- ontem
Após a vitória no TRE do Paraná, Sergio Moro celebrou na terça-feira, 9, o “julgamento técnico e impecável” na Corte e afirmou que o “tribunal representa um farol da magistratura frente ao poder político”.
Ontem, o TRE absolveu, por 5 votos a 2, o senador da União Brasil no processo movido pelo PL do Paraná e a coligação de esquerda liderada pelo PT para cassar seu mandato sob a acusação de abuso de poder econômico.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos em frente, falar da vitória de Sérgio Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
00:04É óbvio que, como ele mesmo disse, o assunto não acabou, o PT deve apelar ao Tribunal Superior Eleitoral,
00:10onde tem um monte de aliados. Então, em termos políticos, você teria uma tendência de derrota para o Sérgio Moro no TSE.
00:21Só que a base técnica exposta no TRE, ela torna o contorcionismo mais descarado.
00:31O que acontece, tradicionalmente, é que as autoridades no Brasil, quando elas têm vontade política de fazer algo,
00:37elas não têm muito pudor em serem tão descaradas.
00:41Então, vamos aguardar os próximos capítulos.
00:43Mas o capítulo agora é essa vitória no TRE do Paraná,
00:47que absolveu por cinco votos a dois indicados do Lula.
00:52Foi assim que eu dei o placar ontem.
00:55Cinco desembargadores contra dois indicados do Lula.
00:59Como comentou o nosso Rodolfo Borges, isso aí é pior que unanimidade.
01:04Porque é mais constrangedor, repito, se essas pessoas ficassem constrangidas.
01:11Aquelas que atacam o Sérgio Moro, que fazem qualquer tipo de manifestação sem a base nos elementos fáticos.
01:23Nós aqui defendemos fatos objetivos, a análise em cima deles, os limites do que se pode concluir.
01:31É isso que nós fazemos em todos os casos.
01:34Agora, o que se vê quando se liga a TV e o rádio no Brasil é manifestação de amor e ódio em relação a determinadas autoridades.
01:42Os analistas agora ficam de um lado ou ficam do outro.
01:45Eles não fazem mais jornalismo, que é você botar a bola no chão,
01:48você entender o tabuleiro político também, etc.
01:52Mas o que aconteceu no caso específico?
01:56E fazer a devida análise.
01:58E aí, se você tem gente com poder, querendo atropelar os fatos objetivos,
02:03para perseguir, caçar mandato de gente que tem muito menos poder,
02:08bom, aí a gente tem que expor isso também.
02:10Fazer a devida crítica, fazer as devidas ironias, inclusive.
02:14E é o que a gente faz.
02:16Então, o senador, nesse processo aí de tentativa de caçação do seu mandato
02:22sob acusação de abuso de poder econômico, acabou conseguindo essa primeira vitória.
02:28Durante a coletiva em Brasília, na terça-feira, dia 9,
02:32o Moro celebrou o julgamento técnico e impecável.
02:35Foram as palavras que ele usou no TRE do Paraná
02:37e afirmou que o tribunal representa um farol da magistratura frente ao poder político.
02:43Isso é uma frase muito importante, justamente por causa do placar.
02:45Cinco desembargadores contra dois indicados do Lula.
02:48Vamos acompanhar.
02:49A juíza em Curitiba, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná,
02:55em julgamento técnico e impecável,
02:59rejeitou as ações que buscavam a caçação do mandato de senador
03:03que me foi concedido pela população paranaense.
03:08Na data de hoje, o tribunal representa um farol
03:13para a independência da magistratura frente ao poder político.
03:19Juízes, desde que independentes e sujeitos apenas à lei,
03:24são a garantia da liberdade.
03:27A independência da magistratura,
03:30nas palavras do grande Rui Barbosa,
03:32patrono, aliás, do Senado Federal,
03:36constitui a alma e o nervo da liberdade.
03:39O TRE preservou a soberania popular
03:44e honrou os votos de quase 2 milhões de paranaenses.
03:48Muito bem, como eu falei em primeira mão aqui nos últimos dias,
03:56no Papo Antagonista, porque eu soube de bastidor,
03:59o PL, partido Jair Bolsonaro,
04:02não deverá recorrer da decisão do TRE sobre o Moro.
04:06Parece que houve ali essa promessa.
04:10Nós tentamos caçar o seu mandato, mas tudo bem.
04:12A segunda, se a gente não conseguir na primeira,
04:15beleza, a gente não faz a segunda, não.
04:17Vamos fazer aí uma no gravo, outra na ferradura.
04:21Vamos ver se eles vão cumprir isso,
04:22mas a tendência é essa,
04:24houve uma articulação nesse sentido.
04:27Greve.
04:28O que ficou claro de toda essa história
04:30é a instrumentalização política da justiça eleitoral.
04:34E esse escândalo foi naturalizado no Brasil.
04:40Quer dizer, o próprio processo de indicação por parte de um presidente,
04:44ele precisaria ser revisto,
04:47porque o Lula prometeu se vingar do Sérgio Moro,
04:51e aí ele escolheu a dedo, evidentemente,
04:54desembargadores que ele sabia que iriam julgar o Sérgio Moro.
04:58E, obviamente, ele só escolheu aqueles
05:00que ele entendeu que votariam contra o Sérgio Moro.
05:04Para não dizer outra coisa, né?
05:06Para dizer que ele entendeu que essa era a inclinação.
05:10Tem um que foi objeto de matéria da Folha de São Paulo,
05:13que eu repercuti e analisei na ocasião,
05:17que é o Júlio Jacob,
05:20que tinha feito um périplo por Brasília.
05:23Ele tinha passeado lá,
05:24conversado com um monte de gente ligada ao Lula,
05:27para garantir que ele poderia dar o voto divergente
05:30em relação ao do relator.
05:32Quer dizer, e ganhou o cargo.
05:36Então, o sujeito é nomeado
05:38com uma decisão
05:43já pré-estabelecida
05:46que ele vai tomar no tribunal.
05:49Independentemente dos elementos em jogo,
05:51daquilo que vai aparecer ao longo do processo,
05:54do que pode aparecer de argumento
05:56de um colega a respeito de um elemento
05:58sobre o qual o desembargador não tinha pensado.
06:00quer dizer, você vai para um processo
06:02com uma certa abertura,
06:04para analisar os fatos específicos.
06:06Agora, tem gente que não.
06:08Tem gente que já chega no cargo
06:10com uma missão
06:13e aí entrega.
06:15Entrega aquilo que o seu padrinho
06:19entendeu, para dizer o mínimo,
06:21que ele iria fazer.
06:22Então, não tem nenhum episódio,
06:25talvez, nessa história recente,
06:26seja mais emblemático do que esse.
06:27É claro que tem o julgamento do Lula.
06:29Todos os indicados por ele
06:31votaram a favor dele
06:32e aí você teve mais os votos
06:35dos ministros
06:37alinhados a outros políticos
06:39alvos da Lava Jato também.
06:41Por exemplo, Gilmar Mendes
06:42mudou de posição a respeito
06:43da operação e diversas
06:45regras que estavam sendo usadas
06:48para o combate à corrupção
06:49depois que ela atingiu
06:50o Aécio Neves,
06:51do PSDB,
06:53em cujo governo
06:53ele foi indicado também.
06:55Então, o Dias Toffoli,
06:57que foi indicado pelo Lula,
06:57o Ricardo Lewandowski,
06:59que foi indicado pelo Lula,
06:59a Carmen Lúcia,
07:00que foi indicada pelo Lula.
07:02No final, todos votaram
07:03a favor do Lula.
07:05E isso as TVs,
07:06geralmente,
07:07nem sequer mencionam.
07:09Você imagina hoje
07:10como é que estava o clima
07:11naqueles programas
07:13de análise despertina
07:15na TV,
07:17depois de eles terem lavado
07:19todas as narrativas
07:20contra o mandato
07:21do Sérgio Moro
07:22e elas terem sido demolidas
07:25tecnicamente
07:26por cinco desembargadores.
07:28A começar, evidentemente,
07:30em maiores detalhes,
07:31231 páginas
07:33pelo relator Luciano Carrasco.
07:35Imagina,
07:36as pessoas estão lá há meses
07:38dizendo que é um absurdo
07:39o que ele fez
07:40nessa pré-campanha
07:41e nessa outra
07:42e nessa outra.
07:43E aí, gasta,
07:44e achou que podia
07:45e é um aloprado
07:47por causa disso e daqui,
07:48vai lá o cara e fala
07:49está tudo normal aqui.
07:52Se é assim,
07:52sempre foi assim,
07:53você faz para a campanha
07:54para um caso,
07:55depois você desist,
07:55você faz para o outro,
07:56etc.
07:57O que importa é isso aqui,
07:58o que a lei prevê é isso aqui,
07:59em relação a isso aqui
08:00não existe lei,
08:02não tem parâmetro,
08:03etc.
08:03Então, está tudo certinho.
08:05Foi isso que o TRE colocou.
08:08Mas,
08:09agora,
08:09eles vão esperar o quê?
08:10A decisão política
08:11articulada pelo Moraes
08:13no TSE,
08:14que nem aconteceu
08:14no caso do Deltan Dallagnol,
08:15e aí vão fingir
08:17que essa sim
08:18foi a decisão técnica.
08:19Porque o que está acontecendo
08:20no Brasil é isso,
08:22eu tinha comentado aqui
08:22no papo.
08:24Foi quando o Gilmar
08:25falou a respeito,
08:26o Deltan Dallagnol
08:27comentou também,
08:29e nós mostramos
08:29o vídeo dele,
08:32de um relatório
08:34da Corregidoria
08:34do Ministério Público Federal,
08:36que não tinha encontrado
08:37irregularidade nenhuma
08:38e o Gilmar
08:39estava atacando
08:40o relatório
08:41da Corregidoria,
08:42e, obviamente,
08:43a Corregidoria
08:44que é a autora,
08:45por não ter encontrado
08:48irregularidade,
08:49já que ele,
08:50Gilmar,
08:50vê inúmeras irregularidades
08:52nos casos
08:54que diziam respeito
08:55lá na Operação Lava Jato.
08:57Então, assim,
08:58todas as decisões técnicas,
08:59seja da área técnica
09:00do TCU,
09:02seja da Polícia Federal
09:03da época da Lava Jato,
09:05seja dos procuradores,
09:06seja do juízo
09:07de primeira instância,
09:08seja do TRF4,
09:10elas são tidas
09:11como grandes
09:11com luz políticos.
09:12e os verdadeiros técnicos
09:14da República do Escambo
09:16são os ministros
09:18indicados por políticos.
09:20Então, parece que agora
09:22está se criando um clima
09:24para que haja
09:25essa narrativa,
09:26mas ficou um tantinho
09:28mais constrangedor
09:29para que isso acontecesse
09:30e a gente precisa expor.
09:32Quer dizer,
09:33cinco desembargadores
09:35contra dois só.
09:36Os únicos que votaram
09:38contra o mandato
09:39do Sérgio Moro
09:39foram os indicados
09:41pelo Lula,
09:41que prometeu se vingar do Moro.
09:43Que coisa mais
09:44ilustrativa,
09:46emblemática,
09:47ridícula,
09:48patética do que isso.
09:50Greve.
09:53Olha o microfone.
09:57O papagaio e o cachorro
09:59estavam brigando
09:59aqui em casa.
10:00parece que criaram
10:03um novo modelo
10:04de nomeação.
10:06É a nomeação
10:07por empreitada.
10:09Que nem você contrata
10:10pedreiro
10:11para fazer
10:12ou reformar
10:13o meu banheiro.
10:14Não, agora você
10:15recontrata,
10:17você nomeia
10:17o juiz
10:19para cumprir
10:20uma missão específica.
10:22Onde é não, Moro?
10:22Vai lá, vocês dois.
10:24Eu nomeio
10:25por empreitada.
10:28Não deu certo.
10:29e expôs,
10:30como você bem disse,
10:32esta
10:34coisa esquisita.
10:40E agora vão tentar,
10:41como você disse mesmo,
10:42tentar fazer prevalecer
10:43a ideia
10:44de que os nomeados
10:45politicamente
10:46às vésperas
10:48do julgamento
10:48são
10:49os isentos,
10:52enquanto os outros
10:53cinco
10:53que não foram nomeados
10:56às vésperas
10:57desse julgamento
10:57que já estão lá
10:58cumprindo as suas tarefas
11:00e tal,
11:01ou pelo menos
11:02não por influência
11:03direta
11:04dessa ou daquela
11:06autoridade,
11:07vão dizer que esses
11:08é que são os malucos,
11:09os que são,
11:10estão querendo puxar
11:12a sardinha
11:12para um lado.
11:13Não vai dar certo,
11:14Felipe.
11:16Agora,
11:17eu queria chamar a atenção
11:19sobre um detalhe
11:20interessante também
11:21desse julgamento.
11:22um dos aspectos
11:24é que
11:25não se chegou
11:26sequer
11:28a um número
11:30comum
11:31para aquilo
11:33que seria
11:34o gasto
11:35de pré-campanha
11:36do Moro.
11:37Cada um dos ministros
11:39fez um cálculo
11:39diferente,
11:41com variações
11:42enormes
11:43entre os valores.
11:46Sei lá,
11:47teve gente que falou
11:47que ele gastou
11:48300 mil,
11:49400 mil reais
11:50em pré-campanha,
11:51teve outro que falou
11:51que ele gastou
11:521 milhão e 200.
11:54Ou seja,
11:56isso demonstra
11:57que existe
11:57um vácuo
11:58absoluto
11:59em relação
12:00à compreensão
12:02ou à delimitação
12:04do que seja
12:05a pré-campanha
12:06e de como
12:07devem ser feitos
12:09os gastos.
12:11Existe uma tese,
12:13mas não é uma tese
12:15como mostra
12:16esse julgamento,
12:17que está assentada,
12:18que é de aceitação
12:20comum
12:21por todos
12:22a justiça eleitoral
12:25e, sobretudo,
12:26em instâncias superiores
12:28da justiça eleitoral,
12:29como é um TRE.
12:31Tem essa tese
12:32de que o limite
12:33deveria ser 20%
12:35do gasto total
12:37da campanha,
12:37mas onde está escrito isso?
12:40Existe,
12:40existe alguma
12:41jurisprudência
12:42falando que
12:42essa seria
12:43uma boa medida.
12:44se o TSE
12:47vier com a conversa
12:49de que 20%
12:51é a regra
12:52escrita na pedra,
12:54não é verdade.
12:57Eles vão estar
12:58legislando
12:58em torno dos 20%,
13:00mas não existe
13:01certeza nenhuma
13:02no Brasil,
13:03na justiça eleitoral
13:05brasileira,
13:06sobre essa regra.
13:07O que existe
13:08é vácuo,
13:09incerteza,
13:10certo?
13:11E esta é uma
13:13das principais razões
13:14porque não é possível
13:16apontar um abuso
13:17do Sérgio Moro.
13:20Eu já disse isso aqui,
13:21olha,
13:22meses atrás,
13:23eu não sou especialista
13:24em direito eleitoral,
13:26meses atrás,
13:27de toda a conversa
13:28que eu ouvia,
13:29parecia que o caso
13:30do Moro
13:30era um caso
13:31difícil para ele.
13:33Mas não,
13:34é muito convincente
13:36e é muito ilustrativo
13:37o que aconteceu
13:38nesse julgamento.
13:39não existe
13:41base
13:41legal
13:43e jurisprudencial
13:45para se dizer
13:46com clareza
13:46que houve abuso,
13:47então ele não pode
13:48ser punido.
13:49Eu fui um senador
13:50eleito com um monte
13:51de votos.
13:52É preciso respeitar
13:53esses votos
13:54se não existe
13:55uma causa
13:56absolutamente
13:57clara
13:58e pacífica
13:59para dizer
14:00que houve
14:00uma ilegalidade.
14:02A ausência disso
14:02tem que ficar,
14:04tem que ficar,
14:06a menos
14:06que o TSE
14:07faça uma
14:08das suas margens.
14:09TSE
14:10TSE
14:11TSE
14:11TSE
14:11TSE
14:12Legenda Adriana Zanotto
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