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  • 16/06/2025
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que não descarta um ataque direcionado para assassinar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Segundo ele, tal ação não serviria para escalar, mas sim para "acabar com o conflito".

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Transcrição
00:00Eu quero começar contando que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sugeriu que
00:04assassinar o líder supremo do Irã, o Ayatollah Ali Khamenei, acabaria com um conflito entre os dois inimigos históricos.
00:13Vamos então avançar nessa história com o Luca Bassani, que vai trazer as informações pra gente,
00:17porque não é o que pensam as autoridades americanas, né Luca?
00:21Conta pra gente, bem-vindo.
00:23É isso mesmo, Evandro. Boa tarde a você e a todos que nos acompanham.
00:26Durante o último final de semana, a imprensa norte-americana disse que o presidente Donald Trump
00:31haveria vetado um plano dos israelenses de assassinar o líder supremo do Irã, o Ayatollah Ali Khamenei.
00:38Hoje, todavia, falando também à imprensa norte-americana, Benjamin Netanyahu disse que essa possibilidade
00:45não foi completamente descartada e que o Estado de Israel deverá fazer aquilo que deve fazer.
00:51Ele disse que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, isso não escalaria o conflito,
00:55mas, de fato, acabaria com ele por se tratar da liderança que, segundo o Estado de Israel,
01:01é aquela que financia diretamente a instabilidade por todo o Oriente Médio,
01:06sobretudo com os seus grupos fundamentalistas, terroristas, financiados por décadas.
01:11É exemplo dos Hutis, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, entre outros importantes grupos paramilitares que atacam Israel.
01:19Nós vemos, todavia, que a opinião dos analistas está dividida.
01:22Afinal, Ayatollah Ali Khamenei, o termo Ayatollah significa, para os chiítas, um sinal de Deus.
01:27Não é apenas um líder político, mas um líder religioso, alguém que é formado em jurisprudência islâmica.
01:33E, no caso de Ali Khamenei, governa o Irã desde 1989 e é um saído, ou seja, um descendente direto de Maomé,
01:40o que, na visão de muitos dos muçulmanos, é algo quase que sagrado.
01:44Portanto, por mais que ele seja considerado alguém tirânico, interno, externamente, dentro do Irã,
01:50não há nenhum tipo de dúvida em relação a isso.
01:52A sua eliminação por parte de um Estado estrangeiro poderia significar também um levante popular contrário.
01:59Maior apoio ao regime é exatamente oposto do que aquilo que gostaria Netanyahu com a mudança de regime em Teherã.
02:06É uma questão muito complexa.
02:08A gente vê que os aliados principais, Estados Unidos e Israel, não estão totalmente de acordo em relação a essa questão.
02:14Mas o fato é que, durante os últimos quatro dias, Israel, com as suas operações de inteligência
02:19e com a presença da Mossad em todo o território iraniano, conseguiu eliminar lideranças, generais, almirantes, cientistas,
02:27todos muito importantes para o funcionamento do Estado iraniano.
02:31E, portanto, teria como alvo, possivelmente, também o líder supremo Ali Khamenei.
02:36Basta a gente continuar acompanhando os próximos dias para ver se, de fato, alguma medida será tomada nessa direção.
02:42Ô, Luca Bassani, obrigado por enquanto.
02:45Continue conosco que já já eu converso mais com você.
02:47Fábio Piperno, a gente sabe que esse ataque de Israel tem a ver também com uma tentativa ou uma vontade desse Estado
02:53de se acabar ou eliminar o regime que hoje domina o Irã.
02:57Você acredita que eliminar também o principal líder desse regime, que é considerado como que alguém santificado lá pelos seguidores,
03:10mesmo diante de toda a intolerância, mesmo diante de toda a violência que esse regime muitas vezes expõe,
03:17acabaria também ou diminuiria esse conflito?
03:20Porque os Estados Unidos acreditam que isso poderia levar a uma escalada ainda maior ou uma resposta ainda mais intensa do Irã.
03:27Bom, inicialmente, eu quero deixar muito claro que eu jamais fui e não sou um admirador da teocracia iraniana.
03:38Até porque eu não gosto de nenhum regime absolutista.
03:42E a teocracia iraniana é, sim, uma ditadura, embora apoiada por grande parte da população,
03:51por questões religiosas, por questões até de fundamentalismo religioso.
03:55Isso é um aspecto.
03:57O segundo, com que direito um país resolve acabar com o regime do outro?
04:05Por mais, repito, por mais, eu diria, divergências que eu tenho em relação ao regime iraniano,
04:13é muito importante, eu sempre faço essa ressalva, a gente entender o seguinte.
04:18A única opção que o Ocidente deu ao Irã, infelizmente, foi o Irã se armar até os dentes.
04:27Porque, veja, foi o Ocidente quem derrubou o primeiro-ministro Mossadegh,
04:31quem colocou lá a ditadura corrupta do Shah Reza Pahlavi,
04:34e foi também o Ocidente quem estimulou o Iraque e invadiu o Irã em 1980,
04:40iniciando uma guerra sangrenta que durou oito anos e que exauriu os dois países.
04:45Então, queriam que o Irã fizesse o quê?
04:48Jamais pensasse em se rearmar?
04:50É óbvio que o Irã correu atrás de desenvolver forças de segurança.
04:55Agora, é também fato de que o Irã acaba abastecendo grupos que são hostis a Israel.
05:03Isso também é uma verdade.
05:05Por isso, essa questão, ela jamais será simples.
05:09O Irã é um país de 87 milhões de habitantes.
05:13Então, é óbvio que essa parte do governo americano,
05:16que é contrária à tentativa de se eliminar o líder supremo,
05:21tem também essa variável na mesa.
05:24Ou seja, como é que nós vamos controlar um país de 87 milhões de pessoas
05:29matando o seu principal líder espiritual, digamos assim?
05:33Pois é.
05:35Isso é uma equação, isso é uma dúvida,
05:38em relação a qual ninguém tem resposta.
05:41Porque, mal ou bem, a gente já viu até em outras ditaduras,
05:44como, por exemplo, a Líbia e o Iraque,
05:48por mais cruéis que essas ditaduras fossem,
05:52elas, pelo menos, tinham a capacidade de impedir a fragmentação do país.
05:58E aí, o que aconteceria no Irã se alguém matasse o líder supremo?
06:04Exatamente. O que aconteceria, hein, Cássio Miranda, no teu ponto de vista?
06:08Evandro, a gente tem alguns exemplos.
06:10Primeiro, a Síria.
06:12Em segundo lugar, o próprio Iraque.
06:14São diversas as circunstâncias onde essa cisão fomentada do lado de fora
06:21levou o país ao caos.
06:23E esse caos acaba sendo uma oportunidade
06:27para aqueles grupos que todo mundo quer extirpar,
06:31especialmente grupos vinculados ao terrorismo
06:35e grupos vinculados a qualquer forma de fanatismo.
06:40Fato é, e o Piperno bem disse,
06:42que o Irã tem inúmeros problemas internos
06:45e são problemas de difícil solução.
06:49A bem da verdade, toda a questão que envolve o Oriente Médio
06:52é uma questão de difícil solução.
06:55Mas fato é também que hoje nós temos um conflito Hamas-Israel
07:01que é muito fomentado, pelo menos a permanência dos membros do Hamas lutando,
07:08é muito fomentada pelo Irã.
07:10Nós temos dois grandes blocos no mundo,
07:13um capitaneado por Rússia e China, que ajudam o Irã,
07:16e um outro capitaneado pela União Europeia, pelos Estados Unidos,
07:20principalmente, que tem ali, como representante no Oriente Médio, Israel.
07:25Então há toda essa complexidade, e eu acho,
07:30tem uma leitura parecida com a do Piperno,
07:32que a derrubada forçada do líder iraniano
07:37não traria uma solução para Israel.
07:40Traria mais um problema, mais uma constante frente de batalha.
07:45Resta saber quais serão os resultados de tudo isso.
07:49O que foi, Piperno? O que te chama a atenção?
07:51Sobre isso que a gente falou, você imagina o seguinte, né?
07:54Não se sabe exatamente em que pé se encontra o programa nuclear iraniano.
07:59Há suspeitas de que o Irã esteja próximo de ter a capacidade para produzir artefatos nucleares.
08:05Então imagina o seguinte, a liderança iraniana, ela é de alguma forma removida ou eliminada, né?
08:13Se mata lá o Ayatollah Khamenei. Muito bem.
08:17Quem é que vai comandar esse negócio?
08:19Quem é que vai comandar esse programa?
08:20Vai haver alguma invasão?
08:22Ou vai haver alguma intervenção?
08:24Ou isso vai cair em mãos absolutamente amalucadas aí e dispostas, inclusive, a pagar com a própria vida,
08:34mas para colocar esse negócio em funcionamento e, quem sabe, até enviar tudo que vai ser produzido
08:41ou parte do conhecimento acumulado para mãos de terroristas?
08:46Porque vejam só, lá perto, e o Acacita Síria, no caso da Síria, por exemplo,
08:52quem tomou uma parte do país foi o Estado Islâmico.
08:56Então, se o tabuleiro já é complicado com a atual liderança iraniana,
09:05imagina então como é que seria esse barril de pólvora
09:09se um grupo como o Estado Islâmico conseguisse colocar a mão em todo esse conhecimento acumulado.
09:15Exatamente. Inclusive, eu quero trazer uma informação que chega para a gente
09:19a partir das manifestações das autoridades e, neste caso do primeiro-ministro,
09:22Benjamin Netanyahu, do que ele diz ser a sensação do povo iraniano a partir dos ataques feitos por Israel.
09:29O que ele menciona é que a percepção dos iranianos de seu governo mudou,
09:34dizendo que agora eles perceberam que o governo deles era muito mais fraco do que eles pensavam.
09:40Entre aspas, vou colocar para vocês,
09:42eles entendem que o regime é muito mais fraco do que eles pensavam.
09:45Eles percebem e isso poderia levar a resultados.
09:49A gente sabe também que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se encontrou hoje com vários líderes militares de seu país
09:55que estão tocando esses ataques, conduzindo esses ataques ao Irã,
10:00agradecendo a eles pelo trabalho e dizendo que eles estariam no caminho certo
10:04para chegar aos objetivos israelenses.
10:07Gustavo Segré, eu quero entender se você concorda com o Benjamin Netanyahu
10:11que essa percepção dos iranianos mudaria a partir do que foram os ataques até agora.
10:17Zé Maria Trindade, boa tarde para você também.
10:19Já já te passo a bola aí, meu amigo. Vai lá, Segré.
10:21Eu acho que é uma aposta de altíssimo risco.
10:25Não tem como entrar na mente dos iranianos e saber que porque poderia ter um ataque
10:30que deixaria mais debilitado o regime iraniano,
10:33isso poderia transformar numa mudança do regime.
10:37E a guerra mudou. Antes era Hamas, um grupo terrorista.
10:40Agora estamos falando Estado versus Estado.
10:43É outro patamar de conflito.
10:45Já não é mais contra uma facção terrorista.
10:49Estamos falando de um país e outro país.
10:52E logicamente aí vem essa situação.
10:55Atacaram as usinas nucleares.
10:58Atacaram, como muito bem foi informado pela Jovem Pan,
11:02uma emissora de TV no momento que estava ao vivo.
11:05Isso fere o ego, fere o orgulho dos iranianos, das autoridades iranianas.
11:11Não vai ficar por aí.
11:13E a gente não sabe onde pode terminar.
11:16De alguma maneira é entendível.
11:18Israel está, de fato, dormindo junto com o inimigo.
11:21E não é inimigo só de um lado.
11:22Tem inimigos de todos os lados.
11:25E vários desses inimigos não se conformam com a possibilidade de ter um Estado palestino,
11:30se não quer destruir Israel.
11:33Tirar Israel e os israelitas do mapa.
11:36Isso é um risco enorme.
11:38E o Israel deve se defender.
11:39Eu continuo pensando que alguma informação de inteligência israelí
11:44supôs que se não era feito esse ataque,
11:48o ataque de Irã poderia ser muito grave para o território israelense.
11:52Eu continuo pensando por aí,
11:55tentando encontrar alguma lógica nesse ataque, Evandro.
11:59Exatamente, porque ele chama de ataque preventivo.
12:02E como é que você avalia esse ataque, hein, Zé Maria Trindade?
12:06Desde o primeiro momento em que conversamos lá, na sexta-feira,
12:09até acompanhando a evolução para esta segunda.
12:12Bem-vindo.
12:14Olha, a busca aí é por um apoio internacional.
12:18Obrigado, Cine.
12:20E um abraço a todos aqui, companheiros da mesa.
12:23Segret, Piperne e Acácio.
12:25Olha só, esse conflito, ele acontece por bases ali muito complexas, né?
12:32São rivalidades antigas, ameaças.
12:35O Irã sempre ameaçou Israel.
12:37Israel se sentiu sempre ameaçado pelo Irã.
12:40E aí vem a grande informação, ou seja, a guerra de notícia.
12:46Gasta o termo, mas dizem que numa guerra a primeira vítima é a verdade.
12:50Faz sentido, né?
12:52Faz sentido, porque é preciso trabalhar exatamente com a informação.
12:57O Israel diz que o Irã tem e estava prestes a montar uma bomba nuclear.
13:05Um artefato nuclear desta proporção pode arrasar com a região inteira, né?
13:10E levando em consideração que trata-se de uma teocracia,
13:14de um regime que não tem exatamente as bases racionais,
13:17como é a democracia, realmente justificaria o tal combate preventivo,
13:23a tal guerra preventiva, que é estranho, guerra preventiva.
13:28Seria a prevenção não fazer a guerra, né?
13:30E tudo indica, né, 90% de que os Estados Unidos participam desta guerra, né,
13:37a tal guerra por procuração, e que evidentemente apoiou,
13:40senão Israel não iria fazer esse revide ao Irã.
13:44Irã está acostumado a fazer pequenos ataques a Israel,
13:47e receber também pequenos ataques precisos, setoriais.
13:53Mas agora a impressão de que a guerra é total,
13:56e que o Israel vai fazer com o Irã como fez na faixa de Gaza,
14:03sem se importar com onde as bombas vão parar,
14:07e quais os alvos devem ser eliminados.
14:10Então, a impressão que se tem de lá para cá,
14:13de sexta-feira que falamos aqui,
14:15é de que a escalada é evidente,
14:19e essa conversa de matar o Ayatollah,
14:24é uma ameaça muito grave,
14:27muito grave exatamente por conta da organização do regime do Irã.
14:31E aí

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