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O deputado federal Rodrigo Valadares (UNIÃO-SE) é o convidado do Meio-dia em Brasília para falar sobre a eleição de Javier Milei na Argentina e o impacto dela na direita latino-americana.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos colocar todo mundo na roda? Programa hoje especial com o Duda Teixeira, com o Caio Matos e também agora entra para fazer parte do time aqui também o deputado Rodrigo Paladares do União Brasil lá de Sergipe. Tudo bom, deputado? Seja bem-vindo.
00:13Muito obrigado, boa tarde. Boa tarde a todos que estão conosco nessa roda de conversa. É um prazer muito grande falar com cada um de vocês.
00:20Deputado, de forma muito objetiva, o senhor que acompanhou o primeiro turno lá na Argentina, fez parte daquela comissão inclusive da qual estava também o Eduardo Bolsonaro.
00:32E o senhor faz parte desse núcleo de parlamentares mais à direita, inclusive a Cruz fez até uma matéria no final de semana falando sobre essa saída à direita.
00:40O que representa essa eleição do Javier Milley para a direita política brasileira, para a classe política brasileira?
00:48Isso fortalece essa direita? Ou uma coisa é uma coisa, Argentina é Argentina, Buenos Aires para os problemas, Brasil é com seus problemas?
00:59Não, eu acho que não dá para separar. Eu estava hoje pela manhã falando com o deputado Nahuel, que foi o número um da lista da província Buenos Aires nas eleições passadas.
01:10Lá, Renova, a cada dois anos, tanto as câmaras provincianas quanto a Assembleia Nacional.
01:18E eu estava justamente dizendo isso, que a vitória do Milley reacende essa esperança na América Latina e, claro, para todo mundo.
01:25E é isso que nós conversávamos lá no primeiro turno, quando estivemos, eu, o deputado Eduardo Bolsonaro, o deputado Marcelo Van Racken.
01:32Nós conversávamos com deputados nacionais, com candidatos a senadores, com senadores, com possíveis ministros, justamente dessa esperança que a vitória do Milley iria trazer e agora, efetivando, se traz para toda a América Latina.
01:46A gente lembra, em 2019, que houve assagnada ao contrário. Então, em 2019, o kirchnerismo volta para a Argentina e, aí, em 2020, Donald Trump perde lá nos Estados Unidos, vem a eleição do Biden.
02:00Em 2022, infelizmente, fomos nós que perdemos aqui no Brasil. Então, veio essa onda contrária, essa onda de esquerda.
02:08E agora, vem uma onda favorável, uma onda de direito, uma onda que vem libertando agora a Argentina.
02:14Nós temos muita esperança no próximo ano, na eleição do Donald Trump e, em 2026, na eleição do presidente Bolsonaro.
02:21Hoje, pela manhã, o presidente Bolsonaro, junto com o Eduardo, fizeram uma ligação com o Milley, o presidente parabenizando a vitória do Milley, justamente dizendo isso,
02:29que ele tem um grande trabalho pela frente, que é fazer um excelente trabalho, resgatar a Argentina, libertar a Argentina, para que possa servir de exemplo até para...
02:38Eu acho que a gente...
02:42Perdão, eu acho que entrou aqui uma ligação.
02:44Mostrando, só para finalizar, e eu falava hoje com o repórter do Estadão Augusto, isso na Argentina tem um valor muito simbólico para o Brasil,
02:55porque dando certo na Argentina, Javier Milley conseguindo tirar a Argentina dessa crise severa que ela passa,
03:01140% de inflação oficial ao ano, uma moeda que não vale nada, pobreza extrema ao redor de Buenos Aires,
03:07a violência escalando de maneira assustadora, a cada dois minutos um assalto em Buenos Aires.
03:15Então, resolvendo isso, será um case de sucesso e será uma esperança, que já é para a América Latina e para todo mundo.
03:23Caio e Duda, querem fazer alguma pergunta?
03:26Eu quero, posso começar?
03:27Olá, deputado, eu lembro que da última vez que a gente conversou até você tinha conseguido emplacar uma emenda lá na medida provisória do Mais Médicos,
03:36para não deixar a contratação de médicos cubanos por um salário mais baixo.
03:43Foi ótimo, né?
03:44Mas a gente tinha, aqui no governo do Lula, essa questão de ficar adulando as ditaduras de Cuba e da Venezuela.
03:54Bom, o Lula usou muito o palanque político aí do Mercosul, da CELAC, para fazer esse tipo de coisa,
04:03só que agora no Mercosul nós teremos três presidentes de direita, o Javier Milley, o Santiago Penha do Paraguai e o Luiz da Cajepô.
04:16E o Lula vai ser o único presidente dos quatro membros plenos, o único de esquerda.
04:22Você acha que a gente vai ter uma mudança aí no cenário regional com isso?
04:26Olha, Duda, excelente pergunta, eu quero aqui mandar, inclusive, abraço para uma comitiva que nós conhecemos,
04:32junto com o Eduardo Bolsonaro, de deputados do Paraguai, devemos estar em breve lá, junto com o Santiago Penha.
04:37Nós temos uma moção de congratulação lá na Comissão de Relações Exteriores, de parabenização da eleição do Santiago Penha.
04:45E, naturalmente, primeiro que dentro do Mercosul, dos quatro países, três, agora vão ter, a partir do dia 10,
04:54a posse do AVM e lei governos à direita. Isso também tem um outro fator.
04:58A Unasul, provavelmente, a Argentina deverá sair da Unasul, dos 12 países que fundaram a Unasul.
05:05A Unasul, resumindo, é o foro de São Paulo disfarçado.
05:10E dos 12 países originários, apenas seis deverão continuar.
05:13E eu falava hoje pela manhã, na antiga Jovem Pan Bauru, justamente sobre a questão da política internacional do governo Lula.
05:21Infelizmente, a grande mídia quer mostrar a Lula como grande estadista, que está inserindo o Brasil no contexto internacional.
05:28Mas o que a gente vê, Duda, é justamente o contrário.
05:31O Brasil vem se isolando das democracias ocidentais, vem se isolando daqueles países que, historicamente,
05:36representam os valores do povo brasileiro, a democracia, o livre mercado, valores cristãos.
05:42Ou seja, países que têm sintonia conosco.
05:44O Brasil vem se afastando desses países e se aproximando de ditaduras, como o Irã, a China, a ditadura disfarçada da Rússia.
05:53Então, o Javier Millet visa justamente dar essa guinada da Argentina, que também deu essa afastada,
06:00aos países ocidentais que, historicamente, são de maior relacionamento com nós, da América do Sul.
06:07Então, eu vejo que a política externa da América do Sul, do Mercosul, irá mudar bastante.
06:14Eu vejo que a Argentina será um grande player nessa frente, que o mundo ocidental deve fazer com esse avanço do mundo oriental,
06:22Rússia, China e países orientais que vêm desequilibrando a balança da política internacional.
06:30Países que demonstram simpatia a ataques terroristas, como o do Hamas, demonstram simpatia à exterminação do povo judeu.
06:39Então, a gente vê que a Argentina vai viver um protagonismo que, infelizmente, o Brasil não está vivendo e poderia viver.
06:45Pelo contrário, o Brasil vem vivendo um protagonismo negativo, manifestando apoio àqueles que deveríamos repudiar.
06:54Alguma pergunta para a gente fechar?
06:56Eu gostaria de fazer uma.
07:00Posso?
07:00Pode, fica à vontade.
07:01Obrigado.
07:02Caio, aqui você tem...
07:03Olha, aqui, no Medim Brasília, eu sempre falo, eu sempre trato todo mundo com a maior cortesia.
07:09Tapete vermelho, toalha no camarim.
07:12Só que o Rodrigo Oliveira tem um pouco mais, né?
07:14Porque, enfim, tem que tratar o nosso Rodrigo Oliveira de uma forma um pouco melhor.
07:17Mas, como você está na Argentina, eu já vou aqui pegar meu celular, vou encomendar umas empanadas para você, para você amostrar direitinho.
07:23Caio, fica à vontade.
07:24Bom, primeiro de tudo, boa tarde, deputado. Tudo bem?
07:28Boa tarde, Caio.
07:29A gente sabe que política externa é prerrogativa do Executivo, mas isso não significa que o Legislativo não faça nada.
07:36Não é à toa que tanto a Câmara quanto o Senado têm comissões de relações exteriores.
07:41Então, eu queria te perguntar, qual será a função que vocês pretendem fazer, pelo menos como Congresso, para estreitar as relações com o eventual governo Milley?
07:53As relações do Brasil com o eventual governo Milley?
07:55Perfeito. Excelente pergunta. Eu quero, inclusive, lhe parabenizar. Eu estava escutando antes você, justamente, diferenciando o peronismo do que o chinerismo.
08:04Eu tomei uma verdadeira aula sobre o peronismo lá na Argentina, do que é o peronismo, que é tudo e, ao mesmo tempo, não é nada, é uma loucura.
08:11Mas parabéns aí pela diferenciação. Veja, a Câmara sempre teve, o Congresso Nacional sempre teve um papel fundamental nas relações exteriores do Brasil.
08:20Tanto é que nós, além de termos a Comissão de Relações Exteriores, temos diversas frentes parlamentares, grupos de amizade entre o Brasil e diversos países.
08:28Eu, por exemplo, sou presidente da frente parlamentar, do grupo de amizade, perdão, entre o Brasil e a Finlândia.
08:35E, assim como eu, existem vários outros deputados que têm essas frentes. E nós temos esse protagonismo nas relações.
08:43Veja bem, nesse caso de Israel, com os ataques terroristas do Hamas, quem foi que tomou a frente em defesa de Israel,
08:51chamando o embaçador Daniel Zonshine para a Câmara dos Deputados, para manifestar o nosso apoio, a nossa solidariedade em Israel,
08:59foi justamente a frente, o grupo parlamentar da Câmara dos Deputados, Brasil e Israel, que manifestou essa solidariedade naquela época
09:07que o governo estava ainda em cima do muro e hoje já tomou o seu lado, que é o lado do terrorismo, infelizmente.
09:14Porque quando você não condena o terrorismo, tacitamente você está apoiando o terrorismo.
09:20Então, esse protagonismo da Câmara dos Deputados, principalmente dos deputados de direita, em relação aos países mais à direita,
09:27irá continuar, irá se expandir.
09:29Eduardo Bolsonaro é um dos grandes líderes nessa trilha das relações internacionais.
09:35Ele que tem relação com praticamente todos os grandes líderes mundiais da direita.
09:41Nós estivemos na Argentina, Caio, estiveram conosco no almoço com a vice-villa-ruel,
09:48a vitória-villa-ruel, tiveram senadores da Colômbia, deputados do Peru, do Uruguai, da Venezuela.
09:56Tivemos um refugiado, tivemos o pessoal do Vox lá da Espanha, ou seja, pessoas do mundo inteiro
10:01que estão em sintonia, em conexão justamente para a gente fazer essas relações.
10:07Sabemos que, em nível presidencial, o Brasil poderá ter alguns atritos com o Javier Millet,
10:13porém, em nível legislativo, da Câmara dos Deputados, manteremos essas relações.
10:18E uma coisa que eu falava mais cedo, olha, as pessoas às vezes entram em pânico.
10:23O Brasil vai deixar de relacionar com a Argentina? Não, gente.
10:26As pessoas continuaram... Nós continuaremos comprando a Argentina, a Argentina continuará comprando da gente.
10:31Nós continuaremos visitando a Argentina.
10:33Agora, aproveita a Argentina barata, eu acho que não vai durar muito.
10:36Já já a Argentina vai se reerguer.
10:37Que bom que se rega, mas para quem gostava de comprar um vinho mais barato, uma empanada mais barata,
10:42vai acabar, eu acho, em pouco tempo essa mamata.
10:46E os argentinos continuarão vindo aqui para o Brasil, vão vir aqui para Morro de São Paulo,
10:50que é do lado, que é praticamente a Argentina e Holanda.
10:52Então, eu vejo de maneira muito positiva essa vitória do Javier Millet.
10:57Eu vejo que ele pode nos dar um exemplo dignado da América do Sul
11:01em relação a voltar a dialogar com os países democráticos do Ocidente.
11:06e a gente se afastar um pouquinho dessas ditaduras que nada tem de positivo para a nossa população.
11:13Hoje, uma perguntinha para a gente encerrar,
11:15porque o programa hoje tem muito assunto para trazer no meu grande amigo,
11:20nosso...
11:21Meu grande...
11:23Gente, esqueci das pessoas, gente.
11:25Eu fiquei um cara de amigo e esqueci das pessoas.
11:27Nosso grande quinhentão matido.
11:30É a velhice, gente.
11:31É a velhice.
11:31Você vai indo para os 50 e você começa a esquecer as coisas.
11:34Mas, como diria nosso grande quinhentão matido,
11:36o programa hoje está carregado de notícias.
11:38Duda, por favor, para a última pergunta.
11:40Tá.
11:41Deputado, o ministro Paulo Pimenta, da SECOM,
11:45disse que só vai rolar uma relação entre os dois mandatários, né?
11:49Lula e Millet,
11:51depois que o Millet pedir desculpas.
11:54Porque o Millet chamou o Lula de corrupto
11:57e de...
11:59O que que era o outro?
11:59De comunista, né?
12:00O senhor acha que o Millet deve pedir desculpas?
12:05Meu Deus.
12:06Que absurdo, né?
12:08Millet falou de Lula, né?
12:10A gente é no Código Eleitoral,
12:12o Código Eleitoral,
12:13perdão, no Código Penal,
12:14o crime de calúnia, né?
12:15Mas existe dentro do crime de calúnia
12:17a exceção da verdade.
12:18Ou seja, você pode provar aquilo que você está dizendo.
12:20E para provar isso que o Javier Millet disse de Lula
12:23não é difícil.
12:24Olha, a filha do Lula,
12:26a filha mais velha,
12:27mora aqui em Sergipe, aqui em nosso estado.
12:28Ela chegou um dia desse com um primo meu e me contou
12:30que ela não gostava de mim
12:32porque eu havia chamado o pai dela de ladrão.
12:34Disse, olha, gente,
12:35realmente você não deve gostar nem de mim,
12:37nem de metade da população brasileira.
12:39E eu não falei nada que não é.
12:40É algo que já está mais que provado.
12:43Veja, o Paulo Pimenta,
12:44eles podem ficar aí com essa birrinha deles infantil,
12:47com essa infantilidade,
12:48mas as relações entre Brasil e Argentina
12:51eu acho que serão fortalecidas,
12:52principalmente por nós do Congresso,
12:54Duda, como eu vinha falando,
12:55e o Brasil se tornará ainda mais ligado à Argentina
12:58porque eu vejo que a Argentina
12:59terá uma grande prosperidade,
13:01uma grande guinada na sua vida econômica,
13:03a pobreza extrema.
13:04Hoje, 40% da população argentina
13:06vive na linha da pobreza.
13:07Eu vi isso.
13:08Eu estive na província Buenos Aires,
13:10não na cidade autônoma,
13:11mas na província.
13:11Eu visitei várias cidades
13:12e a gente pôde ver a pobreza daquele povo.
13:15E eu vejo que existe possibilidade grande
13:17daquele povo se recuperar.
13:19E a Argentina é o nosso país irmão,
13:22nós somos nossos irmãos,
13:23eu vejo que os laços entre os povos
13:26serão fortalecidos.
13:27Se o governo vai continuar com essa birra,
13:29querendo que ele peça desculpa
13:31por ter dito a verdade,
13:32eu só lamento,
13:33eu acho que é uma infantilidade
13:34do Paulo Pimenta e do governo brasileiro.
13:38Esse é o governo, deputado,
13:39das infantilidades, né?
13:40Inclusive, fizemos até uma matéria, né, Duda,
13:42sobre os gestos infantis do governo Lula.
13:45Acho que, inclusive,
13:46uma aposta pensada pelo Duda.
13:47Rodrigo Valadares,
13:48obrigado pela atenção mais uma vez,
13:50obrigado pela participação aqui
13:51no Meio Dia em Brasília.
13:52Duda e Caio,
13:53fiquem aí,
13:54como eu falei pra vocês,
13:55vou sugá-los até a alma
13:56nessa segunda-feira,
13:57dia 20 de novembro de 2023.
13:59Deputado, até a próxima
14:00e conto com a sua participação
14:02em outras edições
14:02do Meio Dia em Brasília.
14:04Obrigado, Wilson,
14:05obrigado também, Duda, Caio.
14:06É um prazer muito grande
14:07falar com vocês.
14:08Que Deus abençoe,
14:09uma boa semana
14:09e vitória do Milley.
14:12Muita felicidade pra todos nós,
14:13brasileiros,
14:14e também pros nossos irmãos argentinos.
14:17Legenda por Sônia Ruberti
14:22E aí
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