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Filme “Virgínia e Adelaide” nos cinemas
Canal Arte1
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02/06/2025
O psicanalista Christian Dunker analisa o longa dirigido por Yasmin Thayná e Jorge Furtado, que retrata um momento crucial da psicanálise no Brasil, com o encontro de duas pioneiras na área.
Categoria
🦄
Criatividade
Transcrição
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00:00
Música
00:00
Virginia?
00:18
Doutora Adelaide, desde criança eu sempre senti preconceito de corpo
00:23
e eu não posso entender o racismo na sociedade
00:26
se eu não compreender o que ele causou em mim.
00:28
Eu quero fazer análise.
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O filme é muito interessante porque ele foca, de fato,
00:32
um momento crucial da psicanálise no Brasil.
00:36
A primeira psicanalista é a Adelaide Koch.
00:39
Ela vem nesse contexto já de fuga do nazismo,
00:45
de totalitarismo europeu.
00:47
Chega ao Brasil marcada por isso, como o filme mostra muito bem,
00:52
e encontra uma figura que é, de fato, incontornável
00:56
quando a gente fala em história da psicanálise.
00:59
Para muitos, a primeira psicanalista brasileira, negra.
01:04
Esse encontro deixou marcas profundas.
01:08
Ele é muito compatível com a história de cruzamentos da psicanálise,
01:12
com as vanguardas, com o pensamento estético
01:14
e com o pensamento sobre o Brasil.
01:17
Você vai me fazer alguma pergunta ou eu escolho livremente um tema?
01:22
O que você prefere?
01:23
E eu prefiro que você me faça uma pergunta.
01:30
Sobre o que você quer falar.
01:33
Filmar psicoterapia, filmar psicanálise,
01:35
é um negócio que já derrotou Otto Preminger,
01:39
Pabst, gente de Hitchcock,
01:42
gente de mais alto calibre cinematográfico,
01:46
porque é difícil.
01:47
Você passar a temporalidade da sessão analítica,
01:53
você passar no cinema,
01:54
quer dizer, um silêncio,
01:57
que nem o Bergman conseguia encaixar e tal.
02:00
Eu acho que, nesse caso,
02:03
a solução escolhida pelo filme,
02:06
que é de pôr as duas e dividir a tela,
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ela acho que acabou trazendo uma perda
02:15
para como a gente experimenta uma sessão de análise.
02:18
Você está vendo ali a Adelaide,
02:20
você está vendo ali a Virgínia,
02:22
você está vendo a reação de uma e de outra,
02:25
mas isso dificulta ir para a cabeça do paciente
02:28
ou ir para o lugar do analista
02:31
e acompanhar essa movimentação como se fosse com a gente.
02:35
E eu achei que isso não foi o melhor momento do filme.
02:40
Eu preciso que você me ajude.
02:41
Diga alguma coisa.
02:42
Para você resolver seus problemas,
02:45
primeiro você precisa descobrir quais são os seus problemas.
02:50
O choque linguístico,
02:51
ele era tematizado pela psicanálise
02:54
porque o Freud atendeu muitos pacientes estrangeiros.
02:56
E então tem toda uma discussão
02:58
de que esse fato de você falar mal a língua
03:02
ou não falar a mesma língua com a mesma perfeição do teu analista.
03:06
E ele vai ser explorado pelo inconsciente
03:09
para produzir resistência.
03:11
Mas a graça da coisa é que você tem uma dupla tensão.
03:15
A tensão é da Adelaide em relação à Virgínia,
03:19
mas também da Virgínia em relação à Adelaide.
03:21
Quando ela vai pontuando,
03:23
tem coisas na analista que talvez
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não estão muito lá bem resolvidas.
03:30
Combina com a personagem,
03:31
todos aqueles que conheceram a Virgínia
03:33
diziam que ela era uma pessoa muito forte,
03:37
muito assertiva,
03:38
e que a gente imagina,
03:40
na análise não vai ser exatamente uma cadeirinha,
03:43
que vai ficar obedecendo, aceitando,
03:47
tentando ser a paciente ideal.
03:49
Então o filme vai caminhando
03:50
até uma espécie de grande confronto entre as duas,
03:53
que é bem solucionado,
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porque no fundo ambas aprendem.
03:57
ambas se transformam muito profundamente
04:01
a partir desse encontro,
04:02
e é o que a gente espera de toda boa psicanálise.
04:05
Podemos sair as duas pregando a psicanálise?
04:08
Boa tarde!
04:09
Tem um minutinho para a palavra de Freud.
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