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  • 19/06/2025
Aos 92 anos de idade, Anna Bella Geiger refaz a performance “O Pão Nosso de Cada Dia”, criada em 1978 e apresentada na 39ª Bienal de Veneza, em 1980.

Transcrição
00:00Transcrição e Legendas Pedro Negri
00:30Em 1978, me ocorreu fazer esse trabalho, um pão que eu vou comer o Brasil, a forma do Brasil.
00:50Então, claro que eu estava pensando na questão da fome, mas eu estava pensando junto a isso, ou antes disso, a questão do esvaziamento do Brasil.
01:05O esvaziamento no sentido cultural, no sentido dos pobres, da questão social.
01:15Isso, claro, estava muito presente.
01:20A primeira ideia era que o suporte desse objeto de arte, vamos chamar,
01:43era um suporte de um cartão e do uso da fotografia.
01:51Eu procurei um fotógrafo, na época, o Januário Garcia.
01:58Eu disse, olha, Januário, eu tenho que fazer isso uma vez só.
02:02No sentido de que não são tentativas experimentais, era uma ideia política, sei lá, uma ideia...
02:12Eu esvazio essa fatia.
02:15Então, fui comendo, aos pouquinhos, né, porque o pão também se desmancha.
02:23Eu deixei um pedacinho, que eu sabia que teria uma sequência, que seria a América Latina.
02:31E ele fotografou esses dois.
02:35E aí, depois, é claro que nessa série que eu chamo O Pão Nosso de Cada Dia,
02:42tem uma sequência, são seis fotos.
02:53A gente está fazendo a performance, vou repetir a performance, a memória da performance,
03:01exatamente como ela é, porque ela tem uma simplicidade do que é a lógica,
03:08é formar dentro do miolo aquela forma que a gente reconhece como sendo o Brasil.
03:23O Pão Nosso de Cada Dia,

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