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Notícias
Transcrição
00:00Vamos seguir agora com o noticiário, a gente vai falar sobre os desdobramentos
00:05dessa tragédia que aconteceu no começo dessa semana, ontem mais especificamente
00:11em São Paulo, numa escola estadual em São Paulo, em que um adolescente de 13 anos
00:17matou a facadas uma professora de 71 anos, feriu outras três professoras
00:23e também um outro aluno, o Ministério Público de São Paulo pede a internação provisória
00:30e urgente avaliação psiquiátrica desse autor, desse ataque nessa escola de São Paulo,
00:36foi enterrado hoje o corpo da professora de 71 anos, a professora Elisabeth Tenreiro
00:43em São Paulo, os professores que participaram inclusive dessa despedida
00:46estavam muito apreensivos com o retorno das aulas, o governo de São Paulo
00:51disse que essa escola vai ficar fechada por pelo menos uma semana,
00:55os alunos também vão receber atendimento psicológico, assim como os professores
00:58e funcionários dessa escola também, a professora Elisabeth, ela foi morta ontem
01:03quando ela fazia a chamada dos alunos nessa escola estadual, que fica na Zona Oeste
01:08de São Paulo, e ela foi atacada por esse adolescente de 13 anos pelas costas,
01:13ele também feriu outras três professoras e também um aluno, essa é a foto da professora
01:19Elisabeth, que faleceu ontem aos 71 anos. A mãe, inclusive, de um aluno da escola
01:25alertou, disse que alertou a direção sobre as brigas pesadas, e a mãe desse aluno
01:32disse que a escola estadual Tomasia Montoro foi informada em diversos momentos
01:39sobre essa crise, esses problemas de brigas que aconteciam dentro da escola,
01:44onde ontem aconteceu essa tragédia, essa facada, inclusive, que vitimou a professora, né?
01:52Ela disse que alertou a direção da escola várias vezes e pediu que a polícia fosse acionada
01:58para reforçar a segurança nessa escola de São Paulo. Quero ouvir muito o Carlos Graeb
02:04para fazer uma análise agora sobre esse caso, né? Esse desdobramento que a gente
02:11está acompanhando desse caso, inclusive, que hoje, lá no nosso site, a Vanessa de Pelt
02:16acabou de subir agora há pouco, inclusive, uma reportagem de que esses casos,
02:21infelizmente, ainda se repetem, né? Outras professoras são vítimas de agressões e hoje,
02:28inclusive, adolescentes tentaram atacar a faca, colegas, numa escola do Rio de Janeiro também.
02:33Graeb, quero te ouvir sobre esse cenário, esse triste cenário que a gente tem visto
02:39em várias escolas aqui no Brasil.
02:45Seu microfone, Graeb, por favor.
02:53Pronto.
02:55Agora sim.
02:58Foi divulgada recentemente, agora há pouco, uma pesquisa da Unicamp
03:02mostrando que teve 23 ataques desse tipo no Brasil nos últimos 20 anos,
03:07sendo que desses 23, 8 foram desde o ano passado.
03:12Ou seja, 40%, mais ou menos, dos ataques aconteceram muito recentemente,
03:18inclusive os mais mortíferos, né?
03:21Os mais mortíferos parecem estar havendo uma aceleração nesse tipo de crime.
03:29Tivemos um ontem e hoje uma nova tentativa.
03:34Eu acho que tem um aspecto muito importante para discutir em relação a esses crimes.
03:41E a gente tem que olhar para o país que tem o mais longo e triste histórico
03:47a respeito desse tipo de ocorrência, que são os Estados Unidos.
03:52Lá nos Estados Unidos, como eu disse ontem na nossa conversa,
03:57são mais de 700 casos desde os anos 90,
04:01com alguns hiper sangrentos, hiper terríveis.
04:05Então, o que é possível fazer para lidar com esse tipo de ocorrência?
04:12Fala-se muito em segurança policial, criar segurança ostensiva,
04:21fazer revista na porta das escolas.
04:23Inclusive, a nossa entrevistada de ontem foi uma das hipóteses que ela levantou possíveis.
04:29Enfim, fazer uma coisa um pouco mais forte na entrada das escolas para os alunos e tudo mais.
04:36O Brasil tem um problema de ronda escolar.
04:42A gente sabe que tem muito tráfico de drogas nas imediações das escolas.
04:47A gente sabe que tem muita violência ao redor e dentro das escolas praticadas por jovens.
04:54A gente sabe que uma parte das agressões, inclusive de mortes de professores,
05:02acontece e poderia ser detida se tivesse uma presença policial mais constante, mais ostensiva.
05:11E isto é verdade.
05:13É verdade aqui e é verdade nos Estados Unidos também.
05:16De todos esses casos que acontecerão nos Estados Unidos,
05:20mais de 40% são casos ligados a tráfico de drogas,
05:26a violência entre gangues,
05:29a desentendimentos pontuais entre colegas e professores
05:34que acabam desaguando em violência.
05:38Tem uma dinâmica que precisa de um olhar mais específico
05:43de segurança pública e de policiamento.
05:45A gente precisa separar isso desses casos como o que aconteceu ontem.
05:53Esses casos de ontem estão ligados ao perfil de quem perpetra o crime.
06:01Na verdade, não existe um perfil desenhado para esses perpetradores,
06:08para esses criminosos.
06:09Às vezes são mais jovens, às vezes são mais velhos.
06:12Não são nem brancos, nem negros, nem asiáticos.
06:16Enfim, tem homem e tem mulher.
06:18Não dá para dizer que tem um tipo específico de pessoa.
06:23O que dá para identificar é um tipo de comportamento.
06:27Isso já foi feito há tempos nos Estados Unidos.
06:30Por universidades, pelo FBI, que já se debruçou sobre o assunto.
06:34Pelo governo, diversas instâncias do governo,
06:38tem um tipo de comportamento que permite prever
06:43que vai acontecer uma tragédia desse tipo.
06:47Então, quais são as recomendações?
06:50É preciso treinar professores e ter psicólogos dentro das escolas
06:58ou próximos a elas que estejam treinados para identificar
07:02esse tipo de comportamento.
07:04É preciso criar canais para denúncias sobre alunos
07:08que estejam exibindo algum tipo de comportamento
07:13que pode sugerir uma explosão como essa.
07:18E é preciso abordar os alunos,
07:21uma vez que você identifica esse comportamento,
07:23que está mapeado já.
07:25Está mapeado por psicólogos, está mapeado por institutos.
07:29Esse caso de ontem é um exemplo perfeito
07:34daquilo que não poderia acontecer.
07:38Avisaram a polícia, avisaram a escola,
07:43marcaram consultas da mãe com psicólogo, com psiquiatra,
07:47a mãe não levou o menino.
07:50Ou seja, tinha um monte de indícios que foram até detectados
07:55e nem polícia, nem escola, nem os pais fizeram nada
07:59que pudesse deter o resultado.
08:03Então é importante dizer isso.
08:05A gente não está em território virgem.
08:07A gente está em um território que já vem sendo estudado
08:09nos Estados Unidos há décadas.
08:12E tem conhecimento que se mostrou efetivo.
08:15Não para impedir todos os episódios,
08:19porque às vezes passa debaixo do radar mesmo,
08:21mas para evitar muitos deles.
08:24É possível reduzir o número,
08:27se não evitar 100% das ocorrências.
08:30E os Estados Unidos estão nessa briga.
08:33E essas três coisas que eu falei,
08:35treinar, criar canais e agir em cima dos sinais,
08:40já têm revelado resultados concretos nos Estados Unidos.
08:44Então, eu acho que tem um jeito de conduzir essa discussão
08:48que é racional e que não é só
08:52vamos botar a policial dentro e fora.
08:54Porque para esses casos, necessariamente,
08:57não é esse o remédio que vai surtir efeito.
09:14Não é esse o remédio que vai acontecer.

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