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Sophie Charlotte e Gabriela Correa personificam feminismo, na telona
Correio Braziliense
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07/05/2025
Longa-metragem Virgínia e Adelaide, apoiado em dados reais, enfatiza pioneirismo de psicanalistas
Categoria
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Notícias
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00:00
Bom, leitores do Correio Brasileiro, a gente está aqui para falar do filme
00:03
Virginia Adelaide com a Gabriela Correia e com a Sofia Chagotti,
00:10
no caso, ambas dirigidas pela Tainá e pelo Jorge Portado.
00:17
No caso, começo perguntando para vocês quais são os dados históricos
00:22
das personagens que mais impressionaram vocês.
00:30
Ah, eu posso começar.
00:37
Dados históricos.
00:39
O que mais me impressionou foi saber desse aspecto de vanguarda das duas
00:45
e, no meu caso, pesquisando a Virginia,
00:48
eu acabei descobrindo que ela foi a primeira em muitas coisas,
00:52
se não a primeira, uma das primeiras mulheres negras a se lançar
00:56
em muitos campos de atuação.
01:00
Ela foi uma das primeiras mulheres negras a se formar em sociologia aqui em São Paulo,
01:06
foi uma das primeiras mulheres negras a integrar a academia no ensino superior
01:11
e, fatalmente, a primeira psicanalista não médica do Brasil.
01:20
Então, esse aspecto de...
01:23
As primeiras experiências da Virginia são muito fascinantes.
01:30
E, com relação à Adelaide, o que você falou antes?
01:33
Então, para mim, eu acho que o dado histórico que é relevante
01:39
é o encontro das duas.
01:42
Como essas duas realidades se encontram e se iluminam.
01:49
A Adelaide, que foge da Alemanha nazificada,
01:53
uma alemã, judia, de Berlim, uma estudiosa também,
02:00
mãe de duas meninas,
02:03
se muda e muda totalmente o seu parâmetro cultural absolutamente,
02:07
que está tão ligado a esse ofício da psicanálise.
02:11
Sempre a psicanálise existe muito em relação ao contexto cultural
02:16
onde você está aplicando ela.
02:18
E aí, esse encontro com a Virgínia, essa socióloga,
02:21
com certeza, a gente sabe como iluminou a vida dela.
02:25
E essas duas mulheres se ampararam, se apoiaram e se iluminaram.
02:29
Então, imaginar que hoje, 2025, a gente fez o filme tem um tempinho,
02:34
agora que as pessoas vão conhecer essas duas cientistas,
02:38
essas duas mulheres tão poderosas,
02:42
que deveriam ter a sua história já reconhecida,
02:47
muito mais reconhecida, para mim,
02:49
foi um grande ponto de partida.
02:52
O espanto perante a novidade de uma história
02:56
que eu acho que merece ser conhecida.
03:00
O filme, de uma certa maneira, fala muito claro
03:03
que a questão de...
03:06
Uma coisa que, o paralelo com o Brasil atual,
03:09
é uma coisa muito imperativa nesse filme,
03:12
de uma certa maneira.
03:13
Como é que vocês veem esses paralelos possíveis hoje em dia?
03:16
Quer dizer, a gente fala sobre racismo,
03:18
a gente fala sobre política,
03:20
a gente fala sobre até religião, de uma certa maneira.
03:23
E aí eu pergunto a questão da pesquisa,
03:26
para ti especificamente, Sofí, por exemplo,
03:28
que, dentro do mundo alemão,
03:33
o que você percebeu de qualidades e de defeitos mesmo
03:37
das pessoas, eu digo do povo como um todo,
03:43
diante dessa personagem,
03:46
como é que você vê a fusão de culturas,
03:48
vamos dizer, do Brasil, com a Alemanha,
03:51
seja com a África,
03:54
trazendo as pessoas escravizadas,
03:56
ou, enfim, esse caldo cultural
03:59
que está presente no filme também,
04:02
e trazendo para a atualidade.
04:03
Acho que a sua pergunta abre para muitos caminhos de resposta,
04:09
muitas possibilidades isso daí.
04:12
Vou tentar encontrar uma possível para o nosso filme.
04:19
Claro que eu conto também com a minha bagagem pessoal,
04:24
eu sou nascida e criada até os oito anos em Hamburgo,
04:28
e mesmo depois que a gente se mudou dentro da minha casa,
04:31
a língua alemã era falada,
04:34
então, assim, culturalmente eu cresci com esse encontro,
04:39
com as diferenças,
04:41
e o que um encontro cultural dessa potência
04:46
pode te trazer,
04:50
pode te iluminar,
04:52
pode te ampliar como ser humano.
04:56
Mas eu acho que esse filme,
04:59
mais do que falar só disso,
05:02
ou desse aspecto,
05:04
de onde elas são diferentes,
05:07
fala justamente de como a gente precisa formar alianças,
05:12
como é importante a gente construir pontes,
05:15
como a gente precisa do outro,
05:17
para ter uma visão,
05:21
um entendimento humano melhor, maior.
05:26
Então, é um filme que ele é antirracista,
05:30
que ele fala sobre as diferenças de gênero,
05:35
de oportunidades,
05:36
ele fala sobre preconceito em muitos níveis,
05:40
mas fala da beleza desse encontro,
05:43
e de quão forte essas mulheres precisaram ser,
05:47
e como precisamos ainda ser muito fortes quanto mulheres,
05:51
dentro das nossas realidades,
05:54
pelo simples fato de viver,
05:56
e aí ainda prosperar,
05:58
você viver do ofício que você escolhe,
06:00
você ter a possibilidade do estudo,
06:02
possibilidade da realização profissional,
06:04
é um filme que fala muito desse esforço.
06:09
Eu acho que é surreal a gente pensar
06:12
que as mesmas questões que a Adelaide e a Virginia
06:15
tratavam, tratam nesse filme,
06:17
que se passa nos anos 30, 40, 50,
06:20
ainda enfrentamos hoje.
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E assim, avançamos, mas avançamos pouco,
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precisamos avançar muito mais,
06:29
precisamos, então esse filme
06:31
é uma denúncia também nesse sentido.
06:35
Então, é um filme com muitas camadas,
06:38
o processo foi muito profundo,
06:40
eu tive esse prazer,
06:42
esse privilégio de estar ao lado da Gabriela,
06:45
da sua lucidez,
06:46
da atriz brilhante que ela é,
06:49
da Yasmin Tainá,
06:50
nossa diretora fabulosa também,
06:53
e o encontro dela com o Jorge,
06:54
então, assim, o meu encontro com a Gabriela,
06:56
o encontro do Jorge com a Yasmin,
06:59
a forma que esse filme foi concebido,
07:05
eu acho que fala muito da nossa utopia de vida,
07:08
do que a gente acredita,
07:10
se a gente consegue realizar um filme dessa forma,
07:14
respeitosa, humana, interessante,
07:16
rica, culturalmente, humanamente,
07:20
é possível que a sociedade também
07:23
se inspire através disso, eu acho.
07:27
Gabriela, te pergunto,
07:29
Gabriela,
07:30
queria te fazer uma pergunta em específico,
07:33
dentro do filme,
07:34
a gente fala muito sobre questões identitárias,
07:38
é óbvio,
07:38
é o que conduz tudo de uma certa maneira,
07:40
te pergunto,
07:42
tu é uma pessoa que,
07:44
tu acho que tu aplicou muito conhecimento,
07:46
diante de pesquisas,
07:50
não sei se tu,
07:51
obviamente,
07:52
tu realiza as pesquisas de encontro
07:54
com questões ligadas à África,
07:58
a costumes e a valores,
08:00
o que tu acha que falta
08:01
o Brasil reconhecer,
08:04
onde é que o aprendizado do Brasil
08:06
poderia estar muito mais afirmado
08:09
com relação a conceitos
08:11
e traços culturais africanos?
08:14
Eu acho que
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o Brasil tem uma dívida histórica,
08:18
o Estado brasileiro tem uma dívida histórica
08:20
com as pessoas que foram escravizadas,
08:25
foram traficadas para cá
08:26
e escravizadas aqui
08:27
e tiveram sua força de trabalho
08:31
sequestradas pelo Estado brasileiro,
08:34
então a nossa dívida histórica é imensa,
08:36
a dívida histórica que tem muita dificuldade
08:39
em reparar socialmente
08:42
e a gente vê isso em vários âmbitos
08:45
da nossa sociedade,
08:47
eu acho que a gente pode começar essa conversa
08:51
com, enfim,
08:53
o diálogo com ações afirmativas,
08:55
o diálogo com ações reparativas
08:57
e aumentar cada vez mais
09:00
o acesso ao letramento racial,
09:05
eu acho que aqui no Brasil
09:06
cada vez mais a gente precisa falar sobre isso
09:09
e precisa se entender
09:10
enquanto um povo
09:11
que teve uma formação complexa,
09:14
que teve uma formação violenta,
09:17
e, enfim,
09:19
eu queria só falar sobre
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esse encontro que pauta muito
09:24
às nossas conversas,
09:25
não é, Sophie?
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Eu acho muito importante
09:28
a gente perceber
09:29
o movimento dessas mulheres
09:31
e observar o quanto
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quando as mulheres se movimentam,
09:34
a gente também movimenta o mundo,
09:36
por isso que eu acho
09:37
que o filme fala tanto
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sobre esses pontos
09:40
que são muito atuais,
09:41
são coisas que aconteceram
09:43
na primeira metade do século XX,
09:46
mas que hoje a gente tem
09:47
um espelhamento
09:48
por conta desse aspecto cíclico
09:51
das mulheres estarem sempre à frente
09:53
dos movimentos progressistas
09:55
e as mulheres são as primeiras
09:57
a sentir o progresso
09:59
e o retrocesso da sociedade.
10:02
Então eu acho que
10:03
fazer um filme sobre o encontro
10:05
dessas duas mulheres
10:06
pauta exatamente tudo isso,
10:08
porque é nada menos que fantástico
10:12
quando essas duas mulheres
10:13
se encontram, né?
10:15
Bom, eu queria agradecer bastante
10:17
a participação de vocês
10:18
e desejar muito sucesso
10:20
com o filme
10:20
daí para frente também.
10:22
Muito obrigada.
10:24
Valeu.
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