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Nesta segunda-feira (14), representantes da indústria brasileira solicitaram o adiamento por ao menos 90 dias das tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil. Segundo a CNI, esse prazo é essencial para avaliar os impactos da medida e buscar soluções diplomáticas que evitem prejuízos maiores. Deysi Cioccari e José Maria Trindade comentaram.
Reportagem: Marília Ribeiro
Comentaristas: Deysi Cioccari e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00Também de olho nos reflexos do tarifaço proposto pelo Donald Trump para entrar em vigor em agosto.
00:06E é justamente sobre esse assunto que a gente vai trazer informações da reportagem,
00:09porque o setor da indústria divulgou um comunicado em defesa do adiamento da aplicação dessa tarifa do Donald Trump.
00:18Quem tem os detalhes pra gente é Marília Ribeiro, em Brasília.
00:21Pois não, Marília?
00:22Não, Nato, essa é mais uma repercussão envolvendo o anúncio feito por Donald Trump na semana passada
00:31de taxar produtos brasileiros em 50% a partir do dia 1º de agosto.
00:36E ontem a Confederação Nacional da Indústria fez uma reunião virtual de emergência,
00:43onde contou também com a participação da Secretária de Comércio Exterior, do Ministério da Indústria e também do Comércio, MDIC.
00:51E trouxe aí, né, pedindo um prazo maior para que essa taxa possa entrar em vigor.
00:59Ela que, teoricamente, deve entrar em vigor aí a partir do dia 1º de agosto.
01:04E a CRI pediu, então, a prorrogação desse prazo por mais 90 dias.
01:09Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria, o Ricardo Albán,
01:13esse prazo é considerado essencial para que a indústria brasileira possa analisar de forma mais aprofundada os efeitos dessa medida.
01:21Além de procurar soluções diplomáticas para evitar perdas mais amplas.
01:26O setor, né, de indústria também alega que se a medida for efetivada,
01:30ela terá um forte impacto negativo no produto interno bruto, o PIB.
01:36Segundo a estimativa do setor, Nonato, com a medida, caso ela entre em vigor,
01:41ela pode aí ter uma... pode tirar, ter a perda de pelo menos 110 mil postos de trabalho.
01:48A CNI também ressaltou neste comunicado que é importante que no processo de negociação
01:53entre o governo brasileiro e o governo americano, isso aconteça com prudência, equilíbrio e diálogo técnico.
02:01Essa foi a nota aí que... esse comunicado feito pela CNI.
02:06Hoje o ministro da indústria, Geraldo Alckmin, vice-presidente, vai se reunir também com o setor da indústria
02:12logo mais às 10 horas da manhã, justamente para poder debater o que pode ser feito em relação a essa taxação.
02:20O Geraldo Alckmin, que foi colocado aí para poder liderar esse grupo que será composto pelo Ministério da Fazenda,
02:26pela Casa Civil e também pelo Ministério de Relações Exteriores, além de outros ministérios,
02:31para poder discutir ações e medidas contra essa tarifa que foi imposta e que foi anunciada por Donald Trump
02:39na porcentagem de 50% já a partir do dia 1º de agosto.
02:44Aqui em Brasília, Nonato, a gente fica acompanhando, nós estamos com equipe lá no MDIC,
02:49onde vai acompanhar essa reunião que vai acontecer logo mais às 10 horas da manhã.
02:53E lembrando que à tarde também nós teremos outra, a partir das 2 horas,
02:57o ministro Geraldo Alckmin vai se reunir com representantes do agronegócio,
03:03que também serão impactados com essa taxação, caso ela aconteça, Nonato.
03:08É isso, muito obrigado, viu, Marília Ribeiro, com essas informações.
03:11A gente já traz aqui para a conversa Deise Siocari e também José Maria Trindade,
03:16são os comentaristas que estão com a gente hoje.
03:18A Marília falando ali das reuniões hoje, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
03:23com muitas reuniões.
03:24E, Deise, a gente está observando aí que são 110 mil empregos
03:28que podem ser perdidos de maneira imediata, segundo a CNI.
03:32Pelo histórico do Trump até agora, dá uma empurradinha aí para 90 dias,
03:35dá uma segurada, isso até tem acontecido.
03:38Mas vai depender também da habilidade de conversar com ele, não, Deise?
03:42Exatamente, Nonato.
03:43E quando o setor produtivo pede 90 dias, não é só para negociar.
03:50A gente tem um ponto bem interessante aqui, é para sobreviver.
03:52Porque, por mais que essa medida do Donald Trump tenha sido política,
03:57para o brasileiro, para o setor agropecuário brasileiro, principalmente,
04:02ela é econômica.
04:03O tarifácio do Trump aqui, ele afeta principalmente,
04:07ele tem um impacto econômico muito direto.
04:10E o governo Lula agora, ele tem que correr contra o tempo
04:13para montar uma resposta estratégica que preserve os empregos,
04:17às exportações e sem acirrar ainda mais esse clima que já está hostil, né?
04:23E não pode acirrar muito mais ainda esse clima diplomático que já está tenso.
04:30Então, a pergunta agora que a gente tem,
04:32a pergunta mais incisiva ainda,
04:34que a gente já vem fazendo, inclusive, aqui na Jovem Pan, Nonato,
04:37é se o que a gente vai ter do governo Lula agora é mais pragmatismo,
04:42que isso o governo não demonstrou até agora,
04:45tem demonstrado um pouco ali com algumas incisões do Alckmin,
04:49ou se a gente vai ver mais improviso.
04:51Porque, por parte do presidente Lula,
04:53por parte até do Ministério da Agricultura em alguns momentos,
04:56o que a gente tem visto é improviso.
04:58Porque o Trump, ele já tem dado demonstrações
05:02desde que assumiu que ele ia fazer esse tarifato em relação ao Brasil.
05:05E o Brasil, até agora, não soube se programar,
05:09não reagiu, não soube fazer uma prevenção em relação a isso.
05:13Então, a grande pergunta que fica agora é,
05:15nós vamos saber proteger o nosso setor agropecuário
05:18ou nós vamos reagir com mais improviso?
05:20Agora, Zé, a gente sabe, de fato,
05:22que esse tarifato de Donald Trump tem o viés político,
05:25mas principalmente econômico.
05:27Agora, como tirar o quesito política dessa mesa de negociação
05:32e conseguir, de repente, pedir mais prazo
05:35para conseguir pensar, ter uma visão um pouco mais madura,
05:39o que seria até benéfico?
05:40A gente falou agora há pouco,
05:41durante a entrevista também com o representante do agro.
05:46Olha, Soraya, não há nada mais covarde do que o capital.
05:49Ao melhor se dar o de perigo, ele corre.
05:51Você tem razão quando cobra a Deise também,
05:53quando cobra a decisão rápida.
05:55Mas para esse processo aí, uma decisão rápida seria até danosa demais.
06:00O mercado, ele tem leis próprias que não podem ser revogadas
06:05por leis de governadores, de presidentes da república, de ninguém.
06:10A oferta e procura é uma dessas leis, né?
06:13E o processo não é tão rápido assim.
06:17Veja bem, é um novo mundo, é diferente,
06:20em que um presidente, através de uma carta
06:23ou de uma publicação na internet,
06:25mexe com o eixo do mundo.
06:27É o resultado dessas tarifas.
06:30Quer dizer, apesar do anúncio de uma tarifa de 50%
06:33para a entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos
06:37e de dobrar essa tarifa, se o Brasil adotar o mesmo sistema
06:42que ele adotou, só o anúncio, não houve nada,
06:45não houve nenhum decreto nem nada.
06:47Isso aí já mexeu com o mercado totalmente.
06:49Algumas empresas estão dando férias coletivas,
06:53outras pensando em acabar,
06:55porque é exclusivamente exportação para os Estados Unidos.
06:59E é exatamente aí que os empresários querem definir ali critérios.
07:05O primeiro, não se pode tomar uma decisão tão rápida assim
07:08entre uma compra realizada agora e a chegada no destino final,
07:13às vezes, demora meses e meses.
07:16E não dá tempo até o dia primeiro.
07:18E aí, como estamos agora?
07:19Ninguém sabe.
07:20Ninguém sabe que será o dia dois.
07:22Olha, o dia dois é ali.
07:24Isso para exportação é muito rápido.
07:26Então, é preciso primeiro colocar uma certa coerência nessas decisões.
07:32Ou seja, não se pode administrar um país do tamanho dos Estados Unidos
07:36pelas páginas sociais, pelas plataformas.
07:40Isso está errado.
07:41É preciso negociar e é isso que querem os brasileiros.
07:45E aí se dividiu.
07:47O presidente Lula vai conversar com todos os setores,
07:50principalmente o de siderurgia,
07:52que é o mais impactado até agora.
07:55Mas o agronegócio é impactado tanto na venda como na compra
07:59de fertilizantes, de defensivos agrícolas e assim por diante.
08:04Quer dizer, o Donald Trump desarrumou aqui a negociação,
08:08eu diria até mundial.
08:09Porque me disse o presidente Dan Fávia
08:11que o Brasil agora pode ser alvo de uma corrida dos chineses
08:16para jogar carros, veículos aqui no Brasil,
08:19com fechamento do mercado nos Estados Unidos e outros países.
08:22Então, veja bem, até quando não cita diretamente o Brasil,
08:26esta mudança do eixo está afetando os negócios por aqui.

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