Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 22/05/2025
Para o artista visual Marcelo Cidade, a obra do espanhol nos lança provocações na direção do diálogo com o outro, além de questionar o próprio objeto da arte.
Transcrição
00:00A exposição aqui do Montadas, o título da obra se chama Lugar Público.
00:27A gente está dentro de uma grande obra, uma grande instalação, onde tem alguns elementos
00:34que compõem todo esse lugar, esse espaço público, como uma praça pública.
00:39Então uma praça não pode faltar um banco, então a gente tem esses bancos com frases,
00:44com a terminação trans, com transmigrar, transgredir, transcorrer, transcortar.
00:51E aqui também a gente vê alguns tótens em um grande painel de LED que remete a esses
00:59LEDs encontrados nas ruas, que geralmente tem propagandas, mas passando imagens de lugares
01:06de fluxo de São Paulo.
01:08Mas na sua parte de trás a gente consegue perceber um espelho onde tem questões.
01:14Então eles nos fazem pensar que lugar público é esse.
01:17É o lugar público privado, de onde estamos, ou o lugar público de fora, de onde deveríamos estar.
01:24Então permear a exposição é perceber o todo dessa questão da obra em si, seu espaço público,
01:33mas também o público que permeia esse espaço.
01:36Então a obra talvez sejamos nós nesse espaço.
01:40Para onde vamos? O que nos preocupa? Você me entende?
01:49Perguntas que criam uma curiosidade da gente intercalar essas questões com um outro, com outras pessoas.
01:56De começar um diálogo, uma obra que propõe diálogo.
01:59Não apenas o artista é uma grande referência para o meu trabalho, mas também para algumas questões
02:13que permeiam o questionamento sobre o objeto de arte e como a diluição desse objeto num espaço
02:24cria, através da sensoriedade, encontros.
02:28Aqui a gente encerra a exposição numa grande provocação do artista, em que ele nos remete a um tapete
02:36com uma imagem de um quebra-cabeças, com diversas poluições visuais da cidade.
02:43E um texto escrito, vida é edição.
02:46Talvez o que me interessa seja o gatilho que ele propõe, para a gente parar para pensar
02:52por que não falar com a pessoa que está do nosso lado? Por que não interagir com a pessoa no ônibus?
03:00Por que não perguntar o que está acontecendo? Por que a gente vai esquecendo dessa humanidade que une as pessoas?
03:08Eu acho que o que mais me interessou na exposição do Montadas foi talvez deitar no seu tapete
03:14e ficar esquecendo dos problemas da vida e pensar nesse tapete coletivo que nos une.
03:22Música
03:24Música
03:28Música
03:32Música
03:34Música
03:40Música
03:44Música