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A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), que representa mais de 3.500 empresas, manifestou nesta quarta-feira (09) “profunda preocupação” com a nova tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. A entidade destacou os possíveis impactos negativos nas relações comerciais entre os dois países. Cristiano Vilela e José Maria Trindade comentaram
Reportagem: Danúbia Braga
Comentaristas: Cristiano Vilela e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00A gente volta a falar aqui do tarifaço do Donald Trump.
00:03Isso porque a tarifa de 50% dos Estados Unidos ao Brasil
00:06está preocupando a Câmara Americana de Comércio para o Brasil,
00:11que incentiva a retomada de um diálogo construtivo entre os países.
00:17A Danúbia Braga está de volta aqui no Jornal da Manhã.
00:19Tem mais detalhes para a gente a respeito desse posicionamento da Câmara de Comércio.
00:24Pois não, Danúbia?
00:24Exatamente, Nonato. A Anxan, então, emitiu uma nota pedindo,
00:32conclamando justamente esse diálogo construtivo.
00:36Essa aqui é a Câmara de Comércio, que possui, então, multinacionais,
00:39que operam nos dois países, tanto aqui no Brasil quanto também nos Estados Unidos.
00:45E aí pede que eles retomem um diálogo, então, que seja de uma forma negociada
00:49e que seja positivo para os dois países.
00:52Trata-se, de acordo com essa nota, a Anxan diz,
00:55de uma medida com potencial para causar impactos severos nos empregos,
00:59também na questão de produção, investimento, cadeias produtivas integradas
01:05entre Brasil e também Estados Unidos.
01:08E ressalta também o seu posicionamento a respeito de que existe uma forte complementaridade
01:13entre esses dois países na questão de comércios de bens.
01:16E também observa que, numa balança, nos últimos 15 anos,
01:20esse comércio bilateral foi superavitário nos últimos 15 anos para os Estados Unidos.
01:26A Anxan Brasil, também, que tem ali, corresponde a mais de 3 mil empresas associadas
01:31e a 33% do PIB brasileiro, diz que é importante, então, que tenham esse diálogo
01:37pensando de forma negociada, fundamentada na racionalidade, também na preservabilidade e estabilidade
01:43que preserve-se aí os vínculos econômicos e promova uma prosperidade compartilhada.
01:49É o que diz a nota, então, da Câmara de Comércio Americana.
01:53De acordo com a entidade, é importante, então, esse diálogo produtivo, negociado,
01:59para que os dois países possam prosperar juntos.
02:02Volto com vocês.
02:04Obrigado, Danúbia Braga.
02:05Em São Paulo é assunto aqui para a gente trazer para a conversa.
02:08José Maria Trindade e Cristiano Vilela são os nossos comentaristas hoje aqui no Jornal da Manhã.
02:13O Vilela, a Câmara, trazendo aí esse detalhamento dos últimos anos do comércio entre os dois países,
02:20indicando superavitário para os Estados Unidos, o que derruba, né?
02:23Inclusive, um dos argumentos do Donald Trump apresentado nessa discussão toda.
02:27Agora, de qualquer modo, é uma preocupação para essas empresas, que acabam operando nos dois países,
02:33o que mostra que essa guerra comercial, que essa elevação de tarifas e reciprocidade que o Brasil possa trazer,
02:40não é bom para absolutamente ninguém, né, Vilela?
02:42Especialmente para quem trabalha com esse comércio.
02:46Exatamente.
02:46E quando se trata de uma relação tão sólida, tão significativa como a relação entre Brasil e Estados Unidos,
02:53do ponto de vista econômico, a gente vai ter claramente consequências em diversos setores da economia,
03:00o que vai afetar, sim, o dia a dia da população.
03:03E nesse sentido é que a gente deve analisar qual o comportamento.
03:08Por parte do governo brasileiro, que não permitiu, não fez com que a fervura baixasse no momento em que ela deveria,
03:16onde o Brasil não estava na linha de frente da verborragia emitida pelo presidente americano,
03:23que ao longo desses cinco meses de mandato tem feito discursos coléricos e tem apontado o dedo para uma série de nações,
03:30agora caberia ao Brasil ter um olhar adulto, não entrar numa disputa política,
03:35não entrar numa picuinha política e se manter dentro de uma relação sólida do ponto de vista comercial.
03:41E por outro lado, em relação aos Estados Unidos, é mais um erro do atual governo
03:46no sentido de se utilizar uma estrutura econômica para uma retaliação política.
03:51E isso nunca é bom.
03:53Esse tipo de situação, ele vem levando os Estados Unidos da América a determinados destabores.
03:59É importante a gente resgatar a queda que nós tivemos recente no PIB americano,
04:05a retração em alguns setores de economia que se evidencia nos Estados Unidos,
04:09tudo isso alimentado por conta dessa política de muito conflito, de muita briga e muitas vezes de pouca razão,
04:17liderados pelo presidente americano.
04:19Zé, agora em que ponto os brasileiros podem negociar então com os Estados Unidos
04:25para não tornar esse ambiente de crise um ambiente perigoso aqui para o Brasil?
04:31As relações Brasil-Estados Unidos são antigas.
04:341824, quando os Estados Unidos recebeu José Silvério como encarregado de negócios do Brasil, 1824.
04:42Houve estremecimentos e durante a ditadura militar, por críticas à agressão a direitos humanos aqui,
04:50o Brasil rompeu relações e rompeu contratos, inclusive os acordos militares com os Estados Unidos.
04:57Mas é uma relação muito estável, tanto do ponto de vista da política como do comércio.
05:04Nesse caso aí fica muito explícito que os dois lados perdem, mas o Brasil não perde muito.
05:12Só que o Brasil é pequeno diante do PIB, diante da força econômica dos Estados Unidos.
05:18Eu me detalhei no tipo de exportação do Brasil.
05:22O Brasil exporta manufaturados, produtos sem acabamento e não agrega o petróleo bruto e importa óleos já refinados.
05:33O Brasil exporta café sem torrar e importa peças de automóveis, aeronaves, ou seja, tecnologia que agrega valor lá nos Estados Unidos.
05:45Então, os Estados Unidos perdem, porque vai aumentar o valor do óleo, do petróleo, os Estados Unidos são um país dependente de petróleo,
05:56assim como o resto do mundo, mas lá é muito mais do que isso.
05:59E o valor do petróleo, da gasolina lá, interfere diretamente no dia a dia, na política do americano,
06:06que tem o carro, o terceiro carro já, como uma utilidade essencial.
06:12Tudo lá é muito grande também.
06:13Então, assim, os dois países perdem sim, mas isso não é uma relação de comércio.
06:20Se transformou em uma relação política e subjetiva.
06:24E o erro foi deixar a chegar a esse ponto, né?
06:28Não deveria, o governo deveria informar aos Estados Unidos o que está acontecendo,
06:33o que pretendia e separar aí as ideias políticas do comércio,
06:37que sem jogo aí já não é mais comércio, não é mais a racionalidade.
06:41E aí
06:43E aí
06:47E aí

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