- 11/06/2025
Roberto Motta recebe Victor Santos, secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, e Maurílio Nunes, subsecretário da pasta, para uma análise do cenário no sistema de segurança do estado e o combate aos efeitos da atual crise de criminalidade.
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NotíciasTranscrição
00:00:00Conexão Mota
00:00:05Vivemos em um mundo complexo e em constante mudança.
00:00:12No Conexão Mota eu recebo convidados especiais para falar de temas que afetam sua vida e seu futuro,
00:00:19sempre em linguagem clara e buscando a verdade.
00:00:22Os índices de criminalidade no Rio de Janeiro mostram o tamanho do desafio que os gestores públicos precisam enfrentar.
00:00:31A cada dia, esses números mostram o poder do crime organizado e a necessidade de operações.
00:00:38E para falar das ações realizadas e das medidas já em andamento,
00:00:43eu recebo o secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Vitor Santos,
00:00:48e o subsecretário da pasta e ex-comandante do BOP, Coronel Maurílio Dunes.
00:00:55Secretário, Coronel, sejam bem-vindos.
00:00:58E para começar, eu pergunto, o que está acontecendo na Segurança Pública do Rio de Janeiro nesse momento?
00:01:04Obrigado pela oportunidade, Mota.
00:01:06Bom, a Segurança Pública vive um momento de mudança da sua estrutura.
00:01:11Isso é muito importante, porque durante muito tempo tratou a sua Segurança Pública como um analgésico.
00:01:17Era uma dor que se sentia e dava um analgésico, acabando que não tratava a causa daquela dor.
00:01:26E hoje, a gente tem um diagnóstico do que acontece no Rio de Janeiro e temos soluções,
00:01:32claro que a médio e longo prazo, para colocar definitivamente uma solução para a questão de segurança.
00:01:39Coronel.
00:01:40Primeiro, é um prazer estar aqui, Roberto.
00:01:43Nós já nos encontramos muitas vezes, nossa amizade.
00:01:46E falar de segurança pública, para mim, que estou há 28 anos trabalhando na Polícia Militar,
00:01:52e hoje na Secretaria de Segurança, a evolução desse desafio.
00:01:56Eu vi a segurança pública somente como uma guerra bélica, porque eu estava na ponta da linha,
00:02:01e principalmente no Batalhão de Operações Especiais.
00:02:03E achei que fosse resolver tudo de uma forma da guerra.
00:02:07Ir lá combater os traficantes, combater os problemas do Rio de Janeiro.
00:02:13E vi que é muito maior que isso.
00:02:15O combate à segurança pública hoje é feito por uma situação de guerra bélica,
00:02:21temos que continuar as operações policiais,
00:02:24mas passa também por uma conexão jurídica,
00:02:27nossa legislação, e a gente vem avançando muito nessa discussão,
00:02:30não somente no Rio de Janeiro, como no Brasil,
00:02:32e uma guerra informacional, que é a comunicação.
00:02:36E quando a gente consegue olhar esses três entes,
00:02:39entende que não adianta ganhar só um aspecto dessa guerra,
00:02:42precisamos ter um olhar sistêmico de todo esse complexo que é a segurança pública,
00:02:47principalmente no Rio de Janeiro, meu amigo.
00:02:50Um chefe de facção, não vou dizer o nome dele aqui,
00:02:53para não fazer propaganda do mal,
00:02:55mas muito conhecido no Rio de Janeiro,
00:02:57foi preso há poucos dias.
00:02:59e, se não me engano, ele já foi preso inúmeras vezes.
00:03:03Algumas vezes ele fugiu,
00:03:05outras vezes, pelo menos uma vez,
00:03:07ele foi solto por um magistrado.
00:03:10Secretário, por que o Brasil não consegue manter elementos como esse presos?
00:03:15Mota, esse é um fator primordial.
00:03:18A gente tem que entender que no sistema penal,
00:03:22sistema criminal,
00:03:23a pena, ela tem alguns efeitos.
00:03:27Um dos efeitos é a retribuição para o criminoso,
00:03:30pelo mal que ele proporcionou à sociedade.
00:03:33E, obviamente, a pena privativa de liberdade
00:03:36é que vai fazer com que ele reflita sobre o mal que ele causou.
00:03:40Mas, hoje, a gente vê no Brasil,
00:03:42em crimes graves,
00:03:44a média de permanência de prisão desses criminosos
00:03:47é de, no máximo, dois anos.
00:03:49E, quando a gente fala do Rio de Janeiro,
00:03:51que a gente tem, digamos, um plus,
00:03:54que é a quantidade de fuzis na mão de criminosos.
00:03:58E o fuzil virou um brinde para o traficante.
00:04:02Por quê?
00:04:03Por conta da legislação,
00:04:05a gente não consegue,
00:04:07e o judiciário não consegue aplicar os dois crimes.
00:04:10Ou seja, ele é traficante,
00:04:12participa de uma organização criminosa para o tráfico
00:04:14e porta uma arma de fogo,
00:04:17que é uma arma de guerra, que é um fuzil.
00:04:19Na realidade, pelo princípio da construção,
00:04:22ele é absorvido.
00:04:24E, na realidade, o fuzil vira uma causa de aumento de pena.
00:04:27E, se ele é pego só com o fuzil,
00:04:30ele fica preso, no máximo, seis meses.
00:04:32Então, qual o recado que se dá para o criminoso?
00:04:35Que vale a pena entrar na fila do crime.
00:04:38E isso é muito ruim,
00:04:39porque é a impunidade que gera essa reincidência
00:04:43e essa habitualidade criminosa,
00:04:47principalmente em grandes cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo.
00:04:50Então, um criminoso que consegue um fuzil contrabandeado,
00:04:55um fuzil que é uma arma de guerra,
00:04:57ele está andando com esse fuzil,
00:04:59ele, obviamente, a intenção dele é matar alguém,
00:05:02provavelmente a polícia,
00:05:04ele é preso e ele, depois de condenado,
00:05:06ele só fica seis meses na cadeia, é isso?
00:05:09Olha, quando não é solto na audiência de custódia,
00:05:12que é uma realidade.
00:05:13Nós tivemos um caso recente, uns seis meses atrás,
00:05:17um criminoso preso com uma pistola 9mm,
00:05:20ou seja, um calibre restrito,
00:05:21foi preso na sexta,
00:05:23saiu no sábado,
00:05:24num domingo postou na rede social um vídeo
00:05:26propagando o ódio pelo batalhão que o prendeu,
00:05:30que foi o 16º batalhão.
00:05:31Então, como é que você consegue motivar o policial
00:05:34para a atividade dele,
00:05:36quando ele vê que aquele criminoso,
00:05:38que para prendê-lo,
00:05:39foi uma operação de guerra montada,
00:05:41com todos os riscos que hoje existem,
00:05:43seja por conta de uma decisão judicial do STF,
00:05:48seja pelo próprio cenário de guerra que ele enfrenta,
00:05:50depois de superar tudo isso,
00:05:52ainda vê o criminoso ser solto
00:05:54numa audiência de custódia.
00:05:55Então, realmente, é um grande desafio
00:05:57você fazer segurança pública
00:05:59com essa realidade que a gente vive,
00:06:01e não é só do Rio de Janeiro,
00:06:02mas do Brasil inteiro.
00:06:03Monta, é a teoria econômica do crime.
00:06:07Ele está vendo vantagem em cometer crime
00:06:09no Brasil e no Rio de Janeiro.
00:06:10A gente tem um grande problema na nossa legislação
00:06:13que a gente não consegue evoluir
00:06:15junto da sociedade as nossas legislações.
00:06:19O fuzil em si só foi capitulado como um agravante,
00:06:23não somente como arma de fogo,
00:06:25há pouco tempo.
00:06:26E o fuzil já está desde a década de 80 no Rio de Janeiro.
00:06:28Olha quanto tempo a legislação demorou
00:06:31para acompanhar isso.
00:06:32Só que a sociedade não espera.
00:06:34O criminoso não espera.
00:06:35Eu tive uma situação que eu estava comandando o BOP.
00:06:38Olha que ponto chegamos.
00:06:40A equipe conseguiu fazer uma abordagem
00:06:43numa comunidade do Rio de Janeiro,
00:06:45cercou os traficantes,
00:06:48eles correram,
00:06:49se esconderam numa casa,
00:06:51a casa estava vazia,
00:06:52a equipe fez uma abordagem técnica,
00:06:55prendeu dois marginais
00:06:56na posse de um fuzil,
00:06:59conduziu para a delegacia,
00:07:01e chegou ao ponto de ser questionado.
00:07:03Vocês pediram para entrar na casa?
00:07:06Mas a gente estava perseguindo ele,
00:07:09ele entrou na casa,
00:07:10nós fomos.
00:07:10Não, não.
00:07:11Mas é o dono da casa,
00:07:12vocês pediram para entrar?
00:07:14Não.
00:07:15Então, não tem flagrante,
00:07:17porque vocês quebraram a calia de custódia,
00:07:19porque vocês não tiveram a percepção
00:07:21de pedir a entrada no domicílio,
00:07:23porque na época estava uma discussão jurídica,
00:07:26que teria até que gravar,
00:07:27pedindo autorização.
00:07:28Imagina a velocidade numa operação,
00:07:30numa comunidade,
00:07:31trocando tiro com marginais,
00:07:32e para tudo.
00:07:33Vamos pedir uma autorização por escrito
00:07:35ou gravar um vídeo ao dono da casa,
00:07:37porque lá eu entendo que é um fato
00:07:39de um flagrante que está em flagrância.
00:07:42Mas chegou o entendimento,
00:07:43nós tivemos que fazer uma gestão
00:07:46junto às autoridades
00:07:47para aquele marginal ficar preso com o fuzil,
00:07:51senão ele é ser solto
00:07:52por questões jurídicas.
00:07:54Entende que a guerra
00:07:55não é somente uma guerra bélica,
00:07:56é uma guerra jurídica
00:07:57e uma guerra informacional,
00:07:59que a gente precisa comunicar melhor isso.
00:08:01É uma realidade que a gente vive
00:08:03que é difícil para o policial
00:08:05que está na ponta
00:08:07entender como é que isso funciona.
00:08:09Eu vou dar dois casos emblemáticos
00:08:11que aconteceram.
00:08:13Uma tentativa de roubo
00:08:14de um veículo na linha amarela,
00:08:16um policial militar de folga reage,
00:08:18conseguiu balear
00:08:19e neutralizar o criminoso.
00:08:22Ele tinha 182 passagens,
00:08:24182 anotações
00:08:27e continuava solto.
00:08:29A segurança pública,
00:08:30o patamar que o Brasil hoje
00:08:32está atingindo de criminalidade,
00:08:35já ultrapassou a questão
00:08:36de segurança pública.
00:08:38E a gente tem que fazer essa reflexão
00:08:39e cobrar, obviamente,
00:08:42de todas as autoridades.
00:08:43São vários atores
00:08:44que têm responsabilidade,
00:08:46mas infelizmente a responsabilidade
00:08:48é tão somente cobrada
00:08:50da polícia.
00:08:51E ela não pode ser responsabilidade
00:08:53por tudo.
00:08:53A gente fala o seguinte,
00:08:55se a segurança não é boa,
00:08:58cobram da polícia.
00:08:59Se a educação não é boa,
00:09:01ninguém cobra do professor.
00:09:03Se a saúde não é boa,
00:09:04ninguém cobra do médico,
00:09:05porque não tem que cobrar
00:09:06desses profissionais.
00:09:07Existe uma política,
00:09:09existe uma estrutura,
00:09:10existe todo um contexto
00:09:11que tem que ser analisado
00:09:13de forma holística
00:09:14e não pontualmente
00:09:15aquele efeito,
00:09:17porque é o que a gente trabalha.
00:09:18A segurança pública
00:09:19trabalha com o efeito.
00:09:20E o crime contra o patrimônio
00:09:22é o crime que mais afeta
00:09:23a população.
00:09:24Não adianta a gente
00:09:25ter um dado estatístico
00:09:26de apreendemos mil fuzis
00:09:28esse mês
00:09:29se o cidadão
00:09:30continua saindo de casa
00:09:31e tendo o seu telefone,
00:09:32celular roubado
00:09:33num ponto de ônibus.
00:09:34Isso é que afeta
00:09:35a população.
00:09:36É a maioria desses crimes
00:09:37que são cometidos
00:09:38contra o patrimônio
00:09:39que pode ter um resultado
00:09:40morte
00:09:41e aí se tornar um latrocínio,
00:09:43esses criminosos
00:09:44na grande maioria
00:09:45das vezes
00:09:46são colocados em liberdade
00:09:47na audiência de custódia.
00:09:48Bom,
00:09:50esse é um panorama
00:09:52que mostra que
00:09:53aparentemente
00:09:54existe uma distância
00:09:55muito grande
00:09:55entre
00:09:56as leis,
00:09:58os procedimentos judiciais
00:10:00e a realidade das ruas.
00:10:02Mas
00:10:02eu pergunto ao senhor,
00:10:05vou falar nisso
00:10:06em política,
00:10:07em contexto,
00:10:07em legislação,
00:10:09o senhor podia explicar
00:10:10o que foi
00:10:11o que é
00:10:12a DPF 635
00:10:13e quais foram as consequências
00:10:15que ela produziu
00:10:17para o Rio de Janeiro?
00:10:17Claro,
00:10:18quando nós assumimos
00:10:19a secretaria
00:10:20no final de 2003,
00:10:22a primeira missão
00:10:22que o governador
00:10:23Cláudio Castro
00:10:24nos deu
00:10:24foi defender
00:10:25a segurança pública
00:10:26na DPF 635.
00:10:28Então a gente procurou
00:10:29consolidar
00:10:29todas as informações
00:10:31produzidas em quatro anos
00:10:32e a gente via
00:10:33que não avançava
00:10:34e essa ação
00:10:35ela foi proposta
00:10:36por um partido político
00:10:38que perdeu as eleições
00:10:39no Rio de Janeiro.
00:10:41Então o que é
00:10:42uma DPF?
00:10:43É na realidade
00:10:44a justificativa,
00:10:46a motivação
00:10:47é que o Estado
00:10:47do Rio de Janeiro
00:10:48vivia um estado
00:10:49de coisas inconstitucionais.
00:10:51O que seria isso?
00:10:52Seria a lesão
00:10:53ou o desrespeito
00:10:54a direitos
00:10:55e garantias individuais
00:10:56de forma coletiva,
00:10:59genérica
00:10:59e sistêmica.
00:11:01Esse é o resumo.
00:11:04E aí a gente vai olhar
00:11:05e a discussão
00:11:06que nós tivemos
00:11:07é o seguinte,
00:11:08eu concordo
00:11:09que o Rio de Janeiro
00:11:09vive um estado
00:11:10de coisas inconstitucionais
00:11:11onde direitos
00:11:12e garantias
00:11:12são desrespeitados
00:11:14de forma genérica
00:11:15e sistêmica.
00:11:16Só não é feito
00:11:17pelas forças
00:11:18de segurança pública,
00:11:19mas sim
00:11:19pelas organizações criminosas.
00:11:22O direito de viver
00:11:22é um dos direitos.
00:11:24Você ter uma cancela,
00:11:25ter uma barricada
00:11:26impedindo o direito de viver,
00:11:28isso não é um direito fundamental
00:11:30que é desrespeitado
00:11:31pelas organizações criminosas.
00:11:34A polícia
00:11:35não fecha escola
00:11:36em operação,
00:11:37a polícia não fecha
00:11:38unidade hospitalar.
00:11:39Quem fecha
00:11:39é o crime organizado.
00:11:42O tribunal do tráfico
00:11:43que julga,
00:11:45condena
00:11:45e executa a pena
00:11:46não poder
00:11:49comungar
00:11:49a sua religião.
00:11:51Tem regiões
00:11:51do Rio de Janeiro
00:11:52em que
00:11:53religiões
00:11:55de matriz africana
00:11:57não podem simplesmente
00:11:58existir
00:11:58porque o traficante,
00:12:00o dono,
00:12:00se diz dono do território,
00:12:02manda quebrar
00:12:02o centro espírita
00:12:03e manda matar
00:12:04essas pessoas.
00:12:06Isso não é um desrespeito
00:12:07e quem provoca isso?
00:12:09E é fácil,
00:12:09aquela população
00:12:10que está
00:12:11na comunidade
00:12:12é subjugada
00:12:13ao criminoso.
00:12:15Então, na realidade,
00:12:16esse poder
00:12:17de subjugar
00:12:19a população
00:12:20é um poder
00:12:21que é exercido
00:12:22pelas organizações criminosas.
00:12:25A DPF
00:12:26só veio incrementar isso,
00:12:27porque no momento
00:12:28que você cria restrições
00:12:29para a polícia
00:12:31operar,
00:12:32para o Estado
00:12:32se fazer presente,
00:12:34obviamente,
00:12:34não há vácuo de poder.
00:12:36E eles cresceram
00:12:37significativamente
00:12:38nesses últimos
00:12:39cinco anos.
00:12:40Principalmente
00:12:41por quê?
00:12:42Porque hoje
00:12:43a gente já enxergou
00:12:45e, obviamente,
00:12:46toda força
00:12:47policial
00:12:48já enxergou
00:12:48que o crime
00:12:50é um negócio.
00:12:51Um negócio
00:12:51que ele só é explorado
00:12:53por quem domina
00:12:54o território.
00:12:55Então,
00:12:56foi isso
00:12:57que nós passamos
00:12:57para a DPF,
00:12:59no STF,
00:13:00em relação
00:13:00à DPF 635.
00:13:02Outra motivação,
00:13:04outra justificativa
00:13:05seria que
00:13:05a letalidade policial.
00:13:08Então,
00:13:09nós mostramos
00:13:10pelos dados
00:13:11do ISP,
00:13:11que é o Instituto
00:13:12de Segurança Pública
00:13:12do Rio de Janeiro,
00:13:14que isso não é verdade.
00:13:16Por quê?
00:13:17O partido político,
00:13:18o autor da ação,
00:13:19ele, na realidade,
00:13:19escolheu
00:13:20operações
00:13:21pontuais,
00:13:22ou seja,
00:13:22ele foi seletivo
00:13:24em operações
00:13:25onde houve
00:13:25o número
00:13:26de criminosos
00:13:28neutralizados
00:13:29e fez uma média
00:13:30aritmética.
00:13:31Eu falei,
00:13:31não,
00:13:31a conta não tem que ser essa.
00:13:33Nós temos que fazer a conta
00:13:33de quantas operações
00:13:34nós realizamos
00:13:35durante um ano.
00:13:37Veram números
00:13:37de criminosos
00:13:38neutralizados
00:13:38e a gente vai ter
00:13:40um grau de letalidade.
00:13:41E mesmo essa letalidade,
00:13:43a gente tem que entender
00:13:44que,
00:13:45na grande maioria
00:13:46das vezes,
00:13:48o policial agiu
00:13:49por uma excludente
00:13:50licitude
00:13:50que era legítima defesa.
00:13:52Ou seja,
00:13:52a ação foi legítima.
00:13:55Então,
00:13:55a gente mostrou
00:13:55que realmente
00:13:56essa ação
00:13:57não poderia prosperar
00:13:58e a gente teve
00:13:59um resultado positivo
00:14:00em relação
00:14:02a essa decisão
00:14:03e os ministros,
00:14:05por unanimidade,
00:14:06tocaram exatamente
00:14:07nos pontos
00:14:07que nós falamos.
00:14:09A questão
00:14:10da territorialidade,
00:14:11a necessidade
00:14:12de retomada
00:14:13de território,
00:14:15a não restrição
00:14:16de operações,
00:14:17a polícia
00:14:18que tem que ter
00:14:18autonomia
00:14:19para dizer
00:14:19qual o efetivo
00:14:21e qual o tipo
00:14:22de armamento
00:14:23que eu vou precisar
00:14:24para combater
00:14:24aquela organização criminosa
00:14:26que domina
00:14:27aquela região.
00:14:28Eu vi a DPF
00:14:30crescer na prática
00:14:32porque eu estava
00:14:33comandando o BOP
00:14:33nessa época
00:14:34e eu vi
00:14:35e tudo que é novo
00:14:36sofre aquelas
00:14:38expectativas
00:14:39da corporação
00:14:40e da tropa.
00:14:41A gente estava
00:14:41durante uma pandemia,
00:14:43uma das justificativas
00:14:43também era
00:14:44restringir por conta
00:14:45de pandemia,
00:14:46mas nós não podíamos
00:14:47parar de trabalhar.
00:14:48O que na prática
00:14:49eu vi foi um crescimento
00:14:50crescente
00:14:52do domínio territorial.
00:14:53Então eu via
00:14:54o que era uma comunidade
00:14:56que era restrita
00:14:57a determinadas ruas
00:14:58e a gente tinha
00:14:59essa impossibilidade
00:15:00ou dificuldade
00:15:00porque estava entendendo
00:15:01o que era a DPF
00:15:02porque tudo era restrito,
00:15:03tudo tinha que ser
00:15:04excepcional
00:15:05e o conceito de excepcional
00:15:06era vago.
00:15:08Então,
00:15:08mas o que é excepcional?
00:15:09Só para esclarecer,
00:15:10o que a DPF
00:15:11em linguagem
00:15:12de leigo
00:15:13que a DPF
00:15:13disse foi
00:15:15para a polícia
00:15:16fazer operação
00:15:17nesses territórios
00:15:18de agora em diante
00:15:19só em situação
00:15:20excepcional,
00:15:21é isso?
00:15:21É isso.
00:15:22O princípio
00:15:23da ostensividade
00:15:24do Estado
00:15:24passou para ser
00:15:26o princípio
00:15:26da excepcionalidade.
00:15:28E aí, Mota,
00:15:28a gente tem que perguntar
00:15:29o que é excepcional
00:15:30no Rio de Janeiro?
00:15:32A meu ver,
00:15:33tudo é.
00:15:34O Rio de Janeiro
00:15:34vive em um estado
00:15:35de excepcionalidade.
00:15:37Uma barricada
00:15:37não é excepcional?
00:15:39Uma senhora
00:15:39que liga
00:15:40de um telefone
00:15:41de dentro
00:15:41de uma comunidade
00:15:42dizendo,
00:15:42ó,
00:15:43existem homens armados
00:15:44na minha porta
00:15:44e eu tenho que montar
00:15:45uma operação de guerra
00:15:46para atender
00:15:47esse chamado
00:15:47de 90.
00:15:48Ao contrário,
00:15:49se ela morar
00:15:49no Leblon,
00:15:50esse atendimento
00:15:51é feito em cinco minutos,
00:15:52o policial chega rápido,
00:15:53isso não é excepcional?
00:15:55Eu não poder escolher
00:15:56a minha religião?
00:15:57Isso não é excepcional?
00:15:59Então,
00:16:00qual o grande problema
00:16:00disso?
00:16:02Essa excepcionalidade
00:16:03freou a força policial.
00:16:04Você imagina exigir
00:16:05do policial
00:16:06que está na ponta
00:16:06dizer para ele,
00:16:07ó,
00:16:07definem o que é
00:16:08excepcionalidade.
00:16:10E, obviamente,
00:16:12dependendo da interpretação dele,
00:16:13ele vai estar
00:16:14infringindo
00:16:15ou descumprindo
00:16:16uma determinação
00:16:17do STF.
00:16:18E aí,
00:16:19o policial que está na ponta
00:16:20vê ministros,
00:16:22ex-ministros
00:16:22sendo presos
00:16:23pelo STF,
00:16:24imagina,
00:16:25eu,
00:16:26soldado,
00:16:27descumprir?
00:16:28Não,
00:16:28não vou fazer isso.
00:16:29Então,
00:16:30isso freou
00:16:30muito as ações policiais,
00:16:32como o Nunes está falando,
00:16:33e, obviamente,
00:16:33a tropa sentiu isso,
00:16:35essa impossibilidade
00:16:36de atuar no cenário,
00:16:37e, obviamente,
00:16:38quando há esse freio,
00:16:40o outro lado avança
00:16:41e foi o que aconteceu.
00:16:42Eles foram ganhando
00:16:43rua a rua.
00:16:44Eu vi as comunidades,
00:16:45as barricadas,
00:16:46que é um grande símbolo
00:16:47que hoje a gente
00:16:48tanto combate
00:16:49e o secretário
00:16:50fala muito isso, né?
00:16:51A gente tem que quebrar
00:16:52esse simbolismo
00:16:52e isso é um símbolo
00:16:54de tomada de território
00:16:55que a gente tem que atacar
00:16:56que ficou na decisão
00:16:57da DPF.
00:16:58E eles vão avançando
00:16:59e avançam uma rua.
00:17:01A polícia não vai.
00:17:02Eles avançam mais uma rua.
00:17:03E eles já estavam pegando
00:17:04bairros,
00:17:05dominando bairros.
00:17:06E quando eles veem
00:17:07o domínio pelo bairro,
00:17:09eles começam a entender
00:17:10que eles podem lucrar
00:17:11com esse bairro.
00:17:12E não é somente...
00:17:13Só para esclarecer,
00:17:14você não está falando
00:17:15de comunidade,
00:17:16de favela.
00:17:16Você está falando
00:17:17de bairros...
00:17:18Não, eles começam
00:17:18a entrar nos bairros.
00:17:19Não é que ele vai
00:17:20num bairro longe da favela,
00:17:22mas ao entorno da favela
00:17:23ele expande
00:17:24seu domínio territorial.
00:17:26Avançando para o asfalto.
00:17:27Avançando para o asfalto.
00:17:28E esse avançar para o asfalto,
00:17:29ele entende
00:17:30que a população
00:17:31que mora naquela região,
00:17:33ela consome gás,
00:17:37consome luz,
00:17:38consome direitos e deveres
00:17:39de uma sociedade
00:17:40que ele começou a explorar.
00:17:42E aí vem a teoria econômica.
00:17:44Opa,
00:17:45vender drogas,
00:17:46eu tenho um custo alto,
00:17:47eu tenho que trazer,
00:17:49eu tenho que embalar,
00:17:50eu tenho uma atividade específica,
00:17:52porque não é todo mundo
00:17:53que consome droga.
00:17:54e lá fora
00:17:55eu tenho todo mundo
00:17:56que consome
00:17:57internet,
00:17:58gás,
00:17:59luz.
00:18:01Opa,
00:18:02se eu vender para eles
00:18:02eu tenho uma verba recorrente.
00:18:04E aí
00:18:04criou-se um grande novo mercado
00:18:07para a exploração
00:18:08desses grupos
00:18:09que a gente vem combatendo.
00:18:11A gente chama de combate sistêmico
00:18:12ao seu crime organizado,
00:18:13que não é tão simples,
00:18:14porque a própria legislação
00:18:15não assim deixa,
00:18:17mas que a gente vem avançando
00:18:18ao longo dos anos.
00:18:19E quando a gente olha
00:18:21esse avanço,
00:18:23é que eu falo
00:18:25para os meus policiais,
00:18:26falo para a tropa
00:18:27e a gente entende
00:18:28como uma política pública
00:18:29que a guerra não é mais só bélica.
00:18:31A guerra é bélica,
00:18:32a guerra é jurídica
00:18:33e é informacional.
00:18:35Quando a gente pode vir aqui
00:18:36no seu programa
00:18:37e poder falar
00:18:38sobre sistema de segurança pública
00:18:40com o seu público
00:18:42que é
00:18:43o público que é alta capacidade
00:18:44de interpretação,
00:18:46eles começam a entender
00:18:47da complexidade que é
00:18:48fazer segurança pública
00:18:49no Rio de Janeiro.
00:18:51E como eu empodero
00:18:52esses policiais
00:18:52para continuar avançando,
00:18:54é um grande desafio
00:18:54que nós temos hoje.
00:18:56E por que que isso teve
00:18:56esse impacto muito grande
00:18:57no Rio de Janeiro?
00:18:58Porque no Rio de Janeiro
00:18:59a desordem é a regra.
00:19:03Se imaginar
00:19:03que no Rio de Janeiro
00:19:04nós temos
00:19:051.900 comunidades
00:19:07ou favelas,
00:19:08é inadmissível.
00:19:11Só no município do Rio de Janeiro
00:19:12são 813.
00:19:13Mota,
00:19:14isso é...
00:19:16e algumas
00:19:16muitas delas
00:19:19situadas
00:19:19no coração
00:19:20da cidade, né?
00:19:22Principalmente,
00:19:23principalmente.
00:19:23Até pela,
00:19:24digamos assim,
00:19:25o histórico
00:19:26de construção
00:19:27da cidade,
00:19:28aqueles operários
00:19:29que tinham
00:19:31que morar
00:19:32perto das obras
00:19:33e assim foi
00:19:34Providência
00:19:35e tantas outras
00:19:36políticas
00:19:37habitacionais
00:19:38equivocadas.
00:19:40Ou seja,
00:19:40isso é um histórico
00:19:41de pelo menos
00:19:4250 anos,
00:19:43Mota.
00:19:44Isso potencializa.
00:19:46Por quê?
00:19:46Porque nós temos
00:19:47realidades sociais
00:19:51muito diferentes
00:19:52no mesmo espaço físico.
00:19:54Você imagina
00:19:55a quantidade de fuzis
00:19:56dentro de uma comunidade
00:19:58e ali um bairro
00:19:59altamente populoso.
00:20:01Nós somos
00:20:02o quarto menor estado,
00:20:03mas somos
00:20:03o terceiro mais populoso
00:20:04do Brasil
00:20:05e o segundo maior PIB.
00:20:06Ou seja,
00:20:08é uma potência
00:20:09o Rio de Janeiro,
00:20:09mas também
00:20:10pode ter
00:20:11esse grau
00:20:12de risco
00:20:13muito maior.
00:20:14Por quê?
00:20:14Porque a quantidade
00:20:15de fuzis
00:20:16na mão de criminosos
00:20:17não existe
00:20:17em nenhum outro estado.
00:20:19Aqui no São Paulo,
00:20:20por exemplo,
00:20:20a gente vê a utilização
00:20:21de fuzil
00:20:22para roubar
00:20:23caixa eletrônica,
00:20:25transportadora de valores,
00:20:28eventualmente
00:20:28num sequestro,
00:20:30mas lá
00:20:30o sujeito
00:20:31criminoso
00:20:32usa um fuzil
00:20:32para roubar
00:20:33um celular
00:20:33no ponto de ônibus,
00:20:34para roubar
00:20:34uma carrocinha
00:20:35de cachorro.
00:20:36A conta
00:20:37não fecha, Mota.
00:20:38Agora,
00:20:38a quantidade
00:20:39de fuzis
00:20:39é astronômica.
00:20:42Só um número,
00:20:43só para ter
00:20:44uma ordem de grandeza.
00:20:45Em janeiro
00:20:45desse ano,
00:20:47a polícia
00:20:47militar
00:20:48apreendeu
00:20:4984 fuzis,
00:20:50só em janeiro.
00:20:52A Bahia,
00:20:53o estado da Bahia,
00:20:54que é infinitamente
00:20:55maior que o Rio de Janeiro,
00:20:56apreendeu
00:20:57em todo o ano
00:20:58de 2024,
00:20:5978 fuzis.
00:21:00e a Bahia
00:21:03está entre os
00:21:03top 10
00:21:04de cidades
00:21:05mais violentas
00:21:07do Brasil.
00:21:08Então,
00:21:08essa é a realidade
00:21:08que a gente vive.
00:21:09Por que,
00:21:10secretário?
00:21:10Por que?
00:21:11O que faz
00:21:12o Rio de Janeiro
00:21:13um local
00:21:15diferente?
00:21:16Por exemplo,
00:21:17no que diz respeito
00:21:18à ocupação
00:21:19territorial
00:21:20e uso
00:21:21de armamento
00:21:21de guerra
00:21:22como esse?
00:21:23Bom,
00:21:23o primeiro fuzil
00:21:23apreendido
00:21:24foi em 1989,
00:21:25pelo 9 batalhão.
00:21:27O coronel Laranjeiras,
00:21:28a Emila Laranjeiras
00:21:29era o comandante lá.
00:21:30Naquela época,
00:21:31ele disse,
00:21:32expôs a arma
00:21:32no Palácio,
00:21:34o Manabal disse,
00:21:34essa arma
00:21:36vai vitimizar
00:21:37muito policial
00:21:38e muita gente inocente.
00:21:40Em 1989.
00:21:42Ou seja,
00:21:43um tenente coronel
00:21:44da PM,
00:21:44na época,
00:21:45um visionário,
00:21:47e era um fuzil
00:21:47o quê?
00:21:48Americano.
00:21:50Então,
00:21:51isso começou
00:21:52nessa época.
00:21:53Obviamente,
00:21:54a entrada
00:21:54da cocaína
00:21:55na década
00:21:57de 90,
00:21:58produto muito caro.
00:22:00Então,
00:22:00o criminoso
00:22:00começou a se valer
00:22:01desse armamento
00:22:03para defender
00:22:03esse produto.
00:22:05Mas,
00:22:06com o tempo
00:22:06que a gente viu isso,
00:22:07o território hoje
00:22:09é que é o grande
00:22:10atrativo,
00:22:12porque é através
00:22:13do território
00:22:14que ele gera receita.
00:22:16Para se defender
00:22:17de quem?
00:22:18Do inimigo.
00:22:20Do concorrente.
00:22:22Então,
00:22:23as guerras
00:22:23de facções
00:22:24no Rio de Janeiro
00:22:25é que faz com que
00:22:25elas se armem
00:22:27e a quantidade
00:22:28de fuzis
00:22:28muito grande.
00:22:29A gente tem visto
00:22:29apreensões recentes
00:22:31de fuzis novos.
00:22:32Ou seja,
00:22:33não é aquele fuzil
00:22:33velho,
00:22:34surrado,
00:22:35que está passando
00:22:36de mão em mão.
00:22:36Não,
00:22:37é um fuzil novo.
00:22:38Isso mostra
00:22:39a facilidade
00:22:40de acesso
00:22:40desses criminosos
00:22:42a esse tipo
00:22:42de armamento.
00:22:43Mas,
00:22:43o fuzil hoje
00:22:45é a ferramenta
00:22:46de defesa
00:22:48de território
00:22:49e, obviamente,
00:22:50do plano
00:22:50de expansão deles.
00:22:51A questão
00:22:54do fuzil
00:22:54é bem interessante
00:22:55para ver
00:22:56o impacto
00:22:57de políticas
00:22:58públicas
00:22:59desordenadas
00:23:01ou desconectadas
00:23:02da realidade
00:23:03podem gerar
00:23:05consequências
00:23:06a longos
00:23:07e longos anos.
00:23:09Não estou justificando
00:23:10que a gente
00:23:10tenha que fazer mais
00:23:11porque nós estamos
00:23:12fazendo mais,
00:23:13mas a gente está pegando
00:23:13um reflexo
00:23:14de políticas públicas
00:23:15lá de trás
00:23:17que foram equivocadas
00:23:18e hoje a gente sofre
00:23:19com o problema
00:23:19do uso do fuzil
00:23:20que foi normalizado.
00:23:22E aí temos esse problema
00:23:23também no Rio de Janeiro.
00:23:25O Carioca, às vezes,
00:23:26normaliza algumas coisas
00:23:27e a gente não vai
00:23:28sentir isso
00:23:28como confortável,
00:23:30normalizar o uso
00:23:31do fuzil,
00:23:31que não é normal
00:23:32e não é um lugar
00:23:33do mundo.
00:23:34Não é um lugar
00:23:35do mundo.
00:23:36E aí é uma questão
00:23:37de a gente discutir também
00:23:38do Pacto Federativo,
00:23:40inclusive.
00:23:40Nosso governador
00:23:41Cláudio Castro
00:23:42vem conversando
00:23:42sobre isso
00:23:43de dar autonomia
00:23:44para os estados
00:23:45legislarem
00:23:46algumas pontas
00:23:47de direito penal.
00:23:48por que não se discutir?
00:23:50Ah, mas é cláusula pedra
00:23:50e tal.
00:23:51Mas eu tenho que olhar
00:23:52a realidade do povo.
00:23:53Olha, a gente tem que ter
00:23:54leis globais,
00:23:56mas coincidências locais.
00:23:57Então, nesse caso
00:23:59do fuzil,
00:23:59me corrija se eu estiver errado.
00:24:01A gente tem
00:24:01pelo menos
00:24:02dois aspectos aí.
00:24:03O primeiro
00:24:04é que
00:24:05não deveria haver
00:24:07fuzis
00:24:08à venda
00:24:09no Rio de Janeiro.
00:24:10Ou seja,
00:24:11mesmo que o marginal
00:24:12quisesse comprar,
00:24:13ele não deveria
00:24:14poder comprar o fuzil.
00:24:15O fuzil não deveria
00:24:16chegar na mão dele.
00:24:16E aí vem um problema
00:24:17que o próprio secretário
00:24:18acabou de citar.
00:24:20Todos os entes
00:24:20federativos
00:24:21têm sua responsabilidade.
00:24:23Não fabricamos
00:24:24fuzil no Rio de Janeiro.
00:24:25Ele vem de algum lugar.
00:24:27E no Brasil também
00:24:28são poucas fábricas.
00:24:30Então,
00:24:31vem de fora.
00:24:32Fronteiras.
00:24:33Controle de fronteiras.
00:24:34Isso é uma questão.
00:24:36Aí,
00:24:36eu disse que eram duas,
00:24:38mas acho que são três.
00:24:38Essa é uma questão.
00:24:40A segunda questão é,
00:24:41nós temos uma legislação
00:24:42que trata o fuzil
00:24:44de uma forma ingênua.
00:24:46Que olha para o fuzil
00:24:47e não se importa com o fuzil.
00:24:49Na minha concepção
00:24:51de cidadão comum,
00:24:52o sujeito que anda
00:24:53com o fuzil
00:24:53na rua
00:24:54e ele comprou aquilo
00:24:57para praticar o crime,
00:24:57ele tinha que ficar
00:24:58dez anos na cadeia
00:24:59sem sair dali.
00:25:01E a terceira
00:25:02é o sistema
00:25:04de justiça criminal
00:25:04que,
00:25:06apesar da lei ser fraca,
00:25:08o sistema de justiça criminal
00:25:09poderia fazer mais
00:25:10do que ele faz.
00:25:10e a gente vê,
00:25:12como o secretário disse,
00:25:13muitos bandidos
00:25:14soltos na audiência
00:25:15de custódia.
00:25:16Olha que ponto chega
00:25:17da interpretação.
00:25:19Mas esse rapaz,
00:25:20aí eu vejo o judiciário
00:25:22e falo assim,
00:25:22e esse cidadão
00:25:23que está com um fuzil,
00:25:24para mim está com um fuzil
00:25:24não é cidadão.
00:25:25Não cumpre os requisitos
00:25:26para ser um cidadão.
00:25:27Está com uma arma de guerra.
00:25:28Que não é legal.
00:25:29De gente da mídia,
00:25:31um cidadão
00:25:32que está com um fuzil.
00:25:33Como é que eu posso
00:25:33interpretar isso?
00:25:33Eu me lembro dessa frase.
00:25:34Ah, mas ele não está
00:25:36oferecendo perigo.
00:25:37Não é um risco iminente
00:25:38se uma pessoa
00:25:39se predispõe
00:25:40a pegar um fuzil
00:25:41de guerra
00:25:42e ir defender
00:25:43um território
00:25:44e o agente precisa
00:25:46esperar ele apontar
00:25:48e atirar
00:25:48para assim reagir.
00:25:49Já escutamos isso
00:25:50de pessoas
00:25:51altamente capacitadas.
00:25:53É esse tipo de interpretação.
00:25:55Estão desconexos
00:25:56da realidade.
00:25:57Em frações de segundos
00:25:58de tomada de decisão
00:25:59o policial
00:26:01ou morre
00:26:01ou se fere
00:26:03ou pode tomar
00:26:04uma decisão equivocada
00:26:05e ferir alguém.
00:26:06É muito rápido
00:26:07para ele tomar
00:26:08essa decisão
00:26:08que vai infringir isso.
00:26:09e cada vez
00:26:11que a gente
00:26:11tenta discutir isso
00:26:12e ver essas opiniões
00:26:13tira a vontade
00:26:14do policial combater.
00:26:16E essas frações
00:26:17de segundo
00:26:17podem levar
00:26:18à morte do policial.
00:26:19Então são essas questões
00:26:20que a gente bota
00:26:21em discussão
00:26:22que a gente precisa entender
00:26:23a realidade
00:26:23que a gente vive
00:26:24na ponta da linha
00:26:25que é esse policial
00:26:27que está lá na ponta
00:26:28que mais a gente precisa
00:26:28proteger
00:26:29para ele poder
00:26:29proteger a sociedade.
00:26:31A gente precisa
00:26:31empoderar esse policial.
00:26:33Ele vai se sentir
00:26:33empoderado
00:26:34quando ele se sentir
00:26:35que ele está
00:26:36com uma garantia legal
00:26:38de fazer o seu serviço.
00:26:40Nós não vamos
00:26:40aceitar
00:26:41um vagabundo
00:26:43marginal
00:26:44com um fúgio na mão
00:26:45e achar
00:26:45que ele não está
00:26:46trazendo violência
00:26:47para a sociedade.
00:26:49Ele está sim.
00:26:50Nós precisamos
00:26:51enfrentar isso
00:26:52e falar a verdade.
00:26:53Ele está ameaçando
00:26:54a sociedade sim.
00:26:55Então se ele estiver
00:26:56com um fúgio na mão
00:26:57será dada a voz de prisão.
00:26:58E se ele escolher
00:27:00confrontar as forças
00:27:01policiais
00:27:02policiais
00:27:02aí
00:27:03será dado
00:27:04outro tratamento.
00:27:05Emoto, olha só,
00:27:06vamos deixar
00:27:07a segurança pública
00:27:08de lado
00:27:08em relação
00:27:09à questão do fuzil
00:27:10que aí pode ser
00:27:10que ele esteja
00:27:11romantizando
00:27:13achando que aqui
00:27:13tem dois profissionais
00:27:14que estão romantizando
00:27:15e valorizando demais
00:27:16a questão
00:27:17do fuzil
00:27:18da periculosidade
00:27:19do poder de dano.
00:27:22Pergunta ao médico
00:27:23que trabalha
00:27:24num plantão
00:27:26de emergência
00:27:27do Getúlio Vargas.
00:27:29Pergunta para ele
00:27:30o tipo de ferimento
00:27:31que esse tipo
00:27:32de arma produz
00:27:32e que ele tem
00:27:33que lidar e tratar.
00:27:35Pergunta para ele
00:27:36a quantidade
00:27:36de pessoas
00:27:38que chegam
00:27:38nessas unidades
00:27:39e o tipo de ferimento
00:27:40e ele olhar
00:27:41pelo mundo
00:27:43e dizer o seguinte
00:27:44essa estatística
00:27:45se assemelha
00:27:46a qual país
00:27:47do mundo?
00:27:48A gente vai ver
00:27:49que nós temos
00:27:49um país
00:27:50de paz
00:27:51mas com estatística
00:27:54de guerra.
00:27:56Eu fico pensando
00:27:57secretário
00:27:57imagine se eu
00:27:59resolvo
00:28:00comprar um fuzil
00:28:02amanhã
00:28:02nos Estados Unidos
00:28:03trazer o fuzil
00:28:05ilegalmente
00:28:06para cá
00:28:06botar no ombro
00:28:07e passear
00:28:08no shopping
00:28:08da zona sul
00:28:09e aí
00:28:11evidentemente
00:28:12provavelmente
00:28:13você preso
00:28:14imagina no dia
00:28:15seguinte
00:28:15o que as manchetes
00:28:16vão dizer
00:28:16a meu respeito
00:28:17eu imagino
00:28:18a que pena
00:28:19que uma pessoa
00:28:20que fizesse isso
00:28:21que eu estou sugerindo
00:28:21aqui seria condenado.
00:28:23A expressão
00:28:23foi do Otávio Guedes
00:28:25o repórter
00:28:26ele diz que
00:28:27no Brasil
00:28:28nós vivemos
00:28:29um garantismo
00:28:30ingênuo
00:28:30eu concordo
00:28:32é verdade
00:28:33então esse garantismo
00:28:34ingênuo
00:28:35é praticado
00:28:37executado
00:28:38por profissionais
00:28:38que eu digo
00:28:40que não estão
00:28:41nem dentro da bolha
00:28:41a gente
00:28:42falava
00:28:43não
00:28:43ele está dentro da bolha
00:28:45tem que estourar a bolha
00:28:45não
00:28:46hoje ele está
00:28:47desconectado
00:28:48da realidade
00:28:49ele não tem
00:28:50nenhuma
00:28:50visão do que acontece
00:28:52no mundo aqui fora
00:28:53parece que ele está
00:28:53num centro cirúrgico
00:28:54onde tem a sepsia total
00:28:56ele não tem contato
00:28:58com nada
00:28:58então isso é muito grave
00:29:00hoje o criminoso
00:29:02por exemplo
00:29:02ele quer
00:29:03preso com um fuzil
00:29:04ele quer ser condenado
00:29:05na audiência de custódia
00:29:06sabe por quê?
00:29:09porque ele começa
00:29:10a contar o prazo
00:29:11de um sexto
00:29:13para ter o benefício
00:29:14de sair
00:29:15então imagina
00:29:17eu tenho
00:29:18eu posso ser condenado
00:29:19cinco anos
00:29:20de prisão
00:29:21se eu sou condenado
00:29:23na audiência de custódia
00:29:24eu cumpro só um sexto
00:29:25da pena
00:29:25e vou ter liberdade
00:29:27ao contrário
00:29:28se ele não sair
00:29:30na audiência de custódia
00:29:32por algum motivo
00:29:32o processo
00:29:34ele é mais demorado
00:29:36de cada um
00:29:36ele ficar mais tempo
00:29:37preso pelo processo
00:29:38por conta da instrução
00:29:40dele
00:29:41até o final
00:29:42do que efetivamente
00:29:43pelo cumprimento
00:29:44da pena
00:29:44olha como é que
00:29:45fica desconectado
00:29:46as vezes
00:29:47ele quer
00:29:48ele não
00:29:49não atirei em ninguém
00:29:50só estava com a arma
00:29:51na mão
00:29:51ele declara isso
00:29:52para ser justificado logo
00:29:54porque aí ele tem
00:29:55esse benefício
00:29:55e começa a cumprir
00:29:56e me condena logo
00:29:57que rapidinho
00:29:57eu estou de volta
00:29:58né
00:29:58e muitas das vezes
00:29:59por que eles não deixam
00:30:01de traficar
00:30:02as comunidades
00:30:02ficam só explorando
00:30:03os serviços
00:30:04né
00:30:05porque eles não querem
00:30:06ser enquadrados
00:30:06com milícia
00:30:07que tem uma lei específica
00:30:09sobre milícia
00:30:09que ser enquadrado
00:30:10sobre milícia
00:30:10é muito mais pesado
00:30:11do que como traficante
00:30:12então ele se declara
00:30:13sou traficante sim
00:30:14aí vem um outro problema
00:30:16são as facções
00:30:17do sistema prisional
00:30:19brasileiro
00:30:19que é outra discussão
00:30:21que a gente tem
00:30:21que entrar
00:30:22muito firme
00:30:23sobre isso
00:30:24porque a justiça
00:30:25vai bater lá
00:30:26tudo a gente
00:30:26costuma falar
00:30:27que tudo começa
00:30:28e termina
00:30:29nos presídios
00:30:30e a gente tem
00:30:31que entrar nessa discussão
00:30:33para estruturar melhor
00:30:34nosso sistema
00:30:35muitos dizem
00:30:36que quer desencarcerar
00:30:37nossa opinião contrária
00:30:39e alguns países
00:30:41do mundo
00:30:41né
00:30:42mostraram que dá certo
00:30:44o encarceramento
00:30:44de criminosos
00:30:45coronel
00:30:47até onde eu sei
00:30:48não existe
00:30:49nenhum exemplo
00:30:50de país no mundo
00:30:51que conseguiu
00:30:51reduzir os índices
00:30:52criminais
00:30:53reduzindo o número
00:30:54de criminosos
00:30:55presos
00:30:55o senhor conhece
00:30:56algum?
00:30:57não conheço
00:30:57e isso é mais
00:30:58uma falácia
00:30:59que jogam
00:31:00nas mídias
00:31:01que tentam convencer
00:31:02a população
00:31:03e aí vem
00:31:04o que você fala
00:31:04muito Mota
00:31:05é
00:31:06ficou mais preocupado
00:31:07com o criminoso
00:31:08do que com a vítima
00:31:09tantas garantias
00:31:10para o criminoso
00:31:11quem decidiu
00:31:12delinquir
00:31:14foi ele
00:31:15não foi a sociedade
00:31:16que levou ele
00:31:17e aí está a teoria
00:31:18econômica do crime
00:31:19não são os fatores sociais
00:31:21os fatores econômicos
00:31:21que levam ele a fazer aquilo
00:31:22e nas pesquisas
00:31:23que se fazem
00:31:24conseguem comprovar isso
00:31:25porque ele quer o dinheiro
00:31:26para comprar alguma coisa
00:31:27que ele quer o tênis
00:31:28ele quer poder
00:31:29então não é coitadinho
00:31:31porque tem oportunidade
00:31:32então a gente tem que preocupar
00:31:34muito mais com a vítima
00:31:35do que com o criminoso
00:31:36porque o criminoso
00:31:37tem que ficar
00:31:39preso
00:31:40não tem outra opção
00:31:42como você bem disse
00:31:44qual o país que deu certo
00:31:45fazendo desencarceramento
00:31:46e o Brasil continua
00:31:48nos mesmos erros
00:31:49a consequência
00:31:51está aí nas ruas
00:31:52e a gente tem
00:31:53uma preocupação
00:31:53muito grande
00:31:54e não se preocupa
00:31:55só com o Rio de Janeiro
00:31:56não tá
00:31:56a gente tem muitas reuniões
00:31:58no conselho de secretários
00:31:59que o secretário vai
00:32:00ele pode falar
00:32:01até melhor
00:32:01do que eu
00:32:02sobre isso
00:32:03que a gente avisa
00:32:04para os outros estados
00:32:05ele deu o exemplo da Bahia
00:32:06quem está lá
00:32:07sabe o que ama
00:32:08comando do vermelho
00:32:09uma facção do Rio de Janeiro
00:32:10a gente está acabando
00:32:13fazendo
00:32:13levando os nossos problemas
00:32:15para outros locais
00:32:15então o problema
00:32:16não é somente do Rio
00:32:17o problema
00:32:19é do sistema brasileiro
00:32:21que a gente precisa
00:32:21atacar
00:32:22veementemente
00:32:23essa reestruturação
00:32:25é quase que repactuar
00:32:27repactuar
00:32:28inclusive o pacto social
00:32:30porque a sociedade
00:32:31também tem que entender
00:32:31o seu papel
00:32:32o seu papel
00:32:34nesse processo
00:32:35nesse sistema
00:32:36secretário
00:32:37está acontecendo
00:32:39um debate
00:32:40sobre
00:32:41se essas facções
00:32:43do narcotráfico
00:32:44que atoram no Brasil
00:32:44se classificam
00:32:46ou não
00:32:47como organizações
00:32:48terroristas
00:32:49eu queria saber
00:32:51a sua opinião
00:32:51e também
00:32:52saber se existe
00:32:53alguma ligação
00:32:55comprovada
00:32:56dessas facções
00:32:58com grupos
00:32:59terroristas
00:32:59internacionais
00:33:00ou até com guerras
00:33:01no exterior
00:33:02a gente está costurando
00:33:04esse trabalho
00:33:05com o governo americano
00:33:07desde agosto
00:33:08do ano passado
00:33:08e infelizmente
00:33:10houve um vazamento
00:33:11de um e-mail
00:33:12que acabou
00:33:13um jornalista
00:33:14tendo acesso
00:33:15e viu que o Rio de Janeiro
00:33:17estava conversando
00:33:18com o governo americano
00:33:19em relação a isso
00:33:20nesse assunto
00:33:21nessa pauta
00:33:22o governador
00:33:23Cláudio Castro
00:33:24é um grande entusiasta
00:33:25e ele mesmo
00:33:25está comandando isso
00:33:26claro usando
00:33:27a secretaria
00:33:28porque nós é que temos
00:33:29essas informações
00:33:30então foi produzido
00:33:32um relatório
00:33:32de inteligência
00:33:33que comprova
00:33:34a ligação
00:33:35do Comando Vermelho
00:33:36com o PCC
00:33:38tivemos recentemente
00:33:40há três semanas atrás
00:33:41uma grande operação
00:33:42da Polícia Civil
00:33:43onde foi possível
00:33:44bloquear
00:33:45seis bilhões
00:33:46de reais
00:33:47dessas duas facções
00:33:49e também
00:33:51mostrando
00:33:51que existem
00:33:52atores
00:33:53que atendem
00:33:54a essas facções
00:33:56Comando Vermelho
00:33:57e PCC
00:33:58mas também
00:33:58organizações
00:34:00terroristas
00:34:02que atuam
00:34:03fora do Brasil
00:34:05então isso é importante
00:34:07porque isso é um marco
00:34:08para a segurança pública
00:34:10do Rio de Janeiro
00:34:10e mostrar
00:34:11o quão
00:34:12o nível
00:34:13quão alto está
00:34:14o nível
00:34:15de
00:34:16poder de ofensa
00:34:19ao Estado
00:34:19por conta
00:34:20dessas organizações
00:34:22criminosas
00:34:22imagina
00:34:23essa expertise
00:34:24dessas organizações
00:34:26terroristas
00:34:26aqui no Brasil
00:34:27e obviamente
00:34:27também
00:34:28levando perigo
00:34:29para esses outros países
00:34:31o governo americano
00:34:32é sensível a isso
00:34:34e a gente já
00:34:35já começou a apresentar
00:34:37esse material
00:34:38ou seja
00:34:39ele foi construído
00:34:40na realidade
00:34:40desde agosto
00:34:41do ano passado
00:34:42a quatro mãos
00:34:43e eles
00:34:44entenderam
00:34:46do problema
00:34:47que eles podem ter
00:34:47no futuro
00:34:48já tem
00:34:49comprovações
00:34:50de crimes
00:34:51dessas organizações
00:34:52criminosas
00:34:53tanto PCC
00:34:53quanto Comando Vermelho
00:34:54em território americano
00:34:55comprovamos também
00:34:57a ligação
00:34:58do Comando Vermelho
00:34:59com uma
00:35:01uma das máfias
00:35:02italianas
00:35:03ou seja
00:35:04estão atuando
00:35:06em território
00:35:06italiano
00:35:07houve a morte
00:35:09de um
00:35:10de um integrante
00:35:11do Comando Vermelho
00:35:12no Algarve
00:35:13em Portugal
00:35:14algumas semanas
00:35:15atrás
00:35:16ou seja
00:35:17já tem
00:35:17temos provas
00:35:18de que o Comando Vermelho
00:35:19é uma organização
00:35:21criminosa
00:35:22transnacional
00:35:23agora
00:35:24ela é terrorista?
00:35:25sim
00:35:25no momento que você
00:35:26troca informações
00:35:28troca expertise
00:35:29utiliza
00:35:30dos mesmos caminhos
00:35:31para lavagem
00:35:32de dinheiro
00:35:33compra de armas
00:35:34dessas mesmas
00:35:35organizações terroristas
00:35:36obviamente que
00:35:37a gente consegue
00:35:39comprovar isso
00:35:39e o americano
00:35:40já entendeu isso
00:35:41o que a mídia
00:35:42começou a explorar
00:35:43dizendo
00:35:44que no Brasil
00:35:45nós não podemos
00:35:46declarar
00:35:47o Comando Vermelho
00:35:48e o PCC
00:35:48como organizações
00:35:49terroristas
00:35:50não tem o menor cabimento
00:35:52a gente tem
00:35:53a gente sabe
00:35:54que a construção
00:35:55da lei
00:35:55anti-terror
00:35:56que é de 2016
00:35:57ela foi construída
00:35:59dentro de uma
00:35:59concepção política
00:36:00ideológica
00:36:01que o legislador
00:36:03naquele momento
00:36:03achou que deveria
00:36:04ser daquela maneira
00:36:05nós temos os crimes
00:36:06e temos as motivações
00:36:08e finalidades
00:36:09aqui no Brasil
00:36:10essas motivações
00:36:12e finalidades
00:36:13elas são muito
00:36:15restritivas
00:36:15mas a gente tem que
00:36:17entender que o Brasil
00:36:18ele é signatário
00:36:19de alguns acordos
00:36:21internacionais
00:36:22e lá
00:36:23as definições
00:36:24dos crimes
00:36:25as finalidades
00:36:26e as motivações
00:36:27são mais abrangentes
00:36:28o que a gente
00:36:29quer mostrar é o seguinte
00:36:30isso aqui que acontece
00:36:31no Rio de Janeiro
00:36:32que o Comando Vermelho
00:36:33faz
00:36:34pratica no Rio de Janeiro
00:36:35se praticado
00:36:37em território americano
00:36:38o senhor acha
00:36:39que é terrorismo
00:36:41e é essa pergunta
00:36:42que a gente está fazendo
00:36:43ao americano
00:36:44pra gente
00:36:45no Rio de Janeiro
00:36:46pra nós no Rio de Janeiro
00:36:47essa declaração
00:36:48é de extrema importância
00:36:50e não é pra
00:36:51responsabilizar criminalmente
00:36:53aqui no Brasil
00:36:54algum membro
00:36:55do Comando Vermelho
00:36:56não é isso
00:36:56porque a nossa legislação
00:36:57ela é restritiva
00:36:59mas no momento
00:36:59que há essa declaração
00:37:01por parte do governo americano
00:37:02algum dos benefícios
00:37:03por exemplo
00:37:04o americano
00:37:05ele detém o sistema SWIFT
00:37:08que é justamente
00:37:08o sistema
00:37:09que faz
00:37:10e monitora
00:37:11as transações
00:37:12financeiras
00:37:13com apenas o clique
00:37:14de um botão
00:37:15ele consegue bloquear
00:37:16o dinheiro
00:37:17e o recurso
00:37:18em qualquer lugar
00:37:18do mundo
00:37:19e obviamente também
00:37:20traficantes
00:37:22líderes
00:37:23de organizações
00:37:24do Rio de Janeiro
00:37:25ou até do Brasil
00:37:26que forem
00:37:28aos Estados Unidos
00:37:29podem sofrer
00:37:31restrições
00:37:31de prisão
00:37:32ou até
00:37:33de quebra
00:37:34do sigilo telemático
00:37:36naquele momento
00:37:36que entrar
00:37:37em território
00:37:38nacional
00:37:39americano
00:37:39então isso
00:37:40pra gente
00:37:41é importante
00:37:41porque o americano
00:37:42já percebeu
00:37:44no futuro
00:37:45ter
00:37:46por exemplo
00:37:47aquelas gangues
00:37:47americanas
00:37:48com essa filosofia
00:37:50de tomada
00:37:51de território
00:37:52e subjulgação
00:37:53da população
00:37:55americana
00:37:56isso pra eles
00:37:57é uma questão
00:37:58de segurança
00:37:58nacional
00:37:59isso
00:38:00lá na ponta
00:38:02eu volto
00:38:02lá no final
00:38:04o que você acha?
00:38:06queimaram ônibus
00:38:07pra criar
00:38:08uma desordem
00:38:09na cidade
00:38:10isso não é terrorismo?
00:38:12atiraram
00:38:13na população
00:38:14que está passando
00:38:15uma venda
00:38:16no Brasil
00:38:16durante o seu
00:38:18ir para o trabalho
00:38:19isso não é terrorismo?
00:38:21então a concepção
00:38:21de nome
00:38:22sabe
00:38:23que às vezes
00:38:23grupos
00:38:24tentam enquadrar
00:38:25não, isso não é terrorismo
00:38:26a população
00:38:27ela quer ser protegida
00:38:29e quer ser protegida
00:38:30com leis
00:38:30fortes e duras
00:38:32mostrando a força
00:38:33do Estado
00:38:33quem detém
00:38:35o poder da força
00:38:36é o Estado
00:38:37ela quer ser protegida
00:38:38quanto a isso
00:38:39então a gente
00:38:41aproveita
00:38:41e leva isso
00:38:43pra organizações
00:38:45e pra outros países
00:38:46pra trabalhar
00:38:47em conjunto
00:38:48conosco
00:38:49porque essa troca
00:38:50não é somente direta
00:38:51é também de
00:38:52troca de informação
00:38:53financiamento
00:38:55cursos
00:38:57tudo isso
00:38:58troca de experiência
00:38:59a Itália já vem
00:39:01combatendo isso
00:39:02há vários anos
00:39:03e a gente tem que
00:39:04aprender como eles
00:39:05fazem isso
00:39:06os Estados Unidos
00:39:07quando reconhecem
00:39:09se reconhecem
00:39:10porque a questão deles
00:39:10é isso
00:39:11é um outro tratamento
00:39:13que a gente coloca
00:39:14aqui também
00:39:14então a população
00:39:15quer ser protegida
00:39:16a gente precisa
00:39:16proteger essa população
00:39:17eu policial
00:39:18quando tá combatendo
00:39:20esses criminosos
00:39:21que pra nós
00:39:21são ações
00:39:22sim que causam
00:39:23terror
00:39:24a população
00:39:25e as leis
00:39:26tem que acompanhar isso
00:39:27ah porque
00:39:28internacionalmente
00:39:29tem que ter uma ideologia
00:39:30tem que ter
00:39:31uma questão
00:39:32de religião
00:39:33tem que ter
00:39:34uma questão
00:39:35calma aí
00:39:36vamos olhar pro Brasil
00:39:36vamos olhar pro Rio de Janeiro
00:39:38a realidade lá
00:39:39não é crua
00:39:40não dá pra ficar
00:39:41comparando com tudo
00:39:42o que é justiça
00:39:43se não
00:39:44garantir
00:39:45né
00:39:46ao nosso cidadão
00:39:47carioca
00:39:47a segurança
00:39:48necessária
00:39:49pra ele vir
00:39:49ele quer realmente
00:39:51ser protegido pelo Estado
00:39:52e é essa
00:39:53é a nossa guerra
00:39:54hoje
00:39:55conseguir dentro
00:39:56dessa estrutura
00:39:57estatal
00:39:58de todos os entes
00:39:59garantir a segurança
00:40:00da população
00:40:01carioca
00:40:02um ataque
00:40:02a uma delegacia
00:40:03como aconteceu
00:40:04com a 60DP
00:40:05e Campos Elíseos
00:40:06mais de 200 tiros
00:40:07disparados
00:40:07aquilo é um símbolo
00:40:09do Estado
00:40:09o monopólio
00:40:11da força
00:40:11é do Estado
00:40:12a gente admitir
00:40:14que o Estado
00:40:15não reaja
00:40:16e essa reação
00:40:17ela não tem que ser
00:40:18proporcional
00:40:19o sujeito
00:40:20o criminoso
00:40:21que resolve
00:40:22atacar o Estado
00:40:23a reação do Estado
00:40:24não tem que ser
00:40:25proporcional
00:40:25a proporcionalidade
00:40:27exige quando alguém
00:40:28um criminoso
00:40:29ataca a minha pessoa física
00:40:30então eu pra revidar
00:40:31essa justa agressão
00:40:32usando os meios necessários
00:40:34de proporcional
00:40:35vou reagir
00:40:37pra defender a minha vida
00:40:38o Estado não
00:40:39o Estado tem que ser
00:40:40desproporcional sim
00:40:41o criminoso tem que entender
00:40:43que um ataque
00:40:43a uma unidade policial
00:40:45é um ataque
00:40:46a todo o Estado
00:40:47ao Estado democrático
00:40:49de direito
00:40:49e não foi assim
00:40:50no 8 de janeiro
00:40:51não foi assim
00:40:52que entenderam
00:40:52qual a diferença
00:40:54do 8 de janeiro
00:40:55para ataque a 60DP
00:40:57eu digo
00:40:58lá no 8 de janeiro
00:40:59não utilizaram
00:41:00fuzis
00:41:00é a única diferença
00:41:02secretário
00:41:05eu vou fazer agora
00:41:06uma pergunta
00:41:06difícil
00:41:07mas importante
00:41:08para as pessoas
00:41:09que estão
00:41:10assistindo o programa
00:41:11para os leigos
00:41:12para o cidadão
00:41:13que tenta acompanhar
00:41:14o que está acontecendo
00:41:15no Brasil
00:41:15existe
00:41:17uma situação
00:41:18real de segurança
00:41:20que o senhor
00:41:21os conhece
00:41:21muito bem
00:41:21e existe
00:41:24a sensação
00:41:26de segurança
00:41:26e nem sempre
00:41:28as duas coisas
00:41:29estão alinhadas
00:41:29às vezes
00:41:30a gente acha
00:41:31que está tudo bem
00:41:32e a situação
00:41:33está complicada
00:41:34a gente que não está
00:41:35sabendo
00:41:35tem outras épocas
00:41:37em que os índices
00:41:38mostram
00:41:38que a situação
00:41:39melhorou
00:41:40mas as pessoas
00:41:41estão mais
00:41:42preocupadas
00:41:43eu queria que o senhor
00:41:43comentasse isso
00:41:44bom Mota
00:41:45primeiro assim
00:41:46o que a população
00:41:47sente
00:41:48a segurança
00:41:49é um sentimento
00:41:49a minha avó
00:41:52era muito religiosa
00:41:53e ela dizia
00:41:54assim
00:41:55essa hora
00:41:56não
00:41:57eu estou sob a proteção
00:41:59da nossa senhora
00:42:00ela ia e voltava
00:42:01para casa
00:42:01e isso está vendo
00:42:02como é que funciona
00:42:03então
00:42:04por mais que morasse
00:42:05em campo grande
00:42:06zona oeste
00:42:06do Rio de Janeiro
00:42:07ela não tinha
00:42:09essa preocupação
00:42:09porque ela achava
00:42:10que estava protegida
00:42:10porque era um sentimento
00:42:11que ela nutria
00:42:12e achava
00:42:12que a proteção
00:42:13dela vinha
00:42:14de nossa senhora
00:42:14então esse sentimento
00:42:17ele é provocado
00:42:18para o bem
00:42:19ou para o mal
00:42:19de acordo
00:42:20com como a gente
00:42:21se comunica
00:42:21então hoje
00:42:23por exemplo
00:42:24nós temos
00:42:24os índices
00:42:25criminais
00:42:26principalmente os crimes
00:42:27contra o patrimônio
00:42:28que é o que mais
00:42:29afeta a população
00:42:30estão caindo
00:42:31mas o cidadão
00:42:34ainda não tem
00:42:34essa sensação
00:42:35e obviamente
00:42:36a rede social
00:42:37ela tem um impacto
00:42:40muito grande
00:42:40hoje nós temos
00:42:41câmeras
00:42:42em qualquer lugar
00:42:43hoje todo mundo
00:42:44tem um celular
00:42:45filmando
00:42:45a rapidez
00:42:46com que
00:42:47essas informações
00:42:48essas imagens
00:42:49chegam
00:42:50trafegam
00:42:51é muito grande
00:42:51eu digo
00:42:52tem que cercear
00:42:53não
00:42:54tem que mostrar sim
00:42:55ninguém aqui quer
00:42:56quer
00:42:57tolir o direito
00:42:59de alguém
00:42:59publicar
00:43:00esse tipo
00:43:01de imagem
00:43:02na televisão
00:43:04o que a gente
00:43:04tem que tomar cuidado
00:43:05muitas vezes
00:43:06é com
00:43:06como a gente
00:43:07comunica isso
00:43:08você ter
00:43:09formador de opinião
00:43:11indo pra
00:43:11pra televisão
00:43:12dizer assim
00:43:13o Rio de Janeiro
00:43:14não tem jeito
00:43:15ninguém enxerga
00:43:16uma luz
00:43:17no fim do túnel
00:43:18cadê o plano
00:43:19de segurança
00:43:20do Rio de Janeiro
00:43:21como se não houvesse
00:43:22é muito fácil
00:43:24roubar
00:43:25no Rio de Janeiro
00:43:26é muito fácil
00:43:27tirar uma vida
00:43:28no Rio de Janeiro
00:43:28ninguém mais aguenta
00:43:30será que
00:43:31pra trocar
00:43:32consertar um
00:43:33um buraco
00:43:34na frente do palácio
00:43:35Guanabara
00:43:35tem que ter escolta
00:43:36nós já ouvimos isso
00:43:38de formadores
00:43:40de opinião
00:43:40de programas
00:43:41que tem
00:43:42uma grande audiência
00:43:43isso tira
00:43:44a esperança
00:43:46da população
00:43:47eu acho que a gente
00:43:49não tem que esconder
00:43:50os números estão aí
00:43:51nós temos que ser
00:43:52bastante transparentes
00:43:54mas a gente não pode tirar
00:43:55a perspectiva
00:43:57de melhora
00:43:57isso o Rio de Janeiro
00:43:59tá vivendo
00:44:00esse momento
00:44:01de mudança
00:44:01hoje as polícias
00:44:03entenderam
00:44:04que o crime
00:44:05é um negócio
00:44:06e estão atacando
00:44:08exatamente
00:44:08essa questão
00:44:10essa coluna
00:44:12vertebral
00:44:12que alimenta
00:44:14e que sustenta
00:44:15o crime
00:44:16no Rio de Janeiro
00:44:17só que isso
00:44:18o resultado
00:44:18ele não é
00:44:20imediato
00:44:21como eu falei
00:44:21no início do programa
00:44:23tratava a segurança
00:44:24pública com analgésico
00:44:25então tem que anestesiar
00:44:26a população
00:44:27já tivemos
00:44:28anos
00:44:30por exemplo
00:44:30o ano de 2017
00:44:31foi um ano
00:44:32o pior ano
00:44:33historicamente
00:44:34dos piores
00:44:35índices
00:44:37criminais
00:44:38tanto que logo depois
00:44:39veio a intervenção
00:44:40naquela época
00:44:42não se tinha
00:44:43essa sensação
00:44:44de insegurança
00:44:45tão grande
00:44:46ou se vendia
00:44:47melhor isso
00:44:48e era um final
00:44:50de um programa
00:44:51de segurança
00:44:53que seria
00:44:54de grande
00:44:54valia
00:44:56de grande sucesso
00:44:57que era o PP
00:44:57ou seja
00:44:5910 anos de PP
00:45:00e o resultado
00:45:02é insegurança
00:45:03o que a gente
00:45:04aprende com isso
00:45:05então
00:45:07naquela época
00:45:08durante o programa
00:45:09da UPP
00:45:10havia uma comunicação
00:45:11muito boa
00:45:11então isso
00:45:13é a guerra
00:45:13informacional
00:45:14então não só
00:45:15trabalhar
00:45:16para a diminuição
00:45:17desses índices
00:45:18criminais
00:45:19que é importante
00:45:19demais
00:45:20obviamente
00:45:20mas também
00:45:21ter a capacidade
00:45:23de se comunicar
00:45:24bem
00:45:24com a população
00:45:25e isso
00:45:26é um trabalho
00:45:27que não é fácil
00:45:28você como comunicador
00:45:30sabe
00:45:30como é que eu faço
00:45:31chegar a isso
00:45:32aquelas pessoas
00:45:33que estão me ouvindo
00:45:34então esse é um
00:45:35grande desafio
00:45:36e a gente mostra
00:45:37com isso
00:45:37a complexidade
00:45:39que é
00:45:40e o grande desafio
00:45:41que é fazer
00:45:41segurança pública
00:45:42no Rio de Janeiro
00:45:43eu acho que
00:45:44isso deu um exemplo
00:45:45muito bom
00:45:45das redes sociais
00:45:46porque
00:45:46até as redes sociais
00:45:49surgirem
00:45:50a gente só tinha
00:45:50um veículo
00:45:50de comunicação
00:45:51que era
00:45:51grande mídia
00:45:52que nunca
00:45:54foi
00:45:55exatamente
00:45:56torcedora
00:45:58da polícia
00:45:59até porque
00:46:00notícia ruim
00:46:01sempre vende
00:46:02mais do que
00:46:03notícia boa
00:46:03então
00:46:04quando acontece
00:46:05alguma coisa
00:46:06errada
00:46:06envolvendo a polícia
00:46:08aquilo ali
00:46:08dá muito
00:46:09mais repercussão
00:46:11agora
00:46:11a rede social
00:46:12é interessante
00:46:12porque
00:46:12de vez em quando
00:46:14eu recebo
00:46:14exatamente isso
00:46:15alguém me manda
00:46:15um vídeo
00:46:16olha o Rio de Janeiro
00:46:17e não tem jeito
00:46:18aí eu pergunto
00:46:19de quando é esse vídeo
00:46:20não, não sei
00:46:21onde foi filmado
00:46:23esse vídeo
00:46:23não, também não sei
00:46:24e às vezes
00:46:25eu recebo
00:46:26e eu falo
00:46:27para a pessoa
00:46:27esse vídeo aqui
00:46:27é antigo
00:46:28esse vídeo aqui
00:46:30é do ano passado
00:46:30não é coisa recente
00:46:32aí a pessoa
00:46:32me responde
00:46:33ah é
00:46:33ah desculpe
00:46:34eu passei sem ver
00:46:35mas passou
00:46:36para quanta gente
00:46:36quantas pessoas
00:46:38pois é
00:46:38então hoje
00:46:39nós temos
00:46:39enfrentando
00:46:40essa guerra
00:46:40informacional
00:46:41hoje nós temos
00:46:42uma rede
00:46:43que tenta
00:46:44de alguma maneira
00:46:45mitigar esse tipo
00:46:46de comunicação
00:46:47negativa
00:46:48que é o
00:46:48Na Escuta
00:46:49o Na Escuta RJ
00:46:50é uma
00:46:51uma página
00:46:53no Instagram
00:46:54que exatamente
00:46:55faz com que
00:46:56a gente consiga
00:46:57levar para a população
00:46:58aquilo que realmente
00:46:59acontece
00:47:00e a gente tem visto
00:47:02que a aceitabilidade
00:47:03tem sido muito grande
00:47:04então esse tipo
00:47:06de comunicação
00:47:07em Ponta RJ
00:47:08volto a dizer
00:47:08nós não queremos
00:47:09mascarar números
00:47:10nós não queremos
00:47:11esconder o número ruim
00:47:12mas também
00:47:13a gente não pode
00:47:14demonizar a figura
00:47:16do policial
00:47:17como foi feito
00:47:17durante muito tempo
00:47:18isso é muito ruim
00:47:19porque quando você
00:47:20demoniza
00:47:21a figura
00:47:22do policial
00:47:23você tira
00:47:25a capacidade
00:47:26dele de interagir
00:47:27com a população
00:47:27porque ele é o bem
00:47:28eu digo
00:47:29as forças policiais
00:47:31não são a última
00:47:32barreira
00:47:33do bem do mal
00:47:34não
00:47:34é a única
00:47:35não existe profissão
00:47:39no mundo
00:47:39que você
00:47:42é capaz
00:47:43de sacrificar
00:47:45a sua vida
00:47:46por alguém
00:47:47que você nem conhece
00:47:48isso tem um valor
00:47:49muito grande
00:47:49claro
00:47:51que essa interação
00:47:52com a comunidade
00:47:52ela é importante
00:47:53porque a sociedade
00:47:54que dá legitimidade
00:47:55ao policial
00:47:56de agir
00:47:57isso é importante
00:47:58mas tem que haver
00:47:59uma comunicação
00:48:00mostrando que ele
00:48:01é a pessoa do bem
00:48:01e não é dizer
00:48:02que não temos problema
00:48:03claro que temos problema
00:48:04e vamos tratá-los
00:48:05o que não dá
00:48:06pra gente generalizar
00:48:07e demonizar
00:48:08a figura do policial
00:48:09que na realidade
00:48:09é o grande
00:48:11exemplo de bem
00:48:13daquele que vai
00:48:14proteger a sociedade
00:48:14e livrá-la
00:48:16desses criminosos
00:48:17Mota
00:48:18o que eu falei
00:48:18no início do programa
00:48:19nossa guerra
00:48:20é uma guerra
00:48:21bélica
00:48:22é uma guerra
00:48:23jurídica
00:48:24e é uma guerra
00:48:25informacional
00:48:26e a gente começou
00:48:28a trabalhar melhor isso
00:48:29ao longo dos anos
00:48:30o BOP
00:48:31é um grande exemplo
00:48:32que a gente
00:48:33construiu lá
00:48:34uma rede social
00:48:35sólida
00:48:36estruturada
00:48:37pra mostrar
00:48:38realmente
00:48:39dos dados negados
00:48:40as informações reais
00:48:42e a gente conseguiu
00:48:43consolidar
00:48:43no Batalhão
00:48:44de Operações Especiais
00:48:45um público muito fiel
00:48:46mostrando a força
00:48:47das redes sociais
00:48:49isso foi estruturado
00:48:50pra Polícia Militar
00:48:51e agora nós temos
00:48:52a agência
00:48:52na escuta
00:48:53RJ
00:48:54que vem construindo
00:48:56e aí pode até
00:48:57pedir pro seu público
00:48:58aí pra acompanhar
00:48:59o na escuta
00:48:59acho que vale a pena
00:49:00pessoal
00:49:01vão ver as informações
00:49:02do Rio de Janeiro
00:49:03o que acontece
00:49:04em tempo real
00:49:05em tempo muito rápido
00:49:06que é a comunicação
00:49:07hoje
00:49:08porque é a realidade
00:49:09a gente tem que entender
00:49:10o mundo tá digital sim
00:49:12e se a gente
00:49:13não acompanhar
00:49:14essa digitalização
00:49:16pra também nos
00:49:17comunicarmos
00:49:18com a população
00:49:18gera uma
00:49:19desinformação
00:49:21porque o excesso
00:49:22de informação
00:49:23também
00:49:24desinforma
00:49:25porque é tanta informação
00:49:26e as pessoas
00:49:27querem tudo
00:49:28muito rápido
00:49:28ao invés de confirmar
00:49:30uma informação
00:49:30que eles fazem
00:49:31passa, passa, passa
00:49:33passa, passa
00:49:34é o que você falou
00:49:34compartilha, compartilha
00:49:36compartilha, compartilha
00:49:36achando que isso é legal
00:49:38só que isso é uma
00:49:39desinformação
00:49:40porque é muita informação
00:49:42desqualificada
00:49:44atemporal
00:49:46de outros tempos
00:49:46quantas vezes você já viu
00:49:48vídeos antigos
00:49:49que voltam a viralizar
00:49:50eu recebi até
00:49:51hoje, agora
00:49:52acontecendo agora
00:49:53eu recebi vídeo
00:49:54já recebi mais uma vez
00:49:56vídeo de filmagem
00:49:57de filmes
00:49:58que as pessoas
00:49:59mandam
00:50:00como se fossem
00:50:01acontecimentos
00:50:01só que depois
00:50:02que você cria
00:50:03esse medo
00:50:04na pessoa
00:50:05até você tirar
00:50:06já tá aqui
00:50:07o sentimento
00:50:08por isso
00:50:08que é a nossa
00:50:09dificuldade
00:50:10que a gente
00:50:10vem ao longo
00:50:11dos anos
00:50:11os últimos anos
00:50:12aprendendo a trabalhar
00:50:13esse sentimento
00:50:14porque
00:50:15principalmente as polícias
00:50:16saberiam trabalhar
00:50:17nos números
00:50:18vamos trabalhar
00:50:19nossos números
00:50:20que são os nossos
00:50:20indicadores
00:50:21estamos fazendo
00:50:22estamos conseguindo
00:50:23os resultados
00:50:23mas temos que
00:50:24atrapalhar também
00:50:25o sentimento
00:50:26da população
00:50:26que é a sensação
00:50:27de segurança
00:50:27porque não necessariamente
00:50:29eles andam juntos
00:50:30e aí a gente tem que
00:50:32trabalhar para equalizar
00:50:33esses indicadores
00:50:34equalizar tanto
00:50:35os números
00:50:35quanto a sensação
00:50:37de segurança
00:50:37é um trabalho
00:50:38novo
00:50:39para instituições
00:50:40seculares
00:50:41mas que se não
00:50:42aprender
00:50:43que a sociedade
00:50:44se comunica
00:50:44também assim
00:50:45você citou aqui
00:50:46as tantas formas
00:50:47de comunicação
00:50:47parabéns pelo seu programa
00:50:49que dá voz
00:50:50à informação
00:50:51que a gente consegue
00:50:53nos comunicar
00:50:53e informar
00:50:54como nós estamos
00:50:55trabalhando
00:50:56no Rio de Janeiro
00:50:57secretário
00:51:00o Rio de Janeiro
00:51:02já recebeu
00:51:05vários grandes eventos
00:51:06para os quais
00:51:08foi necessário
00:51:09um grande aparato
00:51:10de segurança
00:51:11o Rio de Janeiro
00:51:12lida desde
00:51:132020
00:51:14com essa questão
00:51:15da DPF 635
00:51:16as forças policiais
00:51:19do Rio
00:51:19tem que lidar
00:51:20com uma situação
00:51:21complicadíssima
00:51:22provavelmente
00:51:22sem paralelo
00:51:23no Brasil
00:51:24o Rio de Janeiro
00:51:25tem o BOC
00:51:26que o coronel
00:51:26mencionou
00:51:27que foi tema
00:51:28de um filme
00:51:29que quem viu
00:51:30não esquece nunca mais
00:51:31e talvez tenha
00:51:32representado
00:51:33uma primeira
00:51:34virada
00:51:35nessa imagem
00:51:36da polícia
00:51:36quando o BOC
00:51:37foi reconhecido
00:51:38como esse
00:51:38recurso
00:51:40excepcional
00:51:41o que vem
00:51:43o que vem agora
00:51:43para a polícia
00:51:44do Rio de Janeiro
00:51:45pelo que a gente
00:51:46viu aqui
00:51:47parece que
00:51:47tem coisas novas
00:51:48acontecendo
00:51:49o senhor mencionou
00:51:50a percepção
00:51:51de que
00:51:52o ponto fraco
00:51:52do crime
00:51:53é a economia
00:51:54é o poder econômico
00:51:55o que que
00:51:56o carioca
00:51:58o fluminense
00:51:59e o brasileiro
00:52:00pode esperar agora
00:52:01da polícia do Rio
00:52:02primeiro que a gente
00:52:03tem realidades
00:52:04de duas polícias
00:52:06no Brasil
00:52:08é o modelo
00:52:08que o Brasil
00:52:09adotou
00:52:10uma polícia
00:52:11preventiva
00:52:12ostensiva
00:52:12que é a polícia militar
00:52:13e a polícia
00:52:14judiciária
00:52:15da União
00:52:16a APF
00:52:17dos estados
00:52:18as polícias civis
00:52:19então são duas realidades
00:52:20completamente diferentes
00:52:21o que que ambas
00:52:22precisam entender
00:52:23e hoje no Rio de Janeiro
00:52:25já entenderam
00:52:26que o crime
00:52:26é um negócio
00:52:27tem que ter essa visão
00:52:29só o combate bélico
00:52:32como falou o Nunes
00:52:33vai resolver
00:52:34não resolve
00:52:35só ele não
00:52:37ele é importante
00:52:38sim
00:52:38mas só ele não resolve
00:52:40então vamos entender
00:52:41como é que é o crime
00:52:42então durante algum tempo
00:52:44a PM ficou trabalhando
00:52:45sozinha no Rio de Janeiro
00:52:46a realidade é essa
00:52:47com a nova composição
00:52:49né
00:52:50do secretário
00:52:51da polícia civil
00:52:52e obviamente também
00:52:53do secretário da PM
00:52:54nós estamos muito bem alinhados
00:52:56em relação
00:52:57a
00:52:58o que é que cada um
00:52:59tem que fazer
00:53:00qual o papel de cada um
00:53:01a polícia militar
00:53:03por exemplo
00:53:04você utilizava
00:53:05ainda utiliza
00:53:06é um processo
00:53:07que a gente está
00:53:07num processo de mudança
00:53:08o policiamento
00:53:10semi-aleatório
00:53:11você atuava
00:53:12em cima da mancha criminal
00:53:13roubou aqui
00:53:14coloca o policiamento aqui
00:53:15roubou ali
00:53:15ou seja
00:53:16vai deslocando
00:53:17parece que está correndo
00:53:18atrás do rabo né
00:53:18é gato e rato
00:53:20o tempo todo
00:53:20o que a gente entende
00:53:22como um modelo
00:53:23atual
00:53:24e mais moderno
00:53:25é o policiamento
00:53:26orientado
00:53:27para a solução
00:53:27de problema
00:53:28o policial
00:53:29ele tem que estar
00:53:30engajado
00:53:31ele tem que estar
00:53:32empoderado
00:53:33para fazer isso
00:53:33e isso
00:53:35a instituição
00:53:36o estado
00:53:37precisa
00:53:37dar esse empoderamento
00:53:39para o policial militar
00:53:40ele tem que estar ali
00:53:41para ajudar
00:53:42a interagir
00:53:43com o cidadão
00:53:45por exemplo
00:53:45se você é roubado
00:53:46na rua
00:53:48você olha a viatura
00:53:49vai ao policial
00:53:50o policial
00:53:50acabaram de roubar
00:53:51meu carro aqui
00:53:52só tem que
00:53:52para a delegacia
00:53:54tá
00:53:55mas
00:53:55eu tenho aqui
00:53:56a placa do meu carro
00:53:57sinto muito
00:53:59eu tenho que ir para a delegacia
00:53:59porque o sistema
00:54:01foi criado
00:54:02para que
00:54:02você vai
00:54:03olha
00:54:03eu tentei evitar o crime
00:54:05não consegui
00:54:06o crime foi cometido
00:54:06passa para uma outra polícia
00:54:08que é a polícia civil
00:54:09aí você vai para a delegacia
00:54:10você passa duas horas
00:54:12porque lá tem uma demanda
00:54:13duas horas
00:54:14para ser atendido
00:54:15e às vezes até mais
00:54:16aí você é atendido
00:54:17tomaram a termo
00:54:18suas declarações
00:54:19coloca lá os dados
00:54:20aí o policial coloca
00:54:21a placa do carro
00:54:23no sistema
00:54:23de alerta
00:54:25em duas horas
00:54:26seu carro está onde
00:54:27você tem que ter agilidade
00:54:29por isso
00:54:31a nossa
00:54:31a criação
00:54:32do SISP
00:54:33que é o Sistema Integrado
00:54:34de Segurança Pública
00:54:35quando a gente conseguir
00:54:36implementar isso
00:54:37que é exatamente
00:54:38a integração
00:54:39de todos os bancos de dados
00:54:40no momento
00:54:41que o cidadão
00:54:42busca o policial militar
00:54:44ele acessa
00:54:45o aplicativo
00:54:46no telefone
00:54:47e diz
00:54:47qual a placa do seu carro
00:54:49está aqui em seu nome
00:54:50esse carro aqui é
00:54:51ele gera o alerta
00:54:53de furto ou de roubo
00:54:54ele já começa a receber
00:54:57alerta
00:54:57de câmeras
00:54:59por onde esse carro passou
00:55:01ou seja
00:55:02você tem uma chance
00:55:03muito maior
00:55:04de recuperar o bem
00:55:05perdido pelo cidadão
00:55:06e prender
00:55:07o roubador
00:55:08isso é um empoderamento
00:55:10isso é fazer
00:55:11com que
00:55:12aquele policial
00:55:13ele faça parte
00:55:14da solução
00:55:15daquele problema
00:55:17hoje se chegar
00:55:18para um policial
00:55:19militar
00:55:21diz o seguinte
00:55:21ele parado
00:55:22qual é a sua missão aqui
00:55:23não recebi a determinação
00:55:25de parar aqui
00:55:26ficar parado
00:55:26tá mas fazendo o que aqui
00:55:27não não
00:55:28só ficar aqui
00:55:29ou seja
00:55:30a figura do espantalho
00:55:31um espantalho
00:55:32que não assusta mais
00:55:33e o espantalho
00:55:35no século passado
00:55:37era assim né
00:55:37hoje
00:55:39o espantalho
00:55:40no século XXI
00:55:41é assim
00:55:41porque
00:55:44se ele não tem missão
00:55:45se ele não tem o que fazer
00:55:46se ele não está empoderado
00:55:48ficar 12 horas
00:55:49dentro de uma viatura
00:55:51acaba tendo
00:55:53né
00:55:53até por
00:55:55né
00:55:56falta de cobrança
00:55:57ele vai olhar
00:55:58e vai buscar
00:55:59a rede social
00:56:00e não prestar atenção
00:56:01no cenário
00:56:02que acontece
00:56:03a sua volta
00:56:03então
00:56:04essa mudança
00:56:05de modelo
00:56:06de policiamento
00:56:07da polícia
00:56:07sensível
00:56:08é uma coisa
00:56:08que está sendo
00:56:08construída
00:56:09e a polícia
00:56:10civil obviamente
00:56:11focar
00:56:12na estrutura financeira
00:56:13tem que tirar
00:56:14o poder
00:56:15do dinheiro
00:56:16deles
00:56:16as organizações
00:56:18criminosas
00:56:18só conseguem
00:56:19comprar fuzis
00:56:20só conseguem
00:56:21ter dinheiro
00:56:22para investir
00:56:24em campanhas
00:56:24políticas
00:56:25só consegue ter dinheiro
00:56:27para corromper
00:56:28pessoas
00:56:29se tiver dinheiro
00:56:31e esse dinheiro
00:56:32hoje
00:56:32ele vem
00:56:33de todas as formas
00:56:34hoje
00:56:36você tem a narcomilícia
00:56:37no Rio de Janeiro
00:56:38o traficante
00:56:39aprendeu com o miliciano
00:56:40que o território
00:56:41pode ser explorado
00:56:42com outros serviços
00:56:43e produtos
00:56:43eu sempre falo assim
00:56:44faça uma reflexão
00:56:45olhe para Rocinha
00:56:4680 mil habitantes
00:56:48segundo o IBGE
00:56:49quantos dali
00:56:50usam drogas
00:56:51chegou um percentual
00:56:53agora quantos usam água
00:56:54luz
00:56:55internet
00:56:56gás
00:56:57transporte alternativo
00:56:59construção civil
00:57:01gelo
00:57:02pão
00:57:02isso hoje
00:57:04são serviços
00:57:05e produtos
00:57:05explorados
00:57:06pelas organizações
00:57:08criminosas
00:57:08e não só a milícia
00:57:09o traficante já viu
00:57:11que isso é uma grande
00:57:12oportunidade
00:57:12e fonte de receita
00:57:13o que ele está falando
00:57:15hoje
00:57:16o Rio de Janeiro
00:57:18através do governador
00:57:19Cláudio Castro
00:57:19investiu
00:57:20muito
00:57:21bilhões
00:57:22em tecnologia
00:57:24se constrói
00:57:26o sistema
00:57:27que é o POSP
00:57:28que a Polícia Militar
00:57:29já vem desenvolvendo
00:57:30junto
00:57:31com a Polícia Civil
00:57:32buscando
00:57:32atacar
00:57:34a receita
00:57:35a fonte financeira
00:57:36do crime organizado
00:57:37mas com o uso
00:57:38da tecnologia
00:57:39o futuro
00:57:41da polícia
00:57:41das polícias
00:57:42hoje
00:57:43é trabalhar
00:57:43cada vez mais
00:57:44com o uso
00:57:45de tecnologias
00:57:46e a gente vem buscando
00:57:47as smart cities
00:57:48as cidades inteligentes
00:57:49quando ele fala
00:57:49que pega o aplicativo
00:57:51que não é tão simples
00:57:52montar esse sistema
00:57:53a gente está batendo lá
00:57:55a gente está vendo
00:57:55nessa construção
00:57:56mas que é factível
00:57:57outros estados já fazem
00:57:59então o Rio de Janeiro
00:58:00vai terminar o seu
00:58:01que está em breve
00:58:02também saindo
00:58:03e todo mundo
00:58:04quer conectar com o Rio de Janeiro
00:58:05que aí imagina isso
00:58:06isso é conectado
00:58:07com o sistema
00:58:08por exemplo
00:58:08de cerco eletrônico
00:58:10que são câmeras
00:58:11distribuídas pela cidade
00:58:12para ver esses veículos
00:58:14passando e gerar
00:58:15os alertas
00:58:16daqui a pouco
00:58:17a gente já está
00:58:18com alguns sistemas
00:58:18estudando
00:58:19de inteligência artificial
00:58:20para fazer análises
00:58:22de condutas criminosas
00:58:24então
00:58:25por exemplo
00:58:25no cerco eletrônico
00:58:27se tem uma tendência
00:58:29do roubador
00:58:29atacar
00:58:30em uma determinada região
00:58:31e acontecer o crime
00:58:33o policial
00:58:34já vai saber
00:58:35a tendência
00:58:36para onde ele seguirá
00:58:37ao invés de ter uma perseguição
00:58:40haverá uma interceptação
00:58:42porque ele já vai lá
00:58:43para a ponta
00:58:44e aguardar ele passar
00:58:45isso é o uso
00:58:46da inteligência artificial
00:58:47a inteligência artificial
00:58:49ela tem que saber
00:58:50ser conduzida
00:58:51por nós
00:58:52operadores
00:58:53de segurança pública
00:58:54e isso é
00:58:55um desafio
00:58:56da Secretaria de Segurança
00:58:57e de todas as polícias
00:58:58do Brasil
00:58:59conseguir
00:59:00trabalhar cada vez mais
00:59:02de maneira eficaz
00:59:03e eficiente
00:59:04com a tecnologia
00:59:05que está sendo investida
00:59:06muito pelo governo
00:59:07do Estado
00:59:07muito obrigado
00:59:09secretário
00:59:11coronel
00:59:11o Conexão Mota
00:59:13fica por aqui
00:59:15e para você
00:59:16que gosta
00:59:17do jeito
00:59:18Jovem Pan
00:59:18de notícias
00:59:19não deixe de fazer
00:59:20a sua assinatura
00:59:21no site
00:59:22jp.com.br
00:59:24lá você acompanha
00:59:25conteúdos
00:59:26exclusivos
00:59:27análises
00:59:28comentários
00:59:29e tem acesso
00:59:30limitado ao Panflix
00:59:31o aplicativo
00:59:33da Jovem Pan
00:59:33obrigado
00:59:35pela sua companhia
00:59:36e até a próxima semana
00:59:37Conexão Mota
00:59:45a opinião
00:59:48dos nossos comentaristas
00:59:50não reflete
00:59:51necessariamente
00:59:52a opinião
00:59:52do grupo
00:59:53Jovem Pan
00:59:53de comunicação
00:59:54realização
00:59:59Jovem Pan
01:00:00News