O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem dado sinais cada vez mais claros de que pode envolver o país diretamente no conflito entre Israel e Irã. A possibilidade de intervenção militar americana gera apreensão nos mercados globais, com investidores atentos aos desdobramentos da crise no Oriente Médio. Deysi Cioccari comentou. Reportagem: Rodrigo Viga Comentarista: Deysi Cioccari
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00:00Enquanto isso, investidores acompanham a reunião de política monetária do Federal Reserve e também monitoram os riscos de um eventual envolvimento direto dos Estados Unidos no conflito no Oriente Médio.
00:14Rodrigo Viga volta a conversar conosco ao vivo e traz essas repercussões pra gente, né Viga?
00:19É isso, Soraya. Hoje é a chamada super quarta, né? Tem reunião do FED terminando nos Estados Unidos, tem também reunião do COPOM, Comitê de Política Monetária, terminando por aqui, é claro.
00:33Esse é um tempero, esse é um ingrediente novo para ser analisado pelos representantes dos respectivos bancos centrais aqui do Brasil e o FED, que é o BC, vamos chamar assim, norte-americano.
00:45Por lá, o que se fala é que a tendência seja da manutenção da taxa de juros anual, lá é através de range, é uma banda, não é uma taxa fixa como usamos aqui no Brasil, entre 4,25 e 4,50.
00:59É claro que o fator guerra, afinal de contas, os Estados Unidos sempre estão diretamente ou indiretamente ligados aos conflitos, dessa vez muito diretamente, porque tem o Israel como uma espécie de base, mas há outros ingredientes, outras variáveis, elementos que precisam ser considerados para a fixação de uma taxa de juros.
01:18No caso, o norte-americano tem a ver também com a questão envolvendo o varejo dos Estados Unidos e a produção industrial por lá.
01:24A inflação parece um pouco mais comportada no território norte-americano, diferentemente daqui, onde a trajetória inflacionária em 12 meses é até de declínio, viu?
01:35Minha cara, Soraya, Nonato, 20 espectadores e internautas da Jameipa, mas a nossa inflação ainda está bem distante do limite da meta.
01:42O limite da meta para esse ano é de 4,5%. E o último IPCA, em 12 meses, estava em 5,3% aproximadamente.
01:50Ou seja, ainda tem que remar muito o Banco Central para essa convergência da taxa de inflação para o centro da meta.
01:58Por isso, pelo elemento guerra e outros fatores, como a própria resistência, resiliência aqui da economia brasileira nesse primeiro trimestre, talvez no primeiro quadrimestre,
02:08Há quem ache que dessa vez o Copom vai deixar de lado qualquer possibilidade de manutenção da Selic em 14,75% e puxar a Selic para 15%, ou seja, uma elevação de 0,25 ponto percentual.
02:23O mercado está apostando que no fechamento desse ano de 25, Soraya, Nonato, 20 espectadores e internautas da Jovem Pan, a taxa Selic vai estar anualizada em 14,75%.
02:37É sempre importante falar sobre o petróleo, porque tem uma vida bastante dinâmica.
02:42Nesse momento, na fotografia de agora, ele está subindo ligeiramente 0,25%, cotado a 76,70 dólares de contratos futuros do barril do petróleo do tipo Brent,
02:55que é usado para a equação de preços da Petrobras.
02:58Petrobras é a formadora dos preços dos derivados de petróleo em suas refinarias.
03:03O que a gente pode ver que está acontecendo agora, minha cara Soraya e Nonato?
03:08Segundo os importadores de derivados de petróleo, hoje já há um gap, já há uma distância significativa, especialmente para o preço do diesel, praticado aqui dentro, em relação aos preços internacionais.
03:19O preço do diesel e da gasolina estaria mais barato aqui do que lá fora.
03:24O diesel, 17% mais barato, ou seja, 0,55% segundo a Abicom, enquanto que a gasolina, a diferença é um pouco menor, esse gap é de 6%.
03:33Aqui a gasolina estaria sendo vendida a 0,16% mais barato do que as referências e parâmetros internacionais.
03:41Logo mais à tarde vai ter um evento da Petrobras aqui no Rio de Janeiro para celebrar um ano da gestão da presidente Magda Chambriá.
03:49Essa é uma gestão, uma administração marcada por mais reduções do que altas nos preços dos derivados.
03:56E a Petrobras está monitorando, está olhando o comportamento do petróleo em relação a esse conflito entre Irã e Israel.
04:04Os preços já subiram, sexta-feira 7%, uma pequena queda na segunda, malta de mais de 4% ontem e agora estão subindo ligeiramente.
04:12As minhas fontes dentro da Petrobras, viu, Soray e Nonato, dizem o seguinte, antes da guerra a Petrobras já estava trabalhando com uma perspectiva
04:20de um petróleo um pouquinho mais alto do que aquele patamar de 60, 65 dólares que era muito baixo.
04:25estava trabalhando com a perspectiva de 70, 75 dólares, ou seja, se esse patamar de hoje, 76 dólares, perdurar for uma nova base, um novo parâmetro,
04:36talvez tenhamos aí uma mexida no preço dos derivados de petróleo no mercado interno no curto prazo, Soray e Nonato.
04:44É, Viga, e por enquanto, a essa hora da super quarta, a gente só pode supor o que vai acontecer.
04:51Fica essa grande expectativa, obrigada pelas suas informações, deixa eu chamar aqui a Deise Chioquari
04:56pra que ela traga, então, as suas supervisões, vamos ver aí, suposições, melhor dizendo.
05:02Então, prevê que aí o FED continue parado, mantém os juros inalterados e, em relação ao COPOM,
05:09aqui é o Brasil ainda uma incógnita, né, Deise?
05:13É, Soraya, o mercado financeiro, ele está agindo como se fosse um sismógrafo global, né,
05:20de um lado fica de olho ali na possível entrada dos Estados Unidos nesse conflito
05:25e, do outro lado, nessa escalada entre Irã e Israel, né.
05:28Se, de olho nos Estados Unidos, a manutenção da taxa básica dos juros,
05:33ela pode indicar uma pressão sobre a moeda dos países emergentes
05:37e isso atrasa o crescimento global, né.
05:39Do outro lado, o mercado financeiro olha pra essa escalada entre Irã e Israel
05:45por causa do preço do petróleo, esse preço do petróleo vai acabar pressionando também
05:50o valor do diesel, da gasolina, então, acaba tendo uma consequência no mundo inteiro, né.
05:55Fato é que hoje a gente pode falar que, numa das poucas vezes, o mercado financeiro
06:00está mais de olho na geopolítica mundial do que no lucro trimestral.