- anteontem
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CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
Transcrição
CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
Transcrição
Categoria
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TVTranscrição
00:00Muito fácil.
00:02Eu...
00:03Eu entrei na rede da Secretaria de Segurança.
00:07Foi moleza.
00:08Disparei a mensagem...
00:09Burro!
00:10Caiu o peito a uma bomba.
00:13Todo mundo tá achando que foram eles que mandaram a mensagem.
00:16Mas em algum momento eles vão descobrir que a rede foi invadida, não é?
00:19Só se eles forem muito burros pra não descobrirem nem isso.
00:23Você acha que eles são burros, padrinho?
00:25Burros eles são.
00:26Eu não sei se tanto.
00:30Eu só escrevi com batom porque eu não tinha caneta.
00:32Confessa, meu amor.
00:34Confessa que você me ama, vai.
00:36Cala sua boca.
00:38Você...
00:38Você é mesmo um traste.
00:41Um idiota, um...
00:42Um boboca, sem ira nem beira.
00:45Eu só escrevi o bilhete porque eu fiquei com pena.
00:48Mas quer saber?
00:49Eu quero a mais é que você fique preso pelo resto da vida.
00:52Miserável.
00:52Pode falar.
00:53Pode falar que no fundo eu sei que você...
00:56Quer dizer,
00:57que a senhora se amarra na minha.
00:59Pelo visto, o senhor não tem muita confiança no negócio, né?
01:04O negócio até que é bom.
01:05O problema reside na administração,
01:08que deixa muito a desejar.
01:11Eu posso lhe garantir,
01:12se o dito e a Glorice me ouvissem,
01:14a coisa estaria bem melhor.
01:16Eu estou lhe dizendo essas coisas em caráter confidencial.
01:22Não precisa se preocupar, Sr. Virgílio.
01:24Descrição é comigo mesmo.
01:27O importante agora, Sr. Joca,
01:29é que o senhor conte
01:30como descobriu o manifesto da tal conspiração.
01:34Escuta, eu queria fazer interrupção aqui.
01:36O seguinte,
01:36o meu cliente se chama João Carlos.
01:39O Joca é uma prerrogativa sempre para os mais íntimos,
01:42que eu acredito que não seja o seu caso, né?
01:44O senhor entendeu a pergunta,
01:45Sr. João Carlos Pelago?
01:47O Jornal da Cidade afirmou
01:50que foi o senhor que passou para eles a informação.
01:53De onde o senhor tirou isso?
01:55E como o senhor entregou aos jornalistas
01:58disso que estava preso aqui na delegacia?
02:00Você pode falar a verdade, meu jovem.
02:02Aproveitando que está aqui
02:03sua excelência, o promotor,
02:05é bom que ele saiba toda a verdade.
02:07É, verbo ad verbum.
02:11Palavra por palavra.
02:12Bom,
02:13onde eu achei o manifesto, o senhor já sabe.
02:15Foi no computador na casa da Heleninha.
02:18Foi lá que ele foi preso, doutor.
02:20Ele disse que estava só bisbilhotando.
02:22Mas eu acho que ele estava mesmo
02:24destruindo as provas
02:26de que foi ele que executou o senador.
02:29Eu não estou entendendo.
02:31É o senhor que está depondo
02:33ou é o meu cliente,
02:36João Carlos, que está depondo?
02:37Eu estava só esclarecendo o promotor.
02:40Esclarecendo?
02:42Você estava envenenando
02:43o depoimento do meu cliente.
02:44Olha mais uma dessas aqui.
02:46Ele se cala,
02:47não fala mais nada,
02:48só fala em juízo.
02:50Entendeu, né?
02:51Vem, João.
02:52Está bem, está bem.
02:54Vamos continuar.
02:55Então, vamos fazer o seguinte.
02:56Você conta para o promotor
02:58como é que você passou
02:59as informações para o jornalista.
03:02Eu copiei a mensagem
03:03do manifesto no pendrive.
03:05Eu não entreguei para a polícia,
03:06porque se a mensagem
03:07veio da Secretaria de Segurança...
03:08Falhamos na revista.
03:10Já sei.
03:11O senhor engoliu o pendrive,
03:12depois botou para fora?
03:15Não, seu delegado.
03:16Não foi preciso fazer isso, não.
03:17Eu escondi na minha meia.
03:20E como passou para o seu língua?
03:22Desculpa a intromissão.
03:24A tela da graça estava solta.
03:26Eu empurrei por ali
03:27e ele pegou do lado de fora.
03:29Essa é a nossa polícia,
03:31doutor promotor.
03:32Dessa vez, felizmente,
03:33a incúria serviu à justiça.
03:35Porque se esse pendrive
03:38tivesse caído nas mãos do delegado,
03:41nessa hora, quem sabe,
03:43a nação não teria tomado conhecimento
03:45do que se passa
03:47dentro da Secretaria de Segurança.
03:48Você está me acusando, doutor?
03:50Apenas estou defendendo
03:52o gesto heróico do meu cliente.
03:54É um mártir
03:55que deveria estar solto imediatamente
03:57e que mais deveria receber
04:00as maiores honrarias
04:02que a nação reserva aos seus heróis
04:04e não ficar aqui
04:05preso desta pocilga
04:07como um delinquente.
04:09Dura de fato!
04:11Que direito de fato!
04:23Alô?
04:25Por favor, a dona Célia.
04:28Ah, é você?
04:30Eu até que reconheci a voz,
04:31mas não quis arriscar.
04:33Doutor Teixeira?
04:34Por que não apenas Walter?
04:40Walter.
04:41Ok, Walter.
04:43É um nome muito agradável de se dizer.
04:46Ah, já o seu é assim tão delicado.
04:51Lembra uma flor de maracujá.
04:55Nossa, mas...
04:55que poeta.
04:58A que devo a honra
04:59do seu telefonema.
05:00Bom, eu...
05:01eu queria agradecer o jantar.
05:04Afinal de contas,
05:05sua casa,
05:06um ambiente tão acolhedor,
05:07tão charmoso e...
05:09eu nunca me senti
05:11tão bem ultimamente.
05:13Imagina!
05:15E o que tem que agradecer?
05:16Foi um imenso prazer.
05:20Ah, eu pensei em mandar
05:22umas flores pra você,
05:23mas...
05:24achei que podia criar
05:25um certo embaraço
05:26com o Bruno.
05:27Ele poderia me entender mal.
05:29Bom, mas de todo modo,
05:30eu ficaria muito contente
05:32se nós nos encontrássemos
05:34outras vezes.
05:35Eu adoraria.
05:36Ah, aí nós poderíamos
05:38conversar mais
05:39sobre aquela sua ideia
05:40do salão de chá.
05:42De conduzir
05:43a um toque de glamour
05:44numa cidade
05:45tão pobre em elegância.
05:47Quando você quiser.
05:49Na verdade,
05:49eu te liguei
05:50porque...
05:51eu queria muito
05:52ouvir a sua voz.
05:54Fiz bem?
05:56Claro que sim.
05:57Eu também...
05:59eu também queria muito
06:01ouvir a sua voz.
06:02Foi assim,
06:02você me liga?
06:04Acho que não teria
06:05tanta ousadia.
06:06me liga e você
06:07sempre que quiser.
06:09A tarde pra mim
06:10é a melhor hora.
06:11O Bruno tá na obra,
06:13a Karina na loja,
06:14é quando eu tenho
06:14mais tempo pra mim.
06:15A gente pode falar
06:16mais à vontade.
06:17Alô, Walter?
06:19Você me desculpa,
06:20eu vou ter que desligar
06:21e a gente fala outra hora.
06:23Tá bom?
06:23Tchau.
06:25Eleonora...
06:26Não precisava desligar.
06:28Podia ter esperado.
06:29Não, não.
06:30Problema nenhum.
06:31Vamos embora, né?
06:33Vamos.
06:36Professor Flores.
06:47Vamos entrar,
06:48por favor.
06:51Eu vejo que ficou
06:52surpresa com a minha visita.
06:54Talvez inoportuna.
06:55Não?
06:55Que isso?
06:57Imagina.
06:58Eu não vou demorar.
06:59Vim apenas
06:59manifestar a minha solidariedade
07:02nesse momento tão difícil.
07:03Eu agradeço, professor.
07:05E fico muito honrada
07:06com a sua visita.
07:07Eu gostaria de ir
07:08à delegacia ver o Joca,
07:10mas não seria prudente.
07:11Poderiam saber
07:12da ligação entre nós
07:13e ninguém pode saber
07:14que ele trabalha pra mim.
07:14Eu compreendo, professor.
07:16O senhor tem toda a razão.
07:17Não vai lá, não.
07:18Não vai lá, não.
07:19Eu, quando for,
07:20digo que o senhor
07:20teve aqui fazendo uma visita.
07:22O Joca vai ficar
07:22muito contente.
07:23E transmita a ele
07:24minha total solidariedade.
07:27Professor,
07:27eu não contei pra ninguém
07:30da investigação
07:31que o Joca faz pro senhor.
07:33Ótimo.
07:34Vejo que se trata
07:35de uma mulher
07:35muito discreta.
07:36Deu pra perceber.
07:38Olha, nem pra Sancha
07:39eu contei.
07:40Quer dizer,
07:41Sancha é a minha melhor amiga.
07:42Nem pra ela eu disse.
07:43Olha que pra Sancha
07:44eu conto tudo.
07:45Muito bem.
07:47Mas o motivo
07:48da minha visita
07:48também é outro.
07:50Eu gostaria de saber
07:51se precisa de alguma coisa.
07:53Alguma ajuda.
07:54Alguma ajuda?
07:55É...
07:56Assim...
07:58O senhor quer dizer...
07:59Não fique encabulada.
08:01Eu vou ser mais objetivo.
08:02Ajuda financeira.
08:04Ah, bom.
08:05Um caso de pobre.
08:06Sabe como é.
08:07Tá sempre no vermelho
08:09e às vezes até
08:10escorrega um pouco
08:10pro roxo.
08:13Eu devo parte
08:15dos honorários do Joca.
08:17Como eu não posso encontrar,
08:18eu vou deixar com a senhora.
08:19Ai, que bom.
08:20Sou mesmo eu
08:21que cuido das contas
08:22da casa.
08:23Assim,
08:23compras,
08:25pagamentos,
08:26tudo eu.
08:27Além de discreta,
08:29eficiente.
08:32Obrigada, professor.
08:34Assim,
08:35eu só me deixo
08:35um pouco encabulada.
08:38O senhor não aceita
08:39um cafezinho
08:40feito na hora?
08:41Ah,
08:42eu não conseguiria recusar.
08:44É curioso,
08:45mas eu me sinto
08:46tão bem aqui nessa casa.
08:48Aliás,
08:48eu me sinto muito bem
08:49na sua companhia.
08:50Que bom.
08:51professor,
08:53eu nem mandei o senhor
08:54sentar.
08:55Vem,
08:55por favor,
08:56senta aqui
08:57enquanto eu vou
08:58coar o café.
08:59O senhor pode
09:00ficar à vontade,
09:01viu?
09:02Obrigado.
09:02boa tarde a todos.
09:29Boa tarde.
09:30Boa tarde.
09:31Você me parece tensa,
09:33querida.
09:33Eu estou preocupada
09:34com a notícia
09:35que o doutor N
09:35e o doutor Fabrício
09:36acabaram de me dar.
09:37E qual é a notícia?
09:38A justiça resolveu
09:39ouvir os órgãos
09:40governamentais,
09:41o que resultou
09:42na convocação
09:42de uma audiência
09:43pública sobre a
09:44construção do resort.
09:45Da audiência,
09:46eu já sabia.
09:47A novidade é que
09:47eles acham que
09:48essa audiência
09:48será determinante
09:49no julgamento
09:50do mérito da ação
09:51do doutor Flores.
09:52Bom,
09:53este é o problema.
09:55Advogados são pagos
09:56para resolver problemas.
09:57Qual é a saída?
09:59Nós estamos aqui
10:00justamente para discutir
10:01as estratégias
10:02para a audiência,
10:03as possibilidades
10:04que o outro lado
10:05de fato tem.
10:05Pois é,
10:06e analisar as alternativas
10:07por causa de vitória
10:08ou de derrota.
10:09Bom,
10:10o que estamos fazendo
10:11então aqui?
10:11Vamos começar logo
10:12esta reunião.
10:14Eu não reformei
10:15este casarão enorme
10:16para ficar conversando
10:18em pé.
10:25Olha!
10:29O aroma é magnífico.
10:40O sabor também.
10:41Eu imagino
10:46que a senhora
10:46tenha ficado
10:47muito preocupada
10:48com a prisão
10:49do seu filho, né?
10:50Mãe é mãe, né?
10:51Eu fiquei muito nervosa,
10:53sim,
10:54mas já estou melhor.
10:56Ainda mais agora
10:56com a sua visita
10:57eu me acalmei
10:58mais ainda.
11:00Para ser coerente
11:01com as minhas
11:01posições políticas,
11:03o ideal seria
11:04que eu ficasse
11:05à frente da defesa
11:06do seu filho,
11:06mas o momento
11:08não é adequado.
11:09Eu já tenho
11:09inimigos demais.
11:11Eu compreendo,
11:12professor.
11:13E o Joga também.
11:14Só o processo
11:15que estou movendo
11:16contra o maldito resort
11:17vai me dar
11:18muita dor de cabeça
11:19ainda.
11:21E despesas também.
11:23Despesa?
11:24Quer dizer que
11:24o senhor tem que pagar
11:25para processar
11:26essa gente?
11:27Se a madame
11:28do réu vencer
11:29essa ação,
11:30eu vou ter que pagar
11:31todas as despesas
11:32e ela pode me processar
11:34de volta
11:34alegando prejuízo.
11:35O Joga já tinha
11:36me explicado esse caso,
11:37mas eu não entendi bem.
11:39Muito bem.
11:41não deveria ocupar
11:42sua linda
11:43cabecinha com isso.
11:46Seu professor,
11:47essa tal
11:48de conspiração,
11:50é verdade isso?
11:52Infelizmente.
11:52E o senhor acha
11:53que o Joga
11:54vai estar bem protegido
11:55com o doutor Ventania?
11:57O Ventania
11:57é um advogado
11:58de porta de xadrez,
12:00mas por isso mesmo
12:01talvez seja melhor
12:02do que muito medalhão
12:03que anda por aí.
12:04É, tem razão.
12:06Esse aí
12:07é um que eu não sei
12:08como vou pagar.
12:08eu me encarrego disso.
12:10Não se preocupe.
12:11Não,
12:12que isso?
12:13Imagina,
12:14é nossa obrigação.
12:16Eu faço questão.
12:17Isso fica por minha conta.
12:19Eu sei muito bem
12:20como é
12:21essa preocupação
12:22com dinheiro.
12:24Aliás,
12:25viúvos como nós,
12:26solitários,
12:28deveriam ter direito
12:29a um pouco de paz
12:30e sossego,
12:30não é mesmo?
12:32Quem me dera.
12:33Professor?
12:43O que é isso,
12:44professor?
12:46O que é isso?
12:49Perdoa.
12:50Eu fui tomado
12:50por um impulso irresistível.
12:55Eu não consegui
12:56controlar
12:57a enorme atração
12:58que eu sinto
12:59pela senhora.
13:00Quer dizer,
13:01por você
13:02e não é de hoje.
13:04Mas,
13:05assim,
13:07não pode ser assim,
13:08assim,
13:09desse jeito.
13:10Sei lá,
13:11não pode.
13:13Por favor,
13:13não me leve a mal.
13:15Não,
13:15não levo.
13:16Não levo,
13:17mas é que
13:18eu não esperava.
13:19Então,
13:20assim,
13:20eu jamais poderia imaginar.
13:22Então,
13:23aí eu fiquei...
13:24você não deve temer nada
13:29da minha parte.
13:30Não,
13:30não temo,
13:31não temo,
13:32não.
13:33É que isso é uma coisa
13:34muito séria
13:36e nervosa do jeito
13:37que eu ando
13:38com o meu filho
13:39engaiolado lá.
13:40Olha,
13:41eu estou até tremendo.
13:42Ficou zangada comigo, né?
13:43Não,
13:44não,
13:44não fiquei.
13:45Não fiquei.
13:46Não é isso,
13:47professor.
13:47Agora eu é que tenho
13:50que pedir.
13:51Por favor,
13:52não me leve a mal,
13:54mas eu preferia
13:56que o senhor fosse embora,
13:57porque eu preciso
13:58me acalmar.
14:00Eu fiquei até tonta.
14:02Um outro dia,
14:03talvez num outro dia,
14:05num outro momento.
14:07Eu vou.
14:09Eu lamento
14:10meu arroba infantil.
14:12Não,
14:12o senhor não roubou nada,
14:15não.
14:15Fica tranquilo.
14:16Um beijo.
14:17apenas um beijo.
14:19Quer dizer,
14:20já é muito, né?
14:22Ai, professor,
14:23até logo.
14:24Até logo.
14:45Até a próxima.
14:47Quem sabe faz a hora,
14:52não espera acontecer.
14:54Ai, meu Deus.
14:57E essa agora?
15:00Ai.
15:00Coisa gostosa na tela se dá,
15:04que simpatia tem.
15:06E coisa louca também,
15:07antipatia tal.
15:09Eu entro pela novela,
15:10que empatia tem.
15:11Saio na vida real,
15:13é fantasia tal.
15:14Vejo na tela você,
15:15tá que cardia tal.
15:17Dizendo a cena final,
15:18a vida como ela é.
15:19Eu quero ver,
15:20bato o pé,
15:21pra botar moral.
15:22trambique pulo e tiqueiro,
15:24telecomunica,
15:25a coisa fica pior,
15:27telecomunicó.
15:28Mas o que vai dar o nó,
15:30telecomunicó,
15:31é nosso amor vira pó,
15:32telecomunicó,
15:34pois somos dois em um só,
15:35telecomunicó,
15:36até a terra virar,
15:38teleco,
15:39nosso xodó.
15:40Eles creem que já dissemos aqui
15:46tudo o que precisava ser dito.
15:48Vamos passar agora a fase da ação.
15:50Não vamos esquecer que todas as preocupações
15:52daqui por diante devem focar
15:53na Secretaria do Meio Ambiente.
15:55Pois é, e o maior problema é a dona Ellen,
15:57a encarregada aqui em Ribeirão.
15:58Por tudo que os senhores advogados disseram,
16:00os pareceres dessa moça foram demolidores.
16:03Não há dúvida que foi por conta desses pareceres
16:05que a audiência foi convocada.
16:07Gostaria de saber mais sobre essa Ellen.
16:09Doutor Bruno, o senhor que é da terra
16:12pode mudar essas informações?
16:13Claro.
16:14A dona Ellen é uma pessoa competentíssima,
16:16ética, seríssima.
16:18Bom dia, quantos elogios para uma adversária.
16:22Reconhecer o valor dos adversários
16:23é sempre prudente, madame.
16:25Agora o senhor falou com sabedoria.
16:28Senhor Bruno, por favor,
16:29continue a falar o que o senhor estava falando.
16:32Além de tudo isso,
16:33ela é uma profunda conhecedora das questões ambientais.
16:35A natureba oficial de Ribeirão do Tempo.
16:38É uma pessoa lutadora.
16:40Perseverante e radical.
16:41Mais um erogio, doutor Bruno,
16:43e eu vou me debulhar em lágrimas.
16:45O que ela pensa?
16:46Com quem ela anda?
16:49Qual o seu perfil político?
16:51E como gestora pública?
16:53Ela é uma grande amiga do doutor Flores,
16:55ela frequenta a casa dele,
16:56eles têm o mesmo círculo de amizade,
16:58eles pensam a mesma coisa.
16:59A única diferença é que a dona Ellen,
17:01ela se volta mais para as questões ambientais
17:04e de proteção aos animais.
17:05Essas coisas que são politicamente corretas.
17:08Então é preciso, com urgência,
17:11dar um jeito nessa natureba.
17:13Alguma coisa radical
17:14que lhe cale a boca
17:15e a deixe de pés e mãos atados.
17:18Sem essa providência,
17:19vamos ter muitos problemas.
17:20Muito mais do que imaginei que teríamos.
17:22A dama e eu confesso
17:23que não faço a menor ideia do que fazer.
17:25Eu vou pensar em alguma medida
17:26e assim que tiver uma resposta,
17:27eu falo para a senhora.
17:28Lembre-se de que não estamos mais
17:30em tempos a menos de cordialidade.
17:33Guerra é guerra.
17:34Um ganha, o outro perde.
17:36E eu gosto de ganhar.
17:37Pode confiar,
17:38porque eu vou resolver a questão, madame.
17:40É claro que eu confio em você, minha querida.
17:43Confio na sua sagacidade,
17:44na sua inteligência
17:45e principalmente na sua determinação.
17:48Você não vai nos deixar atolados
17:50no meio do caminho.
17:52Nunca deixou.
17:53Sendo assim,
17:54eu acho que não é nenhum exagero dizer
17:56que a própria existência do empreendimento
17:59está nas mãos de Armina.
18:02Concordo plenamente.
18:21Final de tarde incrível.
18:23Aí, rapaziada,
18:24vocês vão fazer um salto incrível.
18:26excepcional.
18:28Você, cara,
18:29como é que vai trazer o filhote
18:30para um voo?
18:30A parada com azuleite
18:31para cada dia é pior, meu amigo.
18:33Fui pedir para ela
18:33deixar o caso
18:34e ir comigo naquela caminhada,
18:35não teve jeito.
18:36Ela encrencou de estalo.
18:37Nem a caminhada,
18:38imagina o salto de paraquedas.
18:40Meu irmão,
18:41ex-mulher,
18:42quando resolve jogar contra,
18:44não há quem segure.
18:45Parada duríssima.
18:46Você que teve sorte.
18:48A Ellen é excepcional.
18:49Pode crer,
18:50você deixou escapar,
18:52eu perdi tempo.
18:53Excepcional.
18:56Correr o mundo,
18:58eu vou...
18:58Tito,
18:59não estou vendo o carro dele,
18:59aí?
19:00Está logo ali atrás.
19:02Acho que ele se atrasou
19:03naquela ladeira.
19:04Correr o mundo,
19:06correr o mundo,
19:07e vou mais longe eu vou.
19:12Obrigada.
19:14Obrigada, não quero não.
19:16Ô, Nassinho,
19:17não leva mal o que eu vou falar, hein?
19:19Mas às vezes o Nicolau
19:20é mole de dar dó, viu?
19:23Não fica preocupado
19:24que ele não vai demorar.
19:26Ah, não,
19:26não se preocupa não,
19:27dona Beatriz.
19:27Eu conheço bem a figura, né?
19:29Felizmente,
19:30vocês são amigos.
19:31E a senhora, hein,
19:32dona Beatriz?
19:33Como é que a senhora está, hein?
19:34Ah, eu nem sei,
19:35meu filho.
19:36A verdade é que
19:38o que eu quero mesmo
19:39é sumir, viu?
19:40É, imagino.
19:41A morte do senador
19:42foi um choque tanto, né?
19:44Mas a senhora sempre foi
19:45uma mulher forte
19:46e tem certeza
19:46que vai superar essa barra, né?
19:48É o que eu sempre digo pra ela.
19:50Não pode se entregar,
19:51tem que tocar a vida.
19:51Marisa,
19:52você é engraçado.
19:53Você fala como se fosse
19:54só apertar um botão
19:55e pronto, né?
19:56A senhora acha que o senador
19:58foi vítima dessa conspiração
19:59que estão falando por aí?
20:01Olha, eu não sei, Nassinho.
20:03A verdade mesmo
20:04é que eu não quero saber.
20:07E eu tô cansada, sabe,
20:08de tanto mistério, viu?
20:11Ultimamente,
20:11eu vim saber, assim,
20:13de muitos segredos.
20:15Eu quero paz.
20:16Só isso.
20:17É, Ribeirão do Tempo
20:18não é mais aquela cidade
20:20pacata em que eu e Nicolau
20:21fomos criados.
20:22Não é mesmo, dona Beatriz?
20:23É verdade.
20:25Ô, Larissa,
20:26Nassinho e Nicolau,
20:27eles são amigos
20:27desde pequenos.
20:28Bom, agora ele trabalha
20:29no cartório de Ribeirão, né?
20:31Ah, é?
20:32Que interessante.
20:33Você não pode imaginar
20:34o que esses meninos
20:35aprontavam, viu?
20:37Naquela época,
20:38o maior perigo
20:39de Ribeirão do Tempo
20:40eram as maluquices
20:42dos dois, viu?
20:43Ai, meu Deus.
20:45Eu chego até
20:45a sentir saudade, viu?
20:47É, Nicolau
20:48sempre foi brincalhão.
20:49Ele não era mole, não, hein?
20:50A senhora lembra
20:50quando ele tocou fogo
20:51na escola?
20:52Peraí, brincalhão?
20:53Botaram fogo na escola
20:55e chamam de brincalhão?
20:56Vocês dois,
20:58vocês eram dois capetas.
21:00Falando de mim
21:01ou a impressão?
21:01Falando capeta,
21:02olha o cheiro do enxofre aí, ó.
21:06Ai, Nicolau,
21:07a gente tava matando
21:08saudade, viu?
21:10A gente tava relembrando
21:11aquela época
21:12em que Nassinho e você
21:14eram o maior perigo
21:16de Ribeirão do Tempo.
21:17Eita, época boa, hein?
21:19Não, nem me fala.
21:20Mas já passou, né, mãe?
21:21Já falei pra senhora
21:22esquecer o passado,
21:23pensar no futuro,
21:24arruma alguma coisa
21:25pra fazer,
21:25esfria a cabeça,
21:26Ah, meu filho,
21:27depois que o meu Érico
21:28se foi,
21:30eu não tenho vontade
21:30de fazer mais nada.
21:32Fala assim, não, Beatriz.
21:33Que horror.
21:34Mas é verdade, minha irmã.
21:36Eu vou fazer o quê?
21:37Bora, Nassim.
21:38Vamos deixar as duas
21:39prozeando aí.
21:39Vamos pro escritório, vamos.
21:41Agora, Beatriz,
21:43muito obrigado pelo café.
21:45E a senhora pode ter certeza
21:47que o tempo vai cicatrizar
21:49todas as feridas, viu?
21:50Ai, obrigada, meu filho.
21:53Volte sempre.
21:54Pode deixar, vou voltar.
21:56Foi um imenso prazer
22:02em revê-la,
22:04dona Larissa.
22:09Até mais, Nassim.
22:15Larissa,
22:15eu não aguento mais, viu?
22:17Deus do céu,
22:18mas até quando?
22:19Todo mundo que vem aqui
22:20tem que falar pra mim.
22:22Tem que reagir.
22:25Fecha a porta aí.
22:28Marzinho, te conheço.
22:30Sei que você não dá ponto
22:31sem ir, não.
22:31Agora tá essa que vim
22:32prestar uma homenagem
22:33pra velha.
22:33Qual foi?
22:33É, o que é isso, parceiro?
22:35Tô com saudade do pessoal,
22:37saudade do meu velho amigo
22:38que agora vai se tornar
22:39uma excelência,
22:40um senador da república.
22:41Nem tomei posse,
22:42você já tá propondo
22:43a negociata, é isso?
22:43Ah, o que é isso, rapaz?
22:45Eu só trafego dentro da lei,
22:46tu sabe, né?
22:48É, é, nem isso não, rapaz.
22:51Eu vim trazer umas fofoquinhas
22:53que eu achei que iam te interessar.
22:55Fofoquinha, hein?
22:56Qual é a parada?
22:56Sabe com o que?
22:57Eu tive um longo papo aí
22:58um dia desse.
22:59Que nariz jumento.
23:00Que nariz jumento o que, rapaz?
23:01Tem mais o que fazer, pô.
23:02O tal de Virgílio.
23:04Sabe quem é?
23:05Um coroa que mora lá
23:05na pousada da bichinha radical.
23:08Você já deve ter visto
23:08já a figura por aí, né, pô?
23:10Mas qual é o interesse
23:10que eu posso ter
23:11no coroa que mora
23:12com a bichinha radical?
23:13Qual é, né?
23:14Calma, rapaz.
23:16Então,
23:17quando eu falo no cartório
23:18pra tirar uma certidão
23:18a gente engatou uma conversa
23:20sobre a pousada,
23:21a cidade e tal,
23:25uma coisa, rapaz?
23:26Senti uma coisa.
23:28O papo é agradável.
23:29É, meu amigo
23:30se interessando por homem.
23:31É de sacanagem.
23:32Escuta que o Lero
23:33te interessa.
23:34Presta atenção.
23:35Ele começou a falar
23:36as coisas dele lá
23:37e aí eu senti
23:38que o coroa
23:40tá na bronca
23:41com o moleque, entendeu?
23:42Eu tô achando
23:43que o moleque
23:43colocou ele de escanteio
23:44e ele agora
23:45tá guardando o maior rancor
23:46com essa história.
23:48Mas continua trabalhando lá.
23:50Continua.
23:51E apesar de tudo,
23:52como homem de confiança
23:54do bacana.
23:57É como o velho dizia,
23:58o babaca
23:59tá guardando o escorpião
24:00embaixo do lençol.
24:02Exatamente.
24:03E eu acho que a gente
24:04der uma forcinha, rapaz,
24:06o escorpião vai lá
24:06e mete o veneno
24:08no garoto.
24:10Elas terras da pousada
24:11são nossas,
24:12você sabe disso, né?
24:13Melhor que ninguém, né, Nicolau?
24:14O meu trabalho,
24:15pai daquele babaca,
24:16aquele Tito,
24:18tremendo grilheiro,
24:19safado.
24:19Não tinha documento nenhum,
24:20você apossou
24:21das nossas fazendas.
24:23Ficou lá um tempão.
24:24Um belo dia
24:25largou de mão,
24:26foi embora,
24:26não sei por quê.
24:27Aquilo caiu
24:28nas mãos dos traficantes.
24:30Inclusive foram eles
24:31que construíram
24:32a pista de pouso
24:32que tá lá.
24:33Me lembro, rapaz,
24:33os aviões chegavam lá,
24:34ninguém sabia
24:35de onde vinha, né?
24:35Então nós recuperamos
24:36a documentação
24:37e pedimos as terras
24:39de volta.
24:39Até que o vagabundo
24:41do Tito
24:42apareceu lá
24:43com uma escritura
24:44fajuta
24:44e convenceu o juiz
24:46que a propriedade
24:47era deles.
24:47Rapaz,
24:48até hoje eu não entendo
24:49como é que ele conseguiu isso.
24:50Justiça aqui não vale nada,
24:51Nazinho.
24:52É,
24:52a gente recorreu,
24:53mas eu não tô convencido
24:54que vamos ganhar.
24:55O camarada lá do tribunal
24:56me falou pra não ficar
24:58muito otimista não,
24:59viu?
25:00Você vai fazer o seguinte,
25:01Nazinho,
25:02você vai se aproximar
25:04ao máximo possível
25:05desse coroio.
25:06Qual o nome dele?
25:08Virgílio.
25:08Virgílio.
25:10Essa parada na justiça
25:11tá difícil,
25:11mas eu não vou dar mole
25:12pro título.
25:15Você já tem alguma coisa
25:16em mente?
25:19Não, ainda não.
25:22Mas é sempre bom
25:23ter um amigo
25:23dentro das tropas inimigas.
25:25Não, não.
25:34Não, ainda não.
26:04não.
26:10Poxa, cara,
26:11não faz isso,
26:12que vacilo.
26:13Ah, dessa vez
26:13eu te peguei, cara.
26:14Você tinha que ver
26:15a sua cara.
26:16Dá pra ser uma vez
26:17te furar com uma pedra
26:18na cabeça, isso sim.
26:19Ah, para,
26:19você nem me viu chegar.
26:21Sou o Guilherme,
26:21o ninja da floresta.
26:23Palhaço.
26:25Eu que tava distraída
26:25vendo os malucos saltarem.
26:30Zé,
26:30o que você veio fazer aqui?
26:32Fiquei bolado
26:32com aquele cara
26:33querendo te pegar.
26:34Qual é o lance?
26:35Por que que ele tava
26:35na tua cola?
26:36Jeitinho nojento.
26:38Ele tava atrás
26:39daquele maluco
26:40que anda por aí,
26:40aquele velho.
26:41Dei mó volta
26:42numa né,
26:43depois disso
26:43ele me girou de morte.
26:44De morte?
26:46Menina exagera, né, cara?
26:48Não, você não viu
26:48o jeito que ele veio
26:49pra cima de mim?
26:50Não, eu não fiquei
26:51pra saber qual era.
26:51Me mandei também.
26:52Me diz aí,
26:53qual era aquele cara,
26:54o velho
26:55barrudão
26:55que anda por aí?
26:57Qual era a curada dele?
26:58Ah, o velho Bill?
26:59É.
27:00Dizem que ele era
27:01um cara normal
27:01até uns 30 anos atrás.
27:04Aí chegou um certo dia
27:05e ele pirou em geral.
27:06Se enfiou na floresta
27:07e passou a viver
27:07que nem bicho.
27:09Fugindo das pessoas.
27:11Que loucura.
27:12Por que que ele ficou assim?
27:14Ah, o pessoal conta
27:15foi porque ele descobriu
27:15um segredo
27:16que pode acabar
27:17com a cidade de Ribeirão.
27:18Que segredo, cara?
27:19Eu sei lá, ué.
27:20Se eu soubesse
27:21não seria segredo, né?
27:23Ah, mas tudo é conversa
27:24do pessoal.
27:25Mesmo a cascata
27:25do tesouro.
27:26Maldade de ficarem
27:27conseguindo o velho, né?
27:28É, mas o pessoal
27:29não livra a cara, não.
27:31Quando pegam ele
27:32ficam querendo saber de tudo.
27:33Aí que o velho se apavora.
27:35Olha, vai ver,
27:35ele não tem segredo nenhum.
27:36É só apuração
27:37na cabeça dele mesmo.
27:38Não, o pessoal
27:39diz que tem sim.
27:41Eu fico bolado com ele.
27:42Era mais esquisito.
27:44Dá até arrepio.
27:45É só o jeito dele, coitado.
27:46E nisso eu também
27:48fiquei meio grulada,
27:48mas eu acho que foi ele
27:49que me deixou uma cesta
27:50com flores e frutas, sabia?
27:52Eu entendo, viu, cara?
27:53Sozinho, sem amigos,
27:54sem ninguém se preocupando
27:55com eles.
27:57Fico batido
27:57a sua carne era um velho, né?
27:58É, mas os caras
27:59gostam de perseguir os ferrados.
28:01Depender de mim
28:02ninguém botar a mão nisso.
28:04Mas você também
28:04fica sozinho aqui na floresta.
28:06Não tem ninguém
28:07pra cuidar de você.
28:08É essa que eu não sou maluca
28:09e tenho amigos, né?
28:12Tem sim.
28:14Se você deixasse
28:14eu até cuidava
28:15um pouco mais de você.
28:16Me bateu uma fome
28:22de repente.
28:24Vamos jantar
28:25comigo lá em casa.
28:26Precisa não, Guilherme.
28:27Eu pego umas frutas
28:27no mato, me viro.
28:29Tá, minha mãe
28:30falou que ia fazer
28:30uma lasanha de responso.
28:32Tem certeza
28:33que você vai recusar?
28:34A minha solidão
28:35jogou-se fora
28:36acendendo uma chama
28:38sem valor
28:39respondendo o melhor
28:41que se viver.
28:42Amém.
29:12Sônia?
29:16Tá podendo falar?
29:18Tô. Tô sozinha. O que que foi?
29:20É que eu tenho uma novidade maravilhosa pra gente.
29:22É o quê?
29:24É que minha mãe foi pra São Paulo
29:26e meu pai me ligou dizendo que vai chegar muito tarde.
29:29E é pra nem esperar ele pra jantar.
29:32E isso quer dizer que...
29:34Isso quer dizer que o campo tá livre.
29:36Chegou nossa hora. Vem pra cá.
29:38Ai...
29:40Meu amor, eu acho que eu não vou, não.
29:42Não sei, tá muito arriscado.
29:44Não tem risco nenhum, meu amor.
29:46Vem logo. Vem.
29:48Eu já disse que eu não vou, tá? Por favor, não insiste.
29:50Mas a gente combinou que quando tivesse uma oportunidade...
29:52Não, olha, a gente não chegou a combinar nada.
29:54Eu entendi que sim.
29:56Tá, mas entendeu errado, tá?
29:58André, acabou. Fim.
30:00Fim? Fim do quê?
30:02Do nosso namoro?
30:04Não, não. Fim dos encontros arriscados.
30:06Sei lá, tá limpo agora e de repente suja, sabe?
30:08Aparece alguém...
30:10Você já parou pra pensar?
30:12Se nossos pais descobrem que a gente tá junto?
30:16Não gosto nem de imaginar.
30:18Eu vivo no sufoco.
30:20Então é o seguinte.
30:21Você decide e me liga.
30:23Se a resposta for não, quem vai pensar no assunto sou eu.
30:27André, você tá querendo dizer que se eu não for encontrar com você agora,
30:30você vai terminar o nosso namoro, é isso?
30:32Já que tá tão complicado, né?
30:34Que virou um sufoco.
30:35Eu não gosto de ser ameaçada.
30:39Desculpa.
30:41Desculpa.
30:43É que eu tô...
30:45Eu tô, sabe...
30:47Bem...
30:48Foi mal.
30:49Eu não quis te ameaçar.
30:50É, mas ameaçou, né?
30:52Me deu um dá ou desce.
30:53Eu já te pedi desculpas, meu amor.
30:57Desculpa.
30:58Olha, dá um jeito de ver.
31:01Eu tenho uma coisa importantíssima pra te dizer.
31:04Eu vou pensar, tá?
31:07Beijo.
31:09Quem me fala em ponte
31:12Quando eu salto no escuro
31:15Num artefato, projeto, presente, passado
31:19E o futuro
31:22O que será de nós?
31:24Somos crianças tão velhas
31:29Voando nos lençóis
31:31Orgados de psicotélia
31:36Oi, dona Marta.
31:38Boa noite.
31:40Boa noite.
31:42Eu vim visitar meu filho.
31:44Olha, por mim a senhora pode visitar o Joca quantas vezes quiser.
31:47Mas precisa da autorização do delegado.
31:49Ainda mais à noite, fora do horário.
31:51Tem horário?
31:52Tem.
31:53E já terminou por hoje.
31:54Eu estive aqui antes, não podia porque ele tava decondo.
31:58Agora é porque é fora do horário.
32:01Eu quero falar com o delegado.
32:02O delegado está ocupado.
32:04O doutor Ventania disse que eu tenho direito de ver meu filho.
32:08Ai, e desde quando eu disse pra senhora que a senhora não tem esse direito?
32:13Olha aqui, ó.
32:14Eu entrei aqui falando direito com educação e eu fui destratada.
32:19A senhora nem sequer olhou na minha cara.
32:21Fique sabendo que eu conheço pessoas importantes...
32:23Não me interessa em quem a senhora conhece ou deixa de conhecer.
32:26E se a senhora continuar gritando desse jeito aqui dentro,
32:29A senhora vai fazer companhia lá pro seu filho.
32:32Numa visitinha de 24 horas.
32:34Mas agora ouve.
32:36Eu vou deixar a senhora ver seu filho.
32:38Mas antes eu quero que a senhora saiba o que está acontecendo.
32:42E o que está acontecendo que eu não sei?
32:44Este caso teve séria repercussão.
32:46Caiu como uma bomba lá em Brasília.
32:49E ótimo.
32:50Quanto mais explodir melhor.
32:51Porque aí você...
32:52Ah, é?
32:53Pois saiba que estão mandando pra cá o pessoal da Federal.
32:57Polícia Federal.
32:59Já ouviu falar?
33:00Sabe pra quê?
33:01Pra dar uma prensa no seu filho.
33:03Pra ele largar de palhaçada.
33:06E curtir a verdade.
33:09O senhor está querendo me assustar.
33:10É bom se assustar mesmo.
33:12Porque agora ele não vai se entender com um coração feito de manteiga como eu.
33:17Vai ser com gente sinistra.
33:19Barra pesada.
33:20Pesadíssima.
33:23O que eles vão fazer com o Jaca?
33:24Não sei.
33:26Eu só sei que eles conseguem fazer até mudo falar.
33:30E como este é um caso de segurança nacional...
33:34A senhora...
33:35Delegado...
33:36Delegado, o senhor não acha melhor?
33:37Não, não me interrompa, Mata.
33:40E como o assunto é de segurança nacional...
33:44Eles podem levá-lo para uma penitenciária de um outro estado.
33:47Segurança máxima.
33:49Sem visitinha.
33:52Este rapaz, Dona Leia...
33:54Possivelmente...
33:56Está metido em coisas cabeludas...
33:59Que a senhora nem desconfia.
34:02Marta...
34:04Leve a mãe para ver o filho.
34:06Vamos.
34:24Pensaram que podiam chegar aqui e fazer o que bem quisessem na nossa cidade?
34:27Já se tocaram que não é bem assim, né?
34:29O buraco é mais embaixo.
34:31Depois da gente comer, a gente pode jogar videogame.
34:35Não, não.
34:36Para eu perder e você ficar me zoando, é bom mesmo.
34:39Oi, mãe.
34:40Trouxe o Tião para comer com a gente.
34:41Oi, filho.
34:42Tudo bem?
34:43Tudo.
34:44Claro.
34:45Pode ficar à vontade.
34:46Vai lá na cozinha.
34:47Tem lasanha no forno.
34:48Se serve lá mesmo, tá?
34:49Tá bom.
34:50Tchau.
34:56Oi, professor.
34:57Desculpa.
34:58Meu filho que acabou de chegar com o amiguinho para jantar.
35:00Mas o que você estava falando?
35:03Hum...
35:04Tá quase pronto, filho.
35:05Vai terminando o seu joguinho aí que a gente já vai jantar, tá?
35:09Teve lição de casa hoje?
35:10Não.
35:11Eu já fiz.
35:12Ah, assim que eu gosto, meu filhote.
35:16E aí, teu pai te falou sobre uma caminhada maluca que ele vai fazer?
35:20Falou.
35:21Mas eu sei que você não vai deixar eu ir.
35:22Ele já falou isso também.
35:23Parece que o Newton faz de propósito também, né?
35:26Ele sabe que eu não quero você metido nessas roubadas.
35:29Ai, que roubada, mãe?
35:30É só uma caminhada.
35:31Não tem nada de mais.
35:32Eu conheço teu pai.
35:33Pra ele ficar voando naquele aviãozinho, pulando de lá de cima, não tem perigo.
35:37Eu que sei.
35:38Ah, você reclama quando eu fico em casa jogando videogame.
35:40Aí quando tem uma chance de eu sair você não deixa eu ir?
35:42Mas eu só quero te proteger, filho.
35:44E quando teve aquele passeio da escola você deixou eu ir.
35:46Mas agora se você quer com meu pai você quer ficar de bronca.
35:48Se eu tenho bronca do Newton é porque ele merece.
35:51Um dia você vai entender.
35:53Eu sei que vocês ficam brigando e sempre sobra pra mim, né?
35:56Pô, caraca, mãe.
35:57Eu queria ir nessa caminhada.
35:58Agora eu só não vou pro que você quer sacanear meu pai.
36:00Carlos.
36:01Ah, mas é verdade.
36:03Pô, eu tinha que ter escolhido ficar com ele, não com você.
36:06O quê?
36:07Ah, é isso mesmo.
36:08Se tivesse um juiz aqui na minha frente e me perguntasse com quem que eu ia ficar eu ia ter escolhido ficar com ele.
36:12Como é que você fala uma coisa dessas?
36:14Você não fala isso nem de brincadeira, tá ouvindo?
36:17Nem de brincadeira.
36:18Tem noção de tudo que eu faço por você, menino?
36:21Não, eu não acredito.
36:23O irresponsável do teu pai bancando bonzinho e eu que fico a bruja da história.
36:27Era só o que me faltava, meu Deus.
36:29Olha aqui, Carlos.
36:30Eu não fico andando por aí, não.
36:32Andando uma de radical.
36:33Eu trabalho duro.
36:34Eu lavo suas roupas.
36:35Eu passo.
36:36Eu cozinho pra você.
36:37Eu cuido de você.
36:38Você acha que é fácil pra mim ser a chata da história?
36:41Hein?
36:42Quanto tem gratidão, meu Deus.
36:43Quanto tem gratidão.
36:45Cara, essa lasanha tá demais.
37:02Não falei?
37:03Muito melhor que essas frutinhas aí do mato.
37:07Mas e aí?
37:08Tem certeza que você não vai querer jogar videogame depois?
37:10Não.
37:11Vai, eu te ensino.
37:12Não, cara, eu não tenho sapo esses negócios, não.
37:14Chama o Carlos.
37:16Não é ele que é fera?
37:17Ih, a mãe dele é mó jogo duro, cara.
37:19Acho difícil ela deixar ele vir pra cá, viu?
37:21Não deixa o cara fazer nada.
37:22Só fica lá, ó, brigando com o pai dele.
37:24Mas também parece ser legal, né?
37:26É.
37:27Ela pega um pouco no pé, mas no geral ela...
37:29Ela é maneira, assim.
37:30Meu pai também.
37:31Meu pai é muito bacana.
37:33Cara, deve ser o máximo ter um pai piloto.
37:35Eu tenho muito orgulho dele, sabia?
37:37Quando eu crescer, eu quero ser que nem meu pai.
37:39Mas e você?
37:41E o quê?
37:42Como é que são seus pais?
37:43Meus pais?
37:44É.
37:45Você tem pai e mãe, não tem?
37:46Mas vem você com esse papo de novo, né, Guilherme?
37:48Tá, cara.
37:49Eles são legais.
37:50Eu não quero falar disso agora, não, tá?
37:52Eu terminei.
37:53É melhor eu ir embora.
37:54Não, espera.
37:55Você não vai querer dormir aqui?
37:57Eu não.
37:58Se eu ficar, sua mãe vai ficar fazendo um monte de perguntas.
38:00Tá bom.
38:02Mas então eu vou conhecer até a sua barraca.
38:04E nem vem dizer que não precisa que eu vou te levar assim, viu?
38:07Vamos.
38:16É verdade mesmo, filho.
38:18Eles vão cair de pau em você?
38:20Conversa, mãe.
38:21Deixa falar.
38:22Que cair de pau é coisa nenhuma.
38:23Fiquei muito nervosa.
38:25É isso que ele quer, mãe.
38:27Para, para.
38:28A Juricaba tá com raiva porque o doutor Ventania peitou ele legal bem na frente do promotor.
38:32A senhora precisava ver.
38:34Ele botou o galho dentro e o doutor Ventania tacou latim em cima dele.
38:38O doutor Ventania acha mesmo que pode soltar você?
38:41Bom, ele garantiu que o abeas corpos não demora a sair.
38:44Nunca entendi direito esse negócio de abeas corpos.
38:47Será que esse povo não pode falar direito?
38:49É latim, mãe.
38:51Latim.
38:52Quer dizer que cada um é dono do seu nariz, que o cara não pode ficar preso.
38:55Qualquer coisa desse tipo, entendeu?
38:57Mas o que importa é que esse troço vai me tirar daqui.
39:01Mas agora me diz aí, mãe.
39:03O que o povo anda falando de mim?
39:05O doutor Ventania disse que eu sou um herói, sabia?
39:08Ele disse que eu mereço as maiores honrarias que a nação reserva para os heróis.
39:13Eu nunca vou me esquecer disso.
39:15Você não vai ficar metido, hein?
39:17Mas é isso mesmo que estão falando de você.
39:20Na rua, nos bairros, na praça, em tudo que eu canto.
39:24Você é o herói de Ribeirão.
39:26E eu virei a mãe do herói.
39:28Até o professor Flores.
39:31Imagina, foi lá em casa fazer uma visita.
39:34Disse que era para prestar solidariedade.
39:38Coisa viva, garoto.
39:40Caramba.
39:42O professor gosta mesmo de mim de verdade, né?
39:45Me dá valor.
39:47E...
39:48O que mais, mãe?
39:49O que mais?
39:50Mais o quê?
39:51Não chega?
39:52Me diz você.
39:54Como é que está aqui nesse chiqueiro?
39:56Como é que se pode estar no chiqueiro, mãe?
39:57Mal, né?
39:58Mas o moral está alto.
40:00Nunca teve tão alto.
40:01Esse é bom.
40:03O perigo é subir demais para depois desabar.
40:06Desaba não, mãe.
40:07Desaba não.
40:08Eu disse que meu dia ia chegar.
40:10E chegou.
40:11Matei a cobra e mostrei o pau.
40:13E eu não disse que você ia parar na cadeia?
40:15Parou.
40:28Lincoln, please accept my sincere congratulations
40:31for the international repercussion of the political conspiracy
40:35denounced in your brilliant account in Folha da Corredeira.
40:39Oi.
40:40Oi.
40:42Oi.
40:43Não tinha nem te visto de entrar.
40:47Traduz pra mim.
40:50Traduz.
40:53Lincoln, receba meus sinceros parabéns pela repercussão internacional da conspiração política
40:59denunciada em sua brilhante matéria na Folha da Corredeira.
41:03Nossa.
41:04Que chique.
41:05É.
41:06Quem é o cara que escreveu isso?
41:07É um colega da imprensa britânica.
41:09Ele morou muito tempo no Brasil.
41:11Ele mandou esse e-mail lá de Londres, lá da Inglaterra.
41:15É.
41:16Então quer dizer que o nosso modesto jornal não é mais modesto, né?
41:19Hum.
41:20Cara, me cita.
41:21Eu recebi mensagens dos Estados Unidos e de vários outros países da Europa.
41:26É.
41:27Bacana, né, chefe?
41:28Eu vou querer um aumento.
41:30Vai querer o quê?
41:31Aumento.
41:32Querida, ainda não enviaram dinheiro.
41:34Portanto, você pode tirar o seu cavalinho da chuva.
41:37Bom, chefe.
41:38Eu tenho que reconhecer que você é muito esperto.
41:41Eu não tinha entendido aquela coisa de golpe jornalístico.
41:44Mas eu tenho que assumir que foi uma jogada de golpe.
41:47Presta atenção.
41:48Aprende.
41:49Não bastava publicar a história do manifesto, Carmen.
41:53Tinha que vir junto a foto do Joca preso, compreende?
41:56Olha.
41:57Vivendo e aprendendo.
42:0299% do que eu aprendi foi aqui dentro, no dia a dia da redação.
42:0699%.
42:10O resto é o resto.
42:14Escuta, deixa eu te perguntar.
42:18Você topa ir lá no Barajito tomar um chopp?
42:20O que que você acha?
42:21No Barajito?
42:22Sim.
42:23Agora?
42:24Olha, eu acho melhor não.
42:26Porque depois a sua mulher não vai gostar e vai ficar melhor do todo.
42:29Deixa eu te dizer uma coisa.
42:30A grande virtude da minha mulher, a Patrícia, é que ela não se mete na minha vida.
42:35E nem eu me meto na vida dela.
42:37E depois tem uma coisa.
42:38Ela tá em São Paulo, que é muito longe daqui.
42:41E também não tem por que se preocupar, né, chefe?
42:43Então, então vamos.
42:49Eu falei que a sua mãe ia mexer de perguntas.
42:51Se eu dormisse lá, não ia ter como escapar do interrogatório.
42:54É, mas mãe é tudo assim mesmo.
42:56Fica querendo saber de tu.
42:57É, mas eu não posso dar mole, né, Guilherme?
42:59É, mas também não vai dar pra você segurar essas mentiras durante tanto tempo, né?
43:05Tô sabendo.
43:06Vou levando até quando der.
43:08Se a barra ficar pesada demais, eu vaso.
43:10Mas você tá pensando em ir embora daqui?
43:12Não, eu gosto de Ribeirão.
43:14Eu consigo faturar uma grana pra pagar um rango, me divirto a besta zoando na praça.
43:18Ainda tem uma barraca super maneira só pra mim.
43:20É, mas isso não é uma casa de verdade, né?
43:23Não sei.
43:24Mas pra mim tudo bem.
43:26Não se preocupe com isso não.
43:28É que eu me preocupo com você, Diana.
43:31Sabe?
43:32Todas essas mentiras.
43:34Você dormindo no meio do mato sozinha.
43:37E você tem um nome tão bonito.
43:39Ninguém pode te chamar assim.
43:41Você pode.
43:46Posso?
43:47Se não for otário pra falar na frente de todo mundo.
43:50Olha lá, hein, Guilherme.
43:51Diana.
44:08Você tem uns olhos tão bonitos, sabia?
44:11Dianna.
44:13Dianna.
44:41Dianna.
44:42皆さん, o que vocês acharem, não me importando você.
44:43Teable.
44:45Nossa senhora, o que você achou e está vindo.
44:46Talki boa dessa minha 쿠시ã.
44:47Parse.
44:49Para ela, eu te deixvo para a cabeça...,
44:51화� sea, ó.
44:52Nunca pisou pra mas de fato.
44:53Dianna.
44:54Se ocken highlighting né.
44:55Pelo as almas lágrimas.
44:57É assim, eu ou vice-palas agora.
44:58Há ''El se''unobakado.
45:00Pelo as almas me distrahtes aprimata'
45:02Porta.
45:04Idiças que o seu Mechanismo com o UF chegá tem,
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