Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 08/07/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou nesta segunda-feira (07) cartas a diversos parceiros comerciais informando a imposição de novas tarifas sobre produtos importados. As alíquotas, que variam entre 25% e 40%, entrarão em vigor a partir de 1º de agosto e fazem parte de uma política de proteção à indústria americana. Alan Ghani analisou.
Apresentadores: Roberto Nonato e Soraya Lauand
Comentarista: Alan Ghani

Assista ao Jornal da Manhã completo: https://youtube.com/live/HXInCYo9Kno

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalDaManhã

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Seguimos com a economia agora porque o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma série de cartas para diferentes parceiros comerciais
00:07em que estabeleceu alíquotas mínimas sobre produtos importados que vão de 25% a 40%, com vigência a partir de 1º de agosto.
00:16Alan Gani está aqui no estúdio para trazer mais detalhes e informações para a gente sobre essa ação do Donald Trump.
00:23Inclusive, Coreia do Sul e Japão seriam afetados por isso. Agora vai, Gani. Bom dia.
00:28Olha, é difícil dizer, Nonato. Bom dia a você, bom dia a Soray, bom dia a toda a nossa audiência.
00:33Basicamente, as tarifas são as mesmas do dia do Liberation Day, do dia 2 de abril.
00:41Então, o Japão agora tem 25% e era 24%. A Malásia, 24%, passou para 25%.
00:51A Coreia do Sul, 25%. Ou seja, não houve alteração.
00:57O ponto é que o mercado já não dá tanto crédito a Donald Trump.
01:03Entende ali que ele blefa o tempo inteiro e que, no final das contas, essas tarifas não vão valer efetivamente.
01:12Por conta disso, não está tendo mais aquela reação nas bolsas que ocorreram anteriormente.
01:19Agora, de qualquer maneira, não faz muito sentido o Trump querer um superávit com todos os países do mundo.
01:27O que é natural é que você tenha déficit com alguns países e superávit com outros países.
01:32No agregado, você pode ser superavitário como você pode ser deficitário.
01:38Agora, superávit com todos os países do mundo, isso fere qualquer bom senso e qualquer lógica econômica.
01:44Além do que, também, não vai ser suficiente para reduzir o déficit fiscal dos Estados Unidos, nem o déficit em transações correntes.
01:52O Trump, com essas tarifas, conseguiu arrecadar, no mês de maio, 24 bilhões de dólares.
01:59Isso é uma gota num oceano de déficit. Não faz a menor diferença.
02:03O grande problema para a redução do déficit em transações correntes dos Estados Unidos está ligado ao déficit do governo.
02:11É o que a gente chama, tecnicamente, de déficit gêmeos.
02:14Ou seja, o elevado déficit do governo dos Estados Unidos provoca um grande déficit nas transações correntes.
02:21Não tem absolutamente nada a ver com tarifas protecionistas dos outros países.
02:27Isso não se sustenta nem do ponto de vista teórico, muito menos do ponto de vista empírico.
02:31Agora, Gani, para a gente olhar aqui para o nosso país e os reflexos que isso pode ter,
02:39o mais prudente para o Brasil talvez seria intermediar um pouco essa guerra de braço,
02:44não entrar tanto no embate com os Estados Unidos, que a gente sabe que é um importante parceiro comercial.
02:49Exatamente. O Brasil tem que ficar neutro nessa história. Por quê?
02:53Porque a gente tem interesses comerciais tanto com os Estados Unidos quanto com a China.
02:58E o presidente do Brasil tem que defender os interesses do povo brasileiro.
03:03E o que é defender os interesses do povo brasileiro?
03:07É tirar vantagens comerciais e de investimentos com os nossos principais parceiros.
03:12Ou seja, tanto Estados Unidos quanto China.
03:15Então, não entrar num embate ideológico ou geopolítico entre essas duas superpotências.
03:23Portanto, a gente deve prezar pelo nosso principal parceiro comercial, que é a China,
03:29e pelo nosso principal parceiro de investimentos, que é os Estados Unidos.
03:33E nessa guerra, o Brasil, diga-se de passagem, foi um dos menos atingidos,
03:37com uma tarifa mínima que os Estados Unidos colocaram de 10% para a gente aqui.
03:42Gani, a gente tem mais um minutinho, e só pegando como gancho que você começou a falar,
03:49que o mercado já não acredita tanto no Trump.
03:51E o mercado gosta de previsibilidade.
03:53É o que a gente menos tem, desde que o Trump tomou posse nessa questão.
03:57Exatamente. Nonato, o mercado topa vários riscos.
04:01Então, quando a gente fala assim, o risco de um negócio não dar certo, tudo bem.
04:05Isso é do jogo.
04:07O risco de mercado, de oscilação de preços, o risco de não pagar, o risco de crédito,
04:13o risco de liquidez, são riscos que acontecem.
04:17Agora, o risco institucional, ou seja, o que a gente fala da mudança da regra do jogo no meio do jogo,
04:26isso o mercado não tolera, isso o mercado não topa.
04:28O que fala, pô, peraí, eu entrei para esse jogo com essas regras.
04:32De repente, as regras mudaram, não faz o menor sentido.
04:37Seria o mesmo que numa partida de futebol, você entrou em campo lá com determinadas regras,
04:43de repente fala assim, não, agora o placar, para você ter a vitória, não basta você ganhar de 1 a 0.
04:48Você tem que ganhar de 5 a 0 no meio do jogo.
04:50Quer dizer, ninguém vai aceitar algo desse tipo, né?
04:53Obrigado, Gani.
04:54É isso.
04:54Obrigado.
04:55Obrigado.
04:56Obrigado.
04:57Obrigado.
04:58Obrigado.

Recomendado