- 22/06/2025
A Jovem Pan entrevista Alexandre Pires, professor de relações internacionais, Avi Gelberg, conselheiro do StandWithUs Brasil, e o oficial da reserva da Marinha Robinson Farinazzo, que comentaram qual deve ser o futuro da guerra após as ofensivas dos EUA contra o Irã e analisam quais serão as consequências mundiais.
Apresentador: Nelson Kobayashi
Entrevistados: Alexandre Pires, Avi Gelberg, Robinson Farinazzo
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NotíciasTranscrição
00:00Conosco aqui o comandante Robson Farinazo, segue conosco na nossa programação, nos ajudará a entender o que pode acontecer a partir de agora, em termos de estratégia de guerra.
00:09O Irã poderá retaliar Israel, poderá atacar os Estados Unidos. O fechamento do Estreito de Hormuz é uma das medidas de retaliação.
00:17Tudo isso a gente vai atender não só com o comandante Robson Farinazo, que já está aqui na programação e seguirá conosco,
00:23mas também com o professor Alexandre Pires, professor de Relações Internacionais do IBMEC, que se junta ao nosso time nessa cobertura especial.
00:32Professor Alexandre, explica para a gente já a relevância e a importância dessa reunião que acontece agora na Organização das Nações Unidas.
00:40Bem-vindo e boa noite.
00:43Boa noite, Nelson. A reunião do Conselho de Segurança, ela tem um aspecto resolutivo,
00:51ou seja, alguma coisa vai sair dali indicando quais deveriam ser os passos pelas partes que estão beligerantes, quem está envolvido.
01:00Nós temos que lembrar que o Conselho funciona com 15 membros, então ele tem um alcance menor.
01:08Agora, a reunião da Assembleia, da ONU, ela tem um impacto um pouco maior em termos de opinião pública.
01:17Então, essa outra reunião maior, que é a reunião da ONU, ela seria ali uma discussão que poderia levar a uma certa sensibilização dos atores.
01:28Mas nem a Assembleia da ONU, nem mesmo o Conselho de Segurança, consegue se sobrepor à vontade dos membros permanentes do Conselho de Segurança,
01:38que tem poder de veto, Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia.
01:45Então, nós acabamos vendo ali um certo esforço diplomático, ou seja, essa ideia de congresso, que acontece há muitas décadas no mundo,
01:56mas tem pouca efetividade.
01:58Convidado especial, o Avi Gelberg, que está sempre conosco aqui na programação da Jovem Pan,
02:05quando a gente tem a intensificação desses conflitos envolvendo o Estado de Israel.
02:10E o Avi agora chega novamente falando diretamente de Israel na nossa programação,
02:15vai nos ajudar a entender como está o clima por lá, a partir depois, naturalmente, do anúncio feito pelos Estados Unidos,
02:22e pelas mudanças em relação ao regime de prioridades lá, os serviços que estão liberados, os outros muitos que estão suspensos.
02:30Avi Gelberg chegando aqui na nossa programação da Jovem Pan.
02:33Avi, bem-vindo, boa noite para você.
02:35É, quase madrugada aqui, já estamos na segunda-feira, uma noite até agora tranquila,
02:45geralmente, todas as últimas noites a gente vai para um abrigo uma ou duas vezes, com os mísseis chegando aqui.
02:54Hoje, julgo que é um dia histórico, é um dia que pode iniciar uma mudança no cenário e na geopolítica do Oriente Médio.
03:09Eu acho que essa entrada dos Estados Unidos e a ajuda em acabar o programa nuclear do Irã,
03:17vão ter efeitos a partir de hoje e daqui para frente.
03:24Sim, pode haver ainda alguma retaliação, sim, pode haver ainda mísseis que vêm a Israel
03:32ou até tentativa de envolver Estados Unidos nas bases ao redor do Golfo lá
03:40e talvez fazer que os Estados Unidos tenham que retalhar,
03:45mas eu acho que mudou hoje um cenário, porque Irã investiu desde 1979 até hoje
03:55muita coisa, muito dinheiro, muito know-how, muito trabalho
04:02que veio, na verdade, por conta do povo iraniano.
04:07Nós não vamos esquecer que todo esse dinheiro foi investido nesse programa nuclear
04:14e foi numa noite, ou já em algumas noites, desde a sexta-feira passada ou quinta-feira passada,
04:23foi por água abaixo.
04:26Isso deixa o povo mais revoltado ainda.
04:30A briga entre Israel e Irã não é com o povo iraniano.
04:36O povo iraniano é um povo que sempre era um povo amigo com o povo de Israel.
04:41quem lembra ainda, tivemos voos diretos de Tel Aviv até Irã, muita amizade na época do Shah,
04:52e a partir do momento que o governo dos Ayatollahs, o governo que é um governo xiita radical,
05:03tomou conta desse país, mudou o cenário, e o primeiro objetivo desse governo é aniquilar Israel,
05:13aniquilar o povo judeu, e eu acho que depois, como eles falam,
05:19primeiro nós vamos acabar com sábado e depois vamos acabar com domingo.
05:24Quer dizer que começa com os judeus, mas não acaba com os judeus.
05:29Então, essa noite é uma noite histórica também, na verdade, para o mundo,
05:35para o mundo liberal, para o mundo democrático,
05:39e a gente tem que, todo mundo tem que agradecer o esforço que eu brinco,
05:47que Israel serviu como um para-choque ou como um faxinero, fez toda a limpeza.
05:53Estados Unidos, óbvio, mandou todo o material de limpeza,
05:56e chegou agora na hora do finalmente, e apareceu ali para triunfar esse ato
06:07tão importante para a humanidade.
06:10Eu chego a dizer que isso é um momento que a gente pode gravar,
06:14essa noite vai ser lembrada por muitos e muitos anos nos livros da história.
06:20Avi seguirá conosco aqui, Avi Gelber, falando diretamente de Israel.
06:24Daqui a pouco quero a opinião dele sobre o que falou o representante do Estado israelense
06:29na reunião da Organização das Nações Unidas,
06:32dizendo, inclusive, que o mundo todo deve agradecer aos Estados Unidos
06:35pela ação anunciada e realizada na data de ontem.
06:39Mas agora eu quero voltar com o comandante Robson Farinazo,
06:42porque, comandante, envolvendo um conflito destas proporções,
06:46um ataque como foi o de ontem, inédito, com utilização pela primeira vez,
06:51me corrija se eu estiver errado, pela primeira vez utilizando desse armamento americano,
06:56há também uma expectativa sobre como reagirá o Irã,
06:59ou sobre como não reagirá, o que esperar a partir de agora do regime iraniano
07:04depois dos ataques feitos pelos Estados Unidos.
07:08O Baixo acha assim, o Irã, ele teve uma postura durante toda essa guerra,
07:16uma postura reativa, ele nunca teve uma postura prótiva,
07:19isso é muito perigoso em termos de estratégia.
07:22Se você só reage àquilo que o seu adversário faz,
07:27isso quer dizer que a condução da guerra é dele,
07:31que o momentum é dele,
07:33que ele decide aonde serão os golpes,
07:36que você vai só apagar o incêndio.
07:38Então, assim, se o Irã não mudar essa postura,
07:41a coisa vai ficar bastante complicada para ele.
07:44Então, qual é a saída que o Irã tem?
07:46O Irã tem como fechar o estêndio Hormuz,
07:48eu não tenho dúvidas a respeito disso.
07:50Eu estava vendo agora o estudo sobre isso daí,
07:53uma das melhores maneiras de fechar é através de minas, né?
07:57Você pode colocar minas magnéticas, minas acústicas, etc.
08:00Por quê?
08:02Porque quase em todas as marinhas do mundo,
08:06quase todas, as forças de minagem e varredura,
08:09que são aqueles navios que fazem a abertura de canal varrido,
08:13nos campos minados marítimos,
08:16elas são negligenciadas.
08:18Quase nenhum país do mundo tem uma força de minagem e varredura
08:23eficiente no dia de hoje.
08:25Por quê?
08:26Porque não dá glamour, ninguém lembra disso,
08:28é uma possibilidade bastante remota,
08:30todo mundo quer investir em fragatas,
08:33destroyers, submarinos, porta-helicópteros, etc.
08:36Então, assim, é uma boa saída do Irã.
08:38Eles têm também mísseis antes navio,
08:41mísseis balísticos,
08:43eles têm uma artilharia de campanha de longo alcance, né?
08:46Eles podem efetivamente fechar o estreito de Hormuz,
08:49aí a gente não sabe para onde vai o preço do petróleo,
08:52e isso vai prejudicar bastante,
08:54principalmente a economia da Europa e do Japão.
08:58Então, seria a melhor forma do Irã retaliar.
09:01Fora o ataque às bases americanas,
09:03eles podem atacar também, conforme a gente já falou aqui com o David.
09:07A gente não sabe o que vai acontecer.
09:09Porque o que eu te falei, pelo que a gente observa até agora,
09:11só para te devolver o microfone,
09:14a estratégia iraniana é uma estratégia reativa.
09:16Então, a gente não dá para esperar, assim,
09:21uma coisa muito avassaladora do Irã, não.
09:24Estratégia reativa, ela é bastante limitada.
09:29Comandante Farinazo, uma última questão com você,
09:33que já que a gente está falando da possibilidade de fechamento,
09:36aí é quase que iminente, né?
09:38Esse fechamento do estreito de Hormuz,
09:39é basicamente algo esperado que seja feito pelo Irã.
09:44Só que, neste momento, pós-ataque e na expectativa de reações iranianas,
09:50há também uma corrida por apoio de líderes globais de outros países.
09:54O apoio diplomático também é muito importante agora
09:57para sustentar a ação ou a reação de cada um desses países envolvidos.
10:02E o fechamento do estreito de Hormuz vai gerar consequências econômicas
10:06para muitos países que seriam parceiros,
10:09ou parceiros em potencial, de alguma maneira,
10:12da defesa do Irã.
10:13Estou falando de países asiáticos, da China, do Japão,
10:16de outros países mais,
10:17que têm ali muito interesse na abertura,
10:21ou na manutenção da abertura do estreito de Hormuz.
10:24Como que o Irã pode equacionar essas questões?
10:29Fechar o estreito de Hormuz como uma retaliação,
10:32mas, por outro lado, fechando o estreito de Hormuz,
10:34pode perder apoio dos que seriam, em potencial, aliados.
10:39Explica para a gente essa equação aí
10:42que está agora na mão dos iranianos.
10:43Bom, o grande consumidor, vamos dizer assim,
10:50de petróleo iraniano que poderia lhe dar um apoio diplomático
10:54é a China, porque a Europa não vai apoiar o Irã de forma alguma.
10:58Não vão apoiar o Irã.
10:59Então, assim, o apoio poderia vir da China.
11:03Eu acho que a China só vai ter uma postura mais,
11:07vamos dizer assim, mais assertiva nesse conflito
11:09se ela ver que os interesses dela estão em jogo.
11:12E eu acho que estão.
11:13Nesse ponto, eu acho que não, mas...
11:15Não sei como é que eles vão reagir.
11:16Uma coisa que eu preciso colocar aqui para os ouvintes da PAN, tá?
11:20Eu acompanho muitas declarações do Ministério das Relações Exteriores da China
11:23e de algumas autoridades chinesas.
11:25E a gente nota que há uma certa elevação do tom nas declarações.
11:31Não são as declarações normais, né?
11:34Aquelas do dia a dia da China.
11:35São declarações um tom acima do normal.
11:39O que pode ser que leve a China a fazer um apoio, assim,
11:43mais próximo do Irã, que a gente não sabe o que pode ser.
11:48O chinês, ele é uma incógnita, o Kobayashi.
11:51Ele é uma...
11:51Em todas as questões da China,
11:54que ela precisou trabalhar mais,
11:57de uma forma mais pesada, mais contundente,
12:00a gente só ficou sabendo do último momento.
12:02Então, é uma incógnita.
12:03Eu acho que é a grande incógnita desse jogo.
12:05Da Rússia, eu não espero nada.
12:07Eu não acho que a Rússia vá fazer uma interferência nesse conflito.
12:11Ela tem seus próprios problemas.
12:12Ela tem uma relação boa com o Israel.
12:15A Rússia sempre foi muito centrada nas próprias questões dela.
12:19Eu vou te dar dois exemplos.
12:21Em 1949, na Guerra Civil da Grécia,
12:24o Stalin deixou os comunistas gregos queimarem.
12:29Na Guerra Civil Espanhola, eles poderiam ter feito mais pelos republicanos.
12:32Também não fizeram.
12:33Então, eu duvido.
12:34O pessoal mais apaixonado,
12:36eu acho que a Rússia vai se meter nessa questão.
12:37Acho pouco provável.
12:39Eu acho que se alguém pode, efetivamente, desequilibrar o jogo,
12:42é a China.
12:42Mas a gente não sabe...
12:44Está tudo muito nebuloso ainda.
12:46Vamos aguardar os próximos dias.
12:49Seguiremos acompanhando e contaremos, certamente,
12:51com as análises do comandante Robson Farinazo,
12:54a quem eu quero agradecer demais, mais uma vez, a sua participação.
12:58Comandante, sempre um prazer te receber aqui na programação da Jovem Pan.
13:00Obrigado, Calvo.
13:03Um bom domingo para você, para toda a equipe e ouvintes da Pan.
13:06Até mais, pessoal.
13:06Para todos nós, até mais.
13:08Esse foi o Robson Farinazo.
13:09Mas eu quero continuar esse assunto,
13:11porque é um assunto que interessa aí agora a todo mundo, né?
13:13Essa possibilidade de retaliação iraniana ou não,
13:16em especial em relação ao Street Journal Music,
13:18pode gerar consequências econômicas para todo mundo.
13:21o professor Alexandre Pires.
13:23Quero também a sua análise a respeito disso,
13:25como o Irã poderia equalizar esses prós e contras do fechamento
13:30ou não do Street Journal Music,
13:32impactando na economia global,
13:34impactando, inclusive, no interesse de muitos
13:36dos que poderiam, de alguma maneira,
13:38endossar retaliações iranianas.
13:40O Golfo Pérsico ali do seu lado ocidental
13:45são todos os aliados americanos
13:47e os principais exportadores de petróleo do mundo, né?
13:50Kuwait, Qatar, Oman, os Emirados e a própria Arábia Saudita.
13:56Então, se o Irã adotar essa estratégia,
14:00ele vai criar mais um objetivo militar
14:02para os seus inimigos ali,
14:05que seriam Israel e agora Estados Unidos.
14:08Esse objetivo seria a capacidade naval do Irã.
14:12Então, é algo que eles devem estar calculando.
14:14Ou seja, a partir do momento que eles tentassem fechar,
14:17toda essa frota naval que está estacionada ali
14:21na costa iraniana com o Golfo Pérsico
14:25e também ali, margeando ali o Golfo de Oman,
14:28que é o outro lado do Estreito de Hormuz,
14:31seriam alvos militares em potencial.
14:34Lembrando que talvez não seja do interesse do Irã,
14:38ver a sua frota naval afundar.
14:41Ou seja, porque a capacidade de defesa aérea
14:44dessa frota nós já sabemos que é baixa
14:46em razão de lugares muito mais críticos,
14:49como o programa nuclear,
14:51terem sido atacados até com uma certa facilidade.
14:54Então, o Irã deve estar pensando muito
14:57se vai tomar essa estratégia e vai criar uma campanha
15:00que nós chamaríamos de marítima.
15:02Ou, por enquanto, a campanha guerra é aérea.
15:04Ou seja, não tem uma dimensão naval.
15:07E aí, cada vez que o Irã envolve mais uma das suas forças,
15:12ele faz com que essas forças possam ser colocadas ali na linha de tiro.
15:17Eu quero falar mais uma vez com o Avi Gelber,
15:21que fala conosco diretamente de Israel.
15:23Avi, eu gostaria de saber como é que está o clima aí
15:25em relação aos cidadãos israelenses,
15:28em relação a este ato de ataque dos Estados Unidos
15:33às instalações nucleares iranianas.
15:37Porque, se por um lado, há um alívio de desmantê-lo
15:42de um risco muito grande, que seria o armamento nuclear iraniano,
15:45aí tão próximo do Estado de Israel,
15:49e em especial no Irã, que é financiador de grupos terroristas
15:52que não seguem regra alguma quando atacam Israel,
15:57por outro lado, há também este clima de tensão
16:00da possibilidade de ataques intensos contra Israel
16:04a partir do que a gente tem visto aí na repercussão,
16:07nas promessas, nas manifestações feitas pelos representantes do Irã.
16:12A população se sente mais confortável e apoia este ato
16:17contra as bases nucleares iranianas,
16:19ou a população desaprova e teme o que pode acontecer a partir disso?
16:25A população aprova, eu acho que, se não 100%, quase 100%.
16:31O risco eminente que Irã proporcionava para Israel,
16:38para o Estado de Israel, para as pessoas aqui,
16:41era claro não só no programa nuclear,
16:45bem como no programa balístico.
16:48A corrida de ter mais mísseis, de ter mais bombas,
16:53e que a gente vê que a tecnologia é uma tecnologia avançada,
16:57que apresenta riscos,
17:01era sentida por todo quanto é lado,
17:03e ainda mais agora, nesses últimos oito dias,
17:07a gente sente que com todo o sistema de defesa,
17:11que na verdade ele começa no sistema de alerta
17:15do Exército de Israel,
17:16que assim que o míssel se posiciona para ir para Israel,
17:21já tem alerta no celular de todo mundo aqui,
17:24e que avisa que daqui a 10 a 12 minutos,
17:27tem que achar, tem que já estar perto de um abrigo,
17:30que vai ter que entrar.
17:32Então é um sistema de alerta que primeiro já ajuda.
17:36Segundo sistema, nós temos sistemas de defesa,
17:41que até parte dela fora da atmosfera,
17:44que pega os mísseis de longo alcance,
17:48que às vezes saem e navegam em outras camadas,
17:54também tem esse sistema de defesa,
17:56que conta também com a ajuda de aliados,
17:59como Estados Unidos, a Trã-Britânia,
18:02e finalmente tem ainda o Iron Dawn aqui,
18:08e com tudo isso ainda temos um 10, 12% de mísseis,
18:14que passam por tudo isso e caem aqui.
18:16A gente vê os estragos que cada míssel que cai aqui faz,
18:22e hoje nós acompanhamos alguns lugares de queda,
18:28um em Batiam, que caiu uns dias atrás e morreu nove pessoas,
18:34um estrago assim, absurdo, com mais de 200 feridos.
18:39Então faz estrago e estão vendo que se não resolvia esse problema agora,
18:48a gente ia criar um problema que no futuro ia realmente proporcionar
18:54um risco de existência para o Estado de Israel.
18:57Então a população concorda basicamente 100%,
19:03e ficou muito aliviada com a entrada dos Estados Unidos,
19:07porque essas bombas que o B2 carrega
19:11foram bombas de profundidade,
19:15que podiam atacar o centro do programa nuclear,
19:20e apesar de saber que vai ter ainda retaliações.
19:26O Irã ainda tem muitos mísseis,
19:30se julga que ainda tem mais de mil mísseis balísticos,
19:34eles podem direcionar uma parte talvez para os Estados Unidos,
19:38eu duvido que eles vão chamar os Estados Unidos por jogo,
19:44como eu acho também problemático fechar o estreito,
19:48porque é também um gol contra, principalmente com a China.
19:54O único, como já se mencionou aqui,
19:57o único aliado que o Irã ainda tem é a China,
20:03e se vai cortar esse fornecimento de petróleo do Irã,
20:10daquela região, para a China,
20:12isso vai criar um problema maior,
20:15porque a China, no final das contas,
20:17é o maior comerciante e o maior interesse da China
20:21é manter o comércio aberto,
20:23é manter a alimentação aberta,
20:25manter todo o suprimento necessário para a China viver,
20:30não é pouco.
20:32E se isso vai acontecer,
20:35vai criar até um problema ao contrário,
20:37eu acho que o presidente do Irã,
20:41esses dias agora estava na China,
20:44vai para a Rússia,
20:46creio que o Irã ficou bastante isolado nesse negócio,
20:51então não acho que nesse isolamento
20:53eles vão tentar continuar chamando por jogo os Estados Unidos,
20:58eles vão retalhar mais Israel,
21:00como fizeram hoje de manhã,
21:02vão continuar a tentar,
21:05eu chamo de amolar,
21:07de mandar às vezes poucos mísseis,
21:09mas tirar o dia a dia dos israelenses,
21:12que tem que ir duas, três vezes por noite no abrigo,
21:16não tem escola para as crianças,
21:18os locais de trabalho estão fechados,
21:22então o país aqui também não vai poder continuar por muito tempo
21:28mantendo essa maneira de não funcionamento.
21:35Então é isso que o Irã vai tentar talvez retalhar
21:38para tentar barganhar uma posição
21:40que hoje para eles é muito ruim em termos de negociações,
21:46eles estão saindo de um ponto hoje muito enfraquecidos,
21:49quem viu há duas semanas atrás Irã,
21:54e que se imaginava uma potência muito forte,
21:58que tinha um armamento, um arsenal e sistemas de defesa,
22:04que foi desmontado em menos de uma hora
22:06pela Força Aérea de Israel.
22:09Então isso também é um trabalho que foi preparado,
22:14foi preparado limpando os céus,
22:17na verdade da Síria em primeiro lugar,
22:19depois do Iraque,
22:21e abrindo esse corredor oeste de Israel para Irã.
22:27Hoje a Força Aérea de Israel,
22:29ela já navega nos céus todos do Irã,
22:33do oeste ao leste,
22:36e estão ajudando também em limpar
22:40mísseis em várias outras partes do Irã.
22:45Irã é um país muito grande,
22:47não podemos esquecer disso,
22:48o Irã ainda tem capacidades importantes,
22:52então se Irã quiser continuar essa briga,
22:57essa guerra,
22:58ela vai continuar por mais dias ou semanas,
23:01com certeza.
23:02ainda está em tempo dela agora chegar e falar,
23:06ok, programa nuclear,
23:09eu aceito a não fazer,
23:11e tentar retomar,
23:13porque não esquecemos também
23:15dos problemas econômicos que o Irã está tendo,
23:20e com todas as sanções que agora Estados Unidos está mais implantando
23:27e mais forçando o governo do Irã,
23:31a revolta lá de dentro é muito grande,
23:34até um ponto que apesar das forças armadas,
23:38das forças da revolução iraniana
23:41para estarem agindo com muita força
23:44contra qualquer manifestação,
23:46eu acho que a revolta está maior
23:48cada dia que passa,
23:50porque a população sofre,
23:52muita gente saiu do Teherã,
23:54saiu das grandes cidades,
23:56muita gente está começando a ter problema
23:59de alimentação,
24:01de saneamento básico,
24:02de outras coisas,
24:04imagina-se que se continuar
24:05com esses atos de guerra,
24:08Israel pode também bombardear a infraestrutura,
24:12a parte de abastecimento elétrico,
24:16e aí que vai criar um caos dentro do Irã,
24:18hoje o céu do Irã está totalmente aberto,
24:22por isso que Estados Unidos também se permitiu
24:24a vinda nessa tranquilidade,
24:27porque o triunfo estava garantido,
24:29então eu acho que a gente tem que ter
24:32muita cautela nos próximos dias,
24:34analisar o que vai acontecer.
24:37Estaremos analisando aqui,
24:39Avi Gelber falando diretamente de Israel.