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00:00Vamos lá. Momento escolhendo o professor Wilson. Seguinte, eu acho que tem até um questionamento, não lembro de quem foi aqui no chat. A questão é a seguinte, quando você vê vários levantamentos, várias pesquisas, cada um apontando uma tendência, surge aquela dúvida. Os caras foram comprados? A pesquisa está errada? Ah, vai ter uma diferença entre o que é o resultado da urna e o que a pesquisa aponta? Vamos lá, vamos pegar um caso concreto para a gente discutir melhor esse assunto.
00:28Matheus, coloca por gentileza aí o Datafolha, porque, vamos lá, Datafolha, enquanto nosso Valteci Freire está lá na mesa acompanhando a gente, abraço para você, Valteci.
00:38Datafolha aponta o Ricardo Nunes, foi divulgada ontem, com 27, Boulos 25 e Pablo Massal 19. Ponto. Matheus, coloca por gentileza aí a pesquisa da Quest, que foi divulgada na quinta-feira.
00:49Nunes na frente com 24, Marçal 23 e Boulos 21. Vejam aí que a Quest bota o Boulos na terceira colocação e o Marçal com quatro pontos percentuais à frente em relação ao Datafolha.
01:03E o Ricardo Nunes, ele perdeu três pontos percentuais. Vejam aí que a diferença, né, você tem aí uma tendência, né, se você juntar Ricardo Nunes com Pablo Massal,
01:14estariam mais ou menos com a mesma, com o mesmo percentual de votos, juntando os dois, né. Então, só que você tem uma variação dos votos em relação ao Marçal ou em relação ao Ricardo Nunes.
01:26Aí vem a terceira pesquisa, que foi divulgada essa semana, que é a Atlas Intel. Coloca aí por gentileza, Matheus.
01:32Essa aí é a mais adicionante, porque ela joga o Boulos na liderança com Pablo Massal em segundo e Ricardo Nunes em terceiro, né.
01:39E até a Karen Oliveira também falando sobre o Paranapesquisas. A gente nem vai entrar nela.
01:44Traz pra cá que, curiosamente, ontem eu conversei com, traz pra cá Matheus, com o Murilo Dalgo, que é presidente do Paranapesquisas.
01:53E perguntei pra ele justamente por que que é essa diferença. E eu vou lembrar o seguinte, gente, a pesquisa Atlas Intel, ela é feita eletronicamente.
02:01As pesquisas Datafolha e Quest são feitas presencialmente. Mas quem explica direitinho isso é o Murilo Dalgo, do Paranapesquisas.
02:10Matheus, coloca por gentileza aí o primeiro trecho da entrevista.
02:13Então, hoje, qual é o grande problema das pesquisas, tá? Primeiro, as formas como são divulgadas, certo?
02:20A pesquisa, ela é um instrumento de informação. Ela não deve ser um instrumento de marketing das campanhas. Começa por aí.
02:27Segundo, existem formas de pesquisa. Hoje tem formas de pesquisas telefônicas, tem formas de pesquisas pela internet, tem formas de pesquisas presenciais em pontos de fluxo, presenciais residenciais.
02:40Então, são várias maneiras de se coletar. Terceiro, se duas pesquisas que forem feitas no mesmo dia, no mesmo momento, elas derem resultados extremamente iguais,
02:50é muito difícil disso acontecer. Elas têm uma margem de erro. Elas têm uma margem de erro. E se você for ver as pesquisas especificamente de São Paulo,
02:59dos principais institutos que estão saindo, com metodologias semelhantes, todas elas estão muito próximas da margem de erro.
03:06Agora, o que acontece? A forma com que a mídia faz, a forma com que isso dá clique também, vamos ser justos, dá clique,
03:15debater instituto de pesquisa, criticar instituto de pesquisa, divulgar instituto de pesquisa, dá clique.
03:20Porque pesquisa virou a ser manchete de todos os sites. Por quê? Porque dá clique.
03:25Então, fazer manchetes bombásticas com pesquisa, dá clique. Vai ser um outro problema também.
03:31Como a mídia nos divulga, né? Mas é um outro problema. Eu não vejo muitas diferenças que está tendo das pesquisas.
03:38O problema são as pesquisas que estão dando diferenças, vamos ser justos.
03:42São pesquisas de metodologias diferentes. Não estou fazendo juízo de qual é a melhor metodologia.
03:47A melhor metodologia nós vamos seguir, vamos saber lá no final.
03:51Lá no final, quando abrir a zona, nós vamos saber qual é a melhor metodologia.
03:56Agora é cedo para falar. Ah, o cara faz pela internet aí. Não, eu discordo.
04:00A eleição passada, eu fui vítima disso. A gente discordava da maioria das grandes empresas.
04:06Eu fui vítima da mídia. Por quê? Por quê? Porque está isso, está aquilo, está aquilo.
04:11No final, nós chegamos muito próximos do que eu prefiro aguardar antes de fazer juízo final.
04:16Mas o que eu te diria é o seguinte. As pesquisas com as mesmas metodologias,
04:20elas estão dando resultados muito próximos se a gente for ver a cidade de São Paulo como base.
04:24Agora, só para a gente continuar nesse assunto, né, Rodolfo? Daqui a pouco a gente comenta com mais calma.
04:31Eu perguntei para o Murilo Hidalgo sobre a questão... Ele falou, né, nessa primeira parte da entrevista,
04:37que a gente só tem como saber se a pesquisa acertou ou errou no momento que você abre as urnas.
04:43No momento que você começa a fazer a totalização dos votos.
04:46Aí eu pego o que tem para ele. Vem cá, ô Murilo, isso significa que há uma influência direta da participação do eleitor,
04:53do cidadão que ele sai de casa ou não, daquele cidadão que resolve ficar em casa e prefere pagar uma multa eleitoral?
05:00Olha o que é que o Murilo Hidalgo fala e ele também dá um recado para você, eleitor que nos acompanha.
05:05Todas as metodologias têm vantagens e desvantagens, certo?
05:09Agora a gente vai saber, nesse momento, nessa eleição, qual foi a mais eficaz quando comparado o resultado com as urnas.
05:17Eu acho que é cedo para falar, certo? Agora tem vantagens e desvantagens.
05:21Cada metodologia aplicada, eu não faço juízo final.
05:24Ah, essa é melhor, aquela é pior.
05:26No final de cada ciclo, a gente tem um setor dentro da empresa que a gente faz comparativos.
05:31A gente vê qual das metodologias foi mais eficaz naquele momento.
05:36Mas isso é muito cedo para falar.
05:38A Paraná Pesquisas, hoje, a gente evita fazer eletrônica, a gente prefere a presencial, até o momento.
05:44Vamos ver o resultado dessas eleições, para ver se muda de opinião ou não muda de opinião, certo?
05:50Mas eu acho que ainda é muito cedo para fazer juízo final.
05:53Vamos esperar abrir as urnas de 2024 para a gente ver quais são as metodologias mais eficientes.
05:59Como eu te falei, a vantagem é de vantagens.
06:01A vantagem, a primeira vantagem da eletrônica é o custo, custo baixo a meio.
06:06Segundo, ao meu ver, pela realidade que a gente tem, abrindo as urnas, pode ser que eu mude de opinião.
06:14Vamos ver quem vai acertar mais.
06:16O que eu vejo na pesquisa presencial, você não pega tanto o engajado, o eleitor engajado.
06:25Na eletrônica, pelas nossas experiências, pode ser que tudo isso cai por terra, agora que abre as urnas.
06:32Pelas experiências que a gente tem, volta mais o eleitor engajado.
06:36Ele que é mais engajado na política.
06:38É o que é o respondente disso.
06:40Já na entrevista pessoal, vale mais a aleatoriedade.
06:45Você pega o cidadão por acaso.
06:47Se ele não quer responder, ele simplesmente recusa, pega-se outro, o mesmo perfil.
06:52Certo?
06:53Então, você tem mais aleatoriedade ao nosso ver.
06:56Exatamente.
06:57Então, quer dizer, assim, é difícil fazer juízo final.
06:59Isso que eu te diria.
07:00Abrindo as urnas, nós vamos saber, nessa eleição, qual foi o método mais eficiente.
07:05E aí, a gente vai estudar para frente, qual método vamos utilizar mais ou menos.
07:09Olha, o grande conselho, que isso é um conselho, é para a pesquisa de 35 anos, eu sempre
07:14disse às minhas, acredite nas pesquisas, mas não mude seu voto por causa das pesquisas.
07:20Não faça voto útil.
07:22Vote no candidato, principalmente nas cidades que tem dois turnos, naquele que se acredita
07:27que tem as melhores propostas para a cidade.
07:29Não faça voto útil em cima das pesquisas.
07:31Pesquisa é um instrumento de informação, não para mudar voto.
07:35Respondendo na nossa audiência, né, Rodolfo?
07:40Já perguntaram aqui, vem cá, mas qual é a melhor pesquisa?
07:43Vai depender do dia da eleição.
07:48O Murilo, ele faz o diagnóstico, que eu acho que talvez seja o diagnóstico mais interessante.
07:51Matheus, coloca por gentileza aí a Atlas Intel, porque a Atlas Intel, ela é feita por modo
07:56eletrônico.
07:57Ela puxa, como ele explicou aqui na entrevista.
08:00O eleitor engajado, ele tende a dar um resultado, ele tende a se manifestar mais na pesquisa
08:07eletrônica.
08:08Então vejam, quem são os dois mais engajados, né, Rodolfo?
08:11Guilherme Boulos, militante petista, e Pablo Massal.
08:15Ricardo Nunes, ele é aquele voto mais de centro, do eleitor raiz, daquele eleitor que
08:23não entra em treta de rede social, não briga com a família, ou coisa parecida.
08:28O eleitor do Boulos e do Massal, não, é aquele eleitor que compra a briga.
08:31E aí, vamos lá, coloca o Datafolha, porque o eleitor mais aleatório, aquele que vai
08:37definir a sua vida no sábado, que não tá pensando em eleição, né, ele é um eleitor
08:43que às vezes ele fala uma coisa pro pesquisador e na hora da urna vai exercer um outro voto.
08:49Então, por exemplo, você tem aqui o Ricardo Nunes na liderança e o Guilherme Boulos
08:51em segundo, com o Pablo Massal em terceiro, quer dizer, você vê que o Pablo Massal, que
08:55é o ser mais engajado, na pesquisa presencial do Datafolha, ele já aparece na terceira
08:59colocação.
09:00Ou seja, Rodolfo Borges, a gente tem que analisar a pesquisa pelo filme, não adianta fazer
09:08uma foto e imaginar que a gente tem um cenário e pesquisa, gente, só ratificando.
09:13Não é exercício de vidência, é análise de tendência.
09:18E é isso que às vezes a gente, inclusive nós jornalistas, acho que é uma coisa que
09:22inclusive a gente erra.
09:23E é nesse ponto que eu quero realmente fazer a minha culpa.
09:25Acho que nós jornalistas também erramos nesse ponto.
09:28Pesquisa é tendência, não é prognóstico, né, meu caro?
09:32É, a gente tem até tentado isso, assim, desde a eleição de 22, a gente tem tentado não,
09:37a gente não mancheta o número.
09:40Porque o número, ele diz pouca coisa.
09:41O 22, 19, realmente se você for pegar a margem de erro, essas pesquisas estão todas,
09:46todas, todos os candidatos estão no mesmo universo de 20% ali, né, é um pouquinho
09:51mais pra baixo, um pouquinho mais pra cima.
09:53Agora, eu sou um pouco, assim, digamos, mais pessimista do que o Murilo Hidalgo, eu não
09:59acho que nem o resultado da eleição vai mostrar qual que é a melhor pesquisa.
10:05Porque, assim, teoricamente a melhor pesquisa é aquela que for feita mais tarde, né, porque
10:12assim, se você publica uma pesquisa na quinta, na quarta-feira antes da eleição e sai uma
10:16no limite, na quinta ou na sexta, ela já pode dar um resultado diferente, porque ela
10:21pode não ter pegado ali, ou detectado um último movimento, e aí vai estar distante.
10:27Pra ficar no histórico, o Atlas Intel, por exemplo, é um, o Atlas Intel é um instituto
10:32que tem se notabilizado nas últimas eleições, não só no Brasil, por ter, e aí entre aspas,
10:38acertado mais resultados. Mas aí tem essa questão que a gente falou, se você pega o
10:44Marçal super destacado, ou ainda subindo, na Atlas Intel, que é feita por internet, e
10:49portanto, digamos que o eleitor envergonhado, ah, eu quero votar no Marçal, mas não quero
10:54que fiquem sabendo que eu vou votar nele. Ele se sente mais livre ali, porque ele não
10:57tá falando pra uma pessoa que tá entrevistando ele. E aí, é curioso, porque na data folha
11:02que é feito presencialmente no meio da rua, ele aparece em terceiro nessa...
11:06Então, assim, o mais importante, eu acho, né, nesse contexto, é saber da metodologia.
11:11Se você quiser saber mesmo, né, se você quiser, ah, em qual pesquisa eu posso, devo
11:16confiar mais, você tem que dar uma busca à metodologia, que é o que a gente tá fazendo
11:19aqui agora. Então, assim, você confia mais a partir de que perspectiva, né? Nessa de que
11:24o eleitor, tem um eleitor envergonhado, por exemplo, que vai falar um voto e vai votar
11:29outro, né? Então, assim, você tem que ponderar. O ideal é pegar todas e ir analisando
11:35as tendências, comparando. E aí, lembrando que o Hidalgo falou que eu acho que é muito
11:39difícil de resistir, mas é, não se... Tente não se influenciar pelo que as pesquisas
11:44estão indicando. Porque elas podem, inclusive, estar erradas, no sentido de que elas não
11:49pegaram um movimento específico, não notaram alguma particularidade de um eleitorado,
11:56né? Então, assim, sejamos responsáveis na divulgação, mas também no voto, né?
12:01Não, exatamente, né, Rodolfo? Essa é a questão. Quer dizer, você tem... Pesquisa também
12:07erra, né? Somos humanos, somos passíveis de erro. Falando em... Mas mudando a chave,
12:15né? Algo que, se você não quer cometer um erro hoje, não perca. Não perca a sabatina
12:21com o Pablo Massal, né? Olha o gancho que o Wilson dá aqui. Sabatina com o Pablo Massal
12:26hoje às 7h30, aqui em um antagonista, sendo conduzida pelo grande Carlos Graeb e pelo
12:30Filipe Moro Brasil. Eu até pedi pro Graeb pra ele participar hoje no meio-dia, mas
12:33falou, Wilson, eu vou estar concentrado aqui na sabatina do Pablo Massal. Então tá lá
12:36o Graeb, concentradíssimo, preparando as perguntas. Filipe, pra mim, preparando os seus
12:40questionamentos. Então, não perca. 7h30 hoje, sabatina com o Pablo Massal.
12:56Tchau.
12:57Tchau.
12:58Tchau.
12:59Tchau.
13:00Tchau.
13:01Tchau.

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