- ontem
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CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
Transcrição
CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
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TVTranscrição
00:00Agora eu quero que você veja uma coisa.
00:02Chega aqui.
00:09Comando invisível?
00:10O que é isso, professor?
00:12Estava no computador na noite da morte da minha mulher.
00:17Nós temos que descobrir o que isso significa.
00:22Foi por isso que o senhor falou que tinha um suspeito, né?
00:25Mas que estranho.
00:27Só tinha escrito isso, comando invisível?
00:29Apenas esses dizeres.
00:31Olha, professor.
00:33Se o senhor quer saber a minha opinião,
00:35isso só pode ser uma mensagem do assassino ou dos assassinos.
00:38Esse é o raciocínio mais imediato.
00:40Mas eu não tenho certeza de nada.
00:42Preciso investigar.
00:43E o que é que o delegado Ajuricaba achou desse negócio?
00:47Eu não mostrei para a polícia.
00:49Não mostrou?
00:50Por quê, professor?
00:51Eu vou ser claro com você.
00:53Eu não acredito que o delegado Ajuricaba
00:56seja capaz de desvendar crime algum.
00:59Muito menos um assassinato como esse.
01:02Ele não pega nem ladrão de galinha.
01:04Ele é muito fraquinho mesmo.
01:06Eu presinto que há muito mais mistério por trás desse assassinato
01:09do que supõe a vã filosofia de um delegado de polícia.
01:13E a nossa também.
01:15Comando invisível?
01:17Suponho que exista muita coisa por trás desse nome.
01:21O quê, professor?
01:21Se eu soubesse, não teria te contratado?
01:24Claro.
01:25Claro, professor.
01:27Desculpe a besteira.
01:30Nós temos que investigar
01:31sob absoluto segredo, entendeu?
01:34Se descobrimos alguma pista,
01:36aí vamos avaliar se passamos a informação para a polícia.
01:40Entendi, professor.
01:42Mas me diz uma coisa.
01:44Para o senhor, aí dentro da sua cabeça,
01:46por que esse tal comando matou a sua mulher?
01:49Eu já lhe disse?
01:51Eu não tenho nem certeza se foi mesmo esse comando que matou minha mulher.
01:54Mas foram eles que deixaram essa mensagem aí, professor.
01:57Pode ter sido alguma pista do assassino para desviar a atenção.
02:00Entendeu?
02:01Entendi.
02:02Mas isso tudo está muito complicado, viu?
02:09Eu vou lhe contar um fato
02:11que deve ser mantido sob absoluto sigilo, entendeu?
02:16Nenhuma palavra que eu disser aqui
02:18pode sair desse espaço.
02:23Alguns dias atrás,
02:25eu recebi uma mensagem pela internet
02:27que dizia o seguinte.
02:29Tome cuidado, professor Flores.
02:32O senhor vai ser atacado pela conspiração.
02:37Proteja-se como puder.
02:39Assinado, comando invisível.
02:46Conspiração?
02:48Eu não dei a menor atenção para essa mensagem.
02:51Achei que era uma brincadeira de mau gosto.
02:54Quando vi minha mulher morta,
02:57percebi que fui imprudente.
03:00Talvez eu a pudesse ter salvo.
03:02Caraca!
03:02Mas, professor,
03:09quem é que garante que não foi o pessoal do comando
03:11que inventou essa de conspiração
03:13para livrar a própria cara?
03:14Também é uma hipótese.
03:17Estamos navegando num mar desconhecido.
03:21Sem bússola e sem instrumento.
03:24Você quer tomar alguma coisa?
03:26Eu tenho um licor que é muito apreciado pelos amigos.
03:29Um licorzinho sempre cai bem, né, professor?
03:31Mas me conta sobre essa mulher que você está investigando.
03:38Quem é ela?
03:42O bêbado caiu dentro da sepulha.
03:46Que horror, gente.
03:48Isso depois de um discurso estapafúrdio do prefeito.
03:51Uma cena lastimável.
03:53Difícil de imaginar.
03:55De onde nós estávamos,
03:57deu para perceber que aquilo parecia tudo,
03:59menos um enterro.
04:00O que não é de espantar.
04:02Esta cidade sempre foi maluca.
04:04Eu lembro do meu tempo.
04:06Todo dia acontecia uma insanidade dessas.
04:09Por falar nisso,
04:10correm os mais diferentes rumores na cidade a respeito da senhora.
04:15Deve ser engraçado o que dizem de mim por aí, né?
04:18Os mais instruídos supõem que a senhora é quem de fato é.
04:22Porque já havia ocorrido a notícia
04:24de que a maior acionista do resort visitaria a cidade.
04:27O povão é que está inventando as histórias mais assustadoras.
04:32Qual, por exemplo?
04:34Uns dizem que a senhora é uma milionária
04:37que comprou todo o centro histórico
04:39e que vai colocar tudo abaixo
04:40para montar uma nova cidade.
04:44Outros já dizem que nas escavações das obras
04:47nós encontramos o tesouro de Ribeirão.
04:50E a senhora veio para tomar conta do ouro.
04:52Se tivessem mais imaginação, chegariam perto dos meus verdadeiros motivos.
04:57Que certamente são mais surpreendentes
04:58que essas bobagens que eles estão inventando.
05:01O que é incrível
05:02é que ainda se fale no tesouro de Ribeirão.
05:06O povo adora essa história.
05:08É, o povo precisa de mitos.
05:11Quanto mais maluco for, mais sucesso faz.
05:14Pode ser.
05:15Mas eu não acho conveniente
05:16que a senhora continue em volta desse mistério.
05:18Eu estou programando uma recepção
05:21para apresentar a senhora formalmente à sociedade local.
05:23Ah, linda!
05:24Será mesmo necessário aguentar esses capiaus?
05:28Para os nossos negócios, creio que é indispensável.
05:30Lembre-se que ainda tem muita gente contra nós.
05:33Eles, conhecendo a senhora pessoalmente,
05:35as resistências vão diminuir.
05:37Mas será que não é melhor receber os mais importantes
05:39ao petit comité?
05:40Não.
05:41Vamos fazer uma recepção elegante, charmosa.
05:44É muito mais simpático, mais envolvente.
05:47Bom, se não tiver outro jeito...
05:50Então eu posso organizar a recepção?
05:51Aqui mesmo, num solar.
05:53Tudo bem.
05:57Posso?
05:58Yara, você fez a maior confusão com as reservas.
06:17Esse grupo de São Paulo vai chegar aqui no dia 20.
06:19Os estrangeiros vão chegar no dia 23.
06:21Olha, vão faltar quartos.
06:23Foi mal, foi mal, Virgílio.
06:24Essa confusão toda eu realmente troquei as bolas.
06:26Você sempre disse que dificilmente daria certo
06:28você exercer ao mesmo tempo duas funções.
06:30A de instrutora de esporte e a administradora da pousada.
06:33Não, não, não.
06:34Eu consigo, Virgílio.
06:36Eu consigo.
06:37É que hoje, com a chegada do avião,
06:39eu me enrolei um pouco.
06:40O avião vai estar aqui todos os dias a partir de hoje.
06:43E aí, como é que vai ser?
06:44Não é toda hora que vai ter decolagem
06:46e não é sempre que eu vou soltar.
06:48Eu preciso do dinheiro, vai, Virgílio?
06:50Não vai mais acontecer.
06:53Sabe que eu gostei muito do teu salto?
06:58Você desceu como uma águia.
07:02Mesmo dentro daquela roupa,
07:04deu pra perceber as suas formas,
07:07sua beleza.
07:09Obrigada.
07:11Yara, o que a gente pode fazer pra evitar os problemas?
07:14É sempre no final do dia
07:19que nós conferimos juntos
07:21as notas,
07:23as reservas.
07:25Você poderia dar uma passadinha lá no meu chalé?
07:27Não, eu não tenho tempo.
07:29Não tenho tempo.
07:29Não tenho tempo e nem vontade de passar lá no seu chalé, não.
07:32Mas a gente pode continuar conferindo sempre mesmo.
07:33Mas se você quiser...
07:34Ai, boa noite.
07:37Boa noite.
07:38Até que enfim, hein?
07:40Mas que enterro mais demorado.
07:42É, nada nessa cidade é simples, né?
07:46Vocês não imaginam o que foi essa cerimônia.
07:49O que aconteceu?
07:51Vi tudo um pouco.
07:53Teve discurso do imbecil do prefeito,
07:56bêbado, caindo na sepultura,
07:59discussão, briga.
08:01Olha, é difícil de acreditar.
08:02E o doutor Flores?
08:04Indiferente.
08:05Agia como se nada tivesse acontecendo.
08:10Aqueles malucos aprontavam
08:11e ele não contraía o músculo da face.
08:16Impressionante.
08:17Fiquei boba.
08:18Devia estar em estado de choque ainda.
08:20E a polícia?
08:21Descobriu o criminoso?
08:22Pelo que eu vi lá,
08:23se depender das autoridades locais,
08:26vai ser difícil.
08:27Cadê o Tito?
08:28Já chegou.
08:29Tá no quarto.
08:29Ah, eu vou lá falar com ele.
08:30Não, não.
08:31É melhor você não ir, Cloriz.
08:32Ele está acompanhando.
08:33Ah, é essa hora?
08:34Qual é o problema?
08:36Você nunca ouvi dizer
08:37que para o amor
08:37não existe tempo?
09:04Confesso agora,
09:11o que é que você prefere?
09:12Eu ou paraquedas?
09:14Você por baixo,
09:15o paraquedas por cima.
09:16Bobalhão.
09:17Tito!
09:30Tito!
09:31Eu preciso falar com você.
09:34O que foi, mãe?
09:35Vem cá um instante.
09:37Será que sua mãe não se manca, não?
09:38Ô, mãe, eu estou ocupada agora.
09:43Eu tenho que te contar o que aconteceu na cidade.
09:46Não demora, tá?
09:47Qual é a da tua mãe?
10:15Nada, amor.
10:19Um pouquinho de falta de noção.
10:20Será que é só isso?
10:22Às vezes eu tenho a impressão de que ela me odeia.
10:25O que é isso, amor?
10:25Besteira.
10:26É a própria estraga-prazeres.
10:28Vou te contar, viu?
10:32Coisa.
10:34Tá bonito.
10:36Muito bonito.
10:37Ah, eu não pretendo ver salto de paraquedas nenhum.
10:45Na aflição, isso?
10:47Se você pretende morar aqui, vai ser difícil não ver.
10:50Porque eles vão saltar quase todos os dias.
10:52Vigílio, eu não pretendo me enterrar aqui por muito tempo, né?
10:56Nesse buraco, pelo amor de Deus.
10:58Boa noite.
10:59Boa noite.
11:00Oi, querida.
11:01Ah, não sabia que você estava aí com o Tito.
11:04Tudo bem, amor?
11:07Olha, Cloris, você é sempre bem-vinda.
11:09Viu?
11:10Obrigada, amor.
11:11Ei, mãe, como é que foi lá o enterro?
11:12Não, você não imagina.
11:14Ah, não, por favor.
11:15Depois vocês falam sobre esses assuntos fúnebres.
11:17Primeiro eu quero contar as novidades.
11:20Novidades?
11:21Que novidades?
11:22Uma notícia maravilhosa, Cloris.
11:25Eu tenho certeza que você vai adorar.
11:28Tito e eu decidimos começar a tratar dos papéis para o casamento.
11:35Casamento?
11:39Mas que novidade maravilhosa.
11:45Parabéns.
11:52Quer dizer que meu pai caiu na turma ou o senhor ainda vem me contar, né?
12:06Tu é a única pessoa que ele tem no mundo.
12:10Se tu não ficar sabendo...
12:11O que adianta ficar sabendo?
12:13Salme, não posso fazer nada.
12:14Meu pai não me ouve.
12:15Ouve sim, Flamengo.
12:17Agora tu tá sendo injusta.
12:20Ele te adora.
12:21É tu na terra e Deus no céu.
12:24Eu sei que o senhor tá dizendo isso pra ser bacana,
12:25mas eu conheço bem o pai que eu tenho, viu, seu homem?
12:28Ele contou pro senhor o que tá acontecendo com a gente?
12:30Não, o que é?
12:31Eu tô falando.
12:32Eu disse, meu pai saiu de casa pra pedir ajuda pro senhor.
12:35Deve ter esquecido.
12:37É, pois é, a cachaça.
12:38Isso aí tá torrando os miolos deles.
12:42Sobre isso a gente não pode fazer nada, minha filha.
12:45Anda, me conta.
12:46Que ajuda é essa que vocês estão precisando?
12:51O senhor Nazinho botou a gente pra fora de casa.
12:53Não passa de amanhã.
12:54Como?
12:55Ele não pode fazer isso.
12:57O pior é que pode.
12:58O pior é que pode, porque o juiz já deu despejo
13:00e ainda botei ele pra fora hoje.
13:02Senhor Romeu, a gente não tem pra onde ir.
13:05Caramba.
13:07Que tranqueira, hein, filha?
13:08Pois é.
13:10Era o meu pai que devia dizer isso,
13:11mas você e eu, claro.
13:12Não.
13:14Senhor Romeu, será que a gente podia passar um juízo na sua casa?
13:17Por mim, Felomena, não tem problema.
13:24Tu sabe que tu e teu pai são meus, dos peitos.
13:29Mas eu vou ter que consultar a Xanxa.
13:32A dona Xanxa.
13:35Sabe como é, né?
13:36Pô, tomara que ela não cause problema.
13:38Sou Pedro Silva de Vera, eu tenho selva de fera.
13:41A natureza me espera.
13:43Vem, vem, mãe, minha cor.
13:46O meu cavalo é de osso, eu lhe beijando o pescoço.
13:49Ele me leva no doço, aonde o sol vai ser.
13:53Eu só preciso de um prato, nada mais que um trapo.
13:56Oi, mãe.
13:57Oi, filhinha.
14:00Onde a senhorita estava, hein?
14:01Ai, onde é que eu estava?
14:02Com o meu noivinho, olha, onde é que podia ser.
14:05Ai, mas esse salto de paraquedas não ia acontecer de tarde, sei lá.
14:08É, depois nós fomos namorar um pouquinho, porque ninguém é de ferro, né?
14:12E essa carinha linda e feliz que você está.
14:15Finalmente.
14:16O Tito concordou em falar sério sobre o casamento.
14:19Mentira?
14:20Vamos começar a tratar dos papéis.
14:22Para a bronca da minha futura sogrinha.
14:25Bronca por quê, carinha?
14:26Ai, minha impressão é que ela morre de ciúme do filhinho, aquela megera maluca.
14:30Mas agora vai se roer.
14:32Porque não demore, eu vou trajar um deslumbrante vestido branco
14:36e arrastar o rebento dela pela colhera.
14:39Olha, eu vou boas falas, querida.
14:42Imagina você linda, deslumbrante, não vestido branco.
14:44Deslumbrante não, a mais bonita.
14:46Mãe, você não pode interferir desse jeito na minha vida.
14:49Eu tomo as decisões que eu quiser.
14:50Eu sei o que eu estou fazendo.
14:51Claro, meu filho.
14:52Claro, você é maior de idade.
14:54Você é livre, é dona do seu nariz.
14:58Você pode fazer o que você quiser.
14:59Acontece que nós fizemos um acordo.
15:01Eu vou cumprir minha parte, fica tranquila.
15:03Vou devolver todo o dinheiro que você me prestou.
15:05Você me garantiu que não assumiria compromisso com mulher alguma
15:10enquanto não saudasse a dívida que você tem comigo.
15:13Aliás, essa foi a condição que eu impus.
15:16Porque eu sei que na hora que aparecer uma mulherzinha nessa história,
15:19eu nunca mais vou ver a cor do meu rico dinheirinho.
15:22Pá, você está falando uma besteira, mas é um absurdo.
15:24Meu filho, meu filho, eu conheço as mulheres, eu conheço os casamentos.
15:31Eu sei muito bem por onde corre a linha, tá?
15:33Ah, tá bom.
15:35Eu não sou idiota pra me deixar enrolar por mulher nenhuma, tá?
15:37Nenhuma mulher vai me dominar.
15:38E nem a Karina é uma caçadora de dotes.
15:41Todos os homens são idiotas.
15:44E você não foge a regra.
15:47Escuta bem, ô Tito.
15:49Escuta bem.
15:50Eu coloquei nas suas mãos todas, mas todas as minhas, as minhas...
15:56Para, Tito, escuta.
15:58Todas as minhas economias.
16:00Tudo, tudo que seu pai deixou pra mim, pra me garantir uma vida tranquila até eu morrer.
16:05Tá tudo aqui.
16:07Eu tô sem quase um tostão.
16:08Tá tudo aqui, enterrado aqui.
16:10Aqui, ó.
16:11Nessa, nessa, nessa posada.
16:14Naquele avião.
16:15Foi a melhor aplicação de capital que você podia ter feito.
16:17Esse detalhe ainda não está comprovado.
16:20Depois teve aquela maldita crise.
16:22Eu me ferrei com aquela crise.
16:23Me ferrei.
16:24Ah, se precipitou, né?
16:25Tinha nada que ter vendido tuas ações.
16:27Fiquei com medo, né?
16:29Como quase todo mundo.
16:30É difícil você ficar vendo seu dinheiro desaparecer.
16:32Eu vendi as ações pra não ficar sem nada.
16:34Ah, fez besteira.
16:35Vendeu no ponto mais baixo.
16:36Agora é fácil falar, né?
16:37É fácil falar.
16:39Mas não adianta mais.
16:40Não adianta mais.
16:41O pouquinho que eu tinha escondido de você, eu perdi.
16:43Eu perdi.
16:43Eu não posso perder mais, Tito.
16:45Até meu apartamento em São Paulo, eu tive que alugar pra me garantir um mínimo de renda.
16:49Tive que vir morar aqui nessa posada pra não dormir ao relento.
16:52Logo eu.
16:53Logo eu.
16:55Porque eu tenho horror.
16:56Horror a roça.
17:00Ô mãe, Ribeirão do Tempo não é roça.
17:02Não é roça.
17:04Olha só, fica tranquila, tá?
17:05Eu vou devolver todo o dinheiro que você me prestou.
17:07Você pode colocar sua cabeça no travesseiro.
17:10Fica tranquila que eu vou te pagar.
17:12Tá bom?
17:12Eu tô tranquila.
17:15Eu tô tranquila.
17:17Mas até o meu dinheiro, o meu capital, o capital que eu investi, voltar pra minha bolsinha,
17:26o senhor não vai assumir compromisso nenhum com essa garota.
17:30Se pelo menos fosse uma menina de sociedade...
17:35Uma carinha de uma menina fina.
17:39É uma morta de fome.
17:41E aí, gente, conseguiu, né?
17:55Tá aqui.
17:56Raio foi a maior perrença e sem a mãe dele ver.
17:59O único problema é essa ela descobrir depois, né?
18:00Ih, ninguém lembra mais dessa barraca.
18:03O problema é a gente estar por aqui, né, gente?
18:05Vamos logo de uma vez, vamos?
18:08Mas você sabe montar isso?
18:10Mais ou menos, né?
18:11A gente descobre.
18:12Tem um saco de dormir aqui também.
18:14É, tá meio estrupiado, mas quebrumgado.
18:16Vambora, gente.
18:17O louco vai entrar na minha casa.
18:19Vambora.
18:19Vambora.
18:20Vambora.
18:20Vambora.
18:21Vambora.
18:21Vambora.
18:22Vambora.
18:22Vambora.
18:22Vambora.
18:23Vambora.
18:23Vambora.
18:23Vambora.
18:24Vambora.
18:25Vambora.
18:26Vambora.
18:27Vambora.
18:28Vambora.
18:29Vambora.
18:30Vambora.
18:31Vambora.
18:32Vambora.
18:33Vambora.
18:34Vambora.
18:35Vambora.
18:36Vambora.
18:37Vambora.
18:38Vambora.
18:39Vambora.
18:40Vambora.
18:41Vambora.
18:42Vambora.
18:43Vambora.
18:44Vambora.
18:45Vambora.
18:46Vambora.
18:47Vambora.
18:48Vambora.
18:49Vambora.
19:12Prova.
19:12Galera!
19:13O lugar que eu pensei é esse.
19:14Bom que fica bem escondido e tem água perto, né?
19:18É, o chão é plano.
19:19É bom pra armar uma barraca.
19:21Por quê?
19:21Como assim por quê?
19:23Se você armar uma barraca numa ladeira e chover, a água entra.
19:26Aqui não, vai sair pelos lados.
19:28Entendeu?
19:30Nossa, você não sabe de nada mesmo.
19:32Você vai acabar morrendo assim.
19:33Eu aprendo.
19:34Chega de conversa, gente. Vamos logo armar essa barraca?
19:37Me ajuda aqui, vai.
19:44Quando eu olhei, professor, a madame estava assistindo o enterro de longe.
20:02Igual a urubu.
20:03Aí eu falei, aí tem coisa.
20:04Fui lá.
20:05Agora, não sei se ela pressentiu a minha presença, né?
20:07Porque ela e o rapaz que estavam com ela não me viram.
20:10Tenho certeza.
20:11Sou um profissional, professor.
20:12Agora, não sei o que aconteceu.
20:13De repente, eles entraram no carro e se mandaram.
20:17Precisa ver o carro da madame, professor.
20:19E por que você desconfiou dessa mulher?
20:22Ela chegou na cidade justamente no dia do crime, professor.
20:25Eu estava na praça, eu vi.
20:26Ela e aquela dona Arminda.
20:30Essa eu não acredito que tenha nada de suspeito, não, viu, professor?
20:33Ela me parece uma moça muito bacana.
20:35Pelo que você está dizendo, essa mulher que chegou deve ser a acionista majoritária do resort.
20:41A dona do negócio.
20:42Ela se chama do réu.
20:44Eu li uma notícia de que ela viria visitar o empreendimento.
20:47Será que foi esse pessoal que mandou fazer o servicinho na dona Dirce?
20:50Eles não me têm na conta de amigo, com certeza.
20:53O senhor costuma baixar o pau neles, né?
20:54Eles têm razão para ter ódio de mim.
20:57Justamente agora, eu entrei com uma ação na justiça para embargar a obra.
21:01Professor, eles devem estar tiririca com o senhor.
21:06Agora, pela minha experiência, a gente deve começar investigando por esse pessoal.
21:13Vai ver que são eles que estão por trás desse tal comando, dessa conspiração.
21:17Eu custo acreditar.
21:20Não que essa gente não seja capaz de matar com a maior tranquilidade,
21:23mas eles não se exporiam.
21:28Mas você tem razão.
21:30Vamos começar por eles.
21:32Valeu, mestre.
21:33Como é que você pretende fazer as investigações?
21:36Deixa comigo, professor.
21:38Mais cedo do que o senhor espera, vou lhe trazer resultados.
21:40Pronto.
21:47Tá aí tua casa, Tião.
21:49Valeu mesmo, cara. Ficou muito legal.
21:51É, se não chover, eu só dormi numa boa.
21:52E se chover também, é barraca impermeável. Esqueceu?
21:55Mas ela tá toda afirada.
21:57Sem problema, não.
21:57Se tiver alguma goteira, o Tião resolve com um pedaço de plástico.
22:00Coisa à toa.
22:01Pode deixar, gente. Eu me viro.
22:03Quero ver como é que você vai se virar
22:04quando você estiver sozinho em uma escuridão.
22:07Nem lanterna você tem.
22:09Relaxa.
22:09Eu deixo a minha com você.
22:11Cara, se você puder, vai ser mó adianto.
22:13Mas você não vai precisar dela?
22:14Ah, precisar eu vou, né?
22:15Mas tudo bem.
22:16Depois você me devolve.
22:20Aí, gente, eu tenho que ir.
22:21Senão minha mãe vai ter um ataque.
22:23Ela é chata pra caramba com esse negócio de hora.
22:26É, a minha também.
22:27Não, vocês podem ir, gente.
22:28Eu não vou ter medo.
22:29Ainda mais com uma lanterna.
22:30Tá limpo.
22:31Ó, qualquer coisa você corre.
22:32Não tá muito longe da cidade, não.
22:34E grita, hein.
22:35Tá, pode deixar, gente.
22:36Vamos logo.
22:37Até amanhã.
22:38Até.
22:38Até.
22:38Valeu.
22:39Tchau.
22:40Tchau.
22:41Tchau.
22:42Tchau.
22:43Tchau.
22:44Tchau.
23:14Tchau.
23:44Tchau.
23:45Tchau.
23:46Tchau.
23:47Tchau.
23:51Tchau.
23:55Tchau.
23:55Brasileira dos deuses.
23:58Oi, mãe.
24:00Oi.
24:05Tudo bem?
24:07Tudo bem?
24:08Oba, você fez bolo.
24:10Posso saber onde é que o senhor estava até essa hora?
24:13Eu estava com o pessoal ali na praça.
24:15Mentira, que eu fui lá te procurar e o senhor não estava lá.
24:19Escuta aqui, mocinho.
24:21O senhor trata de falar a verdade para a sua mãe, hein?
24:23Mas você não deixou acabar.
24:24Eu estava com o pessoal lá na praça, só que depois a gente foi para a casa do Guilherme.
24:29Se você quiser, pode até perguntar para a mãe dele.
24:31Não, tudo bem.
24:32Mas eu já não te disse que para quando for longe é para avisar, mamãe?
24:37Ai, eu esqueci, mãe.
24:39E a casa do Guilherme nem é longe?
24:41Fora do centro é longe.
24:43Não parece esse bolo aí, vai.
24:44Tira essa mão daí que está quente.
24:47Vai dar dor de barriga.
24:50Ou você estava com aquele seu amiguinho esquisito, aquele que veio aqui outro dia.
24:53Como é mesmo o nome dele?
24:55Ah, é Tião.
24:56Ele estava com a gente também.
24:57Mãe, mas ele não disse que mora em Cabreira?
25:00Ai, a mãe dele viajou.
25:01Ele está na casa de uma tia que mora aqui em Ribeirão.
25:03Hum, tá.
25:05Mãe, quando é que você vai me deixar soltar de paraquedas com o meu pai?
25:09Nunca.
25:09Pelo menos enquanto eu estiver viva.
25:13Você é chato mesmo.
25:17Você mandou
25:19Outra vez que eu juntasse meus panos e fosse
25:23Me dispensou
25:28Sem me dar um aviso sequer
25:31E nenhuma razão
25:33Esse peixinho pra mim, amor.
25:35Hum, o avião é muito bom.
25:38Ah, o Gui viu, não viu, filho?
25:40Muito bacana, mas você tem que ver.
25:41Sei.
25:43É, o Tito investiu uma nota preta nessa aeronave.
25:46Você acha que ele vai ter condições de recuperar essa grana?
25:49Pelos cálculos dele, tem.
25:50Mas não vai ser fácil, não.
25:52A gente precisa atrair muito paraquedista pra cá.
25:54E muito turista também.
25:55Pai, amanhã eu posso ir voar com você?
25:56Ei, não senhor.
25:59Você tem que estudar, esqueceu?
26:00E olha aqui, Silvio, passou o dia inteiro na rua fazendo o que?
26:03Eu nem sei.
26:04Mas as minhas notas estão boas.
26:05E aí, pai?
26:07Hum, não sei, filho.
26:09Vamos deixar para o final de semana?
26:11Assim não atrapalha o colégio, valeu?
26:12Combinado?
26:13Ai, Silvio.
26:15Olha, eu casei com um piloto sabendo de todas as apreensões que eu ia viver.
26:21Mas pelo amor de Deus, toma cuidado, vai.
26:24Eu sou profissional, amor.
26:26O que é isso?
26:27Pega até mal você falar um negócio desse por aí.
26:29Eu estou me referindo à manutenção da aeronave.
26:31Que absurdo, amor.
26:33Até parece que você não conhece o Newton.
26:35Um dos melhores mecânicos que tem aqui na região.
26:37Eu sei, eu sei.
26:39Eu não estou desmerecendo o Newton.
26:41Mas acontece que eu sou esposa e mãe.
26:44Ah, isso.
26:45Eu jamais vou ficar tranquila com vocês dois lá em cima.
26:48Pode ficar, viu?
26:50Relaxa.
26:54Me dá teu prato, filho.
26:56O pai, quando a gente for voar eu posso levar um amigo?
26:59Hum, quem?
26:59O Carlos?
27:00Não, o outro.
27:01Eu moro lá em Cabreira.
27:02Tem que saber se os pais dele vão dar permissão.
27:04Né, garotinho?
27:05Não sei, filha.
27:06Não sei.
27:07Vamos ver.
27:08Vamos ver.
27:08Vamos ver.
27:09Vamos ver.
27:09Vamos ver.
27:11Vamos ver.
27:13Tchau, tchau.
27:43Tchau, tchau.
28:13Tchau, tchau.
28:43Tchau.
29:13Tchau.
29:43Tchau.
30:13Tchau, tchau.
30:15Tchau, tchau.
30:17Tchau, tchau.
30:19Tchau, tchau.
30:21Tchau, tchau.
30:23Tchau, tchau.
30:25Tchau, tchau.
30:27Tchau, tchau.
30:29Tchau, tchau.
30:31Tchau, tchau.
31:01Tchau, tchau.
31:03Tchau, tchau.
31:33Bom dia.
31:34Bom dia.
31:35Bom dia.
31:36Onde você pensa que vai uma hora dessas, Guilherme?
31:38Combinei com os amigos, fazer um trabalho antes de ir pro colégio, mãe.
31:40Ah, é?
31:41E não vai nem tomar café, é isso?
31:43Ah, não dá, mãe.
31:45Mas relaxa que eu peguei uns pães, umas bananas e vou comendo no caminho, tá?
31:48Tchau.
31:49Ei, ei, ei, espera aí.
31:50Vamos dar.
31:51Fui.
32:00Quem saiu, amor?
32:01Guilherme.
32:02Diz que tinha um trabalho pra fazer com os amigos antes de ir pro colégio.
32:07Faz sentido isso?
32:08Ah, não sei, amor.
32:10Só sei que faz uma coisa sentido.
32:12Um beijinho de bom dia.
32:14Hum?
32:15Ah.
32:16E vamos fazer meu cafezinho, que o seu maridinho tem que trabalhar.
32:19Vamos embora.
32:20Vamos, vamos, vamos.
32:21Não, relaxa.
32:22Hum?
32:23Hum?
32:24Deixa o barato.
32:25Em paz.
32:27Vivendo de amor, vivendo de amor.
32:34E nós vivendo de amor, vivendo de amor.
32:43E nós vivemos de amor.
32:50Obrigada, Diana.
32:56Bruno, o importante é que o título afinal se resolveu.
32:59Eles já vão começar a tratar dos papéis.
33:01E você, trate de fazer uma reserva de dinheiro.
33:04Porque a Karina certamente vai exigir uma festança de casamento, né?
33:07Você sabe que nós não podemos fazer grandes despesas.
33:10Célia, nós já temos as dívidas antigas e temos também as dívidas da montagem da loja.
33:15Bruno, eu sei.
33:16Mas no casamento é justamente onde a gente não pode economizar.
33:19E por que não?
33:20Esse título não é cheio da grana?
33:21Eu não tenho o menor problema de me abrir com ele.
33:23Eu abro o jogo.
33:24Vamos dividir as despesas.
33:25A Karina vive dizendo que ele tá cheio de dívidas também.
33:27Então vamos fazer uma festa simples.
33:29Precisa fazer uma festa de arromba?
33:31Mas é impressionante.
33:33Por que será que nem o casamento da sua única filha te entusiasma, Bruno?
33:37Eu só vou me entusiasmar quando eu constatar que a Karina tá realmente feliz.
33:41Aí sim eu vou me entusiasmar.
33:42Ou seja, no dia que você concluir que o casamento dela não será um fracasso como o nosso.
33:46Não foi isso que eu disse.
33:48Bom dia.
33:49Bom dia, querida.
33:50Estávamos falando de você.
33:52Chegou em boa hora.
33:53Estávamos discutindo a festa do seu casamento.
33:55Ah, já?
33:56Que animação, hein?
33:57Pra quando vocês marcaram essa data?
33:59Data.
34:00Data nenhuma, pai.
34:01O Tito meramente concordou depois de muita insistência em começar a tratar dos papéis.
34:06Sua mãe já tá lá adiante.
34:08Já tá organizando a festa.
34:09Hum, tem que ir devagar, mamãe, pra não assustar a vítima.
34:13Papai, você me dá uma carona?
34:15Pra onde?
34:16Pra pousada.
34:17Hoje acordei decidida a fazer uma loucura.
34:20Que loucura, Karina?
34:22Saltar de paraquedas.
34:24Ah, mas você tá louca, filha.
34:26Pro Tito, esse negócio é muito importante.
34:28Eu tenho medo dele se decepcionar comigo se eu não saltar.
34:31Ei, ei, ei.
34:32Você não tem que se submeter às vontades do seu namorado, não.
34:35Papai, o Tito não está me obrigando a nada.
34:38Eu vou porque eu quero, tá?
34:40E aí?
34:41Tem carona ou não tem?
34:43Não esquece de levar o concarro.
34:44Esse problema de vídeo.
34:45Para, mamãe.
34:46Que isso?
34:47Ai, também.
34:48Chata.
34:49Essa fatura tem que ser paga até amanhã, Tito.
34:51Que aperto, hein, Virgê?
34:53É, mas o mês que vem, melhor.
34:55Você vai ver.
34:56Quer um café?
34:57Ah, eu quero.
34:58Oi, rapazes.
35:00Ok, mas que elegância, hein?
35:03Aí, Ribeirão vai balançar.
35:06Tá, obrigada.
35:07Tito, eu vou pegar um dos carros, tá bom?
35:09Você vai aonde?
35:10Eu vou fazer uma visita ao professor Flores.
35:12Aquele homem deve estar sofrendo o diabo, né?
35:15Eu, que não tenho nada a ver com essa história, não consigo tirar a imagem daquela mulher morta na minha frente.
35:22Imagina ele.
35:23Ô, Henrique, você acha que pega bem você fazer uma visita hoje?
35:26O enterro foi ontem, né?
35:27Isso aí não é nada da família.
35:28Tito, eu estava com ele quando ele encontrou o corpo. Eu e Virgílio. De alguma forma eu me sinto unida, solidária com aquele homem.
35:37Mas você não precisa ir sozinha. Eu vou te acompanhar.
35:40Não, não precisa, Virgílio. Depois você tá aí trabalhando, não precisa.
35:44Não, não, não. Já acabamos. Não vai atrapalhar em nada. Depois vai ser bom pra espalhecer um pouco.
35:48Não precisa!
35:51Tá bem, tá bem. Eu só ofereci ajuda. Eu não quero me intermeter.
35:54Com licença, com licença.
35:55Seu Virgílio, pode vir aqui um pouquinho? Tá dando problema lá numa reserva que não tá batendo.
36:00Com licença.
36:02Mãe, o que é isso, pô?
36:08Não precisava ser tão enfática com o cara.
36:11Ai, esse homem me irrita.
36:12Ai, ele me trata que nem uma deba mental. Parece que eu não sei andar com as minhas próprias pernas. Saca!
36:17Você não percebeu que ele ficou com ciúmes?
36:19Não seja ridículo, tá, Tito?
36:21Não é apenas uma constatação.
36:23Você não vê porque não quer.
36:25Eu acho que o Virgílio tem uma queda acentuada por você.
36:29Ah, deixa ele ser bobo e tal. O Virgílio não tem o direito de nutrir nenhum tipo de sentimento por mim.
36:35Será que ele não se enxerga?
36:41Tá bonita você hoje, hein? Olha só. Mas o doutor Flores é um partidão, né? Ele continua charmoso, você não acha?
36:48Tito, ponha uma coisa na sua cabeça. Eu não quero mais saber de homens na minha vida. Meu objetivo atualmente é paz e tranquilidade.
37:02Vem cá. Senta aqui comigo. Não sei se você sabe, mas dizem que o doutor Flores tem uma carteira de ações bem gorda.
37:09E eu com isso? É eu, hein?
37:13Até parece que eu sou uma caçadora de viúvos.
37:17Imagina aí, depois ele sendo um professor, deve ser ferrado como todos os outros.
37:21Como é que ele vai ter uma carteira de ações bem gorda?
37:24Aí você se engana. A mulher dele quando morreu deixou uma herança poupuda.
37:28Depois, se ele fosse ferrado, ele não morava naquele casarão.
37:33É verdade. É uma bela propriedade.
37:38Então.
37:42Mas o meu objetivo com ele é meramente humanitário, tá Tito? Ponha isso na sua cabeça.
37:49E achei muito deselegante esse tipo de suposição ao meu respeito.
37:54Pois é, era brincadeira só.
37:56Mas como dizia doutor Freud, toda brincadeira esconde um sentimento. O que que é?
38:01Tá querendo se ver livre da sua mãe? É isso?
38:05Agora você delirou, né?
38:07Não vai conseguir, tá? Mas não vai conseguir mesmo.
38:11Vou pegar um dos carros. Beijo.
38:13Juízo, hein?
38:14Vou muito além do que possa parecer
38:26Faço meu mundo vivo hoje sem pensar
38:30E amanhã crio algo pra fazer
38:34Não há nada que me impeça de voar
38:38E vou longe, mergulho o fundo
38:41Passou meu tempo explorando o céu e o mar
38:45E vou mais longe, longe eu vou
38:48O casamento pode ser um compromisso muito pesado, minha filha.
38:51Especialmente quando não se está preparada.
38:53Você disse que teve que insistir muito pro Tito aceitar a ideia de cerimônia.
38:58Você não acha que talvez devesse dar a ele esse tempo que ele precisa?
39:02Mais tempo do que eu já dei, papai?
39:04Eu quero resolver a minha vida de uma vez.
39:07Tá bom, foi só um alerta.
39:10A impressão que sempre me dá é que casamento pra você não é uma boa ideia.
39:15Me diz uma coisa.
39:17Você e a mamãe se casaram por amor?
39:20Que pergunta é essa que você está me fazendo?
39:23Você ouviu muito bem.
39:25Você amava a mamãe quando vocês se casaram?
39:29Eu sempre gostei muito da série, minha filha.
39:32Vou ser sincero com você, a gente só se casou porque...
39:36Sei lá, porque era o que todo mundo fazia.
39:40Parece que estava escrito que as coisas tinham que acontecer assim.
39:43E foi assim que aconteceu.
39:45É, não chega a ser animador, né?
39:47Aí não é. Não é mesmo.
39:49É por isso que eu me sinto na obrigação de te alertar sobre os problemas da vida a dois.
39:55Porque num casamento, minha filha, sempre existe a possibilidade de ser feliz.
39:59Ai, papai.
40:00Eu não tenho a menor dúvida de que eu quero me casar com o Tito.
40:04Ele é o amor da minha vida. E o momento é esse.
40:07Nós dois vamos ser felizes juntos. Isso é o que está escrito.
40:11Então tá bom. Você tem meu apoio.
40:14Então me ajuda a fisgar aquele fujão que eu tenho certeza que você não vai se arrepender.
40:20Hoje à noite estarei em Brasília, então eu esclareço tudo.
40:36Não, essa fofoca da oposição foi apenas uma brincadeira.
40:41O prefeito, meu filho, são amigos. Não tem nada de mais.
40:45O intuito dessa nota foi apenas me prejudicar.
40:49Mais nada. Faz o seguinte.
40:52Dá um jeito de desmentir tudo isso sem dar a entender que eu estou preocupado.
40:58E conversaremos mais quando eu chegar à capital.
41:04Tá.
41:08É, eu sabia que isso ia acontecer.
41:11Saiu uma nota publicada no Jornal de Brasília.
41:15Suplente de senador puxa prefeito de Ribeirão do Tempo pelo cabresto.
41:22E você acha graça?
41:24Desculpa, senador.
41:26Não foi por mal.
41:27É que o apelido dele é jumento, né?
41:31Pode rir.
41:32Desculpa.
41:33Engraçado mesmo.
41:34Pra quem ouve, deve ser engraçado.
41:36Lá em Brasília, o pessoal deve estar às gargalhadas.
41:40Isso é capaz de repercutir até no Palácio Planalto.
41:43Imagina, o senhor sabe como são essas coisas.
41:45Dois tempos esse povo já esqueceu.
41:46Lilian, eu sei que você tem influência sobre ele.
41:49Me ajuda com o Nicolau?
41:51Eu, senador?
41:53Imagina, o que eu posso fazer?
41:55Eu quero que ele renuncie ao mandato.
41:58Foi uma grande estupidez que eu fiz.
42:00O senhor já tentou falar com ele?
42:02Já.
42:03E ele reagiu muito mal.
42:05Se ele não atende a um pedido do senhor,
42:07muito menos vai atender a mim.
42:09Que argumento que eu posso usar?
42:11Eu acho que, pro Nicolau, esse título de suplente
42:13é só uma brincadeira divertida.
42:16Se eu fosse o senhor, senador,
42:18eu não insistiria nessa coisa de renúncia, não.
42:21Mas é uma brincadeira que meus inimigos
42:23podem usar contra mim.
42:25Aí é que está o problema.
42:29O velho perdeu a noção, mãe.
42:31Brasília tá queimando a mufa dele.
42:32Não fala assim, meu filho.
42:34Tenha respeito pelo seu pai.
42:36Ele é que não me respeita.
42:37A vida inteira querendo me corrigir, me botar cela.
42:39Não tem mais saco, não.
42:40Nicolau, eu posso fazer um pedido pra você?
42:44Se vai falar de renúncia, é bom nem começar, hein?
42:46Para com isso, menina.
42:48Eu não vou falar de renúncia nenhuma.
42:50Olha, eu não vou me meter nessa história
42:52entre você e seu pai.
42:54Olha, eu queria sugerir...
42:56Eu queria sugerir que você fizesse uma viagem.
43:00Pode ser pra Europa.
43:02Pode ser pros Estados Unidos.
43:04Enquanto isso, você fica se divertindo por lá.
43:06Seu pai esfria a cabeça e você também.
43:09Depois tem uma coisa, meu filho.
43:11Você sempre adorou viajar.
43:14Já viajei demais, mãe.
43:16Não tenho mais vontade.
43:17E deve ficar por aqui um tempo, arranjar uma coisa legal pra fazer.
43:20Eu também adoraria isso.
43:22Não fosse esse clima infernal que se estabeleceu entre você e seu pai.
43:26A gente nunca se entendeu e não é de hoje.
43:28Nicolau, eu sempre te defendo.
43:31Em qualquer circunstância.
43:33Agora, meu filho, pelo amor de Deus.
43:35Você já aprontou muito, meu filho?
43:37Olha, tem coisas que você faz
43:39que eu não gosto nem de me lembrar, viu?
43:41Travessuras da juventude, como você gosta de dizer.
43:44Você já não é mais tão jovem assim.
43:46Ah, meu menino.
43:48Se você quer realmente assentar a cabeça,
43:51você faz uma coisa.
43:53Você começa fazendo uma pequena concessão.
43:56Faz o que teu pai te pediu.
43:58Vai.
43:59Vai e pede desculpa pra aquele infeliz daquele prefeito.
44:02Eu aposto que seu pai vai acabar com essa história de renúncia.
44:05Pedi desculpa pra jumento, mãe.
44:07Melhor começar a pensar direito nessa história de viajar,
44:10dar um tempo, né?
44:12Esfriarem as cabeças.
44:16Vou dar uma volta.
44:18Nicolau, por que você vai, meu filho?
44:23Meu Deus, esse menino é um tormento, né?
44:32Não, vai.
44:33Eu não sei.
44:34Isso não é.
44:35Eu não sei.
44:36Não sei.
44:37Não sei.
44:38Não sei.
44:39Não sei.
44:40É.
44:41Eu não sei.
44:43Tchau, tchau.
45:13Tchau, tchau.
45:43Ah, fala a verdade, você se borrou de medo, foi não?
45:47Não sabia quem era?
45:49Pô, já tava me esquecendo.
45:51Tô isso uma parada aqui pra você comer.
45:56Obrigada.
45:57Você é mesmo um amigão.
45:58Mas e aí, como é que foi a sua noite?
46:00Foi tranquilo.
46:01Às vezes tinha uns barulhos na mata, mas não era nada não.
46:03Segura aí que eu vou ali fazer xixi.
46:11Pô, cara, também vou com você, tô com vontade.
46:13Coisa gostosa na tela se dá, que simpatia tem.
46:26E coisa louca também, antipatia tal.
46:29Eu entro pela novela que empatia tem.
46:32Saio na vida real, é fantasia tal.
46:34Vejo na tela você, tá que cardia dá.
46:37Dizer na cena final, a vida como ela é.
46:39Eu quero ver, bato o pé, pra botar moral.
46:43Trambique, pule, tiqueiro, telecomunicado.
46:46A coisa fica pior, telecomunicado.
46:49Mas o que vai dar o nó, telecomunicado.
46:51É nosso amor vira pó, telecomunicado.
46:54Pois somos dois em um só, telecomunicado.
46:57Até a terra virar, teleco, nosso xodó.
47:09Tchau.
47:10Tchau.
47:11Tchau.
47:12Tchau.
47:13Tchau.
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