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O coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo José Vicente da Silva Filho afirma em conversa para o Crusoé Entrevistas de que não há evidências de que ações sociais tenham capacidade de reduzir a criminalidade. A ineficiência dessas medidas derruba a ideia de que a pobreza leva as pessoas à criminalidade. Essa tese tem sido defendida nos últimos dias pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso e pelo presidente Lula. 
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Transcrição
00:00A esquerda tem uma tendência muito forte de colocar a questão da violência com uma raiz social.
00:08Ou seja, se eu quiser cuidar da violência, a redução da violência, a prevenção da violência,
00:12eu vou ter que mexer lá no social.
00:14Ou como dizia o Tarxujenro, ele era meio poeta nessas questões, a raiz sociocultural da violência.
00:21Daí começou a se pensar em levar assistência social nas favelas, para as mães solteiras das favelas,
00:31para os egressos do sistema penitenciário, para os egressos do serviço militar,
00:37tentando fazer uma série de trabalhos sociais para, de alguma forma, afetar a segurança.
00:42Eu lembro até que o Lula teve um discurso que falou que as crianças são de livros.
00:47Como ele estava falando para reduzir a criminalidade, ele fala que as crianças não precisam de armas,
00:52precisam de livros. Se a gente tiver livro, vai resolver a criminalidade.
00:56Esse discurso sempre aparece. O discurso é fácil, fazer coitado das criancinhas, coitado do jovem.
01:02O jovem está roubando o celular só para tomar uma cervejinha.
01:06Tem algumas bobagens. O Lula é um pouco boquirroto.
01:11Mas a realidade é que, nos oito anos presidenciais do Lula e mais seis da Dilma,
01:16ocorreram 845 mil assassinatos.
01:21Metade, mais ou menos 450 mil jovens foram moídos pela violência.
01:27Claro, jovens, pobres, maioria pretos.
01:31Ninguém fala disso.
01:33Como não está se falando agora?
01:34Está se falando um pouco de fronteira, um saco de drogas, conversa de sempre.
01:38Mas essa máquina de moer carne, máquina de moer jovens, principalmente,
01:43ela continua todo vapor.
01:44O Congresso americano, em 1997, contratou um grande criminólogo,
01:48Lawrence Sherman, que, junto com a Universidade de Maryland,
01:52fez uma análise de cerca de 500 programas, supostamente, de prevenção da violência,
01:56que eram sustentados por repassos governamentais, dinheiro público.
02:01Ele fez uma constatação que um grande número não funcionava absolutamente.
02:05Era inútil. Então, não devia mais receber dinheiro público.
02:07E, no entanto, aqui se insiste em algumas coisas, como, por exemplo,
02:12no Pronácio aqui, o Flávio Dino separou 30 milhões de reais para coletivos de cultura,
02:19achando que isso vai poder, de alguma maneira, ajudar na redução da violência.
02:22Não há nenhuma evidência para isso.
02:24O que nós estamos vendo é a repetição dessa fundamentação social,
02:33suposta causa social da violência.
02:37Um aspecto interessante é que os governos progressistas têm uma concentração na faixa do Nordeste,
02:43têm uma concentração onde estão os piores resultados de violência do país.
02:47Então, hoje, a violência do país, foi publicada no dia 5 de novembro,
02:54um relatório do IPEA, buscando os dados do sistema de saúde,
02:59do sistema de indicador de mortalidade.
03:02A constatação é brutal.
03:03O Brasil, se tem uma ideia, aqui é um indicador internacional,
03:09quantas pessoas morrem para cada 100 mil habitantes?
03:12Aí você compara vários locais ou vários momentos de violência.
03:16O Brasil está na faixa de 25 mortos por 100 mil habitantes.
03:20É uma taxa alta.
03:22O ideal seria abaixo de 10.
03:25O Brasil está 25.
03:26Mas você tem 50 na Bahia.
03:29Você tem mais de 40 no Ceará.
03:32Você tem aproximadamente 40 no Rio Grande do Norte,
03:36Alagoas, Sergipe, Pernambuco.
03:40Então, são estados violentos que têm governos progressistas
03:43que querem dar essa ênfase na prevenção social.
03:47O que acontece?
03:48Acabam desidratando o esforço policial, que é extremamente importante,
03:53e tem uma capacidade muito grande de resposta, de permanência nas ruas.
03:57Não conseguem fazer fracasso nas ações sociais.
04:01Basta ver o analfabetismo nesse estado, é altíssimo.
04:05E não conseguem também desenvolver respostas adequadas à violência.
04:10Agora, o aspecto curioso é o seguinte.
04:12Se você vem para as periferias aqui da cidade de São Paulo, por exemplo,
04:16ou Santa Catarina ou Minas Gerais,
04:18em que o problema social é praticamente o mesmo.
04:22A legislação é a mesma.
04:24São as mesmas leis.
04:26O judiciário é muito parecido.
04:27No entanto, nós temos taxas aqui na região sul de São Paulo,
04:31o Capão Redondo tem 350 mil habitantes,
04:34e menos de 10 mortos por 100 mil.
04:36E a mesma população que está na periferia da Bahia, o Salvador.
04:46Cruzoé, uma ilha no jornalismo.
04:57Cruzoé, uma ilha no jornalismo.
05:11Cruzen ao dom de São Paulo,
05:12o Grupo É ground-Servitário do F地u.

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