demonstrando
24:30um desprezo
24:31e um desrespeito
24:32pelo presidente
24:33da República
24:33e mesmo assim
24:35passado
24:36poucos anos
24:38está lá
24:39o ex-presidente
24:40fazendo campanha
24:41para Davi Alcolumbre
24:42então
24:43ele é
24:44ter a habilidade
24:45necessária
24:46para ser
24:47esse cacique
24:48do Centrão
24:49mas Hugo Mota
24:50é um jovem
24:52parlamentar
24:53médico
24:54tem aí
24:55uma
24:56uma vida
24:57política
24:58pela frente
24:58em que
24:59tenho certeza
25:00as suas ambições
25:01são muitas
25:02tanto é que
25:03se nós observarmos
25:04as declarações
25:05iniciais
25:06de Hugo Mota
25:06já eleito
25:07presidente da Câmara
25:08em relação
25:09ao próprio tema
25:10da anistia
25:11das condenações
25:12aos presos
25:14pelo oito de janeiro
25:15era uma
25:16postura
25:17muito mais
25:19vibrante
25:20e indignada
25:21do que hoje
25:23hoje
25:24claramente
25:25Hugo Mota
25:25vive
25:26numa
25:27num cálculo
25:29permanente
25:30das suas palavras
25:32porque ele
25:32já viu
25:33que se
25:34continuar
25:35mantendo
25:36uma postura
25:36arrojada
25:37de defesa
25:38da Câmara
25:39dos Deputados
25:40vai criar
25:41inimigos
25:42que são
25:43extremamente
25:43poderosos
25:44eu estive
25:46em Nova Orca
25:47essa semana
25:47ouvindo
25:48uma
25:49uma palestra
25:50do presidente
25:51Hugo Mota
25:52e mesmo
25:53a forma
25:54como ele
25:54se expressa
25:55numa linguagem
25:57serena
25:58calma
25:58que nem combina
25:59com a sua juventude
26:00mas claramente
26:02demonstra
26:03a necessidade
26:04que existiu
26:05ali
26:05dele se adaptar
26:07ao sistema
26:08que domina
26:09o Brasil
26:09hoje
26:10e nós
26:11estamos
26:12não apenas
26:12reféns
26:13desse sistema
26:14mas nós
26:15como população
26:16brasileira
26:17estamos sofrendo
26:18as amargas
26:20consequências
26:21desse sistema
26:22porque esse sistema
26:23trata deles
26:24esse sistema
26:25não trata
26:26do Brasil
26:26não trata
26:28de resolver
26:29os problemas
26:30graves
26:31efetivamente graves
26:32do país
26:33coloca-se
26:35o atentado
26:36de 8 de janeiro
26:37como se fosse
26:38a coisa mais impressionante
26:40do mundo
26:40parece os rutis
26:42que tentaram
26:43jogar mísseis
26:44em Israel
26:44e puxa vida
26:45se não fosse
26:47o domo de aço
26:48Israel sumiria
26:49do mapa
26:50parece que é
26:50neste nível
26:51de
26:52de
26:53de gravidade
26:55que se discute
26:56esse tema
26:57quando
26:58estão dando
26:59de ombros
27:00para 40 mil
27:02famílias
27:03que enterram
27:04seus parentes
27:05todos os anos
27:07vítimas
27:08de homicídio
27:09quer dizer
27:10não há absolutamente
27:11nada razoável
27:13sendo tratado
27:14no Brasil
27:15as prioridades
27:17que emanam
27:17de Brasília
27:18não tem a ver
27:19com a realidade
27:20da população
27:21brasileira
27:22metade
27:24da população
27:25brasileira
27:26vive
27:27sem
27:28esgoto
27:28estamos em
27:302025
27:32mas a preocupação
27:34o atentado
27:35contra a democracia
27:36é escrever
27:37com batom
27:38na estátua
27:39ai meu Deus
27:40o país vai acabar
27:41então caniato
27:43quando se tem
27:44esta ordem
27:44de prioridades
27:45me desculpem
27:46mas nós
27:47como população
27:48não podemos
27:49não é que não devemos
27:50nós não podemos
27:51esperar
27:52absolutamente
27:53nada
27:54da administração
27:56que aí está
27:56porque a frustração
27:58será grande
27:59e nós temos
28:00é que trabalhar
28:00para nos proteger
28:01nós somos
28:02aquelas
28:03formiguinhas
28:04que trabalham
28:05para se proteger
28:05da tempestade
28:06a tempestade
28:08está aí
28:08o céu está
28:09encoberto
28:10já estamos
28:11ouvindo
28:11os trovões
28:13vai vir chuva
28:14pesada
28:14a gente vai ter
28:15que se proteger
28:16porque se depender
28:18deles
28:18nós estamos
28:19lascados
28:20e

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