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Donald Trump afirmou que os Estados Unidos “não precisam” do Brasil e da América Latina.

O presidente americano deu a declaração na segunda-feira, 20, no Salão Oval, após tomar posse.

Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:

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Transcrição
00:00O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos não precisam do Brasil e da América Latina.
00:07Vamos acompanhar a declaração que foi dada na segunda-feira, 20, no Salão Oval, após a posse presidencial,
00:13durante uma coletiva ali com repórteres do mundo inteiro.
00:17Ela foi transmitida pelo canal da Casa Branca. Eu fui lá buscar esse trecho e legendei em português.
00:26E vocês vão ver que tem perguntas feitas por uma repórter brasileira, a repórter Raquel Krakenbould, correspondente da Globo News.
00:35Mas a transmissão foi feita na Casa Branca e ela nem sequer aparece. Está ali o Trump respondendo aquelas perguntas. Pode soltar.
00:56E nós gastamos R$200 bilhões mais em Ucrânia do que o NATO tem. E eles precisam de equalizar.
01:05Você pode falar sobre a Ucrânia do Brasil.
01:10Porque China e o Brasil, juntos, tem um propósito para trazer a Ucrânia do Brasil e a Ucrânia do Brasil.
01:16O que é bom? Eu estou pronto.
01:19Quando você vai falar com o Brasil?
01:21Como o Brasil foi envolvido?
01:23Esse é um novo.
01:24Quando você vai falar com o Lula?
01:26Você é do Brasil?
01:27Eu sou do Brasil.
01:27Ah, é por isso que eles estão envolvidos.
01:30Quando você vai falar com o presidente brasileiro?
01:33Como você vê a nossa relação com a América Latina e o Brasil?
01:37Great. Deve ser great.
01:39Eles precisam de nós.
01:41Muito mais do que nós precisamos.
01:42Nós não precisamos de nós.
01:44Eles precisam de nós.
01:44Todo mundo precisamos de nós.
01:45Está aí o Trump, inclusive, ironizando o suposto papel brasileiro na Ucrânia,
01:52que vem sendo atacada pela Rússia de Vladimir Putin há muito tempo,
01:56dizendo como é que o Brasil se envolveu nisso.
01:58Essa é nova.
01:59Essa é nova para mim.
02:00Isso é novidade.
02:01O que o Brasil tem a ver com a guerra que está acontecendo lá em território ucraniano,
02:06o território que foi invadido.
02:08E aí ele pergunta se a repórter é brasileira.
02:10Ela diz que é.
02:11Ele fala, ah, por isso então eles estão envolvidos.
02:13Imagina, dá uma risada e a gente ouve algumas risadas ali ao fundo também.
02:19Duda Teixeira, o Trump visivelmente afeta um certo desprezo.
02:22Quer dizer, ele se coloca ali numa postura muito superior.
02:26É claro que os Estados Unidos são uma potência e ele quer passar esse recado para o mundo inteiro.
02:31Os Estados Unidos não precisam de ninguém.
02:32São os outros países, principalmente da América Latina, que é do que ele estava falando,
02:38que precisam deles.
02:39O que você acha?
02:39Bom, eu acho que concordo muito com o Trump.
02:44O Brasil não tem essa importância toda que a repórter que está fazendo as perguntas imagina que o Brasil tenha.
02:53Bom, primeiro eu acho que está tudo errado ali.
02:55Ele está assinando os decretos e tem os jornalistas ali posicionados na frente fazendo perguntas.
03:00Parece que está atrapalhando.
03:01Não, separa as coisas.
03:04Você faz uma coletiva de imprensa em algum momento, em outro momento você pega e assina os decretos.
03:08Pode ter alguém filmando, mas as duas coisas ao mesmo tempo não dá.
03:13Aí ele tem que falar sobre a Ucrânia e aí entra aí uma pergunta sobre o projeto da China e do Brasil de paz na Ucrânia.
03:22Ninguém levou a sério isso daí, né?
03:27Aliás, só quem levou a sério essa história do plano brasileiro foi a imprensa brasileira.
03:34Aliás, uma parte da imprensa brasileira.
03:36A outra, nós aqui, a gente nunca levou isso a sério.
03:39É a imprensa Chapa Branca que coloca o Lula muitas vezes nesse pedestal de pacifista
03:45que vai resolver os problemas dos conflitos no restante do mundo,
03:50que é a posição que o Lula gosta de se colocar como potencial candidato a um futuro Prêmio Nobel da Paz.
03:56E a resposta do Trump é uma ilustração de como o mundo democrático,
04:04por mais críticas que se possa ter a figura individual do Donald Trump,
04:07vê esse tipo de iniciativa brasileira.
04:09Quer dizer, o Brasil não é importante para a resolução desses conflitos.
04:13É isso que a resposta do Trump mostra, né, Duda?
04:15É, e a pergunta dele é muito clara ali, né?
04:17Tipo, o que o Brasil tem a ver com isso, né?
04:20Chega a ser engraçado.
04:21É, é engraçado.
04:22Eu pergunto isso também.
04:22Obviamente, é engraçado para a gente, diante do que a gente viu o governo Lula,
04:26na figura do presidente, falar a respeito da Ucrânia,
04:30demonizando e culpando, muitas vezes, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky,
04:36se alinhando e até afagando o ditador Vladimir Putin.
04:40E vem aquela história do Lula achar que poderia resolver todos os problemas do mundo, né?
04:44Então, vai resolver o problema da guerra na faixa de Gaza, vai resolver a pobreza no mundo.
04:51Isso aí é o egocentrismo do Lula, que não tem nenhuma sustentação na realidade, né?
04:57O Brasil não é uma potência, não é uma grande economia, nem é uma potência militar.
05:04E é por isso que o Trump toma esse estudo, fala, mas o que o Brasil tem a ver com isso, né?
05:09E aí, ele fala, pode ser um pouquinho triste para a gente, né?
05:13O Brasil precisa mais da gente do que os Estados Unidos precisam do Brasil?
05:18Mas é um fato, né?
05:21Toda América Latina, o comércio com a América Latina,
05:24representa, acho que, uns 20% do comércio dos Estados Unidos.
05:28E desses 20%, quase tudo é México, né?
05:31O Brasil é uma fatia muito pequenininha,
05:35até porque o Brasil, do comércio internacional, é tipo 1%.
05:39Então, assim, é melhor a gente entender o tamanho real que a gente tem
05:43e não ficar com esses planos, sonhos mirabolantes,
05:47de achar que a gente pode se meter em tudo no mundo,
05:50porque a gente vai tirar sarro da gente.
05:52Pois é, o Trump, Ricardo Kertzmann, desde a campanha de 2016,
05:58que ele faz esse discurso, que a gente viu no começo desse vídeo,
06:01na verdade, ele estava respondendo a outros repórteres,
06:04de que a OTAN, ela precisa pagar uma taxa maior, né?
06:09Você tem ali uma aliança militar de defesa,
06:12e os Estados Unidos contribuem com uma taxa bastante elevada
06:16para que todos os países possam se defender juntos
06:19em caso de algum deles ser atacado.
06:22Então, ele cobra uma participação financeira maior dos outros países
06:27para eles poderem dispor das Forças Armadas Americanas
06:31em caso de necessidade.
06:33E ele está reclamando ali, dizendo que, por exemplo,
06:35na guerra na Ucrânia, os Estados Unidos estão gastando muito mais
06:39do que a OTAN.
06:40O Trump sempre teve essa retórica de colocar as questões na mesa
06:47de uma maneira forte, ousada, do ponto de vista de negociação,
06:53para aparentar que ele está defendendo os interesses,
06:57inclusive comerciais, financeiros, dos Estados Unidos,
07:00e muitas vezes, eventualmente, na prática,
07:02embora haja críticas internacionais.
07:05E agora, ele faz isso também com os países da América Latina,
07:08quando coloca, olha, são vocês que precisam da gente,
07:11a gente não precisa de vocês.
07:12Então, quer dizer, cheguem mansinho aqui,
07:14não venham tentar montar em cima dos Estados Unidos,
07:17que vocês não vão conseguir nada.
07:18Essa faz parte da estratégia de negociação do Trump.
07:22Agora, Ricardo, você tem críticas, vamos dizer assim,
07:25a essa postura, a essa afetação de desprezo, de superioridade?
07:31O que você acha desse método aí do Donald Trump?
07:35Boa noite, Felipe, boa noite, Duda,
07:39boa noite também para os nossos queridos amigos antagonistas.
07:42Olha, eu acho que é um comportamento completamente indevido
07:45e incabível para um chefe de Estado,
07:48e principalmente chefe do maior Estado,
07:51do maior país, da maior potência militar e econômica do planeta.
07:55Eu não estou dizendo que o Donald Trump
07:57não deva brigar pelos interesses americanos,
08:00e nem tenha que ser uma leide na hora de negociar,
08:05na hora de defender esses interesses americanos.
08:07Mas eu acho que tem que guardar, sim,
08:09numa liturgia com o cargo,
08:11e principalmente guardar respeito,
08:13muito mais do que pelas outras nações,
08:15guardar respeito pela história, Felipe.
08:18O Brasil, de fato, diplomaticamente, é irrelevante.
08:22Não é à toa ter sido lá atrás apelidado
08:24por um diplomata israelense de anão diplomático.
08:26E a cada vez que o Brasil reforça sua posição
08:30pró-ditadores, pró-ditaduras,
08:33como tem feito reiteradamente
08:34sob o governo Lula outra vez,
08:37isso só ajuda a formar essa percepção
08:39de irrelevância de um país que não merece crédito diplomático.
08:43No campo econômico, está certo,
08:45a gente também não é lá essa potência toda.
08:49O Brasil responde, como o Duda falou,
08:51por pouco mais de 1%,
08:52é algo como 2% do comércio
08:54da pauta das exportações globais.
08:57Mas a gente tem que lembrar, Felipe,
08:58que a gente está entre as 10 maiores economias do mundo.
09:02A gente tem grandes,
09:03aliás, grandes ou enormes,
09:05empresas americanas operando no Brasil.
09:07A gente tem diversas empresas muito grandes
09:10nos Estados Unidos também,
09:11que dependem de matérias-primas
09:13e de produtos semi-manufaturados do Brasil.
09:16Há um intercâmbio comercial muito relevante,
09:18que isso não pode ser desprezado.
09:20Com relação à Europa, com relação à OTAN,
09:22o Donald Trump, eu não sei se é por desconhecimento,
09:26se é por ignorância,
09:28ou é de propósito,
09:29é uma mera retórica bélica da parte dele,
09:31mas ele desconsidera todo um contexto histórico
09:34de como a OTAN surgiu e por que a OTAN surgiu.
09:37Quando ele fala, por exemplo,
09:38que quem tem que gastar esse dinheiro
09:40são os países europeus,
09:41porque entre as ameaças,
09:44explicitamente a Rússia e os Estados Unidos,
09:46há um oceano no meio,
09:47é como se um míssel, por exemplo,
09:50disparado pela Rússia,
09:51não atravessasse o oceano.
09:53É ridículo isso.
09:54A questão ucraniana,
09:55vamos lembrar também,
09:57a Rússia,
09:58e desde lá atrás,
09:59desde a primeira invasão à Crimeia ainda,
10:01um dos motivos alegados,
10:03a meu ver,
10:03é só uma desculpa
10:04para as pretensões bélicas imperialistas
10:07do Vladimir Putin,
10:08mas uma das questões levantadas por ele
10:11era a proximidade da Ucrânia com o OTAN,
10:13com a possibilidade da Ucrânia
10:15se juntar ao bloco,
10:18e aí, por causa disso,
10:20em nome de uma segurança russa,
10:22isso tudo acabou descambando nessa invasão.
10:25E os Estados Unidos sempre fizeram parte
10:27desse bloco,
10:28sempre fizeram parte dessa coalizão,
10:31importantíssimo para o equilíbrio de forças,
10:33mundial,
10:34não estamos falando,
10:35ah, porque eu estou do outro lado do continente.
10:38Então, a meu ver,
10:39e não só a meu ver,
10:40eu tenho acompanhado bastante de perto
10:42pelo fato de estar aqui,
10:44diversos veículos,
10:45e aí eu acompanho veículos alinhados à esquerda,
10:47ou à direita,
10:48ou melhor dizendo,
10:49aos democratas,
10:50aos republicanos,
10:51todo mundo está muito surpreso
10:53com o teor,
10:54com a maneira com que ele tem se referido,
10:56é uma maneira muito,
10:58para além de arrogante,
10:59demonstra até um certo,
11:02muita insegurança por parte de alguém
11:04que acabou de ser eleito.
11:06Eu realmente tenho diversas críticas sobre isso,
11:09eu não acho que é um comportamento devido
11:11de forma alguma.
11:13Pois é,
11:14só lembrando que
11:15Vladimir Putin,
11:16o ditador da Rússia,
11:17que ordenou a invasão da Ucrânia,
11:20ele usou essa alegação,
11:22que é bastante falseada,
11:24de que a OTAN representava uma ameaça de ataque,
11:27quando é uma aliança militar de defesa,
11:30que não tinha ali,
11:31feito nenhum ataque,
11:33ao contrário do caso de Israel,
11:36com o Hamas,
11:37que teve Israel,
11:38o território invadido,
11:40e atacado,
11:41com mais de 1.200,
11:421.200 pessoas que estavam ali em Israel,
11:45naquele momento,
11:46assassinadas,
11:47muitas das quais sequestradas,
11:49até hoje,
11:50a Rússia,
11:51ela não tinha sido atacada pela OTAN.
11:53Então,
11:54o Putin justificou a guerra,
11:55praticamente,
11:56como um ataque preventivo,
11:58e, obviamente,
12:00isso não desceu para o mundo democrático,
12:02para qualquer pessoa que esteja acompanhando,
12:05esse ímpeto reacionar,
12:07de restabelecer,
12:08o antigo território da União Soviética.
12:11Só para explicar essa parte da guerra,
12:13para quem não acompanhava isso antes.
12:15Duda Teixeira,
12:15quer acrescentar?
12:16Acho que a invasão russa da Ucrânia deixou muito claro que a OTAN não tinha se preparado o suficiente,
12:27talvez porque estava achando ali que, realmente, o Putin não era uma ameaça tão séria.
12:33Então, quando o Trump, lá atrás, apontava para essa necessidade de aumentar os gastos militares da Europa,
12:43acho que ele tinha uma razão ali, ele tinha um ponto que isso se comprovou mesmo.
12:47O Putin é uma ameaça,
12:49ele ainda tem esses delírios expansionistas, imperialistas,
12:55e vocês aí, europeus, têm que gastar mais.
12:59O problema é que os europeus,
13:03é difícil democracias gastarem em questões militares.
13:08Agora, por exemplo, a Alemanha vai voltar para a direita,
13:16mas não necessariamente vai ter orçamento,
13:20dinheiro, margem disponível para pegar e gastar mais.
13:24O Macron é um defensor da Ucrânia,
13:27mas não tem mais maioria no Congresso,
13:31vai ser difícil autorizar mais gastos militares.
13:34A Europa tem essa dificuldade de gastar mais com isso.
13:40E aí o Putin acabou se aproveitando.
13:43Os Estados Unidos, de fato, estão do outro lado do oceano,
13:49mas sim, também devem temer o Putin.
13:52O Putin é uma ameaça para o mundo inteiro.
13:56Agora, como lidar com essas imprevisibilidades
14:00que o Putin oferece, é uma coisa mesmo muito difícil.
14:04Acho que a lição que ficou é que realmente
14:07o Putin não é confiável de maneira alguma.
14:12E o ideal seria que o mundo inteiro democrático
14:14entendesse isso.
14:16O Brasil não entende,
14:18Lula continua querendo trazer o Putin para cá,
14:22não via nenhum problema dele vir aqui para o G20,
14:25imagina, trazer o cara aqui para o Rio de Janeiro.
14:27E aí isso acaba só fortalecendo ainda mais o Putin.
14:32E o desgaste americano com as guerras passadas,
14:37com o Iraque, com o Afeganistão,
14:39com a reação ao terror do 11 de setembro de 2001,
14:43tudo isso deixou a opinião pública americana
14:46muito reticente em relação a altos investimentos militares
14:50para guerras, de uma maneira travadas no exterior.
14:53Então o Trump, além de ter esse slogan America First,
14:57que ele, obviamente, com as suas declarações
14:58busca legitimar e justificar,
15:00ele também faz um aceno,
15:02essa parcela do eleitorado,
15:03que prefere ver gastos em outras áreas.
15:07Apesar de gostar, evidentemente,
15:09e respeitar muito os militares,
15:13de uma maneira geral,
15:14o thank you for your service,
15:15obrigado pelos seus serviços prestados,
15:18como os americanos se referem diariamente
15:20aos militares que lutam,
15:22mas há outros problemas nos Estados Unidos
15:24e muita gente prefere que o foco seja neles,
15:27não em guerras travadas à distância,
15:29onde militares americanos jovens
15:32perdem suas vidas, etc.
15:33Então o Trump usa tudo isso
15:35da forma dele,
15:37com essa retórica mais pesada,
15:39mais ousada,
15:41e em relação à América Latina,
15:43ele chegou a dizer ali com todas as letras
15:44que nós não precisamos deles.
15:46Então, de fato, é claro que é uma frase
15:51que soa pesada demais
15:53para uma relação diplomática,
15:55mas é o negociador da maneira dele,
15:58cada um faz o seu juízo
15:59sobre essa qualidade,
16:01sobre os benefícios eventuais
16:03que uma negociação travada
16:05com essa retórica pode trazer,
16:06e a gente vai monitorar isso ao longo do tempo.
16:08Ainda falando sobre o Trump,
16:09o presidente americano assinou um decreto
16:11para retirar os Estados Unidos
16:12da Organização Mundial da Saúde,
16:14a OMS.
16:14O republicano afirmou
16:16que houve má gestão
16:17da pandemia de Covid-19
16:18pela organização que surgiu
16:20de Wuhan, na China,
16:22e outras crises globais de saúde.
16:24Trump também apontou
16:26a incapacidade na adoção
16:27de reformas urgentemente necessárias
16:29e de demonstrar independência
16:31em relação à influência política
16:33inadequada dos Estados-membros da OMS.
16:35Os Estados Unidos lideram
16:36o ranking de países doadores
16:38para a Organização Mundial da Saúde.
16:41Você vê que é mais um ponto
16:42em que o Trump age com essa retórica.
16:47Estamos fornecendo muito dinheiro,
16:49então precisamos tirar o país,
16:51ou os outros precisam contribuir mais
16:53para que o país fique.
16:54É sempre em torno disso
16:56que o Trump tem agido
16:57do ponto de vista global.
16:59O país responde por 14,53%
17:02de todo o seu financiamento
17:04e enviou 1 bilhão 284 milhões de dólares
17:07à OMS durante o bienio 2022-23,
17:10segundo dados da própria organização.
17:12A OMS disse esperar
17:13que Trump reconsidere a medida
17:15para o benefício da saúde
17:16e do bem-estar
17:17de milhões de pessoas em todo o mundo.
17:19E aí, Duda,
17:20como é que você avalia
17:20essa decisão do Trump
17:21e o que mais você destaca
17:22dos decretos do presidente americano?
17:24O Trump já tinha
17:26um conceito muito contra a China
17:30já no começo da administração dele,
17:32em relação à guerra comercial,
17:34isso já estava rolando.
17:35Quando vem a pandemia de Covid,
17:38aí isso escala ainda mais.
17:43O Trump acusava,
17:45primeiro, havia muita crítica,
17:47acusações em relação à China
17:49de que o vírus teria sido criado,
17:51na verdade, num laboratório,
17:54lá em Wuhan,
17:55isso depois foi diminuindo,
17:57mas depois começa a se descobrir muito
18:00de que quando surgem os vírus
18:02e as primeiras mortes,
18:05a China, ela tenta,
18:07ela censura, né?
18:08Ela impede que alguns cientistas,
18:10algumas pessoas,
18:11fizessem, espalhassem a notícia,
18:14o medo de que tivesse
18:15algum protesto,
18:16alguma coisa desse tipo.
18:18Então, sim,
18:18tem um motivo do Trump
18:19ter essa birra com a China.
18:22Olha, acabou de sair
18:24no portal Antagonista
18:25a reação do Itamaraty
18:27as declarações de Donald Trump
18:28que a gente mostrou em vídeo
18:30para vocês.
18:32Mas,
18:33não pensem que veio
18:34um ataque deliberado
18:35ao presidente dos Estados Unidos,
18:38como o Lula fez
18:39às vésperas da eleição
18:40quando associou o Trump
18:41ao nazismo
18:42e declarou apoio
18:43à Kamala Harris.
18:44Agora ele está pianinho.
18:46Então, a ministra interna
18:47das Relações Exteriores,
18:48Maria Laura da Rocha,
18:50contemporizou a fala
18:52de Trump
18:53de que o Brasil
18:53precisa mais do seu país
18:55do que o contrário.
18:56Isso ele falou inicialmente,
18:57depois ele falou
18:58com todas as letras
18:58diretamente,
18:59nós não precisamos deles,
19:00eles precisam de nós,
19:01todo mundo precisa de nós.
19:03E a Maria Laura da Rocha,
19:06repito,
19:07falou o seguinte,
19:07abre o aspas,
19:07pode falar o que quiser,
19:09ele é presidente eleito
19:10nos Estados Unidos,
19:11mas acredito
19:11que como somos um povo
19:12que tem fé na vida,
19:14que tudo vai dar certo sempre,
19:15nós vamos procurar trabalhar
19:16não as nossas divergências,
19:18mas as nossas convergências,
19:20que são muitas.
19:21Fecho aspas.
19:21É isso,
19:24aí a nota aqui
19:25em antagonista
19:25está contextualizando,
19:26mas isso a gente já fez
19:27aqui no programa de hoje.
19:30E para Maria Laura,
19:31a decisão do republicano
19:32terá um impacto
19:32nos termos negociados
19:34sobre as mudanças climáticas.
19:37Isso ela está se referindo
19:38à retirada dos Estados Unidos
19:40do acordo climático de Paris.
19:42A ministra interna
19:43afirmou o seguinte,
19:44abre o aspas,
19:44os Estados Unidos
19:45são um ator essencial,
19:47não é só a maior economia,
19:48como um dos maiores emissores,
19:50mas é um país
19:51que tem trazido respostas
19:52na área do clima
19:53com tecnologias,
19:54tem várias empresas
19:55envolvidas nesse debate.
19:56Estamos analisando
19:57a decisão do presidente Trump,
19:59mas não há dúvida
19:59de que terá um impacto
20:00significativo.
20:02Fecho aspas.
20:03E o Trump
20:05já havia adotado
20:06a mesma medida
20:06nos primeiros meses
20:07do seu primeiro mandato
20:09e ele tinha afirmado
20:10em 2017
20:11sobre essa questão climática.
20:13Aspas,
20:13para cumprir o meu dever solene
20:15de proteger os Estados Unidos
20:16e os seus cidadãos,
20:17os Estados Unidos
20:18vão se retirar
20:18do acordo climático de Paris,
20:20mas iniciam as negociações
20:21para voltar a entrar
20:22no acordo de Paris
20:23ou em uma transição
20:24inteiramente nova
20:25em termos justos
20:26para os Estados Unidos,
20:27suas empresas,
20:28seus trabalhadores,
20:29suas pessoas,
20:30seus contribuintes.
20:31Fecho aspas.
20:32Então,
20:33é mais um exemplo
20:34do que a gente estava falando.
20:35Como o Trump
20:36negocia
20:37com
20:38isso que muitos
20:40chamam de ousadia,
20:41com mais firmeza
20:42ou de uma maneira
20:44mais troglodita,
20:45dependendo
20:45do ponto de vista
20:46do juízo
20:47que cada um faça
20:48sobre essa técnica,
20:49mas ele retira,
20:50ele quer
20:51condições mais justas
20:53para todos os acordos,
20:55seja com a OTAN,
20:56seja o acordo de Paris,
20:57sejam os acordos
20:59bilaterais
21:00de comércio,
21:02ele sempre teve
21:03essa postura.
21:04Agora,
21:04o Itamaraty,
21:05Duda Teixeira,
21:06o governo Lula
21:06está pianinho
21:07com o governo Trump,
21:08não está querendo
21:09entrar em briga,
21:10sentiu,
21:11sentiu,
21:12sentiu que ficou para trás,
21:14sentiu que a direita
21:14está com força
21:15no exterior
21:16e talvez seja melhor
21:17não afrontar
21:18mais do que o Lula
21:19já afrontou.
21:19E foi muito claro
21:20na declaração
21:21do Donald Trump
21:22que ele tratou o Brasil
21:24com um certo
21:24desprezo.
21:26Ele diz ali,
21:27olha,
21:28vocês é que precisam
21:29da gente,
21:30nós não precisamos
21:31de vocês,
21:32o que o Brasil
21:32está se metendo,
21:34está envolvido
21:34na guerra da Ucrânia,
21:37só que o Itamaraty
21:38vai ficar pianinho mesmo,
21:39porque o Itamaraty
21:43está sendo assim
21:44com todo mundo,
21:44com o Maduro também,
21:45o Maduro bate no Brasil
21:47quanto quer
21:49e você não tem
21:52nenhuma reação.
21:54O Maduro,
21:55no ano passado,
21:56quando falou
21:56de banho de sangue,
21:58o Lula
21:59disse que está assustado
22:01e o Maduro
22:01fala, olha,
22:02vai tomar um chá
22:03de camomila.
22:05Então,
22:05o que está acontecendo
22:07no fundo
22:07é que nem Venezuela
22:09nem Estados Unidos
22:10estão respeitando
22:12o Brasil,
22:13e isso aí
22:14é claro,
22:17e vem muito
22:19de um erro
22:19que foi feito
22:20pelo governo Lula,
22:22primeiro esse erro
22:23de achar
22:23que poderia
22:24influenciar
22:25o mundo inteiro,
22:26Israel,
22:27a Ucrânia
22:28ou até mesmo
22:29a Venezuela
22:30e viu que
22:31no fundo
22:32o Brasil
22:33não tem
22:34esse poder todo
22:35e agora
22:35está sendo humilhado.
22:36Cadê aquela história
22:37do presidente
22:38que fala
22:39grosso
22:39com os Estados Unidos
22:41contra o imperialismo
22:42Yankee,
22:44está aí
22:44com o rabinho
22:45entre as pernas
22:45para usar a expressão
22:46popular,
22:48está pianinho,
22:49ele atacou
22:52o presidente
22:53dos Estados Unidos
22:54na véspera
22:55da eleição
22:55e agora
22:56está fazendo
22:58essa pose
22:58diplomática
22:59mesmo diante
23:00de uma
23:01declaração
23:03mais dura
23:04do Donald Trump,
23:05de um certo
23:06desprezo
23:07pela importância
23:08do Brasil.
23:09Diga, Duda.
23:09O Brasil
23:09só não é pianinho
23:10com Israel,
23:11quando Israel
23:12vai lá
23:13e diz
23:13que o Lula
23:14é pessoa
23:14não grata
23:15e vai lá
23:16e posa
23:16de fortão
23:17e grita
23:18e tal,
23:18mas com o resto
23:19é menos
23:22que um anão
23:22diplomático.
23:23Ataca,
23:24demoniza,
23:24desqualifica
23:25Israel
23:25e depois chama
23:26todos os adversários
23:27nazistas
23:27como se fossem
23:28grandes defensores
23:29do povo judeu.
23:30do povo judeu.
23:34Tchau.

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