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Nesta terça-feira (24), tanto o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, quanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmaram ter saído vitoriosos da guerra que envolveu os dois países. As declarações ocorrem após dias de intensos ataques e negociações internacionais por um cessar-fogo. Alexandre Pires comentou.
Apresentadores: Roberto Nonato e Soraya Lauand
Comentarista: Alexandre Pires

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Transcrição
00:00O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que Israel alcançou uma vitória histórica
00:05após 12 dias de conflito, mas que ainda precisa concluir a campanha contra o eixo do Irã,
00:13derrotar o Hamas e garantir o retorno dos reféns em Gaza.
00:17Já do lado do Irã, o presidente Massoud Pesekian também classificou o desfecho como uma grande vitória para Teherã.
00:24As declarações ocorrem sob pressão de Donald Trump.
00:28Horas após o início de um cessar-fogo, anunciado pelos Estados Unidos na noite anterior e mediado com o apoio do Catar,
00:35ambos os países sinalizaram adesão a essa trégua.
00:41E a gente segue nesse assunto porque o nosso contato agora é com o professor de Relações Internacionais,
00:45Alexandre Pires, que gentilmente atende a Jovem Pan.
00:48Professor, bom dia e bem-vindo aqui ao Jornal da Manhã.
00:52Bom dia, Roberto. É uma satisfação estar com vocês.
00:56Ficou bom para ambos os lados, se é que é possível um lado bom num conflito, professor?
01:00Porque os dois estão dizendo que ganharam.
01:03Nesse momento, para o Irã, é uma situação até confortável.
01:07O país já tinha gastado ali uma quantidade grande de estoque de mísseis, né, Roberto?
01:12Então, assim, é como se fosse um momento de reabastecimento,
01:15de fazer uma avaliação dos danos e tentar travar contatos ali com fornecedores militares como China e mesmo Rússia
01:26ou outro país que possa ajudá-los ali na recomposição da sua defesa aérea, do seu estoque de mísseis.
01:32Por outro lado, o Israel, que já vem numa guerra aí, indo para dois anos, também precisava de um alívio.
01:39Então, nós temos ali o aeroporto sendo reaberto, as escolas também.
01:44Então, é uma pequena descompressão.
01:46Agora, falar de vitória, nós não conseguimos ainda.
01:51Por quê?
01:52Nenhum dos dois países vão admitir as informações ligadas aos danos,
01:58o que conseguiram fazer, tanto do ponto de vista ofensivo quanto defensivo.
02:02Vai ter uma resistência porque isso é entregar dados de inteligência, né?
02:06O Irã não pode confirmar, por exemplo, que as usinas foram destruídas.
02:10Senão, eles vão confirmar que os pontos de ataque foram certeiros.
02:14Então, é uma situação complexa ter um jogo ali, tentando criar uma certa névoa, né?
02:21Esconder um pouco o verdadeiro resultado aí dessas campanhas.
02:24Inclusive, professor, muito bom dia para o senhor também.
02:28Segundo a imprensa dos Estados Unidos, os ataques não teriam destruído as usinas nucleares do Irã.
02:35Então, um relatório preliminar aponta que apenas o programa nuclear teria resultado num atraso de menos de seis meses
02:45e que os estoques de urânio enriquecido não teriam sido eliminados.
02:49Com isso, com o programa nuclear ativo, o senhor vê que o risco de um novo confronto aumentaria ou aumenta a médio e longo prazo?
03:01Bom dia, Soraya.
03:02Então, eu estou, desde o começo ali desse anúncio dos ataques com os bombardeiros B2,
03:10tentando saber como que foram distribuídas essas cargas, né?
03:12Demorou para vir a informação que foram sete bombardeiros.
03:16E hoje eu li uma declaração do enviado especial do Trump na região, que é o Steve Ritchcock.
03:24E ele disse que, na verdade, em Fordo, foram lançadas ali 12 das 14 Buster destruidoras de bunker, né?
03:41Ou seja, aí nós temos já um nível muito mais alto.
03:46Ou seja, dependendo da combinação, isso pode ser, em termos de concreto, 120 a 240 metros.
03:53Então, o resultado, sim, seria assustador se os pontos de entrada forem certeiros.
03:58E duas teriam sido colocadas ali em Natanz, né?
04:02E Sfarhan, o ataque foi feito provavelmente por Tomahawk, né?
04:07Talvez na casa aí de dezenas de Tomahawks, que são mísseis de alta capacidade,
04:13atingindo ali Sfarhan, que é um centro de pesquisa nuclear.
04:17Então, até o momento, né?
04:20O número já começou a me impressionar.
04:22Até ontem, anteontem, eu não conseguia definir se o sucesso teria sido grande.
04:26Mas se isso for verdade, e os pontos de entrada forem corretos,
04:31realmente eles podem ter atrasado em muito programa.
04:34Ou seja, essas avaliações estão sendo colocadas em dúvida, por quê?
04:39Porque não tem a radiação, não tem sinais de contaminação ainda.
04:45Ninguém detectou e a agência, obviamente, da ONU de Energia Atômica,
04:50ainda não fez nenhuma visita nesses lugares para descrever se isso causou um impacto.
04:56Agora, professor, a gente tem os dois líderes aí, tanto de Irã quanto de Israel, né?
05:02O Netanyahu, com problemas internos também, antes até do ataque do Hamas lá em 2023.
05:08Estava enfrentando acusações de corrupção, possibilidade até de perder essa liderança que ele tem.
05:13E o conflito foi mantendo ali no poder.
05:15Agora, acaba esse conflito com o Irã.
05:18Ele disse que vai voltar as baterias para Gaza.
05:19Eu não sei aonde mais, porque Gaza está completamente destruída,
05:22mas precisa recuperar aqueles reféns que estão lá em poder do Hamas até hoje.
05:28E no Irã, por sua vez, tem o Ali Khamenei já mais velho, já pensando numa sucessão.
05:34Será que líderes diferentes poderiam trazer uma paz um pouco mais duradoura ali para a região?
05:41Ou é o regime iraniano que pretende mesmo destruir Israel?
05:44Isso deve se manter, independentemente de quem estiver no poder, professor?
05:49Com relação ao Irã, eu não acredito que vai haver uma mudança dos planos de longo prazo do Irã.
05:56Obviamente, eles vão continuar, se não houver nenhuma alteração de regime,
06:00a buscar uma supremacia militar por meio de uma bomba nuclear.
06:05Vão continuar investindo em mísseis balísticos,
06:08que agora eles sofreram ali uma ofensiva destruidora.
06:13Independente do que nós falamos com relação à parte nuclear,
06:17a quantidade de ataques sobre a infraestrutura militar, defesa aérea e outras,
06:22a gente viu notavelmente que foi avassaladora.
06:26Ou seja, Israel estava entrando no espaço aéreo iraniano com extrema facilidade.
06:33No caso do Netanyahu, realmente, Roberto, como você colocou,
06:37ele conseguiu ali uma sobrevida, né?
06:39Antes, inclusive, do ataque do Hamas, ele estava com o risco ali de perder o governo.
06:48Agora, um pouco antes do ataque ao Irã, ele tinha conseguido ali uma recondução,
06:54passada ali por uma moção de desconfiança e conseguiu se manter no governo.
07:01Óbvio que muito do seu capital político foi desgastado com uma parte da população,
07:08sobretudo por causa dos reféns, como você colocou,
07:10que não foram todos resgatados e nem todos os corpos foram recuperados.
07:15Inclusive, essa semana, parece que mais três corpos foram resgatados
07:19durante essas incursões.
07:22Mas há um desgaste porque, como Israel é uma democracia,
07:27no final das contas, tudo isso vai ser traduzido em voto.
07:31E essa campanha militar, ela vai ter que apresentar resultados.
07:36E o que você colocou é justamente o que essa população está vendo.
07:40O quê?
07:41Isso vai ser duradouro, né?
07:43Israel vai se tornar um lugar mais seguro, mais pacífico, né?
07:48Mas, para isso, tem que neutralizar esses inimigos regionais.
07:54E isso, nós sabemos, Roberto, que não vai se dar num curto prazo.
08:00Ou seja, tudo isso que nós estamos assistindo aqui
08:02ainda vai consumir muito ali dos recursos e das forças militares israelenses.
08:09Esse é o professor de Relações Internacionais, Alexandre Pires,
08:13conversando com a gente aqui no Jornal da Manhã.
08:15Por enquanto, obrigado, professor.
08:16Obrigado, professor.

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