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Quem puder dar uma força segue o pix para doação:
CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
Transcrição
CHAVE PIX : erisleneribeirodeoliveira@gmail.com
Vai aparecer meu nome : Erislene Ribeiro de Oliveira (Banco NUBANK)
Desde já muito obrigado para quem puder ajudar , e bom divertimento.
Enredo
A trama passa na pequena cidade de Ribeirão do Tempo. A novela aborda e gira em torno do grande resort que a empresária Arminda (Bianca Rinaldi) pretende construir na cidade, que não é bem aceita pela população do local, sendo assim todos irão contra ela, menos Joca (Caio Junqueira), que é um detetive particular que quer ter prestígio desvendando assassinatos e casos misteriosos que se apaixonará por ela e ela por ele. Filomena é uma moça humilde de Ribeirão, é querida por todos da cidade, filha de Querêncio. É apaixonada por Tito, um rapaz que é apaixonado por esportes radicais e que é dono de uma pousada. Tito namora Karina, uma "patricinha" rica e mimada dona de uma boutique na cidade. É filha de Célia e Bruno. Numa noite chuvosa em Ribeirão Tito acaba se embriagando no bar "Agito Colonial", dá uma carona à Filomena e os dois acabam fazendo amor dentro do carro, alimentando alguma esperança à Filomena de que Tito a ama. Após perceber o que aconteceu entre ele e Filomena, Tito esclarece o mal-entendido entre ele e Filomena, quebrando as esperanças da moça. Após descobrir Karina passa a odiar Filomena.
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00:00Tire as calças.
00:01O quê?
00:02Tire as calças!
00:06Eu não falei um capuz, idiota! Eu falei as calças!
00:09Essa porcaria está me sinvocando!
00:13O que o senhor quer comigo?
00:16O que é que eu tenho que tirar as calças?
00:18Caridade, meu senhor. Me deixe embora.
00:21Deve haver algum engano. O senhor deve estar atrás de outro Romeu.
00:24Se você não obedecer, vai ser pior pra você.
00:27Tire as calças!
00:28Eu não quero desafiar o senhor.
00:31Eu só quero saber por que eu tenho que tirar as calças!
00:34Eu já lhe disse que ninguém vai te fazer mal, rapaz.
00:37Tire as calças! Faça o que eu estou mandando!
00:43Eu não vou tirar!
00:45Macho, não tire as calças!
00:52Eu já estou perdendo a paciência.
00:54Se não tirar por bem, vai tirar por mal!
00:57Escolhe!
01:02Não tiro!
01:03Não tiro!
01:06Não!
01:11O senador não gostou do jeito que você fez a carne.
01:14Da próxima vez, quando você estiver refogando assim, deixa ela assado.
01:18Tchau, mãe!
01:19Tchau, meu querido!
01:20Espera aí, mentira! Onde é que você vai?
01:21Vou dar uma volta aí pela noite ribeirense!
01:23Eu pensei que você ia jantar com gente!
01:25Seu pai já chegou de Brasília!
01:27É, mãe, me livra dessa!
01:28Você está... não estou afim do discurso da excelência!
01:30Pode ir!
01:31Vem cá!
01:32Vem cá com a sua mãe!
01:33Senta aqui!
01:37Senta aí!
01:39Nicolau, você pode me dar dois minutinhos, meu filho?
01:44Pensa bem, dona Beatriz, pensa bem se vale a pena.
01:47Eu duvido que você vai me dizer alguma coisa que eu já não ouvi cem vezes.
01:50Então faz o seguinte, diz assim, Nicolau, meu filho, por favor, ponto.
01:54O resto eu deduzo, tá?
01:55Tchau!
01:55Deixa de cinismo, menino!
01:58Eu estou fazendo o que eu posso para aplacar a raiva do seu pai.
02:01Olha aqui, Nicolau, se você me der uma ajuda, mas assim, ó, uma ajudinha que seja,
02:05eu garanto a você que eu consigo reverter essa situação intolerável que se estabeleceu
02:11aqui dentro da nossa casa.
02:13Ele continua afim de me destituir de todas as empresas?
02:16Continua, né, meu filho?
02:18Eu acho que vai ser muito difícil fazer ele mudar de ideia, né?
02:21Mas se ele tomar essa atitude, realmente o caldo engrossa, pode crer.
02:24É exatamente isso que eu tenho medo, meu filho.
02:27Eu não quero que você vá até certo ponto, que depois você não possa voltar.
02:32Meu filho, faz um esforço.
02:34Mostra o outro lado da sua personalidade, que eu sei que existe.
02:39Olha, essa mulher que chegou na cidade, essa tal, essa tal madame, né, que está todo mundo esperando,
02:45ela vai ter uma recepção.
02:47Ah, e nós fomos convidados.
02:50Essa moça que trabalha lá com ela, eu não me lembro o nome dela,
02:54ela veio pessoalmente fazer o convite.
02:57Diz que a madame falou no seu nome.
02:59Quer conhecer você, quer conhecer seu pai e a mim também, claro, né?
03:05Recepção, mãe.
03:06Recepção, menino, recepção.
03:08Olha aqui, meu filho.
03:10Você quando quer, é um homem tão bonito, galante, elegante.
03:17Olha, faz uma forcinha e deixa seu pai.
03:22E ele vê de novo aquele Nicolau que existe debaixo dessa casca de arrogância.
03:26E eu garanto pra você que você não vai ter que pedir desculpa pra jumento nenhum pra voltar as boas graças com seu pai.
03:34Eu aposto, meu filho.
03:36Vamos ver, tá, mãe?
03:36Vou pensar.
03:37E depois tem uma coisa, hein, Nicolau?
03:39Se você for destituído das empresas, você vai ficar numa situação péssima.
03:44Não vale a pena.
03:45Oh, meu Deus, Nicolau.
03:55Nicolau.
03:55Boa noite, padrinho.
04:04Tudo bem aqui?
04:06Tudo em ordem?
04:08E com você?
04:08Eu fui falar com a juricaba e disse que vim botar nas grades.
04:13Você foi prestar depoimento.
04:15É isso que você tá dizendo?
04:16Eu fui reclamar do seu Nazinho que fica implicando comigo no bar.
04:20Então ele mandou eu sentar e disse que ia me interrogar de uma vez.
04:24O que foi que eu te perguntar?
04:26Uma porção de coisas.
04:28A Marta escrevendo tudo que eu ia dizendo.
04:30Mas o que ele queria saber mesmo era onde é que eu tava na hora que a madrinha morreu.
04:35E qual foi a sua resposta?
04:36Eu não disse nada de errado, eu não disse nada de errado.
04:39Eu disse que tinha ido assistir você e ganhar o prêmio.
04:42Aquilo não era um prêmio.
04:43Aquilo era uma solenidade.
04:46Você gosta de me corrigir?
04:48Falou igualzinho, mas jurei cabra.
04:49Não é prêmio, não é prêmio, não é prêmio.
04:50Se eu quiser chamar de prêmio, eu chamo de prêmio.
04:53Bom, tá bom.
04:55Desculpa.
04:56Pode chamar como você quiser.
04:59O que foi que você disse mais?
05:00Que eu saí do prêmio e fiquei lá na praça.
05:02Aprendei de tomar ovo no focinho.
05:06Ficou uma fera comigo, disse que ia me enfiar no churinho.
05:10Aquele é um bobalhão.
05:12E o que mais?
05:14Palerma, bestalhão, lorpa.
05:17Ele queria saber se aqui na casa tinha alguém que não gostava da madrinha.
05:22Se tinha raiva.
05:24Eu disse que a Fátima devia falando mal dela.
05:27E o que mais que ele perguntou?
05:28Se eu costumava vir aqui sozinho.
05:31Se eu tinha a chave.
05:32E o que foi que você respondeu?
05:33Diz que não.
05:34Diz que não.
05:35Que eu sempre batia na porta antes de entrar.
05:38A júrica é bem encherido, né, padrinho?
05:41Muito encherido.
05:42Mas se você respondeu tudo direitinho, não tem problema.
05:46Você se lembra de mais alguma outra pergunta que eu te fez?
05:49Boa noite, boa noite.
05:54Obrigado.
05:55Ai, ai, ai.
05:57Tá doido.
05:58Esses caras parecem que não tem mulher em casa, pô.
06:02Vambora dormir, minha gente.
06:03Vambora dormir.
06:05Tá doido o senhor, eu, hein.
06:07Aí, lorotinha, a última.
06:09Pode acreditar em mim.
06:10Palavra de honra.
06:11Você sabe que quando querer falar, tá falado, né?
06:13Claro que eu sei.
06:14Como sei?
06:15Mas acontece que eu também sou um homem de palavra, que nem eu sou.
06:18O bar fechou, vai pra casa dormir.
06:20Olha quanto tempo faz que o Romeu vai embora.
06:22Você não tá morando com ele, pega até mal chegar depois o dono da casa.
06:26O Romeu não manda em mim, você não tem nada a ver com a minha vida.
06:29Por favor, desce a última.
06:32Ó, o Romeu, ele tá de volta.
06:33Tá vendo?
06:34Ele não foi embora coisa nenhuma, lorota, saideira.
06:37Por favor.
06:38Que cara é essa, homem?
06:39Parece que viu assombração.
06:41Preciso falar com você, querente.
06:43Vem comigo.
06:44Tá com cara de quem?
06:45Viu enforcado?
06:46Segura essa aí que a gente já vai.
06:47Só vou tomar a última.
06:48Por favor, querente.
06:50O assunto é grave.
06:51Mas então conta pra nós, tá tudo entre amigos.
06:54O que é isso, Romeu?
06:55Eu não quero falar.
06:56Vem comigo, querente.
06:57Eu tô pedindo, homem.
06:59Não é brincadeira.
07:00Vai, querente.
07:02Vai.
07:02Vai que tem rabuda nessa história.
07:04Não tem rabuda nenhuma.
07:06Fica fora isso, Alfredo.
07:08Vem, querente.
07:09Tu é meu amigo ou não é?
07:10Vem.
07:11Ô, Romeu, bebe demais.
07:14Dá nisso aí.
07:14Já sabe o que que é isso?
07:15É o tal do delírio tremendo.
07:17Eu tenho um primo...
07:18Delírio tremendo, imbecil.
07:21Qual é?
07:21Quer bancar um inteligente pra cima de mim?
07:24Disse eu entendo.
07:25Você vai aonde?
07:35Fala de uma vez que diabo aconteceu.
07:37Tô cansado, cara.
07:39O que que é?
07:40Tá vindo da onde?
07:41Brigou com a Sancha?
07:43Todas as mulheres são assim.
07:45Todas são osso duro de rua.
07:46Até minha filha, você não vê?
07:48Em vez de cuidar de mim, me dar carinho, conforto.
07:52Afinal, sou o pai dela, não.
07:53Me senta a frigideira no quengo.
07:55Olha aí, ó.
07:56O galo ainda nem baixou.
07:57Podia ter me matado, não é?
07:59Cala a boca, querido.
08:02Não tá vendo que eu estou arrasado?
08:04Que eu estou...
08:05Nem sei o que dizer.
08:07Tá o quê, meu amigo?
08:08Tá ferrado?
08:09Não!
08:10Que ferrado!
08:11Cala a boca, querido.
08:13Tu não sabe de nada e fica dando palpite infeliz.
08:17Mas eu, que palpite infeliz que eu dei?
08:19Eu só tenho que...
08:20Tu não tem nada.
08:21Não aconteceu o que tu tá imaginando.
08:25Mas eu nem cheguei a imaginar.
08:28Vai imaginar, sim.
08:29Todo mundo vai imaginar.
08:32Tu não tem nada a ver.
08:33É mentira!
08:35Sério, Romeu, diz aí o que você andou bebendo.
08:37Eu nunca te vi desse jeito.
08:39Essa é da pesada, hein?
08:40Eu não bebi nada.
08:43Ninguém pode dizer que eu bebi.
08:45Tô bonzinho.
08:46Não tá vendo?
08:48Desde aquela hora de sair do boteco do Alfredo,
08:49Eu não bebi mais nada.
08:51Eu não entendo nada do que você diz, meu amigo.
08:53Tu tá ficando matosquela.
08:57Matosquela?
08:57Eu?
08:59Tu não vai entender?
09:00Eu nunca quero isso.
09:01Ninguém na cidade vai entender.
09:04O melhor que eu posso fazer
09:05É ficar calado.
09:07Vamos pra casa.
09:08Tô começando a ficar preocupado.
09:11Daqui a pouco você vai tá que nem um sereno.
09:13Vai sair chutando tudo por aí.
09:14O que?
09:18Ah!
09:22Tô dizendo.
09:25A saudade dele tá doendo em mim.
09:27Sancha!
09:35Senta aqui, Romeu.
09:36Vai tranquila.
09:37Não vai.
09:44Sancha!
09:46Sancha! Cadê você? Chega aqui depressa!
09:50Que que é? Que gritaria é essa?
09:56Que que foi, Romeu? Tá passando mal?
09:59Aconteceu alguma coisa muito grave com ele.
10:02Ele não quis me falar.
10:04Ei, Romeu, com uma cara assim tão esquisita.
10:07Fala, Romeu. Você tá em casa.
10:09Não precisa ter medo de nada. Fala.
10:11Não posso contar.
10:13Também não aguento guardar pra mim o que aconteceu.
10:16Estou perdido.
10:18É perdido coisa nenhuma, Romeu.
10:20Para de graça e fala logo o que que te deu. Anda!
10:25Não deu nada.
10:28Deixei em paz.
10:30Eu passei por um momento ruim.
10:37Muito ruim.
10:39Mas já acabou, graças a Deus.
10:45Agora é ter paciência e esquecer.
10:49Ele tá vendo?
10:51Ele fica falando um montão de coisa maluca e a gente não entende nada.
10:55Ninguém tem que entender nada.
10:59Acabou.
11:02Agora eu vou dormir.
11:04Amanhã, se Deus quiser, vai ser outro dia.
11:06Como assim?
11:07Vai matar gente de aflição?
11:09Eu não vou nem conseguir dormir de tanta curiosidade.
11:12Eu não tenho que ficar curioso com coisa nenhuma.
11:15Eu quero que tu se dane.
11:17Vai cuidar da tua vida.
11:23Deixa, querência.
11:24Deixa que eu já vi que o bicho que pegou ele era dos grandes.
11:27Não teve bicho grande nenhum.
11:30Para de falar besteira.
11:33Tu também tá contra mim?
11:34Estás?
11:39É muito grave.
11:41Cuidado com ele.
11:43Você não viu nada?
11:44Absolutamente nada.
11:45A gente tava lá no bar do Lololota e de repente ele se esmou de vir embora.
11:49E queria que eu viesse junto, só que eu não tava afim.
11:52Aí ele foi embora sozinho, saiu e voltou depois de um tempão com essa cara de bode aí.
11:59Ele não veio aqui não?
12:01Não.
12:04Será que ele andou metido e que diabos esse homem andou fazendo, hein?
12:08Vai lá, fala com ele.
12:09Quem sabe pra você sozinho ele não conta.
12:11Eu vou.
12:12Depois eu te falo.
12:13Eu, brigalhão com jeito de menino.
12:14As pessoas de mim sempre rindo.
12:16Popular louco em meus delírios, safadezas.
12:19Eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu, que eu.
12:40Quem sabe quem?
12:45Sabe quem?
12:50Sabe quem?
12:52Pode sentar?
12:54Entra.
12:55Eu ouvi você chegando, filha.
12:57Tudo bem?
12:58Tudo péssimo.
12:59Ai.
13:00Se desentendeu contigo?
13:02O desentendimento já vinha de antes, mamãe.
13:05O que aconteceu de novo foi a briga.
13:07Não conseguiu dobrar ele dessa vez.
13:09Dobrar a mãe dele, você quer dizer, né?
13:11Porque é ela que manda.
13:12É ela que dobra ele do jeitinho que ela quer.
13:14Filha, olha só.
13:15Eu só te aconselho a não, nem pensa em tirar satisfações com a Cloriste.
13:20Esse seria o seu maior erro.
13:22Não, claro.
13:23Deve ser justamente isso que ela tá querendo que eu faça, né?
13:26Mas eu não vou entrar no joguinho dela.
13:28O diabo, mamãe, é que eu não tenho mais a menor ideia do que é melhor fazer.
13:34Então vai, filha. Fala, se abre.
13:36Desabafa comigo.
13:37É melhor comigo do que você ficar brigando com o Tito toda hora.
13:41Desabafar, mamãe.
13:43Como se adiantasse alguma coisa.
13:45A realidade é que meu casamento foi adiado indefinidamente.
13:51Não vai mais acontecer.
13:53Karina, minha filha, é óbvio que vai acontecer.
13:58Deixa de ser pessimista.
14:00É claro que o Tito te ama, a gente vê isso nos olhos dele.
14:04Nos olhos.
14:05Nos olhos, mamãe.
14:07O amor se mostra nas atitudes.
14:09E qual é a atitude dele?
14:11Abaixar a cabeça pra mamãezinha e me dar um chute no rabo.
14:14Eu continuo afirmando que isso é uma fase, que vocês vão acabar se entendendo,
14:19é uma questão de tempo e que o Tito é louco por você, minha filha.
14:24Eu também acredito firmemente que a mulher da vida dele sou eu.
14:29O problema não é entre nós dois.
14:31O problema é ela, metendo a colher de bruxa no caldeirão pra mim tirar da jogada.
14:35Mas ela não vai conseguir.
14:37Se o jogo é duro, eu também sei endurecer.
14:40Mamãe, eu vou disputar o Tito como uma leoa disputa a caça.
14:45Nossa, minha filha.
14:48Você às vezes me assusta, sabia?
14:50Com esse temperamento agressivo.
14:52Tomara que eu esteja enganada, mas eu não vou recriminar você.
14:55Pronto.
14:56Não vou brigar.
14:57Eu acho que você tem direito de lutar pelo que é seu.
15:05Filomena?
15:07Filomena, vem a conta, por favor.
15:11Não vai beber ao chope?
15:12Perdi até a vontade.
15:13A cabeça começa a girar, a garganta fecha, não desce mais nada.
15:14Sai bem como é.
15:15Quando eu tô vendo que eu não consigo comer nada, eu perco completamente a fome.
15:18Mas a gente...
15:19É...
15:20É...
15:21É...
15:22É...
15:23É...
15:24É...
15:25É...
15:26É...
15:27É...
15:28É...
15:29É...
15:30É...
15:31É...
15:32É...
15:33É...
15:34É...
15:35É...
15:36É...
15:37É...
15:38É...
15:39É...
15:40É...
15:41É...
15:42É...
15:43É...
15:44É...
15:45É...
15:46É...
15:47É...
15:48É...
15:49É...
15:50É...
15:51É...
15:52É...
15:53É...
15:54É...
15:55Esse patrão devia dar problema, não pode?
15:57Que patrão vai ver, ué?
15:58O bar já tá vazio, imagina.
16:00Vai lá, você começa.
16:01Meio show a prova.
16:03Acontece que dizem que quem bebe do copo do outro
16:05descobre os segredos, né?
16:07Sem problemas, eu não tenho nada a esconder.
16:09Até que seria interessante descobrir os teus.
16:12Eu não tenho segredo nenhum, não, eu.
16:15Então tá bom.
16:18Tô à vontade.
16:18Agora vai você.
16:30Amanhã eu te conto os segredos que eu descobri.
16:43O lugar foi esse que te levaram, hein, Romeu?
16:46Não sei.
16:50Eu não consegui enxergar nada.
16:52Por causa do capuz?
16:54Mesmo depois que eu tirei o capuz.
16:56E não consegui enxergar por quê?
16:57Tava tudo escuro.
16:58E eles apontaram uma lanterna pra minha cara.
17:02Só sei que era um lugar grande
17:03e que cheirava amor.
17:05Devia estar abandonado há muito tempo.
17:07Tá aí, o que aconteceu depois?
17:09Ninguém pode saber.
17:10Ninguém!
17:11Para com isso, conta logo essa leré.
17:14Antes que eu perca a paciência com você.
17:15Fala logo, anda!
17:17Tu jura que vai acreditar em mim?
17:22Ah, Romeu.
17:23Eu não acreditei em você
17:25quando tu disse que ia me fazer feliz no casamento.
17:27Mas então, me dei mal.
17:30Mas é a melhor prova que você tem
17:31de que eu acredito nas tuas histórias, não é?
17:35Eu vou contar.
17:37Conta logo que a gente resolve
17:39se amanhã de manhã conta pro queirense ou não.
17:41Tá bom?
17:41Coisa gostosa na tela se dá
17:48Que simpatia tem
17:49E coisa louca também
17:51Antipatia tal
17:52Eu entro pela novela
17:54Que empatia tem
17:55Saio na vida real
17:56É fantasia tal
17:57Vejo na tela você
17:59Da que cardia dá
18:00Dizer na cena final
18:01A vida como ela é
18:03Eu quero ver
18:03Bato o pé
18:04Pra botar moral
18:06Trambique, politiqueiro
18:08Telecomunicar
18:09A coisa fica pior
18:10Telecomunicar
18:12Mas o que vai dar o nó
18:13Telecomunicar
18:14É nosso amor
18:15Vira a porta
18:16Telecomunicar
18:17Pois somos dois em um só
18:18Telecomunicar
18:19Até a terra virar
18:21Teleco
18:22Nosso xodó
18:24Oi, filhota
18:37Já chegou?
18:38Não
18:38Tá indo lá fora, vindo
18:40É
18:40Eu é que me pergunto
18:42O que o senhor está fazendo?
18:45Não
18:46Eu também acabei de chegar
18:49Agora em um pouco
18:49Eu vi essa garrafa
18:52Jogada aqui em cima da mesa
18:53Eu pensei que o Romeu
18:55Deve ter largado ela aí
18:56Eu estava indo guardar
18:58É, guardar no bucho, né pai?
18:59Eu sei
19:00O senhor deve achar
19:01Que eu sou, não sei
19:02Algum tipo de idiota
19:03O senhor pode ser?
19:05De onde é que veio essa garrafa?
19:07Eu já falei
19:08Estava aí em cima da mesa
19:09Quer dizer
19:12Estava ali
19:13Atrás daquele negócio ali
19:15Mas eu juro que eu não fui procurar
19:17Aí caiu uma moeda no chão
19:20Eu fui pegar
19:21E eu vi
19:22O senhor Romeu e a dona Sancha
19:23Já foram dormir?
19:24Sim
19:24Aconteceu alguma coisa muito grave com o Romeu
19:35É mesmo?
19:36O que que aconteceu?
19:37Eu não sei
19:38Não quis falar
19:39Papo de bêbado, pai
19:41Não
19:42É verdade
19:43Pergunta pra Sancha
19:44A cara que ele chegou
19:45Eu não quero saber de história de cachaceiro, tá?
19:48Isso é um problema dele
19:49Agora o senhor vai me dar isso aqui, é?
19:51Me dá isso aqui
19:52E vai sentar aqui pra ouvir
19:55O que eu tenho pra dizer
19:56Senta aqui, pai
19:57Vem aqui
19:58Senta, senta
19:58O senhor tá conseguindo me ouvir?
20:03Tá conseguindo entender o que eu tô dizendo?
20:04Porque eu preciso levar um papo sério com o senhor
20:06Nossa, eu não tô aqui conversando sóbrio, sério com você
20:11Por que que você não me respeita?
20:13Eu sou seu pai
20:14Pai, no dia que o senhor se respeitar vai ser mais fácil
20:16Agora escuta
20:18Seu Ari pediu que eu fizesse uma encomenda ao senhor
20:22Me encomenda?
20:24Isso
20:24Mas o que encomenda?
20:27O Ari Jumento?
20:28Sim
20:28Ele quer que o senhor pinte um quadro pra ele
20:31Um quadro?
20:33Isso
20:34Pô, mas o Ari Jumento quer que eu pinte um quadro dele?
20:38Ele vai posar pra mim?
20:39Não, pai
20:39Ele quer que o senhor pinte um enforcado
20:43Pra ele
20:44Enforcados?
20:47Mas eu não sei como é a cara dele
20:49Como é que eu vou ficar pintando enforcado, filó?
20:53Inventa uma cara, pai
20:55Qual é o problema?
20:56Não tem problema
20:56Pô
20:58Inventar a cara do enforcados
21:01Olha só, escuta
21:04Ele tá oferecendo uma boa grana
21:06A gente precisa muito desse dinheiro
21:09Então vai acontecer o seguinte
21:11Amanhã o senhor não vai beber uma gota
21:13De cachaça
21:14Por quê?
21:15Porque ele tem pressa
21:16E esse quadro é um presente pra aquela dona do resort
21:18Caramba, que responsabilidade, hein?
21:22Pois é
21:23Muita mesmo
21:24Prata de não decepcionar, pai
21:27Ó, seguinte, filha
21:30O quê?
21:30Só tem um detalhe
21:32Um pequenino detalhe
21:34Pra criar
21:35O artista precisa se soltar
21:38Ficar à vontade
21:40Você sabe como é que é
21:41Sim
21:41E nesse caso
21:42Nada melhor do que um traguinho
21:44Um traguinho só
21:46Pai, eu tenho uma ideia muito melhor
21:48Mas muito melhor que essa
21:49Pra soltar o senhor
21:51A frigideira
21:52Olha só
21:53Eu juro que eu racho o seu quengo
21:56Se o senhor não pintar esse quadro
21:57Entendeu?
21:58Nessa história
22:07Tão falada a história
22:10Língua
22:12Tão divamada
22:13Inglórias
22:14Como será que era cara
22:16De enforca
22:17Tu acredita em mim, mulher?
22:26Acredito
22:26Mas amanhã de manhã
22:28A gente tem que ir na delegacia
22:29E dar parte à polícia, viu?
22:30Não
22:30Não
22:31Polícia, não
22:33Chancha
22:35Se eu for lá
22:35Todo mundo da cidade
22:36Vai ficar sabendo
22:37E aí eu estou perdido
22:39Pare de bobagem, homem
22:41A gente tem que ir na delegacia
22:43Dar parte
22:43Se o senhor
22:43Você sofreu uma violência
22:45Não vai dar queixa?
22:46Vai deixar pra lá?
22:47E essas pessoas vieram de onde?
22:49Por que fizeram essa maldade com você?
22:51Nós vamos amanhã de manhã
22:52Falar com o doutor Julicaba
22:53É obrigação dele
22:55Descobrir essa miséria
22:56Primeiro
22:58Eu quero ouvir o que o querense acha
23:01Tá
23:01A gente ouve o querense amanhã de manhã
23:03E depois vamos na delegacia
23:05Entosta sua cabecinha
23:10No meu ombro e chora
23:13Escuta aqui, seu cafajeste
23:22Seu maníaco
23:23Seu...
23:24Eu não sei nem mais o que dizer
23:25Fique sabendo
23:27Que eu só não denunciei
23:28Porque eu não queria me ver envolvida
23:29Nem de longe
23:30Num escândalo
23:31Com um marginal
23:32Um desqualificado
23:33Como o senhor
23:33Dona Arminda
23:35Por favor me deixe explicar
23:36Foi um grande mal entendido
23:37Tala a boca
23:37Seu fascínora
23:38Ainda tem a coragem
23:40De me telefonar
23:41É o cúmulo
23:41Dona Arminda
23:43Eu só quero pedir perdão
23:44Por favor
23:44O senhor fique ciente do seguinte
23:46Se voltar a se aproximar de mim
23:49Vai ser denunciado
23:50Está entendendo?
23:51Ou morto
23:52Porque agora eu passei a andar armado
23:53E eu não vou ter a menor dúvida
23:55De lhe meter uma bala entre os olhos
23:56Você pode desligar
24:02Esse gravador
24:03Já botou essa porcaria
24:05Para tocar umas 20 vezes
24:06Quem que aguenta?
24:07Calma mãe
24:08Eu estou trabalhando
24:09Trabalhando uma ova
24:10Você está enfeitiçado
24:12Pela voz dessa perua
24:14Será que você não percebe
24:16Que ela está te fazendo de idiota
24:18Ela está te xingando
24:19Dizendo que vai
24:20Te dar um tiro nos cornos
24:22Eu gosto de ouvir a voz dela mãe
24:23E ninguém tem nada com isso
24:25Tem sim
24:26Porque eu não consigo dormir
24:27Com essa zoeira
24:28Indo e vindo
24:29Indo e vindo
24:30Tá
24:31Tá bom mãe
24:32Eu vou te confessar uma verdade
24:35Eu
24:37Eu não consigo tirar
24:40A dona Arminda
24:41Da minha cabeça mãe
24:42É triste
24:44Para uma mãe reconhecer
24:45Mas você nasceu
24:48Para o otário
24:48Meu filho
24:49Está investigando
24:51A maldita mulher
24:52Por causa de um crime de morte
24:54Quer dizer
24:54Acha que ela pode ser a assassina
24:56E se apaixona pela pilantra
24:58Tem cabimento?
25:00E se foi ela
25:00Que estripou a dona Dirce
25:02Você vai botar ela na cadeia
25:04E ficar chorando do lado de fora
25:06Ou vai
25:07Esconder tudo aquilo
25:09Que você descobriu
25:09Só para ajudá-la a fugir?
25:11Mas é uma coisa de cada vez
25:13Tá?
25:14Primeiro
25:15Eu quero botar a mão no criminoso
25:17Mas se for ela
25:18Quando você botar a mão
25:19Danou-se
25:21Vidas que se acabam
25:29A sorrir
25:31Guarde o seu sorriso
25:45Só pra mim
25:47Eu te dou o universo
25:52Em meu olhar
25:54Marmita
25:58Eu só quero pedir perdão
25:59Por favor
25:59São meus dedos te tocando
26:05Pra te contar
26:08Sou fã do seu jeito
26:14Sou fã da sua roupa
26:16Sou fã desse sorriso
26:20Estampado em sua boca
26:23Sou fã dos seus olhos
26:27Sou fã sem medida
26:30Sou fã número um
26:34E com você sou fã da vida
26:37Sou fã da sua roupa
27:07Sou fã da sua roupa
27:37Mas rapaziada, tem lugar melhor no mundo pra fazer wake slalom do que aqui.
27:50Nossa maior preocupação é da construção do resort.
27:53Porque pra chegar aqui a gente vai ter que passar por dentro do empreendimento.
27:55E cada vez que a gente vier aqui, vai ter que pedir autorização.
27:58Significa que a gente vai perder o acesso.
28:00Esse negócio do resort é nada bom pra gente.
28:02Claro que vai trazer mais turistas, mas o que adianta?
28:04Se a gente não vai ter a natureza livre à nossa disposição.
28:07Bora aí, bora aí.
28:14A minha solidão jogou-se fora, fundendo uma chama.
28:36Sem valor, escondendo o melhor de se viver.
28:43Flora, não sei se ela me ama ou me adora.
28:46Acredito que isso seja ser maldade.
28:49Escondido na carência do olhar.
28:52Amanhã será que ela liga.
28:59Essa será a minha esposa.
29:05Ter que esperar ela.
29:09Liga, me liga.
29:14Não faz voz e inspira os meus amores.
29:22Não abstrai a minha dor
29:29Não jogue fora o meu amor
29:32Não sei se a relação valeu
29:37A pena amaria você mais
29:39Do que amar, vaidosa como és
29:42Sempre quis mais
29:44Sim, não, mas pode ser que seja
29:47De repente a minha frente
29:49Bem na tua frente
29:50Tudo muito rente, quente
29:52Sente o drama
29:53É tudo ser assim tão envolvente
29:55Amor, é tudo ser assim tão de repente
29:57Bom dia, mãe
29:58Hum, bom dia, meu pão de mel
30:01O pai já saiu?
30:03Já, há muito tempo
30:04E você, onde é que tá indo?
30:06Vou jogar bola com os amigos
30:07Hum, que bom
30:08Já tomou café?
30:09Já
30:10Mãe, posso pegar um pedaço desse bolo aqui?
30:12Pra levar pro pessoal?
30:13Claro, claro que pode, filho
30:14Tá bom
30:15Mas peraí, você vai levar bolo pro futebol?
30:18O que é que tem demais?
30:19Não, filho, não tem nada demais
30:20Mas quer dizer, acho estranho
30:21Bolo no meio do futebol, sei lá
30:23É bom, mãe
30:24Pra comemorar se a gente vencer
30:25Ah, espertinha
30:27Tá certo
30:28Antes um bolo de fubado
30:30Que é um hambúrguer anti-ecológico e gorduroso, né?
30:32Tudo pra você anti-ecológico, hein, mãe?
30:34Não, filho
30:35Nada disso
30:36Você quer que eu te explique agora
30:37Os males que o hambúrguer faz à natureza?
30:39Ah, mãe
30:40Não, né?
30:40Dá um tempo
30:41Deixa eu ir
30:42Ei, não leva esse bolo assim, não
30:43Pega ali uma sacola, vai
30:45Ó, e vê se não vai batendo pelo caminho
30:51Senão esfarela o bolo todo, tá?
30:52Pode deixar, mãe
30:53Tchau
30:54Ei, faz um gol pra mamãe, tá?
30:58Tchau, garoto
30:59E ó, vê se não chega muito tarde pro almoço, hein, Guilherme
31:02Pode deixar, mãe
31:03Tchau
31:03Bom dia, dona Marta
31:19Bom dia
31:19Bom dia
31:20O que vocês querem?
31:24Falar com o doutor delegado
31:25Falar o quê?
31:27É uma queixa que o Romeu quer fazer ao doutor juricaba
31:30Ele está?
31:31Está sim, mas está ocupado
31:32Podem falar comigo
31:33O que aconteceu?
31:37Senhora, desculpe
31:38Só falo com o delegado
31:39Hum
31:40Está se achando tão importante assim?
31:44Não, não é desfeita com a senhora não, dona Marta
31:46Mas é o problema que é grave de verdade
31:49O meu marido só fala com o doutor juricaba
31:51Ele tem que atender o meu marido
31:52Senhora não está vendo como ele está aflito?
31:54Eu não estou nada aflito
31:55Para com isso, Xanxa
31:58O que que dona Marta vai pensar de mim?
32:03Com licença
32:07Desculpe, doutor
32:08Tem um pessoal aí fora
32:09Dona Marta
32:10Eu não disse que não queria ser interrompido?
32:12Que inferno
32:13Como é que eu posso trabalhar desse jeito?
32:16Eu preciso de paz
32:17Para analisar os dados da perícia
32:19Alguma novidade nos laudos?
32:22Novidade nenhuma
32:23Esse que é o problema
32:24Ninguém fornece uma pista
32:25Um indício
32:26Como é que eu posso chegar num assassino desse jeito?
32:29Mando de impetentes
32:30Depois que paga o pato sou eu
32:32Olha aqui
32:34A senhora já leu a manchete desse papel higiênico aqui
32:37Que se faz passar para o jornal?
32:39Depois que era em liberdade de imprensa
32:41Liberdade de imprensa para isso?
32:44Polícia continua batendo a cabeça
32:45Aquele miserável do língua
32:48Que agora encontrou um pretexto ideal
32:51Para pegar no meu pé e não vai largar
32:52Enquanto não acabar comigo
32:54Mas que mau caráter
33:01Como é que ele pode dizer uma coisa dessas?
33:05Quem é que está batendo cabeça aqui?
33:07Dona Marta
33:08O que a senhora veio fazer aqui na minha sala?
33:10Acho que eu tenho tempo para ficar batendo cabeça
33:12Quer dizer, para ficar batendo pato
33:14Olha aí
33:15A gente acaba se confundindo
33:16Por favor, por favor, por favor
33:18Claro
33:18Perdão
33:20Tem um pessoal aí fora querendo falar com o senhor
33:22O senhor Romeu e a dona Sancha
33:23Bom, sabe quem são, né?
33:25O que eles querem?
33:26Uma conversa esquisita, doutor
33:28Mas só querem falar com o senhor
33:30E diz que o assunto é grave
33:32O que eu faço?
33:34Manda eu entrar?
33:49Não precisa vir atrás de mim
33:52Eu já disse que eu vou cumprir o prometido
33:54Eu não disse
33:54Mas pode aparecer um botequim no caminho, né?
33:58Eu leiro levar o senhor
33:59Até porque eu adoro dar um passeio de manhã, né, pai?
34:03Quando os filhos perdem o respeito pelos pais
34:06O mundo está no fim
34:07É por isso que a gente vê tanta violência
34:09Não adianta reclamar, pai
34:11Eu vou levar o senhor no ateliê do seu Arthur
34:13Não tem jeito
34:13Eu vou pedir para ele ficar de olho, viu?
34:16Viu?
34:18Pai
34:18Se o senhor sair de lá, ele me avisa
34:22Daí o senhor vai ter que se entender comigo
34:23Meu quadro vai deixar todo mundo de boca aberta
34:29Nem na Europa aquela coroa ricaça viu coisa igual
34:33O problema é que eu ainda não sei como era a cara do enforcado
34:42Ou como é que eu vou pintar
34:44Você tem alguma ideia?
34:47Eu?
34:48Não, pai
34:48Mas a gente pode pensar
34:51O povo daquela época enforcou, desgraçado
34:54Não enforcou por quê?
34:56Não, porque ele era bonitinho
34:57Enforcou porque ele tinha...
34:59Cara de gambá
35:02Não sei
35:03Cara de gambá
35:06É
35:06Cara de gambá
35:11Sabe quem
35:13Sabe quem
35:18Vamos, meu
35:23Vai
35:24Bom dia, doutor
35:32Bom dia, doutor
35:34Que raio de acontecimento grave é esse?
35:37Para vocês verem até a minha delegacia
35:40Me perturbar a essa hora da manhã
35:42Falam, meu
35:47Ele deu a língua?
35:49É uma história muito encabulosa
35:52Eu fico envergonhado de contar
35:55Qualquer homem ficaria
35:57Aqui dentro o senhor não precisa sentir vergonha nenhuma, senhor Romeu
36:00Aqui o senhor está falando com a lei
36:02E a lei está acima de tudo
36:06Desembucha
36:08O doutor nem é fofoqueiro para sair contando sua história, não
36:12Vai ficar tudo aqui dentro
36:14Nem mesmo, doutor?
36:15T 약de...
36:17Vai sair contando sua história, não
36:43A Karinha deixou o bolo pra mim.
37:03Guilherme!
37:05Guilherme!
37:11A Karinha sumiu, não.
37:13A Karinha sumiu, não.
37:43Mandaram você tirar as calças?
37:55Mandaram, doutor.
37:57Aí eu disse que não ia tirar.
37:59Eu gritei que macho não arrei as calças.
38:02E aí? Eles fizeram o quê?
38:05Aí os recapuzados ficaram com a raiva danada, doutor.
38:09Aí o que falava, gritou.
38:11Ou tira por bem!
38:12Ou tira por mal!
38:15Aí eu respondi, só tiro morto.
38:18E eles fizeram o quê?
38:22Aí eles me agarraram, doutor.
38:28Enfiaram o capuz de volta na minha cabeça.
38:34Me arrancaram as calças.
38:37Os miseráveis.
38:40Me arrancaram as calças, doutor.
38:41Meu Deus do céu.
38:44E aí, o que aconteceu?
38:46Não aconteceu nada do que o senhor está pensando, não, doutor.
38:49Como é que a senhora sabe o que eu estou pensando?
38:50Cala a boca.
38:51Deixa eu lhe falar.
38:52Está vendo?
38:53Você fica fazendo essa cena toda, as pessoas ficam pensando que aconteceu uma miserabilidade.
38:58Não, doutor.
38:59Eles só me deixaram sem calça no meio daquele lugar.
39:03E andaram em volta de mim um pouquinho, assim, tum, tum, tum, tum, tum, sem falar nada.
39:10Depois me mandaram vestir as calças de novo.
39:13Me puseram no carro e me largaram ali perto da praça do enforcado.
39:17Só isso?
39:18Só.
39:19Eu juro pro senhor.
39:21Não aconteceu mais nada.
39:24Mas se o povo souber, eu estou perdido.
39:26Porque ninguém vai acreditar em mim, doutor.
39:28Vamos começar a inventar histórias, doutor.
39:31Está vendo, doutor?
39:32Esse que é o medo dele.
39:33Que as pessoas comecem a pensar coisas e ele fique mal falado na cidade.
39:37Mas não é isso que vai acontecer, chancha.
39:41Doutor.
39:43Ele conhece a maldade dessa gente, não é mesmo, doutor?
39:46Mas que diabo significa isso?
39:49Sequestram um cidadão, levam para um lugar escuro, mandam tirar as calças e depois deixam de volta?
39:56Sabe que eu já ouvi uma história assim?
39:59É.
40:01Com extraterrestres.
40:03Dizem que eles sequestram as pessoas.
40:06Abduzem é a palavra que se usa.
40:08Levam para o disco voador para experiências sexuais.
40:11Não teve experiência nenhuma, dona.
40:14Não fale uma coisa dessa.
40:16Se o povo escutava, minha reputação está acabada.
40:20Desculpa, eu só lembrei do que eu já li.
40:23Que besteira, Marta.
40:24Que besteira.
40:24Que disco voador o quê?
40:26Ele falou que foi levado de carro.
40:27E quem falava com ele falava uma língua como a nossa, como gente.
40:33Extraterrestre o quê?
40:34Doutor, quem que o senhor acha que pode ser esses bandidos, hein?
40:37Só se eu fosse um adivinho para saber.
40:40Aparece cada uma nessa delegacia.
40:42Só podem estar brincando comigo.
40:45Escuta aqui, seu irmão.
40:46Escuta aqui.
40:48Quantas o senhor tinha tomado antes dessa aventura acontecer?
40:52Eu não estava bêbado, doutor.
40:53Eu juro para o senhor.
40:56Eu lhe tinha tomado algumas.
40:58Eu não vou negar.
41:00Eu não perdi o time.
41:02Pode acreditar em mim.
41:03Eu quero cair motinho aqui.
41:05Doutor, sabe o que é Rencio?
41:06O que é Rencio?
41:07O que é Rencio afirmou que Romeu não tinha bebido quase nada ontem.
41:11Bebeu bem pouquinho.
41:12Poquinho.
41:13Quanto o senhor acha que é pouquinho para ele?
41:16Eu vou explicar para o senhor.
41:18Não, não, não.
41:19Por favor.
41:19Senhor, cala a boca.
41:20Não precisa explicar nada.
41:21O senhor conseguiu ver alguma coisa deles?
41:24Estava encapuzado, doutor.
41:26Como é que eu ia ver?
41:27O senhor disse que num determinado momento o senhor tirou o capuz.
41:29Pois é, doutor.
41:30Só que eles estavam encapuzados também.
41:33Eu vi três.
41:35Mas acho que ainda tinha um lá atrás.
41:37Mas o senhor disse que eles falaram com você.
41:40Num determinado momento, você reconheceu alguma voz?
41:44Só um que falava, doutor.
41:47Nunca ouvi aquela voz na minha vida.
41:49Não é daqui de Ribeirão.
41:53E o que a gente vai fazer?
41:55Que jeito?
41:56Vamos abrir um boletim de ocorrência e investigar.
42:00Sair atrás de três encapuzados que tiram a calça das pessoas sem nenhum objetivo aparente.
42:07É o que a autoridade pode fazer.
42:09Doutor, e se eles voltarem a atacar?
42:12Chame a polícia.
42:13Chame a polícia.
42:43Chame a polícia.
42:49A CIDADE NO BRASIL
43:19A CIDADE NO BRASIL
43:49É menina!
44:08A CIDADE NO BRASIL
44:38A CIDADE NO BRASIL
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