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00:00O vereador Carlos Bolsonaro é alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga o uso político de instrumentos da ABIN, da Agência Brasileira de Inteligência.
00:08A ação desta segunda-feira é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que foi desencadeada na semana passada e que mirou o deputado federal Alexandre Ramagem.
00:20Carlos Bolsonaro, mais conhecido como Carluxo, é investigado por ter supostamente sido beneficiado das informações produzidas pela chamada ABIN paralela.
00:29Segundo a PF, o ex-diretor da ABIN utilizou o software BridgeMile para monitorar aproximadamente 1,5 mil pessoas.
00:38As informações que nós temos é que houve pelo menos 30 mil monitoramentos, é muita coisa.
00:44Além do vereador, um agente da ABIN e dois assessores parlamentares também foram alvo de busca da Polícia Federal.
00:53Sobe um pouco mais?
00:55Aê, perfeito.
00:55E nesse momento, a PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão, né?
01:01Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Brasília, Formosa, Salvador e Angra, dois reis, tá?
01:08Essa operação da PF foi, de fato, um desdobramento da Vigilância Aproximada, que mira, abre aspas, o núcleo político do Ramagem, né?
01:16Do Alexandre Ramagem, tá bom?
01:18Então, bastidor do Wilson, a Polícia Federal abriu uma frente de investigação para apurar um possível elo entre a ABIN paralela e o gabinete do ódio,
01:30ou o suposto gabinete do ódio que funcionava lá no Palácio do Planalto.
01:33Qual é a suspeita dos agentes da Polícia Federal?
01:36É que o vereador Carlos Bolsonaro solicitava informações para a ABIN via Alexandre Ramagem e, com essas informações, ele alimentava o gabinete do ódio e, consequentemente, determinava, né?
01:52Iniciava o processo de linchamento virtual de todos os inimigos do Palácio do Planalto.
01:57Essa é a suspeita da Polícia Federal, tá?
02:01Essa operação de hoje, ela tem justamente esse objetivo para saber o que a Polícia Federal quer saber agora.
02:09Por qual motivo o vereador Carlos Bolsonaro pedia informações da ABIN, da Agência Brasileira de Inteligência?
02:16Se é que ele, de fato, pedia essas informações da Agência Brasileira de Inteligência.
02:20Então, essas perguntas é que os polícias federais querem responder a partir de agora.
02:24E a partir dessas respostas é que a PF vai começar a montar esse grande quebra-cabeça, né?
02:32O Carlos Bolsonaro, de fato, pedia essas informações para qual razão, qual motivo ele pedia essas informações?
02:40Quais pessoas eram monitoradas?
02:42E, a partir daí, há uma ligação direta entre o Carlos Bolsonaro e o gabinete do ódio no Palácio do Planalto, né?
02:48Essas informações, elas eram, de fato, utilizadas para iniciar, para desencadear um processo de linchamento virtual de inimigos do governo?
02:57Essa suspeita da Polícia Federal partiu a partir do monitoramento de dois personagens, tá?
03:05Joyce Hassmann e o ex-presidente da Câmara, o Rodrigo Maia.
03:10Quase que eu falo Rodrigo Oliveira aqui.
03:12Rodrigo Maia.
03:12Na semana passada, como nós mostramos aqui, essa ABIN Paralela, havia uma suspeita dos policiais federais
03:20de que a ABIN Paralela foi utilizada também para denegrir a imagem de ministros do Supremo Tribunal Federal,
03:28principalmente Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, né?
03:31Havia uma suspeita de que essa estrutura paralela dentro da Agência Brasileira de Inteligência,
03:36ela era utilizada para você fazer, né?
03:39Para você tentar vincular esses magistrados ao PCC, ao Primeiro Comando da Capital, Organização Criminosa de São Paulo.
03:47Então, a partir desse escopo de informações, é que a Polícia Federal se debruça sobre o Carlos Bolsonaro.
03:54E tem um elemento importante, tá?
03:56Na fase de operação, na operação da semana passada, a Polícia Federal encontrou mensagens do Ramagem para o Carlos Bolsonaro.
04:05Mensagens essas que, supostamente, davam a entender de que havia uma ordem, uma operação coordenada
04:11entre o Alexandre Ramagem, deputado federal, ex-ABIN e o vereador Carlos Bolsonaro.
