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  • há 6 dias
Hortência Marcari, ex-jogadora de basquete, Carla Cancellara e Filipe Matiazi, VPs de criação da Fbiz, exploram a conexão entre o corpo e a mente e desvendam a importância dos rituais, da consciência corporal e da postura em situações cotidianas e profissionais.
Transcrição
00:00Pra tudo na vida você tem que ter um corpo saudável, você tem que se preocupar com a sua movimentação.
00:08O corpo ele é saudável, ele tem que ser saudável pra sua mente poder pensar, pra sua mente poder criar.
00:14A linguagem corporal, por mais que a gente não perceba, ela tá presente em todos os momentos, em todos os processos,
00:21desde a parte de criar até a parte de executar, né?
00:24Então assim, a gente pensa que é um trabalho, o trabalho criativo é um trabalho só cerebral,
00:31mas a gente às vezes não para pra pensar o quanto que o nosso corpo interage nesse processo, qual que é a importância dele.
00:38É o clichê, né? Do corpo fala, né? Se o corpo fala, então o corpo também cria.
00:54Eu fiz atletismo, eu praticamente, eu era boa, mas eu não gostava, aí eu fui pro handball até eu chegar no basquete.
01:24O basquete foi uma paixão, mas eu tenho certeza que qualquer esporte que eu escolhesse, eu ia me sentir bem,
01:31porque eu domino o meu corpo.
01:34E tanto é que pra eu ser aquela atleta que eu fui, eu precisava muito estar bem fisicamente, muito fisicamente.
01:44Porque se eu estou fisicamente, eu tenho o comando do meu corpo, eu faço com ele o que eu quiser.
01:49O corpo, ele tem muito a ver com a mente, né? De você acreditar que aquilo pode acontecer.
01:55Mas para o meu cérebro acreditar que aquilo pode acontecer, eu tenho que trabalhar meu corpo.
02:01Eu tenho que trabalhar muito meu corpo, porque a minha mente comanda meu corpo.
02:06Mas se o meu corpo não reage, o resultado não dá certo.
02:09Uma concorrência, por exemplo, você está ali numa situação de expor um trabalho de uma equipe enorme,
02:24que gastou uma energia imensa para construir aquele trabalho,
02:28e apresentando para alguém que está com interesse de compra daquele trabalho,
02:31mas que também precisa da segurança de que aquele trabalho foi bem feito.
02:35Então, apresentar esse trabalho de uma forma confiante, de uma forma proprietária é importante.
02:42E o corpo ajuda, né?
02:43Acho que você apresentar pequeno, tentando, ou com uma expressão corporal de insegurança,
02:51acaba afetando o julgamento daquele trabalho, com certeza.
02:59Quando a gente vai contar um trabalho para um cliente, a gente precisa ficar em pé.
03:04Eu, assim, a gente fica em pé e quase que você encena.
03:08Então, a pessoa foi lá e abriu uma prateleira imaginária, né?
03:11Mas a gente precisa colocar o nosso interlocutor dentro da história, né?
03:16Então, a gente precisa se movimentar, a gente precisa interagir com coisas que não existem,
03:19a gente tem que dar gargalhada.
03:21E ajuda também a organizar coisas, né?
03:23Muitas vezes, eu uso muito a mão quando eu estou falando,
03:26e às vezes você coloca as coisas no ar, assim, né?
03:28Então, a primeira etapa está aqui, né?
03:30E aí você, lembra aqui da primeira etapa?
03:32E você vai ajudando a deixar a coisa visual, assim.
03:35Isso é recurso muito importante, assim, na hora de contar ideias, contar histórias.
03:42O meu lance livre, ele é, ele ataca o meu psicológico,
03:47porque eu tenho a obrigação de fazer a cesta porque eu estou livre.
03:52Mas, para isso, eu preciso me concentrar,
03:55e aí entra a parte do meu corpo.
03:58Eu preciso fazer o movimento certo.
04:03Se eu não fizer o movimento certo do arremesso, eu não vou acertar.
04:07Se eu fizer o movimento correto, a bola vai entrar.
04:11Aí que entra.
04:12Como é que eu vou fazer esse movimento correto?
04:16Calma.
04:17Eu passo uma tranquilidade para o meu corpo.
04:20Eu estou no jogo, estou ansiosa, né?
04:23Estou ofegante, eu preciso respirar.
04:29Quando eu dava aquela, trazia a bola até aqui,
04:31que eu dava aquela coisa no meu ombro,
04:33aquilo ali era para relaxar a minha musculatura.
04:36Porque tensa, eu não vou fazer o movimento certo.
04:39Quando eu fecho o meu olho, eu passo para o meu cérebro,
04:42eu enxergo o movimento sem que eu precise fazer ele.
04:44Eu podia pensar, criar aqui na minha cabeça,
04:48porque eu sabia que meu corpo ia obedecer.
04:51Eu preciso estar muito relaxada.
04:52Às vezes, assim, eu estou com o pé em cima da cadeira,
04:55eu preciso ficar mexendo no meu cabelo.
04:57Tem muita gente que convive comigo e fala,
04:59nossa, cara, que você tanto mexe no cabelo?
05:00Eu preciso ter a liberdade de movimentar,
05:03porque eu sinto que isso traz uma fluidez ali na nossa mente,
05:06enquanto a gente está criando.
05:07Pensando em campanhas icônicas,
05:14uma que explorou muito bem isso,
05:17para mim, é a Like a Girl,
05:18porque ela é justamente sobre movimentos.
05:21Ela dependeu dos movimentos para passar a ideia.
05:24Então, assim, lute como uma garota,
05:26corra como uma garota,
05:27e ela foi lá, assim.
05:28Então, isso...
05:29Eu fico imaginando eles contando essa ideia para o cliente,
05:31com certeza, eles tiveram que usar ali todos os músculos.
05:34O próprio Fearless Girl, né?
05:35A pose, né?
05:36É, também.
05:37Aquela pose é de enfrentamento, né?
05:39A cabeça pensa, mas quem sente é o corpo, né?
05:42E publicidade é conexão, é sentimento,
05:45é você trocar, é troca o tempo todo.

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