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No episódio 23 do Sala Antagonista, Rodrigo Oliveira recebe o CEO da Flixbus no Brasil, Esdon Lopes. Confira os melhores momentos da conversa.
Confira a playlist do Sala Antagonista; https://www.youtube.com/watch?v=b3bObfYZpCo&list=PLBWt6qhMOyalCJXyuilvEqRRNMXa4_K4q

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Transcrição
00:00Existe um grande movimento para barrar a entrada da gente.
00:04Hoje existem empresas que dominam o setor há tempos.
00:09Rodrigo, para te dar um dado, 80% das linhas no Brasil são monopolizadas ou oligopolizadas.
00:14Ou seja, você tem uma ou duas empresas.
00:16Essas empresas estão acostumadas a trabalhar com um nível de margem que não é feito para a competição.
00:21E aí se leva ao quê? Ao envelhecimento das frotas.
00:23Acabou de sair o anuário da NTT.
00:25As frotas, na média, são mais novas para o transporte regular, ou, desculpa, no fretamento do que no transporte regular.
00:32Mas as empresas de fretamento que querem operar no regular não podem.
00:35Enquanto isso, a agência reguladora aprova que, em alta estação, sejam utilizados os ônibus antigos.
00:40Indo de encontro ao discurso de segurança da própria agência.
00:43Então, assim, hoje, e eu nem culpo, os técnicos da NTT são brilhantes, eu não estou nem entrando no mérito da agência reguladora, tá?
00:48Estou falando só que a influência do setor, que tem seus méritos, que construiu uma história no Brasil,
00:54é tão grande que fica difícil de você inovar nesse setor.
00:57Mas a gente está se saindo muito bem com todos os desafios aí que tem.
01:00Alguns desses operadores, eles também estão sofrendo pressão enorme dos grandes grupos aí.
01:05Ele tenta, ele conseguiu uma linha para a Operação Paulo-Rio de Janeiro.
01:07Ele vai lá, ele lança dois horários, o pessoal coloca dois horários em cima dele, reduz os preços, matou a margem dele.
01:13A gente tem fôlego para aguentar isso até a marca ficar conhecida.
01:16Tem um grande diferencial de você ser dono de um pedaço pequeno de um bolo grande,
01:19você ser dono de um bolo grande, ou de um pedaço grande de um bolo pequeno.
01:22Não tem nada mais difícil para a empresa, Rodrigo, do que não ter uma veia de inovação.
01:27Se você não é obrigado a inovar, um dia você vai ser obrigado a inovar, tá?
01:32Então, assim, se você não cria uma metodologia de estar pensando,
01:35se você não tem competição, se o cliente é obrigado a usar você e ele não quer usar o seu serviço,
01:39porque tem outras opções, significa, assim, que um dia isso vai acontecer e você vai ter problema.
01:45Na arte, às vezes fazer dez vezes o tempo necessário para executar uma tarefa,
01:50para sair de 99% para 100%, é o que faz o John Coltrane no jazz, é o que faz, enfim, o B.B. King no blues.
01:59É esses dez vezes a mais de tempo de ineficiência, que levam à perfeição, à semi-perfeição,
02:06que fazem a música chegar na excelência.
02:09No negócio, não. É você fazer dez coisas a nota 9, no tempo de fazer uma nota 10.
02:16Essa diferença entre produtividade e excelência na arte é uma coisa muito diferente.
02:21Eu gosto muito de trazer essa reflexão quando eu falo de arte, falo de negócio.
02:24Quando eu vou falar de negócio agora, e aí com semelhanças, né?
02:30No mundo dos negócios, a gente nem sempre tem a resposta para as perguntas que a gente consegue.
02:34E, às vezes, tem até um quê de intuição.
02:35A gente tenta ter o máximo de dados possíveis, mas tem perguntas que a gente tem que responder rápido
02:40e tomar decisão sem todos os dados.
02:42E aí tem uma coisa quase que intuitiva.
02:44Isso me lembra, de alguma forma, e eu não tenho explicação científica para isso,
02:47mas a intuição que eu tenho na hora de criar música.
02:49Isso é um negócio bem maluco e é até meio intangível para alguém de exatas,
02:53mas é uma sensação muito única que eu tenho.

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