- ontem
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) formou maioria nesta terça-feira, 9, contra a cassação do senador Sergio Moro, da União Brasil, após o voto do desembargador Anderson Ricardo Fogaça. Também se posicionaram contra a perda de mandato de Moro os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza (relator da ação), Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz.
Indicados por Lula ao TRE-PR, os desembargadores Julio Jacob Junior e José Rodrigo Sade votaram pela cassação do senador, acusado de irregularidades nas campanha eleitoral de 2022.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos falar do julgamento do Sérgio Moro, que teve uma nova etapa lá no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, o TRE-PR, indicado por Lula Corte.
00:10A gente sempre sabe como vão votar os indicados do Lula.
00:13É assim, a justiça no Brasil.
00:17A gente sabe como votam aqueles que vêm por uma indicação política de pessoas que têm algum interesse em determinada pauta ou no processo de algum desafeto ou aliado.
00:31Então, indicado pelo Lula a corte, o desembargador eleitoral Júlio Jacobi Júnior votou nessa terça-feira pela cassação do senador da União Brasil.
00:40Ah, que surpresa!
00:42Não, mas é tudo técnico, não é mesmo? No Brasil, olha só.
00:45Olha só, os dois indicados pelo Lula votaram contra o Sérgio Moro. Por que será?
00:51Será que é porque o Lula tem horror do Sérgio Moro, prometeu se vingar do Sérgio Moro,
00:56falou em diversas entrevistas que iria se vingar, que esse pessoal aí da Lava Jato ia ter que tomar remedinho para dormir,
01:06ia ter que provar do próprio veneno.
01:09Em vez de dar o braço a torcer, em vez de assumir que não deveria ter relação imobiliária com empreiteiras do Petrolão, ele falava isso.
01:18Fala até hoje.
01:19Porque o que as autoridades patrimonialistas do Brasil não gostam é de que os esqueletos do seu armário venham a público.
01:29Então, as pessoas que trazem a público o esqueleto do armário ou que simplesmente julgam o esqueleto que dezenas e dezenas de agentes e procuradores trouxeram a público,
01:42essas pessoas viram alvo de vingança.
01:45Então, não foi surpresa para quem acompanhou.
01:48Eu citei aqui ontem no programa, inclusive, artigo meu de tempos atrás, citando o reportagem da Folha.
01:56A Folha fez esse bastidor.
01:58Eu chamei a atenção e fiz uma análise lá contextualizada,
02:03de que o Júlio Jacobi fez um périplo por Brasília.
02:07Foi lá, vários gabinetes, conversou com petistas, com as pessoas ali, chave,
02:15para que ganhasse a indicação, acenando que ele poderia dar um voto divergente do relator,
02:23que daria o voto contra a cassação do mandato do Sérgio Moro.
02:27Portanto, a favor do Moro.
02:28E ele falou, posso dar o voto divergente, de acordo com a matéria da Folha.
02:33E o que aconteceu?
02:34De uma maneira surpreendente, estou sendo irônico, é claro.
02:38Ele foi indicado pelo Lula.
02:40E hoje, olha só que surpresa.
02:43Parece até a votação que envolve o Toffoli e o petista.
02:47E aí, ele vota a favor do petista.
02:51Envolve o Toffoli e um desafeto.
02:54Então, agora foi isso.
02:56O Júlio Jacobi Jr., votando em relação ao Moro.
02:58Claro que é contra o Moro, a favor da cassação do mandato.
03:01Com isso, o placar ficou em 3 a 2, contra a perda de mandato de Moro.
03:07Três embargadores votaram a favor do Moro.
03:10Votaram para que se mantenha o mandato dele.
03:12E os dois, indicados pelo Lula, votaram pela cassação.
03:17Vamos acompanhar um trecho do voto de Júlio Jacobi Jr.
03:20Solta aí, que esse programa é muito generoso.
03:21Se a sua notariedade era suficiente para ser conhecido como candidato e para vencer as eleições, como fez parecer a defesa,
03:30por que houve necessidade de utilização do limite de teto de desgastos durante a campanha eleitoral?
03:35Conforme consta a precisão de contas trazida nos autos.
03:37Se as pedras, se até as pedras sabiam quem era o Sérgio Moro, certamente não precisaria de tamanha e intensa pré-campanha como foram feitas, e muito menos os gastos realizados.
03:51Sr. Presidente, o senador Sérgio Moro é o cidadão que mais gastou dinheiro para a campanha do Senado.
04:01Ninguém chegou próximo ao gasto dele.
04:07O relatório, e eu estou falando do gasto oficial em campanha.
04:14Você vê, Graebi, a dificuldade de se construir um argumento.
04:19Ele fala, ele acelera, ele vira, ele faz uma postura teatral, ele costa a cabeça, assim, e você fica procurando, mas cadê o argumento?
04:27Porque tudo isso, nas 231 páginas do relator, foi analisado minuciosamente, item por item, mostrando como cada elemento da acusação se encaixa nas regras existentes,
04:46e como não há determinadas regras que a acusação parece querer inventar para poder enquadrar o Sérgio Moro como alguém que teve um gasto excessivo,
04:59sem que haja ali o devido parâmetro e nem sequer um parâmetro comparativo com o de outras campanhas nos autos.
05:07E ele fala assim, não, o senador foi o que mais gastou, pronto, acabou, tchau, esse é meu voto.
05:12Estou entregando aí, conforme os interesses de quem a gente sabe que tem.
05:21Só para lembrar, o outro voto pela perda do mandato foi do José Rodrigo Sade, também indicado pelo Lula,
05:27e o desembargador relator, Luciano Carrasco Falavinha Souza,
05:31que foi acompanhado pela Cláudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Dens.
05:37É, Felipe, é isso, né? O roteiro não fugiu do que estava projetado, né?
05:44Agora, enquanto você estava falando, eu estava vendo se tinha alguma novidade.
05:48Tem uma reportagem no Globo dizendo que o sexto juiz a votar,
05:56deixa eu ver o nome dele aqui, Anderson Fogaça,
05:59apontou, indicou no início do seu pronunciamento,
06:06que iria acompanhar o relator Luciano Falavinha.
06:11Com isso, se fecharia com 4 a 2.
06:16Daí ficaria faltando o voto do presidente da corte, o Sigurd, né?
06:20Mas, enfim, eu não estava acompanhando o julgamento agora durante a tarde.
06:28Então, eu acho que não indicou-se ontem qual seria a tendência, né?
06:36E vamos ver, continua agora, a novela continua no TSE, né?
06:40É isso aí.
06:45Estou vendo aqui se tem alguma última informação a respeito desse caso,
06:48mas é isso aí.
06:49Os dois indicados pelo Lula votaram contra o Moro,
06:51os outros três votaram a favor e agora o presidente vai dar o seu voto.
06:57Tem essa sinalização de que seria favorável ao Moro também,
07:02mas o TSE é que provavelmente vai decidir.
07:05Vamos ver qual vai ser a postura do PL, do Bolsonaro.
07:09Havia aí uma questão de bastidor, de o PL não entrar com essa apelação no TRE,
07:16mas o PT certamente vai entrar.
07:19Aliás, opa, acabou de sair aqui.
07:21Espera aí, deixa eu ver.
07:23Deixa eu ver aqui se tem uma informação complementar a respeito disso.
07:27Nossa produção está mandando.
07:33Vamos ver aqui.
07:35Se formou maioria, né?
07:39É isso.
07:40Ah, já está em 4 a 2.
07:42Já está, né?
07:43Já está em 4 a 2.
07:44Portanto, já houve aí a...
07:47Não sei se foi a antecipação do voto ou o voto completo,
07:51mas já está aqui, acabou de sair a notícia
07:54de que o presidente, portanto, vota a favor do Sérgio Moro, 4 a 2.
07:59O Moro vence no TRE.
08:01Desculpa, Felipe.
08:02Foi o Fogaça que votou.
08:05Falta ainda o voto do presidente.
08:07Falta o presidente.
08:08É, tem mais um, então.
08:09Foi o Anderson Ricardo Fogaça.
08:12Isso.
08:12O Anderson Ricardo Fogaça, portanto, votou junto com o relator,
08:17com a Cláudia Cristina e com o Guilherme Frederico, 4 a 2.
08:19O presidente não pode formar uma maioria contrária.
08:23No máximo, ele vai diminuir a diferença para a vitória.
08:27Sérgio Moro está com o seu mandato mantido por enquanto,
08:30mas o PT vai entrar no TSE.
08:32O voto do presidente não vale dois.
08:33Diga, Greg.
08:33Eu estava lembrando da conversa que a gente teve hoje na reunião de pauta.
08:39Em tese, ao subir o caso para o TSE, já não é mais momento de se discutirem as provas,
08:49a materialidade da história.
08:52Seria o caso de discutir se tem alguma, não sei, questão mesmo puramente jurídica, puramente legal.
09:02E daí abre-se a questão.
09:07Se o TSE não viu materialidade para caçar,
09:11analisando as provas a fundo, detalhadamente,
09:15chegou à conclusão de que não havia um jeito de determinar a caçação,
09:21o TSE, para caçar, vai ter que fazer uma ginástica argumentativa.
09:28Eles sabem fazer, né?
09:29Fizeram um baita de um duplo, triplo, quádruplo tweet cascarpado aí, né?
09:35No caso do Danaiol.
09:37Vamos ver o que eles vão inventar no caso do Moro.
09:40É.
09:42E nesse caso, inventar é muito fácil.
09:45É o que o PT fez, é o que o PL fez, é o que o Podemos reforçou.
09:48Você joga lá um monte de números, você fala assim,
09:51ah, não, eles tiraram esses aqui, mas esses aqui servem.
09:53Pronto, acabou.
09:55Que história é essa de que não tem parâmetro?
09:58Eu tenho parâmetro, sim, vamos dizer que o parâmetro é tal.
10:01Então, é isso.
10:02Podia gastar, sei lá, 800 mil.
10:04Gastou 800 mil e um, está caçado.
10:05Pronto, acabou.
10:07O risco...
10:08Se tiver vontade política e, eventualmente, falta de vergonha na cara,
10:15sempre se pode tomar uma decisão contrária a um desafeto.
10:18O risco é esse, né?
10:20Eles inventarem um critério que, daí, se não existir o critério passar a ver agora,
10:26deveria valer daqui para frente.
10:28Mas inventarem o critério e usarem o critério criado nesse caso para penalizar a campanha do Moro.
10:36Também não seria surpresa, se fizesse.
10:39É, o que a gente estava falando, que é legislar para punir.
10:43Quando você tem uma lacuna de parâmetro, por exemplo, mas, enfim, uma lacuna legislativa,
10:51ou a única lei que tem, ela favorece o alvo da ação,
10:59a única coisa que você pode fazer é indicar que deveria haver uma lei
11:04que caberia ao Congresso Nacional elaborar,
11:08porque, se não, vários outros casos podem recair nesse problema
11:12e, aí, o tribunal fica sem saber o que fazer.
11:17Agora, o tribunal não pode legislar.
11:19E legislar para punir é uma dupla, é uma dupla imoralidade.
11:27Porque você está punindo alguém por ter descumprido uma lei inexistente
11:33que você está criando no exato momento da punição.
11:37Então, isso é um absurdo completo.
11:39Isso ficou muito claro no caso do Deltan Dalanhol.
11:41Repito aqui pela enésima vez, porque, assim, eu acho muito ilustrativo,
11:45acho importante repetir.
11:46Agente do Ministério Público, que pede exoneração do Ministério Público,
11:52sem procedimento administrativo disciplinar aberto, está elegível.
11:58Se pede exoneração com procedimento administrativo disciplinar aberto,
12:03fica inelegível.
12:05Não pode se candidatar.
12:06Pode até pedir exoneração, mas não pode se candidatar.
12:08Então, a única pergunta do caso do Deltan é
12:12havia procedimento administrativo disciplinar aberto?
12:15A resposta é não.
12:16Logo, ele estava elegível.
12:18Essa é a regra.
12:19A regra existente.
12:21Mas aí, eles inventam uma regra e punem o desafeto do sistema.
12:28E, no caso do Moro, há diversas manobras como essa
12:32que foram apontadas pelo relator Luciano Carrasco.
12:35Que não aconteceu.
12:35E, no caso do Moro, há diversas manobras como essa
12:38que foram apontadas pelo relator Luciano Carrasco.
12:39E, no caso do Moro, há diversas manobras como essa
12:42que foram apontadas pelo relator de todos os hipólios.
12:44Música
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