O Fast News recebe o presidente executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, que analisa as chances de uma intervenção internacional no conflito entre Israel e Irã, que chega ao terceiro dia.
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NotíciasTranscrição
00:00Eu quero receber agora no Fast News deste domingo o André Last, que é presidente executivo da Stand Vivas Brasil.
00:07Esteve conosco ontem aqui na edição do Jornal Jovem Pan, inclusive num momento em que a gente via ali em tempo real os mísseis sendo enviados
00:14e o sistema de defesa de Israel reagindo ao ataque iraniano.
00:18André que estava a caminho de Israel e que quando recebeu inclusive essas informações está na Europa.
00:25Não é isso, André? Seja bem-vindo aqui mais uma vez a Jovem Pan. Uma boa tarde para você aí, né?
00:32Boa tarde, meu boa tarde. Boa tarde a todos. Obrigado pelo convite mais uma vez.
00:36André, a gente está falando justamente da possibilidade de apoio de outros países, de intervenção até para solucionar este conflito.
00:45Como é que você vê esta possibilidade?
00:47Olha, eu acho que por enquanto a possibilidade de intervenção dos outros países é convencer os iranianos, né?
00:58O regime iraniano, a gente tem que sempre fazer a distinção aqui do regime e da população.
01:03Apesar de que o regime deve gozar de algum tipo de apoio de parte da população iraniana,
01:09é um país de 100 milhões de pessoas que tem uma ditadura religiosa há 46 anos
01:13e provavelmente a maior parte desse país gostaria de se ver livre dessa ditadura.
01:20Então, é convencer eles de cederem.
01:23O modelo da negociação com os Estados Unidos, que estava acontecendo nos últimos dois meses,
01:30colocava o Irã numa posição de ele aceitar que para ter um acordo ele precisa abdicar do direito de enriquecer urânio em seu solo.
01:41Ponto.
01:42Porque todos os indicativos, inclusive da Agência de Energia Atômica da ONU,
01:48é de que ele está enriquecendo urânio a 70%, 60% e ninguém enriquece urânio.
01:52Nenhum país que enriquece urânio a 60%, 70% para fins pacíficos ou para fins energéticos.
01:59Você enriquece urânio nessa quantidade só para fins militares.
02:03Eles têm urânio enriquecido nessa quantidade, que para 90% é muito rápido,
02:08para nove bombas atômicas.
02:10Isso é um perigo existencial para Israel e não só para Israel,
02:13mas eles falam na retórica deles há décadas de que Israel tem que ser destruído,
02:17de que Israel é um câncer, de que eles precisam destruir Israel,
02:20de que Israel em 2030 não vai mais existir.
02:22etc e tal.
02:23Então, países com essa natureza, que tem esse tipo de retórica,
02:31precisam ser levados a sério.
02:32Não adianta achar que isso é só retórica e ficar esperando.
02:35Porque quando acharam que era retórica com Hitler,
02:38aconteceu a Segunda Guerra Mundial.
02:39Então, a retórica é também importante, tem que se levar em consideração.
02:43Então, os países podem ajudar onde?
02:46Fazer com que o Irã entenda que existe uma ameaça real e imediata ao regime
02:55se eles não aceitarem um acordo aos moldes que está sendo oferecido
03:00enquanto eles estão sendo atacados pela Força Aérea de Israel.
03:03Com certeza, se esse acordo fosse firmado, os ataques cessariam.
03:09Eu não acho que eles vão aceitar isso.
03:11Eu acho que eles vão ficar dobrando a aposta
03:12até entrar num confronto direto, não só com Israel.
03:15E aí eu acho que a solução vai ser, eventualmente,
03:19daqui a alguns dias o Irã vai acabar ou cedendo
03:23ou vai acabar tendo o seu programa nuclear totalmente destruído,
03:27eventualmente com a intervenção dos Estados Unidos,
03:30para atacar especificamente a base nuclear de Fordu,
03:34que é onde está a maior parte das centrífugas densamente dentro da Terra.
03:39Precisa de uma série de bombas muito específicas
03:43que somente os Estados Unidos têm.
03:45Para poder destruir completamente essa base,
03:48mesmo assim, fazer com que o regime se enfraqueça.
03:51Isso pode também trazer mudança política para o Irã,
03:54pode ter um golpe, pode ter uma queda do regime,
03:57pode ter pessoas de dentro do regime que não concordem
04:00com a linha que o regime está indo
04:01e façam algum tipo de intervenção interna
04:05para mudar essa estratégia que o Irã está indo nesse momento.
04:09Mas o perigo agora era, se o Irã não fosse atacado agora,
04:13ele ia perder essa janela de oportunidade
04:15esse ataque, ele não vem do nada, ele não vem em um vácuo total,
04:20tem um histórico atrás de uma agressividade,
04:23de um financiamento de grupos terroristas,
04:26a gente está totalmente ligado com o 7 de outubro,
04:28totalmente ligado com a crise no Líbano,
04:31com o Hezbollah no Líbano,
04:32que desestabilizou o país dos últimos 40 anos,
04:36e por aí vai.
04:36Então, se Israel conseguir cumprir os seus objetivos militares,
04:41o mundo inteiro vai se beneficiar,
04:43não apenas Israel.
04:45Os iranianos vão se beneficiar,
04:47o mundo inteiro vai se beneficiar.
04:49Perfeito.
04:49André, a gente tem a Maria De Carli aqui,
04:51nossa comentarista,
04:52ela vai te fazer a próxima pergunta.
04:53Oi André, tudo bem?
04:57Boa tarde.
04:58Vocês me ouvem?
04:59Ah, tudo bom?
05:01Oi Maria, tudo ótimo.
05:02Bom, eu queria fazer justamente,
05:05por uma pergunta que o próprio Kobayashi me fez há pouco,
05:10e eu acho que me interessa,
05:12em relação a esses países europeus,
05:15como você vê a União Europeia
05:16nesse contexto atual desse jogo de xadrez?
05:19Diante de todos esses conflitos que a gente vê,
05:22não apenas, acredito principalmente Israel e Irã,
05:25mas a União Europeia como um todo,
05:26como um mediador.
05:28Ele mencionou o caso da França,
05:29que o presidente Macron se colocou ali à disposição.
05:33Então, diante desse novo xadrez global,
05:35qual você acha que é o poder de barganha da União Europeia
05:37dentro desse conflito e dos demais conflitos,
05:39se você quiser abordar um pouco também?
05:42Olha, os europeus podem ser vistos
05:45como um pouco mais neutros que os Estados Unidos
05:48na questão diplomática,
05:50mas os europeus não estão neutros nessa questão.
05:53Os europeus, obviamente, em portas fechadas,
05:56jamais tirariam direito,
05:58a gente viu isso nas declarações da França,
06:00da Alemanha, da Inglaterra,
06:02eles não tiram o direito de se defender,
06:03eles entendem que é um perigo existencial.
06:05Não é um perigo existencial para eles,
06:08mas eles não gostariam de conviver no mundo
06:10com o Irã nuclear.
06:11Seria complicado para eles também,
06:13apesar de não existir um perigo para eles imediato.
06:16mas, politicamente falando e geopoliticamente falando,
06:21é ruim para o mundo inteiro mais um país nuclear
06:23e esse país ser uma ditadura religiosa
06:25que oprime a sua população há 46 anos.
06:28Então, eu acho que para os europeus,
06:32é mais...
06:33Por um lado, eles podem ser vistos pelos iranianos
06:36como mais neutros,
06:37mas eles não são 100% neutros.
06:39Por outro, porque não tem como ter uma 100% neutralidade aqui.
06:43Se a gente for pegar a Suíça,
06:45a Suíça vai ser mediadora,
06:46ela não tem histórico de mediar conflitos desse porte,
06:48mas como um país neutro.
06:50Mas a Suíça é uma democracia,
06:51Israel é uma democracia,
06:52o Irã é uma ditadura,
06:53a Suíça é um país...
06:54As pessoas são livres no Irã,
06:55as pessoas não são livres.
06:56Então, só por uma questão de valores e costumes,
07:00a Suíça é mais alinhada com Israel do que com o Irã.
07:03Então, nesse caso daqui,
07:05os europeus poderiam ser vistos pelos iranianos
07:09como mais neutros,
07:10mas eles não têm o poder de barganha
07:12de uma ameaça real e imediata militar
07:15que nem os Estados Unidos têm.
07:17E, neste caso daqui,
07:18os Estados Unidos cumprem um papel
07:20de ter esses dois chapéus,
07:23o chapéu da diplomacia
07:26e da resolução do conflito
07:28através de diplomacia
07:28com o possível acordo,
07:30porque precisa dos Estados Unidos,
07:33e, por outro,
07:33uma real ameaça
07:36crível e imediata
07:38caso eles não cumpram.
07:41O que está acontecendo agora é
07:42os Estados Unidos estão avaliando
07:45ou não de entrar.
07:46De entrar no conflito
07:47no sentido de participar
07:48de parte dos ataques
07:50a parte dos alvos
07:51que Israel já pré-determinou.
07:52os iranianos agora têm
07:54um relógio correndo para trás,
07:56esse cronômetro está ligado.
07:59Se nos próximos dias
08:02os iranianos não entenderem
08:04que existe aqui um perigo real,
08:07eventualmente os Estados Unidos
08:07podem entrar no conflito
08:09e aí realmente a destruição
08:11vai ser total
08:12no sentido do programa nuclear
08:13e do programa de mísseis
08:15que pode desestabilizar o regime
08:17e o regime pode cair.
08:18Então agora o regime
08:19vai ter que tomar uma decisão
08:20de eu quero perder
08:22uma parte
08:24ou perder tudo.
08:25E muitas vezes
08:26esses regimes pensam
08:28de uma forma menos
08:30racional
08:31do que nós achamos
08:32que eles pensariam.
08:33E pode ser que eles vão
08:34para tudo ou nada.
08:35Perfeito.
08:36Quero agradecer muito
08:37a sua participação
08:37com a gente aqui, André.
08:39Sei que tem contribuído
08:40tanto para a gente entender melhor
08:41tudo que está em volta
08:43desse conflito.
08:44Muito obrigado.
08:44A gente se vê aqui
08:45na programação
08:46e espero que você fique bem
08:49aí no seu destino
08:50na sua viagem a Israel.
08:52Obrigado.
08:53Bom domingo a todos.
08:54Muito obrigado.
08:55Maria De Carli
08:56importante isso
08:57que a gente estava discutindo
08:58a possibilidade
08:59de tantos atores
09:00que poderiam
09:01de alguma maneira
09:01solucionar
09:02porque é o que a gente pensa
09:03quem pode ajudar
09:04a acabar com esse conflito.
09:05Já pensamos nos Estados Unidos
09:07na Rússia
09:08nos países europeus
09:10como você também comentou
09:12e perguntou.
09:13Eu quero saber
09:13tem alguma chance
09:14do Brasil, por exemplo,
09:16se colocar à disposição
09:17para ajudar
09:18na solução
09:18desse conflito.
09:19A gente já viu
09:20algumas manifestações
09:21do Itamaraty a respeito
09:23um pouco mais
09:24criticando
09:26a ação
09:27de Israel
09:27contra o Irã.
09:29Qual é o papel
09:29que se espera
09:30da diplomacia brasileira
09:31em relação a isso?
09:34Oi.
09:34Olha,
09:35a diplomacia brasileira
09:37ela sempre se coloca
09:38como mediadora
09:39de conflitos
09:39no geral
09:40como um todo.
09:41Repudia bastante
09:42guerras,
09:44conflitos
09:44sempre se colocou
09:46aí como uma pacifista
09:48a favor do diálogo.
09:49Esse é o histórico
09:50do Itamaraty,
09:51um órgão bastante
09:52respeitado
09:52historicamente falando
09:54e é importante
09:55mencionar
09:56que apesar
09:57de suas condutas
09:58um pouco
09:58heterodoxas
10:00por exemplo
10:01quem não aqui
10:02não se lembra
10:03quando o Lula
10:03fez um aceno
10:05com a Armadine Had
10:06que na época
10:07era o presidente
10:07do Irã
10:08com relação justamente
10:09à questão
10:10de um acordo
10:12ali nuclear.
10:12foi o estopim
10:14para que
10:14nações ocidentais
10:16pudessem
10:17fazer um acordo
10:18com o Irã
10:18com relação
10:19ao seu
10:19reenriquecimento
10:20de urânio.
10:21Se esse acordo
10:22foi eficiente ou não
10:23aparentemente
10:24não foi
10:25porque o Irã
10:26continuou
10:27enriquecendo urânio
10:28contra os olhos
10:29da comunidade
10:30internacional.
10:31Então eu acredito
10:32que o Itamaraty
10:33vai se colocar
10:33como um pacifista
10:35como um mediador
10:36um pouco ali
10:37o que alguns
10:38considerariam
10:38em cima do muro
10:40e não vai
10:41eficientemente
10:42ter um destaque
10:44nessa atuação
10:46porque não tem
10:46um poder de barganha
10:47como os Estados Unidos
10:48ou um grande player
10:50enfim
10:51ainda não somos
10:51um grande player global.
10:53Muito obrigado
10:53Maria Decai
10:54que esteve conosco
10:55nessa edição
10:55do Fast News
10:56de domingo.
10:57Obrigado.