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Stédile, claro, passa pano para MST em CPI
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00:00
O João Pedro Stedley, líder do MST, compareceu hoje à CPI que investiga invasões de terra e ocupações promovidas pelo grupo.
00:07
A gente separou alguns trechos. Stedley minimizou as denúncias contra o MST. Vamos acompanhar.
00:12
Então, evidentemente que esses casos que vocês encontraram, que não quero julgar se é verdadeiro ou não é verdadeiro,
00:20
mas acredito que existam, mas nós de sã consciência não podemos atribuir a alguns casos
00:28
como se aquilo fosse geral.
00:32
Já citei. Só uma amostra de 1% daria 5 mil famílias.
00:36
Imagina chamar 5 mil aqui, deu teu testemunho.
00:40
Se houve problemas e nos casos que há problemas de desvio de recursos, é a lei.
00:49
Recomendo a todos os nossos companheiros acampados e assentados.
00:52
Se você tiver algum caso que ache que houve denúncia, vá na delegacia.
00:58
Leve provas, testemunho e abra processo contra quem?
01:04
Porque o maior afetado disso é o MST.
01:07
Não é o sacana que se apropriou do bem.
01:10
Nós temos interesse que se corrija isso.
01:12
Olha só, Graebi, como na CPI ele parece assim, tão sereno.
01:23
Olha, se você tiver alguma denúncia contra um membro do MST, vá na delegacia.
01:28
E a gente viu os depoimentos da Vanusa dos Santos, da Noêmia dos Santos, do Joviniano Rodrigues,
01:35
quer dizer, de assentados, de ex-integrantes, mostrando como foram intimidados, como foram ameaçados,
01:41
como foram hostilizados como traidores.
01:44
Não é simples assim.
01:46
Quer dizer, quando está acuado diante de parlamentares dispostos a colocar o dedo na ferida,
01:54
o João Pedro Stedley me parece que tem uma posição que não é aquela que é dita para os membros do seu movimento,
02:03
nem que acaba, vamos dizer assim, se transformando em prática dentro do grupo que ele lidera.
02:12
Parece que é só narrativa, margem de defesa, construção feita por media training
02:19
para momentos em que você é obrigado a depor.
02:24
Então, assim, é muito fácil, né?
02:26
Você comandar um movimento sem CNPJ, que nunca pode ser responsabilizado institucionalmente,
02:32
e dizer, se acontece um incidente ou outro, é uma questão pontual, de responsabilidade individual.
02:38
Mas não se pode, nunca, jamais, em hipótese alguma,
02:42
criticar o movimento inteiro e os seus métodos que são frequentes e recorrentes.
02:49
É, Felipe, uma das coisas que o João Pedro Stedley mais repetiu nesse depoimento,
02:58
até onde eu pude acompanhar, é essa ideia de que os assentamentos, os grupos, têm autonomia.
03:06
É um pouco essa ideia que está expressa aí, né?
03:09
Ela foi uma das linhas condutoras do raciocínio do Stedley nessa presença dele na CPI.
03:21
O que significa isso?
03:22
Justamente, olha, tem lá os grupos, às vezes erros acontecem,
03:27
mas não podemos atribuir isso a um movimento.
03:30
Então, ele quebra ali em pedacinhos e procura isolar, como sendo absolutamente atípicos,
03:40
esses relatos, que, no entanto, são todos muito parecidos.
03:46
E não são todos do mesmo assentamento, são de assentamentos diferentes.
03:52
Os depoimentos que a gente viu indicam, sim, um padrão.
03:59
Um padrão que vem de diversos lugares do MST.
04:04
Ou seja, tem alguma coisa, mais uma vez, metaforicamente, na água que esse pessoal bebe,
04:11
que leva esse tipo de coisa a acontecer.
04:14
E daí, é difícil acreditar que seja só uma coisa, uma questão estatística.
04:22
Ah, em todo grande grupo, teremos aqueles exemplos de pessoas que perderam o caminho,
04:29
que se desviaram do que seria correto e tudo mais.
04:33
Não.
04:34
Tem uma consistência.
04:35
no tipo de comportamento autoritário das lideranças,
04:42
no espezinhamento, na opressão, vou usar a palavra,
04:45
na opressão dos participantes ali que têm pouca voz,
04:53
que não têm muito poder, que não têm para onde correr
04:55
quando estão sendo atacados por quem manda nos assentamentos,
05:03
gente que não tem bens,
05:05
que mora em barraca, que tem pouca roupa,
05:08
que não sabe para onde correr
05:10
quando se vê acossado desse jeito,
05:13
do jeito que essas pessoas que o Felipe mencionou no começo relataram.
05:18
Então, não.
05:22
Não é só um efeito estatístico lá das uvas podres
05:29
no meio de um cacho gigantesco.
05:32
Tem algo de sistemático que acontece aí.
05:36
Tem algo de sistemático.
05:39
E essa ferramenta que o MST sempre usou
05:45
para se furtar a responsabilização,
05:49
que é isso,
05:50
eu sou fragmentário,
05:52
eu não tenho CNPJ,
05:53
eu não sou uma entidade,
05:55
precisa passar por trás disso.
05:58
precisa enxergar a unidade que existe por trás do movimento,
06:05
porque existe essa unidade.
06:07
E essa eu acho que é a contribuição importante que é essa CPI,
06:11
mesmo que pareça que está sendo abreviada,
06:14
que está sendo encerrada antes do que precisaria,
06:17
porque houve troca de integrantes da CPI,
06:21
o governismo ganhou maioria lá no meio do caminho,
06:24
o centrão cedeu ao governo,
06:26
mas enfim,
06:30
apesar de estar acabando,
06:32
antes do momento previsto,
06:34
essa é uma contribuição importante dessa CPI.
06:41
ela mostrou que existe uma unidade ruim por trás do MST.
06:48
E o Brasil precisa lidar com isso.
06:51
Agora que ficou claro,
06:53
não dá simplesmente para olhar para o outro lado.
06:55
Algo tem que ser feito,
06:57
porque não é um movimento puro,
07:02
benigno,
07:02
e que não sabe usar a força
07:05
contra os produtores rurais
07:08
que eles veem como inimigos,
07:11
e também contra os seus próprios assentados,
07:15
aqueles que não têm como reagir.
07:18
Então,
07:19
tem uma tradução importante dessa CPI.
07:23
Exatamente.
07:24
E só de reunir depoimentos
07:26
e você traçar esses métodos,
07:30
mostrando a sua frequência,
07:31
a sua recorrência,
07:33
com um relatório técnico de preferência
07:37
que aponte os fatos
07:39
e que os concatene.
07:41
Isso é muito importante para a história do Brasil.
07:44
Porque, muitas vezes,
07:45
tudo se perde no embate político,
07:47
eleitoral e imediato.
07:48
As pessoas estão mais preocupadas
07:49
com disputa de poder.
07:51
E, eventualmente,
07:52
você não tem uma maioria
07:54
para conseguir força,
07:55
para determinar medidas gravosas
07:57
contra um alvo
07:59
de uma comissão parlamentar de inquérito.
08:01
mas o peso
08:03
que um relatório,
08:06
com toda a contundência
08:07
das próprias imagens dos depoimentos,
08:10
ele traz no debate público,
08:13
isso, às vezes,
08:14
como eu digo,
08:15
vai movendo as placas tectônicas,
08:17
aquilo que está mais no fundo.
08:19
As pessoas começam a perceber
08:20
e aquilo é utilizado depois
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para embasar a argumentação
08:26
diante de novos episódios.
08:28
Quando acontece aquilo
08:29
que já foi traçado na CPI,
08:31
você remete
08:32
e você mostra
08:33
que não é a primeira vez,
08:36
eventualmente,
08:36
que não são réus primários,
08:38
você vai ganhando robustez
08:41
no posicionamento crítico
08:43
àquelas irregularidades,
08:45
àquelas ilicitudes,
08:46
àqueles mecanismos
08:48
de manipulação de massa,
08:50
inclusive,
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de mulheres e crianças,
08:52
muitas vezes usadas
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praticamente como escudos humanos
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na dianteira
08:57
de atos criminosos.
08:59
Então, tudo isso
09:00
precisa ser colocado,
09:02
independentemente
09:03
do efeito imediato
09:04
que possa gerar
09:05
sobre as lideranças.
09:07
Houve uma preocupação
09:07
do governo
09:08
de que o Sted
09:08
pudesse receber
09:09
voz de prisão
09:10
aí na CPI,
09:12
porque ele não foi
09:13
depor com habeas corpus,
09:14
então não tinha direito
09:15
ao silêncio,
09:16
mas ele disse
09:16
que estava treinado,
09:18
que não tinha medo,
09:19
etc.
09:20
E, obviamente,
09:21
acabou não sendo alvo
09:22
de voz de prisão.
09:24
então,
09:26
que o relatório
09:27
seja robusto
09:28
para, pelo menos,
09:28
a gente ter esse capítulo
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escrito da história.
09:31
E aí
09:36
E aí
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E aí
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E aí
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E aí
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