Ribeião do Tempo capitulo 40

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Quem puder dar uma força segue o pix para doação: CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK) Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.  Enredo A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena. Transcrição

Transcript

00:00O velório vai ser aqui mesmo, minha gente.

00:04No meio da praça, embaixo do céu.

00:07Porque a Eleninha era do povo.

00:10Mas me deu, vai ser no cemitério.

00:13É, no mesmo cemitério onde vão enterrar o figurão da república.

00:17O que é esse tal de tião, hein, Guilherme?

00:20Já vi tudo.

00:21O que ela disse dele, hein?

00:22Ela não disse nada, mas eu quero que você me conte.

00:24O que é esse cara?

00:25É um amigo nosso.

00:26É um cara legal que fica rodando por aí.

00:28Ele já veio aqui em casa, você conhece.

00:30A Eleninha me contou que é um cara estranho,

00:32que nem de Ribeirão é, que costuma vir pra cá,

00:34que não estuda.

00:35Ela é muito fofoqueira, pai.

00:37O que é que o tião tem demais?

00:39Ele mora em Cabeira e de vez em quando ele vem pra cá, sabe?

00:42Eu vou te contar o segredo.

00:44Eu fiquei afim do cara.

00:48Não, eu acho que eu já tava.

00:49Jura?

00:50E agora eu não consigo parar de pensar nisso.

00:51Carmen, o cara é um coroa.

00:54O cara é um coroa gatão.

00:55Chamou-se pra dedão.

00:56Ah, pode até ser, mas ele é um coroa.

00:58Casado, com filho.

01:00Pelo amor de Deus, Carmen, ele tem idade pra ser teu pai.

01:02Mas graças a Deus ele não é.

01:03Carmen, olha o que você tá falando.

01:05Você tá vendo muito filme de madrugada, já pode ser isso?

01:08Você pode falar o que você quiser.

01:11Mas foi dada a partida.

01:12Não tem gosto.

01:14Onde é que o senhor estava na noite

01:16em que os dois pompinhos foram assassinados?

01:20Hum?

01:20Onde que eu tava?

01:21É.

01:22E trata de arrumar um álibi muito bom.

01:25Senão você está frito.

01:27Porque eu já encaminhei um pedido de prisão provisória ao juiz.

01:31E eu tenho certeza que ele vai conceder.

01:34Os que têm obrigação de se juntar a nós

01:38e não fazem que se acautelem.

01:41Servirão de exemplo para os que ainda vacilam.

01:45Assinado, conspiração azul.

01:48Unidade de execução.

01:50Que coisa mais esquisita.

01:53Meu Deus do céu.

01:55Se não tivesse acontecido tudo o que aconteceu

01:56eu diria que isso é uma brincadeira de péssimo gosto.

01:58Presta atenção no remetente, Helen.

02:02É o endereço da Secretaria de Segurança do Estado.

02:04Alguém de lá, possivelmente um policial de alta patente

02:08enviou essa mensagem lá de dentro.

02:10Não, mas essa mensagem não foi enviada pro senador.

02:13O destinatário é uma outra pessoa.

02:15Estava no computador da senhora Heleninha.

02:18A Heleninha, a moça que morreu com um senador.

02:21Eu agora estou entendendo

02:23por que o Joca não quis mostrar isso pra polícia.

02:25Porque possivelmente o Ajuricaba

02:27está envolvido nessa tal de conspiração azul.

02:30Ou seja, lá por fora.

02:31Peraí, peraí. Joca?

02:32Que joca?

02:33É um moleque que anda por aí.

02:34Você conhece.

02:35Ele é guia turístico e agora é emitido a detetive.

02:38Ele é amigo da Filó.

02:39Você conhece, Helen?

02:41Eu sei quem é.

02:42Joca.

02:42Mas peraí, Lincoln.

02:44Foi esse rapaz que descobriu tudo isso?

02:46Pra você ver, eu não dava nada

02:48pra aquele moleque com essa história do detetive.

02:50E ele me vem com uma bomba dessas nas mãos.

02:53E agora está lá, preso.

02:55E o que você vai fazer?

02:56Não sei, não sei, não sei.

02:58Aliás, foi por isso que eu chamei a Helen

03:00pra ver se ela tem uma ideia.

03:03Eu tenho uma ideia.

03:04Eu tenho uma ideia.

03:16Graças a Deus eu encontrei o senhor, doutor Ventania.

03:22A senhora deve estar ruim da vista, minha senhora.

03:24Não existe pessoa mais fácil de encontrar aqui em Ribeirão do Tempo que eu.

03:28É o que o senhor pensa.

03:30Mas isso não vem ao caso.

03:32Agora não interessa.

03:33Eu estou precisando da sua ajuda, doutor.

03:35Matou o marido.

03:37Deus me livre.

03:38Eu sou viúva há muitos anos.

03:40É meu filho.

03:41Matou o filho.

03:42Não, não é por Deus.

03:43Eu não matei ninguém.

03:45O meu filho foi preso injustamente.

03:47Eu preciso que o senhor tire ele da cadeia.

03:49Mas o que esse rapaz estava fazendo?

03:51Nada de mal.

03:52Olha, ele até tentou explicar o que ele estava fazendo dentro daquela casa.

03:55Mas o delegado nem quis ouvir.

03:58Meu filho é inocente.

03:59O senhor tem que acreditar em mim.

04:00Eu acredito, minha senhora.

04:02As cadeias estão repletas de inocentes.

04:05Eu vim a este mundo para tirá-los de lá.

04:08Esta é a minha missão.

04:09Ai, graças a Deus.

04:11Eu posso contar com a senhora.

04:12Mas vai lhe custar algum numerário, evidentemente, né?

04:16É o quê?

04:17Dinheiro, minha senhora.

04:18Metal sonente.

04:19Ai, aí é que o bicho pega.

04:22Eu ando numa pindaíba de dagosto.

04:25Vamos estudar o caso.

04:27Quem sabe não encontramos uma forma de pagamento.

04:31Que forma de pagamento?

04:33Mas a senhora não se entusiasme.

04:35Eu sou um homem de respeito.

04:36Casado.

04:36Professor, desculpe nós chegarmos assim de supetão, mas é que a situação é realmente grave, sabe?

04:57Eu tentei te ligar algumas vezes, professor, mas só dava o culpado.

05:01Não tem problema.

05:03Vamos conversar na biblioteca, lá a gente pode se falar mais à vontade.

05:05Ótimo.

05:09Acontece, professor, que nós recebemos uma informação alarmante.

05:13E decidimos vir consultá-lo antes de tomar qualquer decisão.

05:17Aliás, a sugestão foi da Ellen.

05:18Claro.

05:19O senhor é a melhor cabeça de Ribeirão, professor.

05:21E o que mais tem experiência política também.

05:23Com licença.

05:31Os que têm a obrigação de se juntar a nós e não o fazem, que se acautelem.

05:39Servirão de exemplo para os que ainda vacilam.

05:43Assinado Conspiração Azul, Unidade de Execução.

05:49Conspiração Azul, Unidade de Execução.

05:52A coisa é claramente dirigida ao senador.

05:56Observe.

05:57Caro senador Érico.

05:59Enquanto a pátria corre perigo e etc.

06:02Eles fizeram uma ameaça e cumpriram, professor.

06:05E de maneira impiedosa.

06:07Morte aos traidores.

06:09Você reparou o remetente, professor?

06:11Isso daí veio direto da Secretaria de Segurança.

06:13De dentro da própria polícia.

06:15É, isso é muito grave.

06:17É gravíssimo.

06:18Vocês têm razão.

06:19Esse manifesto é uma total loucura.

06:23Não desvario se pensarmos que teve consequências?

06:25A minha dúvida é a seguinte.

06:26Se eu publico ou não publico o manifesto?

06:29Você disse que ele foi descoberto por um detetive particular.

06:32Isso.

06:32O Joca.

06:33É esse guia turístico que fica aí pela praça.

06:35Acho que você sabe quem é.

06:36É, eu acho que eu sei quem é, sim.

06:39No meu entendimento, mostrar isso para a polícia seria uma bobagem.

06:42Tendo em vista que essa informação saiu de dentro da própria polícia.

06:46De um alto escalão da polícia.

06:48Tá certo.

06:48Lincoln, eu vou te dizer o que eu penso.

06:51Bote isso no jornal.

06:53Publique esse horror.

06:56A nação precisa saber a verdade.

06:57É exatamente isso que eu pensava.

06:59E sabendo que o senhor compartilha da mesma opinião, eu fico mais tranquilo.

07:02Se não for uma brincadeira de péssimo gosto, eu diria que só o povo é capaz de deter essa conspiração alucinada.

07:11Meu Deus do céu.

07:13Eu pensei que o país estivesse livre disso tudo, professor.

07:16As forças do psiconontismo estarão sempre à espreita, minha querida.

07:20Será que não foram essas mesmas pessoas que mataram a Dirce?

07:23Pode ser.

07:24Embora seja difícil estabelecer a ligação.

07:27Por que que esses doidos agem dessa forma?

07:31Por que eles acham que a nação tende a desaparecer?

07:35São muitas perguntas.

07:37Não é, professor?

07:37Por enquanto, só o sangue como resposta.

07:40Eu vou lançar uma edição extraordinária ainda hoje, com um manifesto e em primeiríssima página.

07:46Não, isso eu não recomendo.

07:48É melhor esperar os enterros.

07:50A cidade já está com uma comoção insuportável.

07:54Publique o manifesto explicando as circunstâncias em que foi descoberto.

07:58Mas na edição normal, amanhã.

08:02Isso é certo.

08:03Isso vai repercutir no país inteiro.

08:06Brasília vai tremer.

08:07Fala, Alfredo.

08:26Quem é vivo sempre aparece.

08:29Diga lá o que é que manda.

08:30Tive que virar a noite na delegacia de olho no assassino aí do senador e da biscate.

08:35Como é que é?

08:36Vocês prenderam o assassino do senador e da heleninha?

08:39Pensando o que, rapá?

08:41Quando esse povinho fica aí arrumando confusão e desordem, a polícia trabalha.

08:45E quem é o assassino?

08:47Que ele vagabundo.

08:48Ah, quem é desocupado?

08:49Fica na praça aí enganando os turistas?

08:52O...

08:52Você tá me dizendo que é o Choca?

08:57Esse mesmo.

08:59E ó, pegamos com a boca na botija.

09:01Mas não é possível, Viriato.

09:04Como é que foi isso?

09:04É o que o delegado diz, rapaz.

09:06Ó, o criminoso sempre volta ao local do crime.

09:09Esse aí voltou lá pra roubar a casa da vítima.

09:12Pegamos o elemento no flagrante.

09:14Pera aí, deixa eu ver se eu tô ouvindo direito.

09:19Você tá falando do Choca?

09:21O filho da Leia?

09:22É isso aí mesmo, rapaz.

09:23Ó, teve na delegacia lá.

09:26Queria falar com o vagabundo, você vê?

09:34A gente pegou umas flores no terreno balde da rua lá de trás.

09:38Tão lindas, meu amor.

09:39A Heleninha ia gostar.

09:41A Heleninha adorava essas florzinhas.

09:43Chama Maria sem vergonha.

09:46Tem esse nome porque dá em qualquer lugar.

09:48Maria sem vergonha?

09:50Ai, eu não sabia.

09:52Será que pega mal ou querendo?

09:53Ah, que é isso, meu anjo.

09:56Heleninha era como essas flores.

09:59Uma criatura de Deus que espalhava a sua beleza por essa terra.

10:05Boa, gente.

10:06Está na hora.

10:08Quem vai carregar o caixão?

10:13Gente, sabe da última?

10:18O que foi?

10:21Prenderam o assassino do senador e da Heleninha.

10:25Meu Deus, quem foi?

10:28O Choca.

10:29Quem é o Choca?

10:33Vamos recapitular.

10:36Eu não estou entendendo nada.

10:37Naquela noite...

10:38Naquela noite...

10:40Eu estava com uma dor de cotovelo, viu, seu delegado?

10:42O que o senhor não pode nem imaginar.

10:43Eu quero lá saber de sua dor de corno.

10:46Chega, chega de me embromar.

10:48Confessa logo, Choca.

10:49Que naquela noite você foi, pegou o revólver e matou o nosso senador.

10:54Eu não matei ninguém.

10:56Eu só fui lá afogar as mágoas mesmo, no bar do Agito.

10:59Eu bebi muito, fui.

11:00Passei a noite inteira bebendo.

11:02Eu tenho testemunhas.

11:03Ah, Filomena, o senhor sabe quem é Filomena, não sabe?

11:05Ela ficou lá conversando comigo.

11:06Eu conheço Filomena, eu vou lá conferir com ela.

11:08Pode conferir, ela até me levou para casa.

11:10Me encontrou dormindo lá no banco da praça e me carregou.

11:13Uma vergonha.

11:14Como é isso?

11:15Você estava escornado no banco da praça.

11:18A aluna estava conversando contigo no bar.

11:22É que depois eu saí do bar e ela me encontrou mais tarde.

11:25Ah, entendi.

11:27Mais tarde.

11:29E nesse meio tempo, você foi até a casa do senador e fez o servicinho.

11:34Não!

11:35Ai, delegado, pelo amor de Deus, eu estou morrendo de dor de cabeça.

11:39O senhor de verdade tem esperança de que essa figura aí vai falar alguma coisa?

11:43É.

11:43Está chegando.

11:44Ele agora, ele...

11:45Com licença.

11:47É que tem um advogado aí que está dizendo que exige falar com o senhor.

11:52Quem é?

11:52O tal de doutor Ventania.

11:54Ah, meu Deus.

11:57Não faltava mais ninguém.

11:58Com licença.

12:02Com licença.

12:03Com licença.

12:04Esculapia.

12:05O que é?

12:05Prender o assassino.

12:07É o Joca.

12:08O Joca?

12:09Mas isso é possível, papai?

12:11Se a polícia prendeu, algum motivo tem que ter.

12:14Aí, gente, ó.

12:18A polícia prendeu o Joca.

12:20Estão dizendo que ele matou a Eleninha, o senador.

12:22O Joca?

12:22O Joca.

12:23O Joca?

12:24O Joca da praça.

12:25Que história é essa, esculapia?

12:27Acabei de ouvir isso daqui.

12:28É verdade, eu já sabia.

12:29A Leia esteve lá em casa de madrugada desesperada.

12:32Isso é um absurdo.

12:33O Joca não mata nem mosquito desnutrido.

12:35É, gente, imagina.

12:37O problema é que a polícia pegou ele na casa da Eleninha.

12:41O que é?

12:43A Leia agora tá doidinha atrás do doutor Ventania

12:46pra ver se consegue tirar o filho dessa enrascada, né?

12:48Só faltava essa.

12:50Mas que perturbação.

12:52Mas fui eu que dei a chave pro Joca.

12:54Eu contratei ele pra investigar o assassinato.

12:56Eu tô sabendo.

12:57Tudo bem, meu amor.

12:58Não se preocupa não que depois a gente resolve isso.

13:01Pessoal, o negócio é o seguinte.

13:08Vamos lá enterrar a nossa amiga, minha gente.

13:15Depois a gente vê essa história.

13:21Vamos lá, meu povo!

13:31Coisa gostosa na tela se dá

13:42Que simpatia tem

13:43E coisa louca também

13:44Antipatia tal

13:45Eu entro pela novela que empatia tem

13:48Saio na vida real

13:49É fantasia tal

13:51Vejo na tela você

13:52Da que cardia dá

13:53Dizendo a cena final

13:55A vida como ela é

13:56Eu quero ver

13:57Bato o pé

13:57Pra botar moral

13:59Trambique, politiqueiro

14:01Telecomunica

14:02A coisa fica pior

14:04Telecomunicó

14:05Mas o que vai dar o nó?

14:07Telecomunicó

14:08É nosso amor vira pó

14:09Telecomunicó

14:10Fossamos dois em um só

14:12Telecomunicó

14:13Até a terra virar

14:15Teleco

14:15Nosso xoda

14:17Estou aqui representando o filho desta máfia dolorosa

14:42A prisão do Jó Capelago

14:44É ilegal e injusta

14:46Ah, nem venho, doutor Vintania

14:49O suspeito foi preso em flagrante delito

14:51O que você disse de mim?

14:53Máter dolorosa

14:54Mãe sofredora

14:55Quenta, por favor

14:56Escuta, você tem

14:58Tem por acaso um mandado

15:00Para manter o pássaro preso na gaiola?

15:03Já pedi prisão provisória

15:05Tudo conforme a lei

15:07Ele vai continuar preso

15:08Com ou sem advogado?

15:10Pois, eu quero ver meu cliente agora

15:14Não vai ser possível

15:15Ele está incomunicável

15:17Cosquetandem, ajuricaba

15:22Ah, mutério, paciente, a nostra

15:26Aqui?

15:27Cala a boca

15:28Já começou ele

15:29Guarde o seu latim de boteco, ventanil

15:32O senhor sabe muito bem

15:33Que não existe regime de incomunicabilidade

15:35O advogado tem direito de falar com o preso

15:38E se você não deixar?

15:39E eu vou entrar com uma representação

15:42De abuso de autoridade

15:44Contra você

15:46Meu filho

16:13Meu filho, como é que você está?

16:14Está tudo bem, mãe

16:15Não precisa ficar assim

16:16Como não?

16:17Você está aqui trancado

16:18Nesse lugar horroroso

16:20Eles baixaram o pau em você

16:21Imagina

16:22Imagina se eles vão ter peito

16:23Para fazer isso

16:24Lágrimas maternas

16:26São o melhor bálsamo

16:27Para uma alma prisioneira

16:29Mas o tempo ruge

16:30Não é o doutor Ventani?

16:31Um carne, osso e cérebro

16:32É a sua mãe que me contratou

16:34Para tirar você aqui das garras

16:35Do ajuricaba

16:36Eu conheço o senhor de vista

16:37E...

16:38De fama

16:40Meu filho

16:40Você me parece bem

16:42Eu achei que eu fosse encontrar você

16:44Tão arrasada

16:45Batida

16:46É isso, mãe

16:46Não é de ser essa polícia aí

16:48Que vai me botar para baixo não, viu?

16:50Mas olha

16:50Nós não temos tempo a perder

16:51Você tem que contar toda a verdade, entendeu?

16:53Toda a verdade

16:54Perfeito

16:54Vamos lá, vamos lá

16:55Atenção, por favor

17:08Atenção, por favor

17:12Em nome da família

17:25Gostaria de externar

17:28Nossa gratidão

17:29Aos correligionários do partido

17:32As autoridades aqui presentes

17:36E principalmente ao povo de Ribeirão do Tempo

17:39Pelo apoio

17:41Pelo carinho

17:43Pelas palavras amigas

17:45Nesse momento tão difícil para nós

17:49Bom

17:52O essencial já foi dito

17:53Mas eu gostaria de acrescentar o seguinte

17:55Eu exijo

17:57Que a polícia abandone

17:59Sua habitual pasmaceira

18:01Sua palermice

18:02E cumpra o seu dever

18:04Isso é uma justiça

18:05A polícia do nosso estado

18:07Uma das melhores do Brasil

18:08Eu sei, eu sei

18:09Silêncio

18:09Calma

18:10Que arregasse as mangas

18:13E trabalhe

18:14Que prenda

18:15Os assassinos de meu pai

18:17Para que a justiça seja feita

18:20Pode levar o caixão

18:35Que diabo

18:38E descoberta é essa que você fez

18:40Você tem que me falar

18:42A única coisa que eu posso adiantar

18:47É que é uma bomba política

18:49Mas esse assunto está com o seu Lincoln

18:51Como a minha mãe contou

18:52Você sabe que você

18:54Escondendo isso da polícia

18:56Só piora a sua situação, não sabe?

18:58Eu sei

18:58Mas eu acredito que o seu Lincoln

19:00Vai botar essa parada no jornal

19:01Aí vai ficar tudo bem

19:02Como tudo bem, meu filho?

19:04Enquanto isso, você fica aqui nesse chiqueiro

19:06Calma, mãe

19:06Eu aguento, tá?

19:07Fica fria

19:08Se você acha melhor assim, ó

19:10De qualquer forma

19:11Eu vou entrar

19:12Com o pedido de abiascópolis

19:14Para tirar você aqui da cadeia

19:16Tá?

19:23Por favor

19:31Não, meu senhor Flaubert

19:33Não

19:33Excusa-me

19:35Mas eu deixei o som para tudo

19:37Como você disse

19:38Eu já dei toda a informação

19:41Que você tem pedido

19:42Tudo

19:43Isso não é verdade

19:45Não, não

19:47Não é possível

19:48Perfeitamente

19:50Como você quiser

19:51O que?

19:53Era aquele francês de novo?

19:55Está dizendo que faltaram dados

19:56Para despachar o material

19:57O que é se francês

19:59Mente muito mais do que fala?

20:00Doutor Armida, deixa esse cara comigo

20:02Que eu vou desmascarar esse indivíduo

20:03Eu tenho comigo todas as informações

20:04Agora, olha só

20:06Circula aí na cidade

20:08Que prenderam o assassino de senador

20:10É mesmo?

20:11É

20:11Quem é?

20:11É um menino aí

20:12Que era metido a guia turístico

20:14O nome dele é Joca

20:15Ele vive ali na praça

20:16Eu...

20:20Eu acho que eu sei quem é

20:22Mas foi aquele sujeitinho

20:25Por que que ele havia de matar o senador?

20:29Sei lá, doutor Armida

20:30A polícia é que tem que descobrir isso

20:31Agora fica calma

20:32Não tem razão para ficar tão nervosa

20:34Quem disse que eu fiquei nervosa?

20:36Foi esse telefonema

20:38Esse francês que me deixou assim

20:39E depois não é nada agradável

20:41Saber que qualquer guiazinho turístico

20:42Pode ser um assassino

20:43E que um de nós pode ser a vítima

20:46Não existe mais lugar seguro nesse mundo

20:49Calma, doutor Armida

20:50O sol brilha

20:52O rio corre

20:53O cara continua preso

20:54Calma

20:55Tchau

20:57Legenda Adriana Zanotto

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