- ontem
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CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
Transcrição
CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
Transcrição
Categoria
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TVTranscrição
00:00Por que se chama Ribeirão do Tempo, ninguém mais sabe com certeza.
00:15Uns dizem que é porque antigamente as coisas demoravam muito a acontecer por aqui.
00:19Outros garantem que é por causa das propriedades mágicas das águas do ribeirão.
00:24Você tomar banho nele todos os dias custa mais envelhecer.
00:26E outros ainda contam que se você se banhar nas águas do rio, na hora certa do dia certo com a lua minguante, fica mais jovem 20 anos.
00:36Só que a memória desse dia e dessa hora se perdeu nos tempos.
00:40Tem gente na nossa cidade que passa uma vida inteira tentando descobrir o minuto exato desse dia encantado.
00:47Já imaginou quando isso acontecer? Não vai sobrar lugar nem pra feixe no ribeirão.
00:52Agora, gente, vocês podem tirar as fotos.
00:56E aí
00:57E aí
01:02E aí
01:05E aí
01:08E aí
01:11E aí
01:14Vamos lá, vamos lá.
01:44Vamos lá.
02:14Vamos lá.
02:44Vamos lá.
03:14Vamos lá.
03:44Mais dos que você tem de vida.
03:47Mas não falemos mais do tempo, por favor.
03:49O carro está nos esperando.
03:50Podemos ir direto.
03:51Ou se a senhora quiser descansar um pouco, o aeroporto dispõe de uma saleta, não digo confortável.
03:56Simpática.
03:58Minha filha, na minha idade, só simpatia não resolve mais nada.
04:01Vamos embora de uma vez.
04:02Ribeirão do tempo é um lugar delicioso.
04:07Foi um grande acerto a decisão de instalarmos lá o nosso empreendimento.
04:11A senhora vai adorar a cidadezinha.
04:16Vamos ver o que nos espera.
04:18Vamos lá.
04:26Vamos lá.
04:26Vamos lá.
04:30A CIDADE NO BRASIL
05:00A CIDADE NO BRASIL
05:30A CIDADE NO BRASIL
06:00A CIDADE NO BRASIL
06:30A CIDADE NO BRASIL
07:00A CIDADE NO BRASIL
07:30A CIDADE NO BRASIL
07:32A CIDADE NO BRASIL
07:34A CIDADE NO BRASIL
07:36A CIDADE NO BRASIL
07:38A CIDADE NO BRASIL
07:40A CIDADE NO BRASIL
07:42A CIDADE NO BRASIL
07:44A CIDADE NO BRASIL
07:46A CIDADE NO BRASIL
07:48A CIDADE NO BRASIL
07:50A CIDADE NO BRASIL
07:52A CIDADE NO BRASIL
07:54A CIDADE NO BRASIL
07:56A CIDADE NO BRASIL
07:58A CIDADE NO BRASIL
08:00A CIDADE NO BRASIL
08:02CIDADE NO BRASIL
08:04CIDADE NO BRASIL
08:06A CIDADE NO BRASIL
08:08A CIDADE NO BRASIL
08:10A CIDADE NO BRASIL
08:12A CIDADE NO BRASIL
08:14A CIDADE NO BRASIL
08:16TENAM TER PEÇÃO
08:18Que estava na conta do homem
08:20mais sabido de ribeirão do tempo
08:22Mas dizer que água de rio cura pouco
08:23Ai me desculpa
08:26Claro que cura com o meu
08:27as a uas do nosso ribeirão
08:28e agissements
08:30Se curam qualquer doença
08:32qualquer mazel
08:33Você acredita vendo
08:34se eu estivesse bêbado
08:36e vou provar para vocês
08:41Capovam que era muito pouco
08:43.
08:43Bêbado sept
08:45Vocês não sabem o que estão dizendo.
08:48Eu estou firme como um poste.
08:51Cuidado para os cachorros não mijarem no teu pé.
08:56Precisa muito mais cachaça para me deixar de porra.
08:59Falando nisso, manda mais um maior, Lorota.
09:03Eu quero ver você fazer um quatro.
09:05Aí eu acredito.
09:07É, está duvidando de mim?
09:09Não se enxerga não, Alfredo Lorota?
09:12Faz um quatro aí que eu acredito.
09:15Eu faço até um oito.
09:19Aqui, ó.
09:20Quatro para a esquerda.
09:22E é quatro para a direita.
09:26Segura ele.
09:29O poste de Zabouk.
09:33E não está de porra, não é?
09:35Não, é uma rocha.
09:37Tá, tá, tá legal.
09:39Eu tenho que admitir que eu estou um pouco alto.
09:42Também com uma cachaça desgraçada, começa a que se...
09:45É a mais pura de Ribeirão, não viu?
09:49Eu vendei minha cachaçinha, não.
09:51Então vocês acham que eu estou bêbado.
09:56Ninguém tem dúvida nenhuma.
10:01Tudo bem, é melhor assim.
10:03Porque agora eu posso provar para vocês o que eu estava dizendo.
10:07As águas do nosso Ribeirão curam qualquer carraspana.
10:11Eu vou atravessar a correnteza nado, vou sair do outro lado bonzinho, feito uma criança de colo.
10:17E vai ser agora!
10:19Quer isso!
10:22Quer isso!
10:28Ô, Romeu!
10:29Segura o cachaça aí, senão ele vai te afogar nas águas do Ribeirão.
10:34Quer isso!
10:35Para com isso!
10:36Vamos voltar!
10:37Quem vai desfazer da cidade na minha frente, não?
10:40Para vocês é tudo conversa fiada, é ou não é?
10:42Mas hoje eu vou provar que não é assim, não!
10:46Como é que tu vai entrar no Rio, num estado desse?
10:49Eu mato a cobra e mostro o pau!
10:52Vem todo mundo comigo!
10:54Me laca, Romeu!
11:01O que aconteceu, senhor Romeu?
11:03Que sorte encontrar, minha filha.
11:05Corre lá e avisa a Felomena que o pai dela vai fazer uma maluquice.
11:10Corre lá, pelo amor de Deus!
11:11Que balbúrde é essa aí, Alfredo?
11:14É o Quereço.
11:15Foi mergulhar no rio para provar que as águas do Ribeirão curam até carraspana.
11:20Pode?
11:21Dessa vez o cachaceiro morre, amigo.
11:24Essa eu não posso perder.
11:25Vamos lá, né, gente?
11:26Não, rapaz, não.
11:26Tem que voltar para o cartório.
11:27Não é cartório.
11:28Deixa as escrituras para depois.
11:29Vai perder um momento histórico desse?
11:31É, né?
11:31Vamos lá.
11:32Ah, o Ariadão!
11:33Que engraçado esse Quereço.
11:36Naquela mesa tá faltando ele
11:41E a saudade dele tá doendo em mim
11:45Naquela mesa tá faltando ele
11:49E a saudade dele tá doendo em mim
11:53Eis aí, videirão do tempo, madame.
12:22A senhora não faz ideia da quantidade de histórias que contam sobre esse rio
12:27Dizem que suas águas têm propriedades maravilhosas que fazem rios de venecer
12:32Eu estou para experimentar
12:34Seria bom perder uns aninhos
12:37Olha lá
12:39É o pessoal dos esportes radicais
12:42O rafting é muito praticado aqui
12:44É essa gente que se opõe ao nosso empreendimento?
12:49Eles também
12:49Mas tem outros piores
12:51Ecologistas, ripspirados, políticos oportunistas
12:55Esse tipo de idiota existe em toda parte
13:01Mas o povo, a gente que mora aqui mesmo na cidade, o que diz?
13:04O Zé Povinho, como a senhora sabe, na verdade não pensa
13:08Não pensa
13:09Vai atrás dos outros
13:11Tem um figurão aí, um daqueles revolucionários de 68
13:15Esse é o nosso maior problema
13:18Escreve artigos, em cabeça baixa assinados contra a gente, não dá folga
13:2268
13:2368 não passou de uma grande farra
13:26Eu morava em Paris
13:27Eu morava em Paris naquela época
13:28Eu e meu marido, que era um grande gozador, nos metemos em algumas passeatas
13:33Vimos muito
13:34Vimos muito
13:35Ah, mas por aqui ainda tem gente que leva aquilo a sério
13:39Esse doutor Flores é um deles
13:40Esse doutor Flores é um deles
13:42Ele se chama Flores?
13:44Doutor Milton Flores
13:47O nome pelo menos é apropriado
13:51De flor ele não tem nada, é espio puro
13:55Entrou com uma representação na justiça que está assustando os nossos advogados
13:59Deve estar para ser julgada por esses dias
14:02É, mais tarde você me conta essas histórias
14:05Desculpe, madame
14:08A senhora nem chegou e já estou jogando os problemas em cima
14:11Deve ser emocionante andar nesses botes
14:16A área em que vamos instalar o resort fica atrás daquele morro
14:20É deslumbrante
14:22A cidade fica mais adiante
14:24Antes de ir para casa eu quero ver o centro histórico
14:27Espero que a senhora goste
14:30Você é danada, você é danada ninguém
14:32Nem um olhar
14:33Nunca falou tudo bem, tem mas não dá
14:35Sorri jamais lhe convém
14:37Você é má, mas há de ter um bem
14:39Você é danada ninguém vai se danar
14:42Danada não perde o trem, sabe nadar
14:44Mas nada sabe de alguém que sabe amar
14:47Eu quero ser seu bem, você é má
14:49Você é má, nunca
14:52Você é má, linda
14:54Milton!
14:56Milton, se você não começar a se arrumar agora vai se atrasar para a solenidade
15:08Amor
15:10Você ouviu o que eu disse?
15:14Ouvi sim
15:15Ouvi e disse
15:17Ainda faltam horas para o diabo dessa solenidade
15:20Eu não sei por que você está tão ansiosa
15:22Por quê?
15:23Porque eu te conheço
15:25E eu sei que até o último minuto você não vai se mexer
15:29E nós vamos chegar atrasados como sempre
15:33Eu morro de vergonha
15:35Disse, a solenidade é em minha homenagem
15:39Mais um motivo para você não se atrasar
15:41Engano seu?
15:42A única vantagem de ser homenageado
15:45É que eles não podem começar nada antes que eu chegue
15:52Eu sei que você despreza aquelas pessoas
15:54Mas isso não é motivo para você ser mal educado, meu amor
15:58Só de pensar que vou ter que ouvir o discurso do Ari Jumento
16:02Ver a cara de tacho do senador Érico
16:06Ai, isso me dá arrepios
16:09Você já pensou no que vai dizer no discurso?
16:11Eles vão ter uma surpresa
16:15Você não acha que já passou da idade surpreender, né?
16:21Vai se arrumando
16:23Eu não vou me atrasar
16:25Vai se arrumando
16:27Eu não vou me atrasar
16:29Vai se arrumando
16:31Eu não vou me atrasar
16:33Vai se arrumando
16:34Vai se arrumando
16:36Eu não vou me atrasar
16:37Eu não vou me atrasar
16:38Eu não vou me atrasar
16:43Eu não vou me atrasar
16:44Eu sou que nem você não
16:45διαvoca
16:47Larga a mão desse desatinho, não querendo?
16:56Desatinho por quê?
16:57Quantas e quantas vezes você já me viu atravessar esse rio?
17:00Isso é do tempo dela, garoto, homem.
17:02Hoje tu não atravessa nem poça de mim.
17:04Eu não sou que nem você, não, Romeu, que ficou velho antes do tempo.
17:09Eu vou mergulhar e vou sair do outro lado bonzinho desse pós.
17:12Aí quero ver a cara de vocês.
17:14A honra de Ribeirão do tempo está em jogo.
17:16Me ajuda a convencer essa mula.
17:19Ele vai se estrepar.
17:20Querê, você sabe o que faz, Romeu.
17:22É homem para muito mais do que isso, não é, Querê?
17:24Vocês ainda não me conhecem.
17:26Querê, esse é o peixe, Romeu.
17:28Ele está sempre na água.
17:31Dá uma cachorra, você vai te dar na mão.
17:33Vem cá, vem cá, ajuda aqui.
17:36Eu vou casar cinquentinha que ele vai chegar do outro lado só e salvo.
17:39E eu só tenho 10, senhor.
17:42Tá bom, dá na mão do nascimento.
17:43Não, não, não.
17:46Ai, meu Deus, agora o que eu faço?
17:48Eu já estou atrasada para o trabalho.
17:49Se ainda tiver que ir atrás do meu pai.
17:51Bom, você que sabe.
17:52O senhor Romeu mandou te avisar e pedir para você ir até lá.
17:53Ai, meu trabalho, Carmen.
17:55Ai, mas ele estava junto com a turma de cachaça.
17:57Você vai ver ele mesmo e consegue segurar o velho.
17:59O senhor Romeu é outro, viu?
18:00Vou te contar.
18:00Não duvido nada que tenha sido ele.
18:02Colocou essa ideia maluca na cabeça do meu pai.
18:03Ah, então deixa os dois se dar na mão.
18:04Como é que eu posso fazer isso, Carmen?
18:06Não dá.
18:07Mesmo que não aconteça nada, eu vou ficar lá toda agoniada até o velho voltar.
18:10Ai, Deus, o que eu fiz?
18:12Você vai merecer o pai desse?
18:13O que eu fiz?
18:14Pai, a gente não escolhe.
18:17O que você vai fazer?
18:19Se o velho não morrer no Rio e eu perder o meu emprego lá, Carmen, eu juro que eu mato ele em casa.
18:24Não entendi.
18:25Não é para entender, Carmen.
18:26Lá vou eu de novo fazer papel de palhaça, né?
18:28Mais uma vez.
18:29Depois eu me explico com o seu areio.
18:31Vão comigo, velho.
18:32O meu chefe também está me esperando.
18:33Eu ligo a boa gente.
18:34Você é só estagiária.
18:35Não faz falta não, Carmen.
18:37Isso é o que você pensa.
18:39Não faço falta.
18:39Ela faz muita falta.
18:41Nossa.
18:42Bom, aqui, minha gente, é o miolo do Centro Histórico de Ribeirão do Tempo.
18:52Por acaso alguém sabe como é que se chama essa praça?
18:54Quem souber, ganha um sacolé de manga.
18:56Eu sei.
18:57Praça do Enforcado.
18:58Eu li a placa na esquina.
19:00Muito bem, minha senhora.
19:01Muito bem.
19:01Depois a senhora me cobra o sacolé, viu?
19:03Agora eu quero saber quem é que sabe por que se chama Praça do Enforcado.
19:09Já vi que ninguém sabe, hein?
19:10Bom, minha gente, o que eu vou contar aconteceu há muitos e muitos anos atrás.
19:16Na época que o Brasil ainda gatinhava.
19:18Portugal era nosso papai e só vinha com bronca.
19:20É isso mesmo que a senhora pensou.
19:22Eram os tempos do Brasil colônia.
19:24Pois naquela época veio pra cá um coletor de impostos do rei de Portugal.
19:28Um tal de Vaz, o coletor Vaz, como ficou conhecido.
19:31O negócio dele era ouro.
19:33Naqueles tempos tinha mina de ouro por aqui.
19:36E ele cobrava cada graminha que o infeliz povo arrancava da pedra.
19:40Pra encurtar a história, o povo criou uma birra tão grande com ele que acabou enforcando o desgraçado bem aqui nessa praça.
19:47Dizem até que foi bonito de ver.
19:49Com o bacana aí pendurado, com a língua de fora.
19:52Ai, nossa, que horror.
19:55Horror?
19:57Horror, dona?
19:58Horror é o governo meter a mão no bolso da gente todos os dias.
20:00Só que o povo daquela época não era banana que nem o de hoje, não.
20:04Daí o nome da nossa praça.
20:06Mas como é que ninguém conta esse episódio na história do Brasil?
20:09Ora, ora, por quê?
20:11Porque o governo sempre escondeu.
20:13Eles só contam como eles enforcaram o cara do povo, o Tiradentes.
20:17Mas escondem que o povo também já enforcou um bacana.
20:21Mas a história não terminou por aí, não.
20:24Quando soube do ocorrido, o rei de Portugal ficou tiririca e mandou pra cá um batalhão de soldados pra esculachar geral.
20:30Os caras fizeram o diabo.
20:32Mas o povo não entregou a rapadura.
20:34Ou melhor, as toneladas de ouro que diziam ter escondido por aqui.
20:38Aí os meganhas voltaram pra Portugal de mãos abanando.
20:40E o ouro?
20:42Até hoje, dona, ninguém sabe o que foi feito do metal.
20:46Desde aquelas épocas que corre uma lenda de que existe um enorme tesouro escondido aqui em Ribeirão do Tempo.
20:52E vocês?
20:53Cuidado quando não é por aí.
20:55Em volta da cidade está cheio de buraco.
20:57Há 250 anos que o povo cavuca procurando tesouro.
21:06Eu vou te dizer uma coisa, presta atenção.
21:08Se eu escrever mais uma palavra, uma palavrinha que seja, eles acabam com o meu jornal.
21:15Lincoln, Lincoln, por favor, para.
21:18Você está exagerando, será que você não vê?
21:20Ninguém vai acabar com o seu jornal.
21:21Você não faz ideia a pressão que eu sofro, é que eles acabam comigo na hora que eles quiserem.
21:26Você sabe o que está escrito na placa aí fora?
21:30Opinião livre.
21:32Opinião livre.
21:33É bonito, não é?
21:35Mas só que tem um detalhe.
21:36Opinião livre não paga o aluguel do prédio, não paga as bobinas de papel e não paga a folha do pagamento do pessoal.
21:42O nome desse jornal deveria se chamar Jornal do Enforcado.
21:45Sabe por quê?
21:46Seria mais coerente com a cidade e também com a minha pessoa que vivo com a corda no pescoço.
21:51Lincoln, olha para mim.
21:55A justiça vai dar por esses dias uma decisão sobre esse resort.
21:59Esse é o momento da gente falar.
22:00Depois pode ser tarde demais.
22:03Puxa, eu não estou te pedindo para publicar nenhum panfleto raivoso, não é isso.
22:08É esse artigo aqui, ó.
22:10Científico, fundamentado, escrito por um especialista em meio ambiente.
22:14Mas, meu Deus do céu, você testemunha quantos artigos eu já escrevi contra esse resort?
22:21Dez, trinta, cinquenta, sei, me diz.
22:25A meia já publicou inúmeros a favor.
22:27Mas é claro, é evidente.
22:29Será que você não percebe que a única maneira que existe em manter esse jornal vivo
22:33é eu ficar neutro nessa briga?
22:36Eu já expus todos os argumentos, de um lado e de outro.
22:39Ellen, você é testemunha.
22:40Eu sou contra esse projeto.
22:42É ecologicamente incorreto.
22:44Degrada o meio ambiente.
22:46Descaracteriza a cidade.
22:48Mas eu não posso deixar transparecer isso no jornal, porque senão eu estou ferrado, Ellen.
22:52Eu não entendo.
22:53Não entra na minha cabeça, Lincoln.
22:55Se boa parte da população também é contra esse empreendimento.
22:58Não.
22:58Não, não os poderosos.
23:00Eu vou te contar um segredo.
23:02O senador Érico vive me propondo sociedade num jornal.
23:07Ele se propõe a bancar tudo.
23:09A minha vida se transformaria num mar de rosas, não é?
23:12Mas você sabe o que ele quer?
23:14Ele quer ter o controle da linha editorial.
23:18É isso que ele quer.
23:19Lincoln, você não está pensando em aceitar isso, né?
23:24Quem sabe?
23:25Quem sabe?
23:26Até quando eu vou conseguir resistir?
23:29E a situação vai piorar, porque eu estou sabendo que a dona desse projeto, a dona do ressorte,
23:34está chegando em Ribeirão do Tempo.
23:36E quem é essa mulher?
23:37Uma tal de madame do réu.
23:39A mão da chuva do negócio.
23:40A proprietária.
23:41Agora, me diz uma coisa.
23:43O que essa mulher vem fazer em Ribeirão do Tempo?
23:45Sair do conforto do seu castelo lá em Frankfurt, ou seja, lá onde for,
23:50para vir parar em Ribeirão do Tempo?
23:52Para quê?
23:52Eles estão jogando pesado, Ellen.
23:56Eu vou te dizer uma coisa, sinceramente, mesmo em cima do muro, eu não sei quanto tempo
24:02a folha da corredeira vai circular.
24:04Olha que coisa aqui.
24:33A CIDADE NO BRASIL
25:03O que é aquilo lá?
25:08Uma nave espacial?
25:10Olha só!
25:11É a Dra. Arminda!
25:13Ajude-me, Davi!
25:17E a coroa, espia?
25:19Parece a raia da Inglaterra.
25:21Quem será?
25:23Essa é a Praça do Enforcado.
25:25Conta uma porção de histórias para justificar o nome.
25:28Mas para mim é tudo invenção.
25:30Naquele prédio ali, que era um convento, fica a sede da prefeitura.
25:34E naquele sobrado, a Câmara Municipal.
25:36O nosso escritório fica daquele lado.
25:38O prédio era um cortiço horroroso.
25:40O que nós reformamos ficou elegante.
25:43A senhora vai gostar.
25:49Agora vamos por aqui.
25:51Olha, minha gente, vocês têm cinco minutos para tirar foto, tá bom?
25:56Fiquem à vontade.
25:58Meninas, meninas, meninas!
25:59Pera, pera, pera!
26:00Que carro esquisito é aquele?
26:02Eu não faço ideia, dona Leia.
26:03Agora não vai dar para descobrir.
26:05Desculpa, tá?
26:06Ai!
26:08Choca!
26:09Choca!
26:09Choca!
26:10Vem cá, meu filho.
26:10Vem cá, vem cá.
26:12Você viu aquele negócio?
26:13Que negócio, mãe?
26:14Aquele carro espichado ali, ó.
26:16Não é aquilo ali, é uma limusine, mãe.
26:17Ah, isso é uma limusine.
26:22E é dessas mulheres?
26:23Deve ser, né?
26:24Quem são elas?
26:25A velha eu não sei, não.
26:26Mas a nova é a dona Arminda.
26:29Ela que é a chefona do resort.
26:31Que mulher, meu Deus!
26:33Ah, Choca, tira o olho.
26:36Isso aí não é para o teu bico, não, menina?
26:38Você que pensa.
26:40Pode escrever aí, ó.
26:42Eu ainda me caso com ela.
26:45Ei, Choca!
26:46Você não tem jeito, né?
26:48Sempre correndo atrás das nuvens.
26:51E agora, tem algum serviço para eu fazer aí, cara?
26:53Qualquer coisa.
26:54Estou precisando levantar uma grana.
26:55Não tenho nada, não, cara.
26:56O que é que eu tenho que fazer de que é com elas?
26:57Estava procurando serviço, menino.
26:59Por que não estão na escola?
27:01Escolha para o otário, madame.
27:03Olha, se não tem dinheiro, sempre...
27:04Ô, moleque!
27:06O que você está incomodando as senhoras aí?
27:07Isso lá da sua couta, ou babaca?
27:09Olha o respeito, hein?
27:10Olha o respeito, hein?
27:11Respeito?
27:12Por você, farinha d'água.
27:15Passa, passa daqui!
27:16Passa daqui, garoto!
27:20Se me der uma dura nesses moleques, já viu como é que é, né?
27:22Obrigada.
27:23De quê?
27:24Eu estou sempre por aqui, se vocês precisarem de alguma coisa, viu?
27:26O meu nome é João Carlos, mas todo mundo me conhece como Choca.
27:29Obrigada, é muito prazer e até logo.
27:31É, eu sou guia turístico, mas é só nas horas vagas.
27:33Eu vou mostrar para a senhora onde está o coletor Vaz, foi enforcado.
27:37Para lá?
27:38É, foi em frente à igreja.
27:39Não, minha filha.
27:40O coletor foi enforcado ali, bem no meio da praça, junto ao chafariz.
27:46É mesmo?
27:47Ah, pode ser.
27:48Eu não conheço bem a história do lugar.
27:50E o prédio onde puseram a prefeitura nunca foi convento nenhum, como você disse.
27:55Ali era a cadeia.
27:57Como é que a senhora sabe disso tudo se nunca esteve nessa cidade?
28:05Eu acho que chegou a hora de lhe revelar um segredo, Arminda.
28:10Mas lembre-se, ninguém, ninguém mesmo pode saber do que eu vou lhe contar.
28:16Posso confiar em você?
28:18Claro, madame.
28:19Eu jamais revelaria um segredo seu ou de quem quer que seja.
28:22Eu conheço muito bem esta cidade.
28:28Na verdade, eu poderia dizer que a conheço como a palma da minha mão.
28:32Eu nasci aqui.
28:37É verdade, Arminda.
28:39Eu nasci em Ribeirão do Teto.
28:43Mas ninguém sabe disso.
28:44É claro que me refiro a pessoas vivas.
28:48Eu jamais imaginaria uma coisa dessas.
28:51Seria mesmo difícil.
28:55Mas lembre-se, ninguém pode sequer desconfiar.
29:00Pelo menos até que eu encontre o que eu voltei para procurar.
29:05Mais de 50 anos depois que saí daqui.
29:08Não precisa fazer essa cara.
29:16A vida só é suportável porque é cheia de surpresas.
29:20Senão seria uma chatice sem fim.
29:24E agora vamos embora.
29:25Antes que algum fantasma me reconheça.
29:30Ok.
29:30Ok.
29:30Ok.
29:30Ok.
29:38Ainda me lembro daquela noite escura.
29:47Noite de trevas que se amontoaram.
29:50Noite de trevas que se abateram sobre nossa cabeça abençoada.
29:58Quer dizer, sobre nossa nação abençoada.
30:02Ainda me lembro como se fosse hoje, aqui, agora, meu povo, diante de nós.
30:13Eu ainda me lembro como se fosse hoje, agora, aqui, diante de mim.
30:19Do olhar esgaziado de vossa excelência, doutor Flores, sendo levado pelos espirros da ditadura.
30:29Perfeito, por favor.
30:30Dona Virginia, por acaso, a senhora não reparou que eu estou ensaiando o meu improviso?
30:36Eu não posso ter um minutinho de paz.
30:40Olha, se eu vim incomodar é porque é importante.
30:43Eu ainda vou passar vergonha nessa solenidade.
30:48Porque a hora está chegando e eu não sei nada do discurso.
30:53Bom, quem foi que escreveu esse improviso?
30:57Doutor Bruno, por quê?
30:59O senhor vai dizer que o doutor Flores estava com o olhar esgaziado quando foi preso na ditadura?
31:06Qual é o problema?
31:08O que que quer dizer esgaziado?
31:11Pelo que eu sei, olhar esgaziado é olhar de maluco.
31:17Então pode.
31:19Será que o doutor Bruno escreveu besteira?
31:25Eu, se eu disser, vidrado.
31:29O olhar vidrado de vossa excelência.
31:34Atarantado.
31:35O olhar aparvalhado.
31:37Amedrontado.
31:41O olhar desorientado.
31:44O olhar honrado.
31:46O olhar honrado.
31:48De vossa excelência.
31:51Por que que a senhora está botando dúvidas na minha cabeça?
31:55Mas será possível?
31:56Se o doutor Bruno escreveu esgaziado, é porque é esgaziado, ponto.
32:02Acabou.
32:03Ele não é nenhuma besta.
32:05Depois eu vou mudar e eu acabo falando asneira.
32:08O que eu acho que está errado aqui é essa palavra.
32:12Esbirros.
32:13Esbirros da ditadura.
32:15Que palavra é essa?
32:18Não sei.
32:20Erro de impressão.
32:22Deve ser espirros.
32:23Espirros da ditadura.
32:25É isso.
32:26O homem foi levado pelos espirros da ditadura.
32:30O que quer dizer isso?
32:33Eu não sei, dona Virginia.
32:35Os poetas escrevem essas coisas.
32:36Eu sei lá.
32:37E o que a senhora também entende de oratória, hein?
32:41Aliás, o que a senhora veio fazer aqui?
32:43Me atrapalhar, me confundir?
32:46Me diga.
32:47Não, senhor.
32:48Eu vim dizer que tem os estudantes preparando um comício contra o resort bem na hora da solenidade.
32:55Vai ter bafafá.
32:58Só voltava essa.
33:01O senhor quer que tome alguma providência?
33:05Como é que estão os preparativos?
33:07Tudo em cima.
33:08Banda de música, fogos, tudo.
33:13A senhora vai fazer o seguinte.
33:16Avisa o delegado.
33:17É.
33:18Avisa o delegado porque se esses estudantes vão fazer paterna, é pra sentar a borracha neles.
33:27Eles estão pensando o quê?
33:30Que a gente ainda vive na ditadura?
33:31Bora, Carmen, tá parecendo uma lesma.
33:38Eu não sei pra que eu vim, eu não tenho nada com isso, pai.
33:39Não, é meu e ainda levo bronca.
33:40E por que minha amiga?
33:41Por isso, eu não posso demorar.
33:43Se meu pai não estiver no Rio, aí a gente volta logo.
33:45Se ele tiver entrada, aí, cara, seja o que Deus quiser.
33:47Quem sou eu?
33:55Quem sabe quem?
34:00Guarda a mão dessa bandeira, querendo.
34:02E, tia, não abre essa boca.
34:05Blum, blum, blum, blum.
34:07Sabe quando essa água vai me engolir, nunca?
34:10Agora vê se para de reclamar e toma conta da minha roupa aí que é pra neguinho não meter a mão.
34:14Quem vai querer esse estafo?
34:16Como é que é, querendo?
34:18Se amarelou?
34:18Agora tu vai, desgraçado.
34:20Nem que seja porfa.
34:22Vocês pensam que eu sou cagão, é?
34:24É, meu fã.
34:26Para com isso, gente.
34:28Vocês ficam botando pilha.
34:30Vocês querem ver eu ir?
34:33Pois eu vou mesmo.
34:35Vai logo, filho da mãe.
34:37Não amarra uma corda no teu pescoço, te joga no Rio.
34:39Você não é homem pra isso.
34:41Mas eu vou.
34:42Oh, homem.
34:44Oh, cara, querendo.
34:46Pessoas de mim sempre rindo.
34:50Pouco lá, gol, velho, velho, velho.
34:53O sapo desastreio.
34:58Quem sabe quem.
35:03Brincarinho junto de menino.
35:07Oh, cara, querendo.
35:08Pessoas de mim sempre rindo.
35:10E o gerente vai virar magre.
35:12O gerente vai virar magre.
35:14Volta, gerente.
35:17Volta.
35:18Eu, sabe quem.
35:21Aí dessa vez o velho vai levar a brecha.
35:23Tomara, rapaz.
35:24Oh, potinho, oh, potinho.
35:26Ai, essa grana aí.
35:26Ah, pera aí.
35:27Deixa os caras afundarem primeiro.
35:28Não vai conseguir.
35:29Essa é a nossa casa.
35:43A reforma deu um trabalhão porque o prédio estava muito detonado.
35:48O que a senhora achou?
35:48Muito bonito.
35:52De muito bom gosto.
35:54Você está de parabéns, Arminda.
35:57Obrigada.
35:58Quando compramos, o casarão estava abandonado há anos.
36:01Parece que tinha se tornado uma cabeça de porco.
36:03Depois foi esvaziada por ameaça de desmoronamento.
36:06Mas está bem agora?
36:07Veja lá, este casarão é muito antigo.
36:09Não se preocupe.
36:10Os alicerces continuavam sólidos.
36:12E reforçamos toda a estrutura.
36:14Quem morava neste solar era assim que chamavam naquela época.
36:21O pessoal da cidade ainda fala assim, solar da primavera, não é?
36:25É isso mesmo, solar da primavera.
36:28Pertencia ao desembargador Machado, o velho Machadão.
36:31O velhinho de dar pena, mas um tremendo safado.
36:37Adorava uma menininha.
36:39Madame de Ureli, estou louca para ouvir a sua história.
36:41A senhora nasceu aqui, em Ribeirão do Tempo, e ninguém sabe disso no mundo.
36:46É incrível.
36:47Eu vou lhe contar a minha história, mas não agora, Arminda.
36:51É claro.
36:52A senhora deve estar exausta.
36:54Sabe que não.
36:55Chegar aqui me deu uma vitalidade renovada.
36:59Estou me sentindo muito bem.
37:00Vai ver que o pessoal tem razão quando diz que o Rio tem propriedades rejuvenescedoras.
37:04Pelo menos na memória, eu estou recuando 50 anos.
37:10É uma sensação intensa.
37:11Com licença, dona Arminda.
37:12O que é, Elza?
37:13É que tem visita para a madame.
37:15Visita já?
37:16Mal acabamos de chegar e ninguém sabe que madame de Ureli se encontra na cidade.
37:21Como se chama a visita?
37:22É doutor Teixeira.
37:24E ele chegou cedo e eu...
37:25Eu não conheço nenhum doutor Teixeira, Elza.
37:27Não se preocupe, Arminda é meu advogado.
37:30Seu advogado?
37:32Pensei que conhecesse todos.
37:34Esse foi chamado para um caso especial.
37:36Mão de entrar, por favor.
37:37Sim, senhora.
37:38Com licença.
37:40Mais uma surpresa, madame de Ureli.
37:42Arminda, você está comigo há quanto tempo?
37:45Contando o tempo que trabalhei com a senhora na Europa e o tempo em que já estou aqui,
37:48mais de quatro anos.
37:50Seria muita pretensão sua querer saber tudo a respeito de uma mulher da minha idade.
37:54Você não acha?
37:55Me desculpe.
37:55Eu peço desculpas por exigir tanto da curiosidade de uma mulher.
38:02Madame de Ureli.
38:03Walter, entre.
38:06Como vai a senhora?
38:09Fez boa viagem.
38:11Pior do que a viagem é ter que responder a essa pergunta várias vezes.
38:16O fato é que cheguei bem e estou ótima aqui.
38:18Mas deixe-me apresentar a Arminda, a executiva mais competente da nossa empresa e pessoa
38:26da minha confiança.
38:28Doutora Arminda.
38:30Muito prazer.
38:31Se eu soubesse que o senhor viria, eu teria dado ordens para preparar um belo jantar.
38:35O Walter não é de cerimônias, querida.
38:38Não se preocupe.
38:39Quando você chegou?
38:40Cheguei pela manhã.
38:41Eu já estive aqui no solar, mas como a senhora não estava, resolvi dar uma volta pela
38:45cidade.
38:45Se hospedou em algum lugar?
38:46Não, ainda não deu tempo, mas existem pousadas na cidade.
38:50Não, não, não, não, você vai ficar aqui conosco.
38:53Temos um quarto de hóspedes, não temos?
38:55Temos.
38:56Não, não, não, de maneira nenhuma.
38:57Eu não quero incomodar.
38:58Mas você não vai incomodar?
39:00O que é isso, Walter?
39:02E depois, é sempre bom termos um homem na casa, não é?
39:07Eleonora.
39:12Bom, pessoal, o tour termina por aqui.
39:14Ribeirão do Tempo agradece a visita de todos.
39:16E espera vê-los de volta em breve.
39:20Tchau.
39:21Tchau.
39:28Vem cá, a banda tá ensaiando pra quê?
39:30Ah, é que hoje vai ter uma homenagem à grande figura de Ribeirão, o doutor Flores.
39:34Vai ser lá no Salão Municipal.
39:35Se a senhora quiser ir, pode ir, porque é de graça, viu?
39:37Tá, cara.
39:37Deixa eu tirar uma última foto sua?
39:39É, claro.
39:40Ótimo.
39:48Ótimo.
39:49Posso ver?
39:50Pode.
39:54Posso ver todas?
39:55Pode.
39:55Pelo amor de Deus.
40:11Manda essa foto pra mim.
40:12Vai, querido.
40:15Vai logo, querido.
40:16Não, rapaz.
40:17Vai, querido.
40:19Ah, engoliu, engoliu.
40:20Vai, vai.
40:22Ô, pai, cadê meu pai?
40:23Cadê meu pai?
40:23Vai lá.
40:24Já está na água.
40:25Chegou tarde, pelo menos.
40:27Ô, pai, sai daí.
40:28Chega de maluquinha.
40:29Sai, já volta pra cá.
40:30Deixa o velho boiar um pouquinho, pô.
40:33Eu fiz tudo o que eu podia, pelo amor.
40:35Mas ele está com o diabo na cabeça.
40:38Panta, querido.
40:39Ah, eu estou aguentando.
40:47Está muito forte.
40:48Olha, eu não quero assustar, mas ele não demora pra afundar, não.
40:52Meu Deus, o senhor não pode se afogar.
40:56Alguém ajuda.
40:56Faz uma coisa que eu não sei nada mais.
40:58Você maluca, menina?
40:59Eu vou entrar nessa água junto com ele.
41:00Quem entrar vai se afogar também.
41:02Ah, é doido.
41:02Eu que não entro nessa.
41:03Ele está se afogado.
41:09Meu Deus, socorro!
41:25É de socorro!
41:26Meu pai está se afogado.
41:27Faz alguma coisa!
41:29Meu Deus, meu Deus!
41:31Meu Deus, socorro!
41:32É de socorro!
41:34Meu pai está se afogado.
41:35Faz alguma coisa!
41:39O que é que eu sou?
41:41É de socorro!
41:45Acabez-me, acabez-me, acabez-me.
41:48Consegui, acabez-me.
41:49Consegui, acabez-me.
41:54Socorro!
41:55Socorro!
41:56Pela vontade do meu pai!
41:58Ele vai ajudar.
41:59Vamos lá, vamos lá.
42:29Chega, velho! Chega, velho!
42:34Chega!
42:55Chega, velho!
42:59Pega ele! Pega ele!
43:02Pega ele, por favor! Calma, meu pai!
43:09Ah, papai, faz um pouquinho, ele vai pro Belalé, ó.
43:11Olha lá. Tá demorando muito.
43:19Pai, ele tá... ele tá se afogando.
43:29Pai, ele tá se afogando!
43:47Pai, ele tá se afogando!
43:47Pai, ele tá se afogando!
44:17Pai, ele tá se afogando!
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