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O republicano Donald Trump ultrapassou o número de 270 delegados no colégio eleitoral e foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 6 de novembro.

Em conversa com Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira no Papo Antagonista desta quarta-feira, 6, VanDyck Silveira falou sobre as perspectivas para economia americana e mundial com a volta de Trump à Casa Branca.

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Transcrição
00:00Muito bem, o republicano Donald Trump ultrapassou o número de 270 delegados no colégio eleitoral
00:06e foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos nessa quarta-feira, 6 de novembro.
00:12Antes de detalharmos os resultados, eu vou conversar com o Vandique Silveira,
00:16nosso colaborador na área de economia, que vai falar sobre as perspectivas
00:20para a economia americana e mundial com a volta de Trump à Casa Branca.
00:24Boa noite, Vandique, o que você destaca a partir de agora?
00:27Bom, boa noite, Felipe, boa noite a todos.
00:31Um enorme prazer estar aqui de novo com vocês.
00:35Bom, a gente tem uma vitória acachapante e inesperada do Donald Trump.
00:40A gente, ao ver ao longo dessa corrida eleitoral os números que vinham das pesquisas,
00:46ninguém podia imaginar que seria uma diferença tão grande assim
00:50e uma vitória também, além do colégio eleitoral, que é o que vale nos Estados Unidos,
00:56é muito importante que isso seja frisado, mas também uma vitória no voto popular,
01:01coisa que não aconteceu em 2016.
01:05Bom, primeiramente, a perspectiva da eleição do Donald Trump é que exista uma reviravolta
01:11na economia americana, principalmente naquilo que tange à regulação de negócios,
01:16das indústrias, e principalmente com o corte de impostos,
01:22tanto para pessoas físicas como para as grandes empresas.
01:26E isso deve gerar um alvoroço de investimentos nos Estados Unidos
01:32e uma valorização dos ativos americanos.
01:36Certo, Bandique.
01:38E da agenda do Donald Trump para a economia americana,
01:42tem algo que pode reverberar aqui no Brasil?
01:45Certamente, Felipe.
01:48O modelo escolhido pelo presidente Trump tem um processo de near-shoring, friendly-shoring,
01:56que é trazer a indústria que foi relocada no final dos anos 80, começo dos anos 90,
02:03no pico da aceleração do que a gente chama de globalização,
02:08para várias partes do mundo, principalmente para a China,
02:11de volta para dentro dos Estados Unidos.
02:13Esse tipo de movimentação, através de tarifas,
02:19que é um movimento protecionista,
02:21isso tende a fortalecer o dólar e reduzir o comércio internacional.
02:27Isso deve levar mais investimentos estrangeiros para os Estados Unidos.
02:32No entanto, existe uma questão que eu insisto em não concordar com vários analistas.
02:39Porque esses investimentos têm sido tão eficientes
02:43que o excedente tem sido utilizado para investir em outros países,
02:48inclusive em países emergentes.
02:50Então, eu acredito que exista, no momento,
02:53uma condição de potencial redução de negócios entre os países emergentes,
03:00como o Brasil, que concorre principalmente na agenda agro com os Estados Unidos.
03:04A nossa balança de pagamentos com os Estados Unidos é negativa.
03:09Então, isso tende a se acirrar.
03:12Essa valorização do dólar vai pressionar também a inflação no Brasil,
03:20através do câmbio, obviamente.
03:23E, no entanto, isso não é uma situação final
03:27que tem a ver com...
03:29Ah, não, essa presidência vai ser uma presidência nociva
03:33para países emergentes como o Brasil.
03:36Não.
03:37Eu acredito que existe, sim, uma possibilidade
03:39que movimentos contraditórios,
03:42tanto de redução de comércio,
03:44mas também como investimentos em países
03:47que se mostram alinhados com ideias do presidente Trump.
03:53Isso não é o caso do Brasil, no momento.
03:57Nós temos essa divergência de noções de mundo entre Lula e Trump,
04:02mas o Brasil é um país importante,
04:04uma vez que ele tem uma associação muito forte
04:06com a China no comércio internacional.
04:09E isso vai chamar a atenção dos americanos
04:11para reduzir essa dependência,
04:15essa codependência entre China e Brasil
04:17em commodities e produtos industrializados.
04:20Só para deixar claro, por que a vitória do Trump
04:23acaba fortalecendo o dólar, Van Dijk?
04:26Porque o que acontece?
04:28Quando você tem um processo que tende a diminuir
04:33o influxo de importados para os Estados Unidos,
04:39que é o caso da China,
04:41a China exporta deflação para o mundo.
04:43Isso vai aumentar a ineficiência,
04:46trazendo uma produção mais cara para dentro dos Estados Unidos
04:49e países alinhados com os Estados Unidos.
04:52Isso faz com que exista uma maior demanda por dólares.
04:57Quando existe uma maior demanda por dólares,
04:59você tem uma valorização da moeda norte-americana,
05:02e existe uma perda de valor vis-à-vis
05:04de todas as moedas do mundo com relação ao dólar.
05:08E o Brasil, tendo uma moeda que não é conversível
05:11e sofre com as oscilações com relação ao dólar,
05:18ela vai ser depreciada.
05:20E esse é o ponto de pressão na economia brasileira.
05:25Duda Teixeira, tem uma pergunta para o Van Dijk.
05:27Fala, Duda.
05:28Van Dijk, não sei se você domina esse assunto,
05:31mas te joga a pergunta.
05:33Duda, você acha que o Trump tem sido muito apoiador
05:37das criptomoedas, do Bitcoin,
05:39Elon Musk também é amigo dele ali,
05:41fala muito disso.
05:42O que você acha que pode mudar nessa área?
05:46Bom, uma das coisas principais,
05:48os pontos principais da campanha
05:49é uma redução de intenção de regulamentação
05:54da Bitcoin nos Estados Unidos.
05:55Deixar que esse mercado seja um mercado cada vez mais livre
05:58e utilizado, inclusive, como moeda em contratos,
06:04em atividades comerciais e investimentos
06:07dentro dos Estados Unidos.
06:08Isso tende a valorizar o Bitcoin
06:10e tem se mostrado, principalmente desde ontem,
06:14com a eminência da vitória do Donald Trump
06:16e com a conclusão da vitória hoje,
06:19tem se valorizado dramaticamente.
06:22Van Dijk, em relação ao suposto pacote de corte de gastos
06:27que o governo Lula continua anunciando,
06:30mas adiando.
06:31Você tem algum comentário novo,
06:34alguma perspectiva nova a respeito disso
06:37diante das últimas declarações,
06:39diante dos últimos adiamentos?
06:42Ou é a mesma?
06:43É conversa para boi dormir?
06:45É tudo só uma fachada?
06:47Felipe, não tem um pacote.
06:49Essa é a verdade.
06:49Se tivesse um pacote que fizesse sentido,
06:52a gente teria o pacote apresentado
06:54para pelo menos acalmar o mercado.
06:56Como não tem nenhuma notícia nova
06:58e como nenhum tipo de equilíbrio foi conquistado
07:01entre a área econômica e as diversas outras áreas,
07:05mas principalmente as áreas mais alinhadas
07:08com a ala política,
07:10não tem nada para ser apresentado.
07:12Apresentar algo que não tem nenhum impacto no estrutural
07:16vai criar uma ressaca forte.
07:19E é melhor, então, na cabeça do ministro,
07:22na cabeça do Lula,
07:23continuar com esse empurra com a barriga
07:26e a gente gosta de se sentir,
07:28vamos dizer assim,
07:30enganados,
07:31até que tenha uma notícia má final.
07:33Uma coisa que eu aprendi é o seguinte,
07:35a gente tem que começar a acreditar no não
07:39e duvidar o sim
07:41quando ele vem dessa maneira.
07:43Eu começo já a acreditar que o não
07:45é muito mais a direção,
07:47como eu já havia dito nesse canal aqui.
07:50É muito difícil que você tenha
07:52uma guinada tão radical por parte do presidente,
07:56no entanto,
07:57a eleição do Trump e a questão do dólar,
08:00a apreciação do dólar,
08:02isso vai criar ainda mais munição
08:04para a ala econômica demandar
08:06por parte do governo
08:08cortes profundos
08:10e uma reestruturação
08:12da política fiscal do Brasil.
08:15Em relação a investimentos estrangeiros no Brasil,
08:19muito se falou nos últimos anos
08:20de fuga de capital
08:21e sempre se fala
08:23a respeito da necessidade
08:24de segurança fiscal e jurídica,
08:27coisa que a gente não costuma ver nesse país.
08:30Nesse momento,
08:30como é que você avalia
08:32o nível de investimento no Brasil
08:35e qual é a sua perspectiva
08:36daqui para frente?
08:37Felipe, o Brasil mal chega a 16% do PIB,
08:40historicamente o máximo que a gente chegou
08:42foi cerca de 21%
08:44há 17, 18 anos atrás.
08:47Isso é totalmente insuficiente
08:49para que o Brasil tenha uma economia pujante,
08:52porque o Brasil tem,
08:53ou qualquer país, na verdade,
08:54especialmente os emergentes,
08:56para que tenham economias
08:57que possam crescer de maneira sustentável,
09:00precisa existir uma taxa de investimento
09:02superior a 20% do PIB.
09:04E aqui a gente não chega nisso.
09:08Investimento estrangeiro direto
09:10é alguma coisa em torno de 3% do PIB.
09:13Oscila, mas a média é 3%.
09:15É muito baixo.
09:17Se a gente comparar com outros países emergentes,
09:19é muito baixo.
09:21Aí a gente fala,
09:21ah, não, mas o Brasil lidera entre vários países.
09:24Obviamente que a gente tem um PIB grande,
09:273% do PIB não é para a gente falar,
09:31ah, não, isso não quer dizer nada.
09:32Não, obviamente que é um valor importante,
09:34mas a gente não chega hoje
09:36nem próximo ao pico de mais de 100 bilhões de doses
09:40que foram investidas no Brasil no passado.
09:41Isso tudo advém dessa incerteza
09:44que vem da economia brasileira,
09:46esses rumos que levam a voos de galinha
09:50ocasionados pelo populismo
09:53e, obviamente, as estruturas falidas brasileiras,
09:56começando com, como dizia assim,
09:58a implosão da certeza de que contratos serão cumpridos,
10:02quer dizer, a famosa insegurança jurídica.
10:06E só aproveitando que eu vi
10:08que você comentou mais cedo
10:10uma notícia da França
10:11sobre corte de pensões.
10:13E houve todo um debate aqui no Brasil
10:15sobre reforma da Previdência,
10:17até o grau de mudança na reforma da Previdência
10:21no começo do governo Bolsonaro,
10:22uma proposta que já estava engatilhada
10:24durante o governo do Michel Temer.
10:26Como é que você avalia essa comparação?
10:29Porque lá na França,
10:31mesmo com uma população mais idosa,
10:34acho que era isso que você estava colocando,
10:36que a população idosa corresponde
10:37a uma grande parte da população,
10:39houve corte de pensão.
10:41E aqui no Brasil há uma cláusula pétrea.
10:43Quer dizer, como é que isso poderia ser feito?
10:46E, claro, sempre há um movimento contrário,
10:48uma pressão daqueles que eventualmente
10:50são atingidos.
10:52Como é que isso poderia ser
10:54até um foco de convencimento
10:56de que não se vai retirar tudo?
11:00Quer dizer, aquelas pessoas,
11:01elas não vão perder a oportunidade
11:02de ter uma sobrevida.
11:04como é que se faz esse debate
11:06de uma maneira mais racional e sensata no Brasil?
11:09Felipe, infelizmente,
11:11o Paulo Guedes e o presidente Bolsonaro
11:13deram uma marcha ré nesse assunto
11:15durante a reforma da Previdência.
11:18A questão é o seguinte,
11:19a Previdência,
11:20sem que a gente passe
11:21para um regime de capitalização,
11:23ela é insustentável.
11:24quer dizer,
11:25se a gente quer ter os salários,
11:31pensões que são remuneradas
11:36de maneira que elas crescem
11:38acima da inflação,
11:40como é o caso atual,
11:42você não pode ter um modelo solidário.
11:45quando você faz um modelo
11:47governamental solidário
11:50que cada geração
11:51banca a anterior,
11:53enquanto você está trabalhando,
11:54quem está fora da força de trabalho
11:56recebe,
11:58você pode até,
11:59a gente pode até aventar
12:00que exista a reposição da inflação,
12:03mas jamais o ganho real.
12:05Não foi isso que você contratou.
12:07Você não contratou
12:08porque você não foi ao mercado.
12:10Esses fundos não foram investidos
12:11em ativos que se valorizam
12:14ao longo do tempo.
12:15Então, é, eu diria,
12:18ineficiente e imoral
12:20esperar que essas pessoas,
12:22que mesmo tendo contribuído no teto,
12:25esperar que esse tipo
12:26de retorno real
12:28a uma Previdência,
12:30sem que eles sejam produtivos,
12:32normalmente salário
12:34ou qualquer tipo de remuneração,
12:36ela tem a ver com a produtividade,
12:38por definição,
12:39o sujeito que recebe pensão
12:41ele não é mais produtivo
12:43para a sociedade.
12:44Então, ele tem aquela renda
12:46que ele contratou,
12:48de repente até com o valor
12:50remunerado pela inflação
12:53para não ter perda
12:54de poder aquisitivo,
12:55agora jamais um valor
12:56acima da inflação,
13:00um ganho real.
13:02A França, desculpe,
13:04a França que é um país
13:05que tem um estado de bem-estar,
13:07um dos maiores do mundo,
13:08com alguma das pensões,
13:09o sistema de pensão,
13:10mais benéficos
13:14e benevolentes do mundo,
13:17está estudando
13:18e vai cortar pensão
13:20nos próximos meses.
13:22Isso já está na cabeça
13:23do presidente Macron
13:25e do primeiro-ministro.
13:28E vai ter uma gritaria,
13:30mas isso tem que ser feito,
13:31porque hoje a França
13:32tem um déficit nominal
13:33de 5,5%,
13:36e para ser membro
13:37da União Europeia
13:38não pode passar de 2%.
13:40O Brasil tem um déficit
13:42de 10% nominal,
13:45tem um déficit primário
13:46de 2% PIB,
13:49e acumulado nesse ano
13:50com a meta que pode ser
13:52no máximo de 0,25%
13:54e chega próximo de 1,5%.
13:55Ou a gente é sério,
13:59ou a gente tem que parar
14:00de jogar esse jogo.
14:02Tem que haver uma reestruturação
14:04e tem que haver uma ruptura
14:05desse modelo.
14:06Esse modelo não nos serve mais.
14:09Estou até falando tudo isso
14:10para pensar em como o Brasil
14:12pode se prevenir
14:13contra essas turbulências
14:15internacionais
14:16no próprio cenário econômico.
14:17Quer dizer,
14:18quanto mais a economia
14:19estiver protegida,
14:20melhor.
14:21Vandick,
14:22de tudo que você falou,
14:23só para a gente encerrar
14:24a nossa conversa,
14:25só tem uma coisa
14:26que eu discordo,
14:28que é quando você disse
14:29que a eleição do Trump
14:30era inesperada.
14:31Ou pelo menos
14:32esse cenário
14:32em que o Partido Republicano
14:33também ganhou o Senado,
14:35está com muita força,
14:37ganhou o voto popular,
14:38etc.
14:38Claro,
14:39tem aí um grau
14:40que é válido
14:42o registro,
14:43obviamente.
14:43Mas aqui,
14:44ao longo
14:45de todo esse ano,
14:46do ano anterior,
14:48inclusive,
14:48a gente vem fazendo
14:49uma análise
14:49de como a esquerda mundial
14:51e a esquerda global
14:51vem se desconectando
14:53do povo americano,
14:55investindo em pautas
14:57identitárias,
14:58pautas climáticas,
15:00etc.,
15:00e esquecendo
15:01um pouco ali
15:02do cotidiano
15:02das pessoas.
15:04Então,
15:04os próprios preços
15:06altos nos Estados Unidos
15:07influenciaram também
15:08a perspectiva
15:09do eleitorado,
15:11apesar de alguns
15:12bons índices
15:13que acabaram
15:15não sendo sentidos
15:17na prática
15:18pela população.
15:19Então,
15:19como é que você
15:20analisa
15:20esse cenário
15:21econômico atual
15:22dos Estados Unidos
15:23à luz
15:24desse resultado?
15:25O que você acha
15:26que pesou?
15:27Felipe,
15:28eu concordo
15:28com você
15:29que a eleição
15:30era potencial
15:31esperada.
15:33O que eu não
15:34imaginava
15:35é que ela fosse
15:36até ontem,
15:39de tarde,
15:40super parelha
15:42e, de repente,
15:44nós temos
15:455 milhões
15:46de votos
15:47a mais
15:48para o Trump
15:48no voto
15:49popular,
15:51nós temos
15:51292 delegados,
15:54quer dizer,
15:54foi uma surra,
15:55e aí vem o Senado
15:56e vem a casa
15:57dos representantes.
15:59Quer dizer,
15:59eu não podia,
16:00eu tinha uma expectativa
16:02que fosse algo
16:02muito menor
16:04e uma margem menor
16:05e ele poderia ganhar,
16:06mas nada parecido
16:08com isso.
16:08Agora,
16:09a verdade é o seguinte,
16:10eu falo isso
16:11e não me canso
16:12de falar
16:12e vou repetir de novo.
16:14A coisa mais importante
16:16que um governo,
16:17pelo seu lado,
16:18a política fiscal
16:19junto com um banco
16:20central independente
16:21tem que focar
16:21é o equilíbrio
16:23das contas públicas
16:24e o poder
16:25de compra da moeda.
16:27A pior coisa
16:27que pode acontecer
16:28para um país
16:29é a inflação.
16:29A gente consegue viver
16:30com recessão
16:31porque entra e sai dela,
16:33a gente pode ter desemprego
16:34porque a gente começa
16:35a crescer
16:36e o desemprego diminui.
16:37Agora,
16:38a recessão
16:39debasa a moeda
16:40e a capacidade de consumo
16:42inclusive de básicos.
16:44O governo
16:46do Joe Biden
16:48para concluir
16:50a gente vai ter que chamar
16:50o comercial,
16:51mas diga.
16:52Fez um dos maiores
16:53esforços fiscais
16:55na história
16:55junto com a impressão
16:56de dinheiro
16:57fez com que essa inflação
16:59não tivesse apenas
17:01um lado
17:02de oferta mundial,
17:03mas sim
17:04a irresponsabilidade fiscal.
17:06e o Brasil trilha
17:07na mesma direção.
17:08Nos Estados Unidos
17:09nos últimos quatro anos
17:10a gente teve um aumento
17:11de inflação
17:13medida pelo CPI
17:15de 25%
17:16acumulado.
17:18Combustível
17:19em 100%,
17:20comida
17:21mais de 30%.
17:23Quer dizer,
17:23isso impacta
17:24diretamente
17:25as pessoas mais pobres.
17:27É um negacionismo,
17:29é uma irresponsabilidade
17:31e ignorância
17:31por parte da esquerda
17:33falar que combater
17:35o equilíbrio fiscal,
17:38que o bom mesmo
17:39é a expansão fiscal
17:40a qualquer custo,
17:41que isso ativa a economia,
17:44e sem se preocupar
17:46com a inflação,
17:48é algo que é desejável.
17:49Obviamente que não é.
17:50Então foi isso
17:51que tirou o George Bush,
17:54o senior,
17:55da cadeira de presidente,
17:57ele ignorou a economia,
17:59e mais uma vez
18:00é
18:00it's the economy stupid.
18:02O governo
18:03pensou muito
18:04em pautas identitárias,
18:06falou do meio ambiente,
18:08uma série de coisas
18:09que no final das contas
18:10ninguém está preocupado
18:11de verdade.
18:11Você está disposto
18:12a pagar mais para ter isso?
18:13Ninguém está disposto
18:14a pagar mais
18:15por gasolina,
18:16para ter o
18:17mico leão dourado
18:19protegido,
18:21para ter
18:22mais um panda no mundo.
18:25Não é isso que as pessoas querem.
18:26As pessoas vão querer
18:26o panda no dia que o delas
18:28estiver assegurado.
18:29E não foi isso
18:30que aconteceu nos Estados Unidos.
18:31Maravilha.
18:32Vandique Silveira,
18:32muito obrigado pela participação,
18:34sempre enriquecedor
18:34aqui no Papo Antagonista.
18:35Boa noite,
18:36bom trabalho.
18:37Meu prazer.

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