Lula e Cláudio Castro enrolam sobre violência no Rio

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Transcript

00:00Vamos passar para o meu Rio de Janeiro,

00:02porque isso envolve também o governo federal,

00:06isso envolve aí um possível duplo padrão

00:10em relação às questões internacionais e nacionais.

00:13Então vamos lá.

00:13Um trem e 35 ônibus foram incendiados no Rio de Janeiro

00:17nessa segunda-feira,

00:19após criminosos reagirem à morte do miliciano

00:21Matheus da Silva Rezende,

00:23também conhecido como Faustão e Teteu.

00:25Os ataques geraram prejuízo de cerca de 35 milhões de reais

00:29para as empresas de transporte

00:30e dificultaram a mobilidade na capital fluminense.

00:33O governador do Rio, Cláudio Castro,

00:35afirmou em coletiva nessa segunda

00:37que 12 pessoas foram presas,

00:39acrescentando que elas responderão por terrorismo.

00:41Vamos acompanhar.

00:43Também liguei para o prefeito da cidade, Eduardo Paes,

00:47liguei para o ministro da Justiça,

00:50o senador Flávio Dino,

00:52para que nós possamos juntos

00:54garantir a população do Rio de Janeiro.

00:59que o crime organizado terá em nós

01:02uma fronteira firme

01:04entre a lei, a ordem

01:07e o que eles querem fazer nesse Estado.

01:11É importante também dizer

01:13que prendemos 12 criminosos

01:16atiando fogo em ônibus.

01:21E esses criminosos já estão presos por ações terroristas.

01:27E como ações terroristas,

01:29estarão sendo encaminhados imediatamente

01:31para presídios federais,

01:33porque lá é local de terrorista.

01:37E quem também se pronunciou sobre a situação do Rio

01:42foi Lula.

01:43Durante live na manhã dessa terça,

01:44o petista descartou a possibilidade

01:46de uma intervenção do Rio

01:48e voltou a criticar a flexibilização

01:51do porte de armas no país,

01:53bandeira do governo de Jair Bolsonaro.

01:55Tem o vídeo aí,

01:56é sempre a mesma alegação

01:59a respeito de segurança pública,

02:01que o Flávio Dino dá.

02:04Eles encontraram, nesse ponto,

02:07uma maneira de se livrar

02:08de qualquer tipo de responsabilidade,

02:10como se os problemas da insegurança

02:12tivessem começado no Brasil

02:15a partir de flexibilização aprovada

02:18no governo Bolsonaro.

02:20E é claro que os fatores são múltiplos.

02:24Não é que não haja pontos aqui

02:26em que a gente critique, etc.

02:29Mas não dá para se ater a esse ponto

02:32na hora de prestar contas à sociedade.

02:34Vamos soltar o vídeo do Lula.

02:36A liberação de venda de arma nesse país,

02:39sabe?

02:40A liberação de venda de arma nesse país

02:43de forma atabalhoada,

02:45ela fez com que o crime organizado

02:48se apoderasse de uma quantidade

02:50de um arsenal que ele não tinha antes.

02:54Então ele pôde comprar no mercado

02:56autorizado,

02:58o que é um crime contra o povo brasileiro.

03:02Você viu o que aconteceu

03:03nas Forças Armadas,

03:04o roubo de metralhadoras,

03:06o roubo de fuzis, ou seja,

03:07e estava onde?

03:09Estava chegando na mão do crime organizado.

03:11Então é preciso, sabe?

03:14Ontem eu tive uma longa conversa

03:15com o Flávio Dino,

03:16hoje eu vou ter uma longa conversa

03:18com o ministro da Defesa do Zé Moussa,

03:20e nós vamos ver como que a gente

03:22pode entrar e participar ajudando.

03:26Nós não queremos pirotecnia.

03:29Nós não queremos fazer uma intervenção

03:31no Rio de Janeiro,

03:32como já foi feito e que não resultou em nada.

03:35Nós não queremos tirar a autoridade

03:37do governador.

03:38Nós não queremos tirar a autoridade

03:39do prefeito.

03:40O que nós queremos é compartilhar com eles,

03:43trabalhar junto com eles,

03:45uma saída.

03:48O que o roubo de armas de militares

03:51tem a ver com a flexibilização

03:53do Jair Bolsonaro?

03:55O Lula vai fazendo uma confusão,

03:57uma salada nesse discurso,

03:58não apresenta também nenhum estudo,

04:00nenhum dado.

04:01Quer dizer,

04:02os bandidos das facções criminosas

04:04no Brasil,

04:05eles estão armados até os dentes

04:06há muito tempo,

04:08desde muito antes da gestão

04:09do Jair Bolsonaro,

04:11por causa de contrabando de armas

04:13pelas fronteiras nacionais,

04:15das fronteiras desse território continental,

04:17sobre as quais eu chamo a atenção,

04:20para as quais eu chamo a atenção

04:21há muito tempo.

04:22E a gente vê aí

04:24toda essa salada retórica,

04:26do Lula sempre fazendo política,

04:29fazendo discurso político de palanque,

04:32falseando as razões

04:35pelas quais alguns problemas nacionais acontecem.

04:38porque ele não quer enfrentar

04:40e não quer assumir

04:41que todas as gestões PT,

04:43a gente está na quinta,

04:44quinta gestão do PT,

04:46foram incapazes

04:47de minimizar o problema da segurança,

04:50muito pelo contrário.

04:51Quando a Dilma saiu do poder,

04:53o número de homicídios no Brasil por ano

04:55era mais de 60 mil.

04:56Esse número até caiu

04:58depois da saída do PT,

05:01do governo.

05:01Mas a insegurança permanece

05:04em diversas frentes

05:06de criminalidade,

05:07domínio de facção

05:08e nos estados

05:09governados pelo PT.

05:12Então, Wilson Lima,

05:13sua palhinha é muito rápida

05:14e você tem que sair

05:15porque começou o julgamento do TSE,

05:17é isso?

05:18Exatamente, Filipe.

05:19Estava aqui alertando o nosso Vitor Martins,

05:22já começou agora um pouco

05:23o julgamento do Jair Bolsonaro

05:25sobre aquelas ações do 7 de setembro.

05:26Nesse momento,

05:28o Benedito Gonçalves,

05:29o relator,

05:30ele ainda leu o seu relatório,

05:31então ele ainda não emitiu parecer.

05:33Então, eu já vou dar uma saídinha aqui

05:35rápida para acompanhar esse julgamento,

05:37deixar e botar fogo

05:39nessa cobertura

05:41para você que acompanha a gente

05:42em Uantarunis, tá bom?

05:43Tchau, Filipe.

05:44Até a próxima.

05:46Valeu, Wilson.

05:46Boa noite, bom trabalho.

05:47E ao comentar o assunto,

05:48o Bolsonaro criticou a gestão Lula

05:50nas redes sociais.

05:50Abre aspas.

05:51Passamos quatro anos sem MST,

05:54greves generalizadas

05:55e atos de terrorismo

05:56como os de ontem

05:56no Rio de Janeiro,

05:58ônibus insediados.

06:00Apenas nos presídios

06:01o resultado das eleições

06:02foi comemorado.

06:03Fecho aspas.

06:05Voltou aí com essa história de presídio

06:07que na época da eleição

06:08deu o que falar,

06:10resultando em judicialização,

06:11decisões do TSE, etc.

06:14Grebe,

06:14o que você destaca aí

06:16dessas tretas,

06:18das alegações?

06:19Bom, intervenções

06:20de baixíssima qualidade

06:22tanto do Lula

06:23quanto do Bolsonaro,

06:24que não tem absolutamente

06:26nada a ver

06:26com o problema

06:27que aconteceu no Rio de Janeiro.

06:32E, assim,

06:33constrangedor,

06:35constrangedor

06:36ver o governador

06:37do Rio de Janeiro

06:38falando sobre segurança.

06:40Eu me dei o trabalho

06:42de começar a olhar

06:43um pouco mais a fundo

06:44essa história

06:45da segurança no Rio de Janeiro,

06:47não é, Felipe?

06:48porque, enfim,

06:50é o segundo

06:51incidente

06:53de repercussão enorme

06:54em pouquíssimo tempo,

06:56a gente teve

06:56o assassinato

06:57dos médicos

06:59por milicianos

07:01também no Rio de Janeiro,

07:03e agora

07:04esse terrorismo.

07:07A única coisa

07:08em que eu concordo

07:09com o governador

07:10é que dá para chamar

07:12de terrorismo

07:13esse tipo de atitude,

07:15porque é uma ação

07:18em massa

07:20do crime

07:20que acaba

07:22atemorizando

07:23a população

07:23como um todo.

07:24Ela não é voltada

07:25contra o governo só,

07:27ela é voltada

07:28contra a população.

07:30A gente vê

07:31os vídeos

07:32dos ônibus

07:35sendo atacados

07:37e tem gente

07:38gritando,

07:39meu Deus,

07:39ainda tem gente

07:40lá dentro

07:40enquanto os bandidos

07:42põem fogo

07:43no ônibus.

07:45Então,

07:45isso aí

07:46dá muito bem

07:47para enquadrar

07:47na definição

07:48de terrorismo.

07:50Agora,

07:50é o seguinte,

07:52na semana passada,

07:54dias antes

07:55de acontecer

07:57essa maluquice

07:59no Rio,

08:00o governador

08:01fez a sua

08:02quarta troca

08:04de secretário

08:06de polícia civil

08:08no Rio de Janeiro.

08:09O Rio de Janeiro

08:09é uma maluquice,

08:10porque o Witzel

08:13extinguiu

08:14a Secretaria

08:15de Segurança

08:16e criou

08:17duas secretarias

08:18no lugar,

08:19uma para a polícia civil

08:20e uma para a polícia militar.

08:22Ou seja,

08:23não existe

08:24integração,

08:28não existe

08:28plano combinado,

08:30existem os interesses

08:31de duas corporações

08:33que às vezes

08:34se falam

08:34e às vezes

08:35não se falam.

08:36Então,

08:37não tem como

08:37você gerir

08:38segurança pública

08:40desse jeito.

08:40o Witzel

08:42foi defenestrado,

08:43o Cláudio

08:44continuou

08:47com a mesma

08:49ideia de girino,

08:51não mudou

08:52a ideia de girino.

08:53E agora,

08:54no período de governo dele,

08:55é a quarta mudança.

08:56E essa que aconteceu

08:57agora

08:58é a pior

08:58de todas.

09:00Por quê?

09:00O anterior

09:01estava lá

09:02há 15 dias

09:03e o Cláudio Castro

09:04para

09:05se entender

09:08ali

09:08com os deputados

09:10federais

09:10que estavam

09:11mordendo

09:12o calcanhar dele,

09:14resolveu

09:14por um cara

09:15que não podia

09:15estar lá.

09:17Tinha uma regra

09:18que dizia

09:18que só delegado

09:19com 15 anos

09:19de experiência

09:20pode assumir

09:21a função

09:21de secretário.

09:23E o delegado

09:24que foi para lá,

09:25o tal do Marcos

09:26Amin,

09:27só tinha 12 anos.

09:29Então,

09:30o senhor Cláudio Castro

09:31e os deputados

09:32da Assembleia

09:33do Rio de Janeiro

09:33mudaram a legislação.

09:35casuisticamente

09:36para encaixar

09:37o amigo deles

09:38no cargo.

09:40Enquanto eles

09:40estavam preocupados

09:41em fazer politicagem,

09:43era isso que estava

09:44sendo tramado

09:45lá no Rio.

09:47Uma maluquice

09:47como essa

09:48que deixou

09:49a população

09:49toda aterrorizada.

09:51Então,

09:51esse Cláudio Castro

09:52tem menos mil

09:55de autoridade

09:56para falar

09:57qualquer coisa

09:58que seja

09:59sobre segurança

10:00pública no Rio.

10:01Ele não tem autoridade

10:02nenhuma

10:03e não sabe

10:03do que ele está falando.

10:05porque ele não

10:06criou sequer

10:07condições

10:07para que as duas

10:08polícias

10:08criassem

10:09um plano comum

10:10de combate

10:12ao crime

10:12no Rio.

10:13Então,

10:14é ridículo

10:14ver esse homem

10:15falando.

10:16É ridículo

10:16e é lastimável.

10:20É isso.

10:22O que mais

10:22que eu posso dizer,

10:23Filipe?

10:23Eu não sei se você ficou

10:24bravo.

10:24Muito obrigado,

10:25porque eu estou

10:26há 20 anos de carreira

10:29no jornalismo

10:29que eu estou

10:30criticando

10:31os secretários

10:33de segurança

10:33pública do Rio de Janeiro,

10:35agora secretários

10:35de polícia civil,

10:36governadores,

10:37evidentemente,

10:38vários dos quais

10:38acabaram presos.

10:40O Cláudio Castro

10:40não acabou preso

10:41e, obviamente,

10:43ele atuou

10:44para não ser

10:45arrolado

10:47e para não ser,

10:48para não ficar

10:48ainda mais encalacrado

10:49com a justiça.

10:50Por exemplo,

10:51ele estava delatado,

10:52tinha depoimento

10:53de delação

10:54contra ele,

10:55etc.,

10:55várias investigações

10:56em curso

10:57e aí

10:58houve uma eleição

11:00para substituição

11:02para decisão

11:04de quem seria

11:05o PGJ,

11:06que é o equivalente

11:06ao PGR

11:07na esfera estadual.

11:10E o Luciano Matos

11:11era o PGJ

11:12escolhido

11:14no primeiro mandato

11:16pelo Cláudio Castro

11:17e que tinha aliviado

11:19a barra ali

11:20de políticos

11:21em diversos casos.

11:23Estava sendo

11:24bem visto ali

11:25pelo bolsonarismo,

11:28pelo governador,

11:29por toda a turma,

11:31não era muito diferente.

11:32Eu chamava,

11:32inclusive,

11:33de áreas do Rio.

11:34E aí houve

11:35a lista triplice

11:36da categoria,

11:37assim como acontece

11:37com a PGR,

11:39para a escolha

11:39do PGJ.

11:40E uma mulher,

11:42se não me engano

11:42foi a Leila Costa,

11:43ela ficou em primeiro lugar,

11:45uma mulher,

11:46oportunidade do governador

11:47de nomear

11:48a primeira

11:49da lista triplice

11:50da categoria,

11:50uma mulher

11:51para um cargo

11:52tão importante,

11:53etc.

11:53E o que ele fez?

11:55Ele reconduziu

11:56o Luciano Matos,

11:58que já estava

11:59satisfeito

12:00com a atuação dele.

12:01Então,

12:01esse é o governador

12:02do Rio de Janeiro.

12:04No primeiro mandato,

12:05ele anunciou

12:07nas redes

12:07que escolheu

12:08o Luciano Matos,

12:09etc.

12:09No segundo,

12:10que havia uma mulher

12:12que tinha sido

12:13a primeira da lista

12:14e toda essa crise

12:16envolvendo investigações,

12:17ele nem anunciou,

12:18escolheu lá,

12:19os cariocas,

12:20fluminenses,

12:21muitas vezes

12:22não dão bola

12:22para a política

12:23e é por isso

12:23que essa gente

12:24acaba tendo

12:25muito poder.

12:26E daí,

12:27assim como na esfera

12:28nacional,

12:28o Rio de Janeiro

12:29mal administrado,

12:30o Rio de Janeiro

12:31sob o poder

12:32do paralelo

12:33do crime organizado

12:35e como eu

12:37até ironizei

12:38outro dia,

12:39o Estado

12:40que dá as cartas

12:43no Rio de Janeiro

12:43é o paralelo.

12:44não parece haver

12:46um Estado

12:47oficial

12:47para efetivamente

12:48cuidar da população.

12:50E, obviamente,

12:51repito,

12:52as armas

12:53dos milicianos,

12:54dos traficantes,

12:55elas vêm pela fronteira

12:56e elas escoam

12:57pelas rodovias

12:58até chegar

12:59a favelas

13:01e comunidades,

13:02como se chama,

13:03onde os traficantes

13:04oprimem a população.

13:06A gente não fala

13:06de favela

13:07porque é para

13:07acusar

13:08favelado

13:09de ser criminoso,

13:11que isso tem

13:11os reacionários

13:11aloprados

13:12que fazem.

13:13A gente mostra

13:14que as pessoas,

13:16moradores honestos

13:17da favela

13:18são oprimidos

13:19por criminosos,

13:20da mesma forma

13:21que Palestina

13:22inocente

13:22é oprimido

13:23por terrorista

13:24na faixa de gás,

13:26da mesma forma

13:26no sentido lógico,

13:27evidentemente,

13:28os formatos mudam

13:30em termos de expedientes

13:31de atuação.

13:34Então,

13:35o Lula,

13:36em vez de ele,

13:37dar uma explicação

13:38de liderança,

13:40de chefe de Estado

13:40que tem compostura

13:41para a população,

13:43olha,

13:44a nossa parte

13:44nós estamos fazendo

13:45no que se refere

13:47ao contrabando

13:47de armas na fronteira,

13:49determinei isso,

13:50nós fizemos

13:51um planejamento

13:52ao longo da campanha,

13:53estamos aplicando

13:53na prática,

13:54agora conseguimos

13:55uma nova tecnologia

13:56porque são quilômetros,

13:59estamos tentando

13:59resolver o problema

14:00de efetivo,

14:01de patrulhamento,

14:03operações nas rodovias,

14:04nada.

14:05O que ele faz?

14:06Ele tenta se eximir

14:07de responsabilidade

14:07apontando o bode

14:08expiatório ideal dele

14:09que é o Bolsonaro.

14:10Legenda Adriana Zanotto

14:11Legenda Adriana Zanotto

14:12Legenda Adriana Zanotto

14:13Legenda Adriana Zanotto

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