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A tese do "apagão" no 8 de janeiro não cola
O Antagonista
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27/06/2025
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Vamos ver um pouquinho do depoimento do Gonçalves Dias, porque, de fato, como o Wilson acabou
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de dizer, ele afirmou que a polícia militar do Distrito Federal foi ineficaz no dia da invasão
00:14
e também disse que se ele pudesse voltar no tempo, agiria de forma diferente no 8 de
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janeiro, teria sido mais alerta e mais duro.
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Vamos ver o vídeo e daí você já entra comentando.
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Tendo conhecimento agora da sequência dos fatos que nos levaram até aquelas agressões
00:36
de vândalos e também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano
00:43
Escudo, aprovado com a coordenação de diversos órgãos civis, militares e de segurança pública.
00:51
Seria mais duro do que fui na repressão.
00:54
Faria diferente o consórcio de ações e inações das forças policiais da Polícia Militar do
01:03
Distrito Federal, que não foram eficazes no cumprimento das atividades sob sua responsabilidade
01:11
previstas no protocolo de ações integradas.
01:14
Então, a gente tem dois personagens em posições muito diferentes dizendo basicamente a mesma coisa.
01:29
um é o presidente da CPMI, dizendo que houve apagão.
01:35
Outro era um dos principais responsáveis pela segurança no 8 de janeiro, dizendo que houve apagão.
01:45
um, o primeiro, Arthur Maia, não tinha responsabilidade direta nenhuma sobre os acontecimentos.
01:54
Gonçalves Dias não estava lá, envolvido no centro dos planejamentos que poderiam ter evitado esse acontecimento.
02:06
Então, Madá, um é diagnóstico, o outro é confissão de culpa.
02:10
Como é que você avalia essas duas declarações?
02:16
Primeiramente, não tem explicação para o que aconteceu ali.
02:21
Eu nunca vi, até procurei depois se há na história algum registro de alguma situação
02:30
em que os prédios dos três poderes de alguma nação, não estou nem falando só das grandes, das pequenas,
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foram invadidos sem um tiro.
02:42
Não tinha, assim, uma bazuca, um lança-chamas, um tanque, drone dando tiro e invadiram.
02:50
Isso não tem explicação.
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Isso não tem.
02:53
Isso eles vão tentar explicar, não vão conseguir.
02:55
Porque, depois do Flávio Dino ontem, dá para a pessoa falar...
03:00
Ai, até me perdi aqui.
03:02
Depois do Flávio Dino ontem, dá para a pessoa falar o que quiser, Grael.
03:06
Ele pode falar o que ele quiser.
03:08
Porque, assim, essa história do Flávio Dino com as imagens, ter ficado isso por isso mesmo,
03:14
é um absurdo, um escracho.
03:17
O escracho, ele falando como se estivesse falando, sei lá, da imagem do meu condomínio,
03:23
da imagem do Mercadinho da Esquina, até Mercadinho da Esquina, quando tem um furto,
03:30
se chega lá a polícia, pede a imagem do dia do furto, eles sabiam que teve o furto e apagaram, dá encrenca.
03:37
O Flávio Dino chega lá e fala assim, ah, não, apagou porque não fica guardado.
03:41
Precisa tirar o crack do roteirista do Brasil.
03:44
Porque o Brasil, quieto, depois disso, dá esse depoimento desse general.
03:50
Isso que ele está falando, essa versão do apagão, com toda sinceridade, com toda sinceridade,
03:57
ele não quer encrenca com ninguém, né?
03:59
Ele já viu, acho que depois que ele viu o Flávio Dino ontem, ele falou, gente, acabou,
04:05
não tem nada mais que possa ser feito, não é para apurar porcaria nenhuma,
04:10
deixa quem está preso, está preso, já se ferrou, pronto, acabou, vai ficar por aqui mesmo.
04:15
E aí o general vai lá e fala, ah, eu faria diferente, por que isso, por que aquilo?
04:22
Eles estão aí numa operação abafa, claramente.
04:25
Os dois, né? Cada um com os seus motivos particulares.
04:30
Um, porque foi filmado lá dentro do negócio, essa imagem só se tornou pública,
04:34
porque a imprensa foi atrás, e a gente não tem clareza nenhuma do governo federal
04:40
a respeito das coisas que estavam acontecendo ali.
04:43
Eu acho que já está no escracho, né? Já está no...
04:47
Todo mundo já soltou a mão de todo mundo aí.
04:50
É, essa história do Gonçalves Dia, esse depoimento do Gonçalves Dia hoje,
04:54
Gonçalves Dias hoje, é muito triste, né? É muito triste.
04:58
Ele mencionou algo importante, para que se compreenda direito essa história,
05:04
que é o tal do Plano Escudo.
05:07
O que é o Plano Escudo?
05:09
É um plano que prevê diversos círculos de segurança
05:13
em torno ali dos prédios mais importantes na nossa administração pública.
05:19
E ele envolve várias instâncias, como disse o Gonçalves Dias na fala dele,
05:28
que vão da Polícia Militar do Distrito Federal
05:30
até batalhões do Exército, batalhões de segurança dos próprios prédios,
05:37
ou seja, é uma concatenação de forças
05:40
que devem ir protegendo os prédios, o espaço da Praça dos Três Poderes,
05:45
em círculos que vão retrocedendo, até você chegar na porta ali
05:50
do Palácio do Planalto, do Congresso, da STF, né?
05:55
Esse plano foi traçado.
05:58
O fato do plano ter sido traçado antes do 8 de janeiro
06:03
já é um indício importante de que existia ali no ar, né?
06:09
Para as autoridades de segurança, a informação, a impressão, a sensação
06:18
de que algo grave poderia acontecer naquele dia.
06:22
Ou seja, esse lero-lero de que fomos todos pegos de surpresa, não bate.
06:29
Porque eles foram lá e tiraram da gaveta o Plano Escudo para dar uma olhada.
06:33
Bom, vamos ver. Só que daí o plano não foi executado no dia 8 de janeiro.
06:42
Não foi executado a contempo.
06:46
Daí tem uma responsabilidade, que é da PM do Distrito Federal,
06:51
que é o círculo mais distante ali dos prédios.
06:57
É a primeira linha de combate.
06:59
A gente viu inúmeras vezes essas cenas dos manifestantes chegando
07:04
até aquelas grades que estavam colocadas,
07:07
meia dúzia de policiais, meia dúzia de gato pingado,
07:10
falando, não, não entra não, tal, e os caras passando por cima das grades, certo?
07:15
A partir dali deveria haver outros bloqueios que também não funcionaram.
07:22
E daí você vai se aproximando da responsabilidade
07:25
que é do senhor Gonçalves Dias.
07:28
E daí ele dá uma declaração que é uma espécie, a meu ver, sim,
07:34
uma espécie de confissão de culpa.
07:37
Ah, hoje, olhando em retrospecto, eu teria agido de maneira mais dura.
07:45
Ou seja, ele não levou a sério, em primeiro lugar, o seu dever.
07:53
Não é que ele não levou a sério informações, ele não levou a sério o seu dever.
07:56
Se isso já é sério, se isso já é ruim para nós, civis,
08:01
que recebemos uma atribuição no trabalho ou qualquer coisa assim, né?
08:04
Quem não presta atenção no seu dever já se dá mal.
08:08
Imagine só para um cara com a cabeça de um militar,
08:11
chegou ao topo da carreira militar, general.
08:15
O cara não levou a sério o dever.
08:16
É um espanto, né?
08:19
E não cobrou dos outros também.
08:21
E também, ao que tudo indica, fizeram ali um corpo mole, deixaram para lá.
08:27
Então, assim, a ideia do apagão de segurança...
08:32
Apagão parece que é acidente, né?
08:37
Mas a gente precisa pôr um pouco mais de peso nessa palavra apagão.
08:41
Não sei se você, Wilson, e você, Madá, concordam comigo.
08:45
Não foi um acidentezinho que aconteceu.
08:49
Foi uma coisa muito grave que deixou pelados na praça, vamos dizer assim, os três prédios.
08:55
Os três centros de poder da nossa república.
08:58
Ficaram pelados na praça.
09:00
E não foi só por susto, por imprevidência.
09:03
Parece que teve uma mistura de incompetência, imprevidência e caso pensado.
09:10
Né? E caso pensado.
09:12
Essa história de apagão é porque o presidente da CPI já viu que ninguém está afim de investigar nada.
09:18
Que a pessoa pode falar as maiores barbaridades.
09:21
Que ninguém vai atrás.
09:23
Que ninguém vai mover uma palha.
09:25
E ele está querendo fazer isso que você falou, Graeme.
09:27
Está querendo relativizar.
09:29
Apagão da segurança é se todo mundo tivesse tido um piriri e não pudesse trabalhar.
09:33
Ah, isso é um apagão da segurança.
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Fora isso, eu não sei. O que é apagão de segurança?
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Isso aí não existe não.
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Não tem apagão.
09:40
Ah, e apagou.
09:41
Foi uma falha.
09:42
Uhul, tiraram o soldado da tomada.
09:46
Ele é um passa-muleque que ele está dando.
09:49
Porque segurança não tem apagão.
09:51
Segurança pode ter falha.
09:53
E eu não entendo que haja direito a falha.
09:56
Quando você é de uma força de segurança.
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Não entendo assim.
10:00
Ninguém botou arma na cabeça para ele virar da força de segurança.
10:03
Ele virou porque quis.
10:04
Ele assumiu uma obrigação.
10:05
E ele tem a obrigação de dar conta.
10:07
O erro para mim, a falha para mim, já tem a culpa.
10:12
Agora, se não foi só a falha, é pior ainda.
10:16
E a gente vê, né, como os parlamentares são hábeis.
10:19
Ele chama um negócio desse de apagão.
10:22
Apagão.
10:22
É como assim, cortou um fio.
10:24
Não dá, né?
10:26
Não dá.
10:27
Mas tem uma grande chance de colar essa tese, eu acho.
10:31
Depois, olha, Graeme, depois que eu vi do Flávio Dino ontem,
10:34
eu já estou me conformando que eu vou morrer sem saber o que aconteceu nesse dia.
10:57
Tchau.
10:58
Tchau.
10:59
Tchau.
11:00
Tchau.
11:01
Tchau.
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