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O governo federal anunciou neste mês uma nova faixa do Minha Casa, Minha Vida, voltada para públicos de classe média com renda familiar mensal entre 8 mil reais e 12 mil reais.
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Meio Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília.

Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes
do cenário político e econômico do Brasil.

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Transcrição
00:00Vamos falar agora sobre o anúncio feito pelo governo federal neste mês de uma nova faixa do Minha Casa Minha Vida
00:06voltada para públicos de classe média com renda familiar mensal entre R$ 8.000 e R$ 12.000.
00:13Com essa criação de faixa, estão previstos benefícios com a possibilidade de financiamento de até 420 meses
00:22e taxa de juros de 10,5% ao ano para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil.
00:30É um novo aceno do presidente Lula à classe média que ocorre um ano antes das eleições presidenciais de 2026.
00:38E para falar mais sobre este assunto no detalhe, o repórter Guilherme Resch tem um convidado.
00:44Guilherme, boa tarde.
00:47Boa tarde, Inácio. Boa tarde a todos que nos acompanham.
00:50Isso mesmo, eu chamei aqui para conversar com a gente, dar mais detalhes, falar sobre o impacto dessa medida,
00:55o especialista em mercado imobiliário Pedro Gomidi. Tudo bem, Pedro?
00:59Tudo, João e Guilherme. É isso mesmo que vocês falaram.
01:02O governo anunciou a faixa 4 que vai atender esse público de classe média de renda acima de R$ 8.000 e imóveis até R$ 500.000.
01:12Qual que era a realidade até então?
01:13A realidade eram apenas três faixas que atendiam imóveis até R$ 8.000.
01:19Então, o governo vai se atender à classe média.
01:23E como que o governo conseguiu atender isso, sendo que o cenário atual é de falta de funding?
01:29O governo tira de onde os recursos para financiar, para os financiamentos habitacionais?
01:35Ele tira do SPPE, que é o Sistema Brasileiro de Poupanças e Empréstimos.
01:39Todos nós sabemos que a gente cada vez mais tira dinheiro da poupança e leva para outros tipos de renda fixa.
01:46Daí falta dinheiro nesse funding e tira do FGTS, que é o Fundo de Garantia de Tempo de Serviços.
01:53Está faltando dinheiro, por isso que o governo atendia só essas três faixas.
01:57Como que ele vai conseguir ampliar essas faixas?
02:00O governo aprovou uma medida provisória em março, que a partir de então vai poder ser utilizado no fundo social,
02:10com recurso do pré-sal, do petróleo, do pré-sal, vai poder ser destinado à habitação.
02:15E agora, no dia 3 de março, de abril, um mês depois, ele lança um decreto regulamentando isso.
02:22Então, a partir de agora, está sendo destinado já, de inicial, 15 bilhões do fundo social do pré-sal para financiamento habitacional.
02:32E o governo, agora, na reunião de amanhã, o Comitê Gestor da FGTS vai regulamentar essa faixa 4.
02:38Pedro, diante dessa dificuldade orçamentária que você comentou do governo,
02:42essa nova faixa do Minha Casa Minha Vida é sustentável?
02:45O governo vai conseguir manter isso por muito tempo?
02:47Porque, como você falou, está tirando dinheiro do fundo do pré-sal, tirando dinheiro também do sistema,
02:52de um outro sistema também, para que faça essa ampliação da faixa do Minha Casa Minha Vida para um novo público,
03:01um público de classe média, mas isso vai perdurar por um longo tempo?
03:04Ou a gente pode esperar que acabe, talvez, daqui a alguns meses, em pouco tempo?
03:09Guilherme, ótima pergunta.
03:11E sim, a tendência é que se perdure, por quê?
03:13Porque o fundo social do pré-sal está tirando dos royalties do petróleo,
03:17esse recurso, e como a extração do petróleo é perene,
03:22inclusive tem uma projeção de aumento desse recurso ao longo dos próximos anos.
03:28Então, o governo já está fazendo projeções, assim, ao menos até para 2032,
03:33já tem projeções sendo feitas.
03:35A estimativa é que, nesse primeiro ano,
03:37cerca de 120 mil famílias sejam atendidas por essa nova faixa, que é a faixa 4.
03:43E é importante ressaltar também, Guilherme, que como o governo está trazendo esse novo funding,
03:48para subsidiar, para financiar, na verdade, melhor palavra, para financiar o faixa 4,
03:54o que vai acontecer?
03:56Famílias que antes utilizavam recursos do SPPE, que é da poupança,
04:00estavam ali nesses imóveis aí, 300 e 500 mil reais,
04:05vão passar para o fundo da FGTS,
04:08com isso, famílias que financiam imóveis acima de 500 mil reais,
04:12vão ter mais recursos lá do SPPE para financiar.
04:15Então, isso não vai fomentar apenas essa nova faixa 4,
04:19vai fomentar também faixas de imóveis acima,
04:23famílias que têm renda acima de 12 mil reais também.
04:25Em relação, Pedro, à taxa de juros, que está previsto aí, 10,5% ao ano,
04:35me parece, até estava olhando rapidamente,
04:37me parece que é mais vantajosa, de fato, do que outras formas de financiamento,
04:41mas ainda assim é uma taxa bastante elevada.
04:44Com certeza, Guilherme.
04:45O que acontece?
04:46Até bem pouco tempo atrás, com a Selic mais baixa,
04:49então, os financiamentos imobiliários estavam voltando aí na faixa de 7%, 8%,
04:55mas com o incremento da Selic, da inflação,
04:58hoje, uma taxa média de juros já está passando de 11,5%.
05:04Então, realmente, ali para manter o spread bancário,
05:07os bancos vieram aumentando as taxas de juros de financiamento imobiliário,
05:11o que o governo fez com essa faixa 4 foi fixar em 10,5%.
05:16Vai ficar aí 1% abaixo na taxa usual de mercado.
05:22Mas é uma forma do governo de fixar,
05:24até porque a gente tem projeções ainda de crescimento da taxa Selic.
05:29Então, é uma forma do governo fixar nesses 10,5%.
05:33Não é, de longe, parecido com as taxas de juros da faixa 1 e faixa 2,
05:39que giram ali de torno de 4% a 8,66%,
05:43mas já é ali pelo menos um juros fixado em 10,5%.
05:47Isso vai ter que ser mudado.
05:49No cenário de decréscimo aí da Selic,
05:52isso aí não vai realmente ser vantajoso.
05:54Hoje é vantajoso, é 1% a menos da taxa de mercado.
05:58Mas o principal mudança disso é, de fato, ter o funding,
06:04porque antes não estava tendo funding que o governo estava fazendo.
06:06ele estava diminuindo o que estava sendo ofertado.
06:11Por exemplo, Minha Casa Minha Vida era 80% de financiamento.
06:15A entrada, no mínimo 80% de entrada, passou para 70%.
06:19Então, o governo mudando isso aí, porque estava faltando funding.
06:23Agora, voltando funding, consegue emprestar para mais imóveis
06:27e com essa taxa aí de 1% a menos.
06:28E como o mercado imobiliário recebe a notícia dessa nova faixa,
06:34dessa faixa 4, do Minha Casa Minha Vida?
06:37De fato, é positivo?
06:38É esperado que seja impulsionado o mercado imobiliário
06:40com esse financiamento para um novo público?
06:45Com certeza, Guilherme.
06:46Como você bem ressaltou, não tanto pela diferença de juros,
06:50que é de 1%, mas mais porque está entrando novo recurso
06:55para a área imobiliária, o governo prometeu aí de antemão 15 bilhões,
07:00vai ter que ser complementado pela Caixa Econômica com mais 15 bilhões.
07:04Então, são 30 bilhões de recursos sendo injetados no mercado imobiliário,
07:09que vão fomentar não só essa faixa adicional de 350 mil a 500 mil,
07:15como todos os outros procedimentos imobiliários.
07:19Por quê?
07:20Estava faltando recurso até para a faixa 1 e faixa 2.
07:23Tem muita gente aguardando recurso de faixa 1, faixa 2, faixa 3.
07:27Estava faltando recurso.
07:28Vai voltar a ter recurso nessa faixa.
07:32Faixas maiores, acima de 500 mil também,
07:34que estava faltando recurso do SBPE, vai ter sogra.
07:39Então, vai fomentar a cadeia inteira,
07:40e não apenas esses imóveis de 350 mil, 500 mil reais.
07:44E, Pedro, na sua avaliação, houve uma demora por parte do governo
07:49em promover essa ampliação?
07:50Já poderia ter buscado novas fontes de recursos
07:53para poder ampliar há mais tempo?
07:55Demorou para que se fizesse isso?
07:58Olha, de fato, o Fundo Social do Petróleo, do Pressal,
08:02já existe há algum tempo.
08:04Então, poderia sim ter sido tomada essa ação anteriormente.
08:09O governo estava passando com esse problema de falta de recursos
08:14de poupança de FGTS.
08:16Tinha que arranjar um recurso barato, porque, convenhamos,
08:20às vezes o governo, Caixa Econômica, outros bancos emitem LCI,
08:25que são letras de crédito, só que são recursos mais caros.
08:29Recursos para financiamento do lugar tem que ser mais barato.
08:32E está aí um recurso que talvez não estava sendo bem aplicado,
08:36ou não estava tendo uma boa destinação, como a destinação habitacional.
08:41Hoje a gente tem aí uns 6 milhões de déficit habitacional,
08:456 milhões de imóveis de déficit habitacional.
08:47Então, com certeza, é uma medida boa,
08:49que sim, poderia ter sido tomada anteriormente.
08:53Pensando do ponto de vista do consumidor, do comprador, na realidade,
08:57que vai fazer aí esse financiamento para ter sua casa própria,
08:59quais os cuidados que ele deve ter, o que ele deve analisar na hora de fazer,
09:05de ver qual é o melhor financiamento, se é de fato essa faixa,
09:08a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, ou buscar algum outro.
09:11O que ele precisa estar analisando antes de fazer, de buscar um financiamento?
09:15Perfeito.
09:16Guilherme, hoje existe a figura do correspondente bancário.
09:20Um correspondente bancário, ele é um profissional que atua aprovando crédito
09:25e vendo taxa de juros em vários bancos.
09:28Então, o que é recomendável?
09:30Em vez de você ir só naquele seu banco, que você já tem costume de movimentar,
09:35perguntar quanto que eles te emprestam lá, e ficar satisfeito com isso,
09:38o que eu recomendo?
09:40Procure um correspondente bancário.
09:42Porque o correspondente bancário é aquele profissional que vai poder analisar
09:45o seu crédito em vários bancos e te indicar,
09:48esse aqui é a taxa menor.
09:51Dificilmente, às vezes, vai encontrar uma taxa melhor que a subsidiada,
09:55mas tem que procurar.
09:56Você tem um correspondente bancário geral ou você tem um correspondente bancário
10:00caixa aqui, que é o CCA.
10:01Então, procure o correspondente bancário que ele vai fazer essa análise de crédito
10:04e vai indicar qual que é o melhor banco com o menor juros.
10:09Em relação, falando mais especificamente sobre as características dessa nova faixa,
10:13uma das medidas que ela prevê ali também é o maior número de parcelas
10:19para que o comprador que faça o financiamento consiga pagar.
10:24Acho que são mais de 400, pelo que eu tinha visto,
10:26além dessa taxa de juros menor, de 10,5%.
10:29Essa também é uma medida positiva trazida pela essa nova faixa?
10:32Sim, são 420 meses, equivalente a 35 anos.
10:38Então, de fato, dilui as parcelas na modalidade SAC, que é um sistema de amortização constante,
10:45dilui essas parcelas do período maior, que passa a caber no bolso de quem está interessado
10:52do imóvel e casa própria, e quem possivelmente pode trocar um aluguel por uma parcela.
10:58Dependendo do público, do tipo do imóvel, às vezes vai conseguir uma parcela
11:02com um valor mais baixo do que o valor do aluguel.
11:07E um outro detalhe, Pedro, você comentou que o governo, para conseguir fazer,
11:12sustentar, conseguir recursos para fazer essa ampliação da faixa,
11:17editou uma medida provisória.
11:18Essa medida provisória precisaria ser aprovada pelo Congresso ainda.
11:22Perfeito, perfeito.
11:24A medida provisória, se eu não me engano, são 45 dias,
11:28prorrogável por mais 45 dias.
11:31Então, sim, para ela ser transformada em lei, tem que ser aprovada pelo Congresso ainda.
11:36Ela foi aprovada agora em março.
11:39A medida provisória ainda não passou pela sanção do Congresso, não.
11:52A medida provisória ainda não foi aprovada pelo Congresso, não foi aprovada pelo Congresso ainda.
11:58A medida provisória ainda não foi aprovada pelo Congresso ainda.
12:00Umaこんな prisão, que ele não foi aprovada pelo Congresso ainda.

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