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As histórias do Pateo do Collegio
Canal Arte1
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27/05/2025
Construídos pelos jesuítas em 1554, o colégio e a igreja com paredes de taipa de pilão, conjunto chamado de Pateo do Collegio, entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, são considerados marco zero da cidade de São Paulo.
Categoria
🦄
Criatividade
Transcrição
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O Pátio do Colégio foi um sítio histórico importante,
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porque aqui aconteceu a primeira missa, que é onde o pessoal fala que foi fundada a cidade.
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A gente não diz que foi fundada propriamente dita a cidade,
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porque os jesuítas não eram fundadores de cidades.
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Os jesuítas construíam igrejas, colégios, com a missão da catequização.
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Então, aqui foi isso exatamente que aconteceu aqui nesse local.
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Eles chegaram e construíram um colégio e uma igreja.
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Na verdade, no início não era essa construção toda que a gente vê aqui hoje.
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Na verdade, era algo mais próximo de uma cabana, muito simples.
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Por questões de segurança e também relacionadas ao cumprimento da missão,
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foi escolhido esse lugar, que é muito estratégico,
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porque ele está localizado num plano mais alto, num planalto, entre dois rios.
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A proximidade dos rios é interessante, tanto do ponto de vista de abastecimento, de saneamento,
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como também do ponto de vista de segurança, porque ele é um obstáculo.
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Ele protege a área que está sobre o planalto de eventuais interferências.
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Claro que elas podem acontecer, mas o rio ajuda a evitar.
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Também pela proximidade com os povos indígenas aqui da região,
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esse era um local estratégico para o desenvolvimento da missão dos padres jesuítas.
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O conjunto arquitetônico original que existia aqui, ele foi demolido em 1896.
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A parte da igreja, na verdade, depois que teve o desabamento do telhado,
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o Estado optou por fazer a demolição da igreja
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e permaneceu só, então, o prédio que a gente chama do prédio do colégio,
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que na época, na verdade, funcionava como o Palácio dos Governadores.
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Mas, posteriormente, em 1953, toda a construção foi demolida
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e esse terreno depois foi devolvido para a Companhia de Jesus
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e o complexo inteiro foi reconstruído a partir de 1954.
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1954 foi uma data simbólica, foi um marco importante aqui para a região,
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porque teve essa devolução do território para a Companhia de Jesus
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e estava tendo um contexto do quarto centenário de São Paulo.
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Então, era um período de recuperação da memória paulista
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e todo esse contexto propiciou que esse território pudesse retornar para a Companhia de Jesus
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e voltar a ser um símbolo religioso e também representativo da memória da cidade de São Paulo,
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da fundação da cidade de São Paulo.
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Essas paredes, elas são o remanescente arqueológico do que sobrou da construção
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que a gente disse que é original, da primeira construção que teve aqui no pátio do colégio.
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Essa construção é da parte do colégio mesmo, porque tem uma outra parte que é a igreja
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e aqui a gente estaria mesmo em uma das paredes do antigo colégio.
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Essa parede, ela data da segunda metade do século XVI
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e ela é construída com uma técnica, como diz o próprio nome, que é a taipa de pilão.
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Diferente das estruturas que a gente conhece, mais modernas,
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que são baseadas em pilares e vigas, essa parede é a sustentação do edifício, a parede em si,
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que a gente chama de maciços de taipa.
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Então a gente consegue ver um deles aqui.
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Essa construção era feita a partir dos taipais, que eram caixotes de madeira, daí o nome,
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a partir dos quais a gente apiloava a terra, um composto, na verdade, que tinha terra, tinha argila,
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tinha elementos animais e elementos vegetais para dar a liga e a resistência dessa parede.
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Isso tudo era apiloado dentro desses caixotes, eles secavam e eram montados uns em cima dos outros sucessivamente.
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O prédio reconstruído foi feito com base em imagens e documentos da edificação original,
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que é uma edificação do período colonial.
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Agora a gente está no prédio que é efetivamente da igreja, a Igreja São José de Anchieta.
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Essa igreja passou por uma reforma em 2009, que foi feita pelo arquiteto Claudio Pasto e artista,
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artista sacro Claudio Pasto.
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Essa reforma teve como princípio um documento que partiu de uma reunião eclesiástica,
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que é o Conselho Vaticano II, que ele estabelece alguns critérios para organizar o espaço litúrgico
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e orientar a construção de igrejas e reformas também de igrejas já existentes.
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Uma das questões que diz no Conselho Vaticano II é que a Assembleia deve se dar em torno do altar.
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Aqui a gente tem uma partição bem clara entre o presbitério, que é o local onde fica o altar,
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e a sede que a gente consegue ver ali com aquele arco dourado no fundo, e a Assembleia.
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Porém, essa distribuição das cadeiras foi feita dessa forma, de que algumas estão de lado e outras de frente,
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para dar essa intenção de que a Assembleia está abraçando o altar.
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Os elementos que foram alterados, principalmente, foram o altar.
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No altar foi incorporado esse arco com esse elemento dos azulejos dourados.
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Os azulejos dourados remetem ao período barroco, com o douramento, com toda a opulência que tinha o período barroco.
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O altar, a sédia, o ambão e a pia batismal são feitos em granito rosa brasileiro.
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Nessa reforma também, a gente vê que o ambão está localizado no centro da Assembleia,
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de modo que, no momento da palavra, é preciso ter um deslocamento do local, do presbitério, até o ambão.
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Isso é importante para que a palavra seja dita do meio da comunidade, do meio da Assembleia,
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e que ela possa participar desse momento.
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A gente não costuma chamar esse prédio de edifício monumento, mas eu acho que ele pode ser, sim, considerado,
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porque na época da reconstrução, ele foi feito como um espaço simbólico.
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Então, essa dimensão do simbólico e de ser algo que pudesse representar a história de São Paulo no momento da sua fundação,
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ela se sobrepõe enquanto um critério de projeto, porque as funções dele, práticas do dia a dia,
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elas não são tão importantes quanto os significados simbólicos.
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Isso acaba gerando até alguns problemas aqui para a gente,
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porque ele é um prédio composto só por áreas nobres, por salas nobres.
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Então, as áreas técnicas, a gente acaba tendo que adaptar elas em alguns lugares,
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que talvez não sejam tão nobres assim,
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para a gente conseguir trabalhar aqui dentro e fazer esse centro cultural acontecer.
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Legenda Adriana Zanotto
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