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Quatro anos após tentar se manter na Casa Branca, Donald John Trump, 78, volta ao comando da maior potência do mundo, agora como o mais velho candidato a ser eleito na história dos Estados Unidos.
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Transcrição
00:00Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos depois de passar quatro anos fora da Casa Branca.
00:09O republicano de 78 anos volta ao comando da nação mais poderosa do mundo.
00:17O republicano foi declarado presidente dos Estados Unidos por volta das 7 horas e 30 minutos desta quarta-feira
00:24quando alcançou a marca dos 276 delegados do colégio eleitoral.
00:32Ele assume o cargo em 20 de janeiro de 2025.
00:36Com a apuração ainda em curso, ele liderava em sete estados pêndulo.
00:44Duda, deixa eu aproveitar e te chamar logo aqui para dividir a tela comigo.
00:49Olá!
00:51Boa tarde, Duda.
00:52Duda, para você é quase bom dia, né? Porque o Duda não dormiu.
00:55Está todo mundo meio que se divulgou aqui nessa redação.
01:00Wilson, eu dormi sim, viu?
01:02Como é que é, Duda?
01:03A gente dividiu as tarefas aqui. Eu dormi direitinho.
01:08Quem não dormiu foi o Alexandre Borges.
01:10É, inclusive estou esperando aqui o Alexandre, inclusive, dar o ar da sua graça.
01:15Me confia no seguinte. Vamos lá, Duda. Vamos ver se a minha pronúncia está correta.
01:19Com a apuração ainda em curso, o Trump liderava ali nos sete estados pêndulo.
01:24Wisconsin, Pensilvânia, Carolina do Norte, Georgia, Michigan, Nevada e Arizona.
01:33Em desempenho superior à sua vitória de 2016, ele também, neste momento, lidera no chamado voto popular.
01:40Só para a gente ter uma ideia do que isso representa, neste momento, o Trump, ele tem 71 milhões de votos contra 66,4 milhões de votos da Kamala Harris.
01:55Ainda durante a apuração, meu caro Duda, o Trump fez um pronunciamento, falando aí, comentando o resultado das urnas.
02:06Matheus, solta por gentileza aí o pronunciamento do Donald Trump em vídeo legendado pelo Felipe Moura Brasil.
02:11U.S.! U.S.! U.S.! U.S.! U.S.! U.S.!
02:19Well, I want to thank you all very much. This is great. These are our friends.
02:23We have thousands of friends on this incredible movement.
02:28This was a movement like nobody's ever seen before.
02:31And, frankly, this was, I believe, the greatest political movement of all time.
02:42There's never been anything like this in this country, and maybe beyond.
02:48And now it's going to reach a new level of importance, because we're going to help our country heal.
02:56We're going to help our country heal.
02:58We have a country that needs help, and it needs help very badly.
03:03We're going to fix our borders.
03:05We're going to fix everything about our country.
03:08And we made history for a reason tonight, and the reason is going to be just that.
03:14We overcame obstacles that nobody thought possible,
03:18and it is now clear that we've achieved the most incredible political thing.
03:24Look what happened. Is this crazy?
03:26But it's a political victory that our country has never seen before.
03:38Nothing like this.
03:39I want to thank the American people for the extraordinary honor of being elected.
03:44You're 47th president and you're 45th president.
03:54And to every citizen, I will fight for you, for your family, and your future.
04:00Every single day, I will be fighting for you.
04:03And with every breath in my body, I will not rest until we have delivered the strong, safe, and prosperous America that our children deserve and that you deserve.
04:15This will truly be the golden age of America.
04:19That's what we have to know.
04:20This is a magnificent victory for the American people.
04:28The American people that will allow us to make America great again.
04:34Oh, we're going to do it.
04:37They said, he will start a war.
04:39I'm not going to start a war.
04:40I'm going to stop wars.
04:41But this is also a massive victory for democracy and for freedom.
04:47Many people have told me that God spared my life for a reason.
04:53And that reason was to save our country and to restore America to greatness.
05:04And now we are going to fulfill that mission together.
05:07We're going to fulfill that mission.
05:10The task before us will not be easy, but I will bring every ounce of energy, spirit, and fight that I have in my soul to the job that you've entrusted.
05:23This is a great job.
05:25There is no job like this.
05:26This is the most important job in the world.
05:32Tá aí.
05:32Ô, Duda, deixa eu exibir aqui o mapa temporário aqui, esse mapinha com a...
05:41Onde o Trump venceu e onde a Kamala Harris venceu.
05:45Duda, você quer melhor geografia do que eu, quer dizer...
05:48Eu acho que esse mapa, ele dá uma dimensão exata do tamanho da vitória do Donald Trump.
05:54Por que que eu tô falando isso?
05:55Vejam que o...
05:58É praticamente um mar vermelho, né?
06:01Donald Trump, ele conseguiu transformar os Estados Unidos num mar vermelho.
06:05Então, assim, é algo que não se imaginava.
06:09Nenhum instituto de pesquisa...
06:11A gente falava, inclusive, durante a semana.
06:13Todas as sondagens apontavam um empate.
06:16Mas, Duda, de empates não teve nada.
06:19Não dá pra falar que houve uma surra.
06:21Mas, olha, sem dúvida nenhuma, foi uma vitória acachapante do Donald Trump.
06:25Foi uma vitória acachapante, sim.
06:28A gente vê aí no mapa...
06:29A expectativa era a Georgia e a Carolina do Norte já estavam ali mais com o Trump.
06:39A grande dúvida era a Pensilvânia, que tá ali rachadinho, mais à direita em cima.
06:44Onde ele aparecia com uma diferença ali de um, dois pontos percentuais.
06:50Pensilvânia, que era o estado...
06:52É um estado, entre os estados pêndulo, o mais populoso.
06:56Tem 19 delegados no colégio eleitoral.
07:00E o Trump ganhou bem, né?
07:03E, além de ganhar na Pensilvânia, na Carolina do Norte, na Georgia...
07:08Então, três estados pêndulo, ele também ganhou o Wisconsin, ali mais pra cima.
07:13Que era...
07:14Tava-se dizendo ali que o Wisconsin e o Michigan seriam...
07:19A Kamala Harris seria vitoriosa.
07:22Era o tal do paredão azul, azul da cor do Partido Democrata.
07:26E que o Trump teria dificuldade de vencer por lá.
07:30E essa vitória no Wisconsin fez com que ele ganhasse bem, né?
07:37Não é uma vitória por um triz.
07:40E ainda vão se somar aí os delegados do Arizona e de Nevada.
07:45E aí, então, é uma boa vitória.
07:48E uma vitória, você tocou ali no ponto dos votos totais.
07:53Quando o Trump vence em 2016, tem toda aquela crítica de que, puxa, como assim?
07:59Ele vence no colégio eleitoral, mas perde nos votos totais.
08:04E agora ele vai vencer nos votos totais.
08:10Então, é uma vitória que dificilmente também pode ser contestada.
08:16Porque a maior parte dos americanos, independente de onde eles moram,
08:21preferiu o Trump e a Kamala Harris.
08:24E, Duda, tem uma questão...
08:27Deixa eu só voltar aqui pra minha base.
08:29Porque, Duda, a pergunta que eu te faço ainda sobre isso é a seguinte.
08:34Vejam aí esse mar vermelho.
08:35O que foi decisivo pra essa vitória do Trump?
08:40Foi só a economia?
08:42Essa é uma questão que muitas pessoas se debatem.
08:45Foi só a economia?
08:46Há um desgaste da cultura woke?
08:49É uma confluência de fatores?
08:51A esquerda passou a manhã toda chorando.
08:53Ah, porque é a extrema-direita, não sei o quê, etc, etc, etc.
08:57Mas a gente não pode ser tão simplista assim, não é, Duda?
09:00Quer dizer, o Trump vence em um contexto, de fato, multifacetado.
09:06Quer dizer, tem a economia por um lado, tem o desgaste do discurso da esquerda.
09:09E a própria candidata Kamala Harris, pelo menos que já nos alertava o nosso Alexandre Bosch,
09:13que já está chegando, também não era essa Coca-Cola toda quanto se imaginava.
09:18Não é, Duda?
09:19Sim.
09:20Vamos lá, então.
09:21O que que beneficiou o Trump?
09:22A questão da economia.
09:23A maior parte dos americanos entende que ele era melhor para conduzir a economia
09:28e aumentou muito o número de americanos que acham que a economia é um problema,
09:33que veem que a situação deles hoje é pior do que há quatro anos.
09:38Também a questão da imigração pesou.
09:40Também os americanos acham que o Trump é o melhor cara para lidar com esse problema.
09:46Também se colocava ali como Estado da democracia,
09:49que é preciso preservar a democracia americana e tal,
09:52mas nesse assunto você tem uma divisão entre republicanos e democratas
09:57porque os republicanos acham que ameaça a democracia, Kamala Harris,
10:01e os democratas acham que ameaça a democracia é o Trump.
10:04Então esse é um item que, embora os americanos dizem que ele é importante,
10:09ele não favorece nenhum nem outro.
10:12Aí vamos falar agora sobre a Kamala Harris, o que que prejudicou ela?
10:17A primeira coisa é ela própria.
10:18A Kamala Harris, ela entra ali como candidata do Partido Democrata,
10:25como uma mulher.
10:27Então, a primeira vez nos Estados Unidos vai ter uma mulher presidente
10:32e ela, por ser filha de uma médica indiana e de um economista jamaicano,
10:37ela seria representante desses imigrantes
10:40e aí os latinos votariam nela e ela tem uma pele mais escura,
10:45então os negros também votariam nela.
10:48E essas coisas, tudo isso aí, nada disso se confirmou.
10:53A gente teve mais latinos votando para o Trump dessa vez,
10:57principalmente os homens latinos.
11:00Então, para os latinos, imigrantes,
11:04que já estão consolidados nos Estados Unidos,
11:08e a maior parte está.
11:10Você vê, eles já estão morando lá,
11:12os cubanos em Miami,
11:14os mexicanos no Texas,
11:16a gente já tem patrimônio,
11:18já vota.
11:20Eles entendem que a economia é um problema
11:22e a imigração ilegal é outro problema.
11:26E aí não faz sentido para eles votarem em uma pessoa
11:29só porque ela é filha de imigrantes.
11:33Não tem essa conexão.
11:34A conexão maior é com os problemas
11:36que eles enfrentam de fato.
11:39E a Kamala Harris saiu, por exemplo,
11:42defendendo a causa do aborto,
11:44a possibilidade que as mulheres possam abortar
11:49em várias situações.
11:52Só que esse é um tema que não influenciou na eleição.
11:56mesmo pessoas, quase metade das pessoas
12:02que acham que as mulheres têm o direito
12:05de escolher entre o aborto,
12:08na maioria dos casos,
12:10essas pessoas, metade delas votaram no Trump.
12:14Por quê?
12:15Depois da decisão da Suprema...
12:16O que a decisão da Suprema Corte fez
12:18ao reverter aquele caso do Roe v. Wade?
12:21Foi deixar a questão do aborto para os Estados.
12:24Então, é muito difícil reverter isso.
12:28Então, o voto para presidente hoje não tem mais relação
12:31com a questão do aborto.
12:34E a Kamala saiu fazendo campanha para o aborto.
12:38E aí não funcionou.
12:40Ela nem sequer conseguiu aumentar o voto feminino
12:44feminino em geral para ela.
12:46O Biden conseguiu mais votos de mulheres que ela
12:51e a Hillary Clinton também conseguiu mais votos de mulheres que ela.
12:55Fora que ela, como candidata, também não funcionou.
13:00A Kamala, o histórico dela,
13:02ela tinha tentado entrar na eleição primária
13:07do Partido Democrata em 2020
13:09e ela saiu logo no começo,
13:12porque ela não aparecia bem nas pesquisas.
13:15Ela desistiu porque não tinha conseguido atrair os eleitores.
13:20E quando ela entra e substitui o Joe Biden,
13:24ela faz isso por uma decisão de cima para baixo
13:26do Partido Democrata, do establishment,
13:29do Partido Democrata que escolhe ela.
13:32E aí o resto todo tem que aceitar.
13:34O Partido Democrata teria sido mais interessante
13:36se tivesse deixado feito ali na convenção
13:39uma oportunidade para as pessoas de base,
13:42os filiados realmente escolherem alguém.
13:44Não foi isso que aconteceu.
13:46Uma candidata ruim,
13:48que ficou escondida a maior parte do tempo,
13:50que adotou uma estratégia de campanha equivocada
13:54e aí para uma população que estava vendo outros problemas.
13:59E aí realmente a coisa não deu certo.
14:02Sem dúvida nenhuma.
14:03Deixa eu trazer o nosso Alexandre Borja.
14:04Ale, está recuperado, querido?
14:06Você está bem?
14:07Deixa eu te perguntar no Ale.
14:10Está tudo bem, Gassar?
14:12Por que eu estou perguntando isso para o Ale?
14:13Gente, só para vocês terem uma ideia,
14:15a cobertura aqui em O Antagonista foi intensa.
14:17O Ale ficou até...
14:20Eu confesso que eu dormi ali por volta de uma hora da manhã,
14:23acompanhando o início da cobertura,
14:25já dando mais ou menos as diretrizes desse jornal.
14:28Mas o Ale, ele ficou...
14:30Depois, enfim, fui dormir.
14:31Aí eu fui acordar às seis e pouca da manhã.
14:33Vejo aqui como é que a gente quase não dorme.
14:36A ansiedade sobre as eleições.
14:39E aí eu percebi aqui no grupo da firma,
14:41que o Ale foi dormir quatro da manhã, praticamente.
14:44E aí...
14:44Trabalhando até cinco.
14:47Trabalhando até cinco.
14:49E aí às oito...
14:50E tinha mensagem do Ale ali, sete da manhã.
14:53Falei, gente, vamos dormir, senhores.
14:55Vamos dormir.
14:56Por isso que eu estou perguntando para o Ale,
14:57para ver se ele está inteiro,
14:58porque foi uma cobertura de fato intensa.
15:00Parabéns pela cobertura, Ale.
15:02Faz parte do processo.
15:03É isso, meu querido.
15:05E a pergunta que eu te faço,
15:06eu te levanto a bola.
15:08Ainda pegando o gancho do Duda.
15:11Foi o Trump que venceu ou foi a Câmara que perdeu?
15:14Olha, a gente tem que respeitar a opinião do eleitor.
15:22Quem venceu foi a democracia americana.
15:24Quem venceu foi o eleitor que se fez ouvir.
15:27Apesar da máquina, apesar de Hollywood,
15:30apesar do dinheiro, apesar das big techs,
15:33apesar, apesar, apesar, apesar,
15:34o eleitor falou, olha,
15:35não, eu não quero, por exemplo,
15:42que homens troquem de roupa em banheiros femininos,
15:45eu não quero inflação,
15:47eu não quero que pessoas boelam abaixo,
15:50enfim, decisões em mim,
15:52eu não quero que a minha religião seja desrespeitada,
15:55eu não quero que meus valores sejam desrespeitados,
15:58eu quero ser americano.
16:00O que é ser americano?
16:01Ser livre, ter um caminho para melhorar de vida,
16:05é ter mobilidade social,
16:07é poder cuidar da sua família,
16:09ter sua casa,
16:11porque isso é outra coisa,
16:13quando se chama alguém de pobre nos Estados Unidos,
16:14é muito diferente do que a gente entende
16:16por pobre em outras partes do mundo.
16:18O pobre americano é um cara que
16:2098% tem casa com ar-condicionado,
16:24tem carro,
16:26você tem esses números todos,
16:28a gente pode qualquer dia fazer um programa só sobre isso.
16:31Como é que se classifica alguém como pobre?
16:33Existe morador de rua?
16:35Existe.
16:35Somente em cidades democráticas.
16:38Mas você tem a população moradora de rua,
16:42muitas vezes,
16:44de pessoas que foram jogadas às ruas
16:46pelo tal do movimento antimanicomial,
16:49que essas pessoas antigamente poderiam estar em hospitais psiquiátricos,
16:52gente com um vício em drogas muito pesado,
16:59que perdeu família,
17:00perdeu o próprio senso da realidade.
17:02Tem pessoas que têm problemas mentais
17:04que não são adquiridos por vícios,
17:07mas adquiridos por problemas mesmo,
17:09tipo uma esquizofrenia, alguma coisa,
17:11e muitas dessas pessoas são abandonadas pelas famílias,
17:13que não têm recursos e condições para cuidar delas,
17:16e não têm instituições para cuidar.
17:18Essas pessoas acabam nas ruas.
17:19Mas, assim, no geral,
17:22alguém que vai morar na rua nos Estados Unidos
17:24com motivos puramente econômicos
17:27não é tão comum.
17:29Então, assim,
17:30é um país que joga para o mundo uma experiência,
17:34e eu conheço alguma coisa de história americana,
17:39porque eu li bastante, estudei,
17:40não nasci sabendo.
17:42Um dos meus livros de referência que eu estudei,
17:45que foi a história americana do Paul Johnson,
17:47Paul Johnson está até nessa estante aqui,
17:51uma história.
17:54Livro maravilhoso,
17:55a história do povo americano.
17:56O Paul Johnson abre esse livro
18:01dizendo o seguinte,
18:03que a história dos Estados Unidos
18:05pertence ao mundo,
18:07e todo mundo,
18:08de todos os lugares do mundo,
18:09deveriam estudar.
18:10O Paul Johnson é britânico,
18:12ele é inglês,
18:12ele não é americano,
18:14e escreveu talvez o melhor livro
18:15sobre a história americana que eu conheço.
18:19Você tem, claro,
18:20o clássico Democracia da América,
18:22aliás, escrito por outro estrangeiro,
18:26pelo Tocqueville francês.
18:27Mas, enfim,
18:28então, respondendo para você, Wilson,
18:30objetivamente,
18:32o que aconteceu,
18:33e que muita gente tem dificuldade em entender,
18:36é que essa é a democracia.
18:38A ideia da democracia é,
18:41além das elites,
18:42além da classe falante,
18:43além dos professores,
18:45além das celebridades,
18:46além dos jornais,
18:48o que as pessoas querem,
18:49o que elas precisam,
18:51e o que elas demandam dos políticos.
18:53E o que os políticos têm de volta para oferecer.
18:56O caso da Kamala Harris,
18:58eu acho até que ela se saiu extraordinariamente bem como candidata
19:01para as condições.
19:04Ela é uma pessoa que nunca tinha sido eleita
19:07para nenhum cargo majoritário,
19:08uma pessoa que não é particularmente carismática.
19:12Tentaram criar ali meio que um novo Obama,
19:14essa coisa totalmente identitária,
19:17de, ah, é a primeira mulher,
19:19é a primeira negra,
19:20é a primeira isso,
19:20é a primeira aquilo,
19:22e a população não comprou.
19:24Tem um movimento também que tem sido pouco falado,
19:27que é essa história dos governos
19:31que, após a pandemia, foram trocados.
19:34Se a gente for olhar,
19:35a gente considera a pandemia 2020 e 2021.
19:39Após 2021,
19:41quase todos os principais governos do mundo,
19:45democráticos,
19:46que podem ser trocados pelo voto,
19:49foram trocados.
19:50Se você olhar na Europa,
19:51e agora nos Estados Unidos,
19:53você tem muitos governos,
19:55diria talvez,
19:57aqui acessando de memória,
19:58a maior parte,
19:58trocados,
19:59em parte,
20:00por motivos econômicos, sim.
20:02Então,
20:03ah, o eleitor é justo, não é?
20:05É outra discussão.
20:06Mas,
20:07o eleitor,
20:09de lugares,
20:10de países,
20:11onde a pandemia foi lidada por candidatos de esquerda,
20:17mudaram para a direita,
20:18ou vice-versa.
20:19Houve muita mudança de governo no mundo,
20:22nos últimos dois anos, principalmente.
20:24É outro movimento que a gente pode olhar e pode analisar.
20:28Basicamente é isso, Wilson.
20:29O Trump,
20:30ele protagonizou história,
20:33a gente assistiu história,
20:34acho que é por isso que eu também não consegui dormir,
20:36além do café que eu fui tomar,
20:39mas o que ele fez,
20:41ele sair da presidência,
20:44ficar quatro anos apanhando,
20:46e processo de impeachment,
20:47e processo judicial,
20:49e atentar,
20:50dois atentados à vida dele,
20:52e tudo,
20:52e ele voltar,
20:53voltar eleito contra tudo,
20:54contra todos,
20:55contra a máquina,
20:56é, no mínimo,
20:57uma trajetória admirável também,
21:00pelo menos em termos históricos,
21:01é algo que daqui a 100, 200, 300 anos,
21:04muito depois de nós aqui,
21:05vai estar sendo falado.
21:07Não, sem dúvida,
21:08nós presenciamos a história,
21:09e você que nos acompanha aqui ao vivo,
21:11presencia a história com a melhor análise,
21:14sem amarra ideológica,
21:16sem torcida,
21:17que é importante,
21:19aqui a gente vai para os fatos,
21:20e a gente já falava sobre esse cenário já há muito tempo.
21:23Só para a gente confirmar aqui os números,
21:24no Senado,
21:25neste momento,
21:26os republicanos têm 52 cadeiras,
21:29e os democratas têm 42.
21:32Na Câmara dos Deputados,
21:35deles,
21:36os republicanos têm 197 cadeiras,
21:39contra 177,
21:4112 democratas.
21:43Eu quero levantar uma bola para vocês dois,
21:45meus caros,
21:46porque o Trump,
21:48ele volta,
21:49e volta com muita força.
21:50E aí eu quero aproveitar
21:52e também já responder a pergunta
21:54do Marcelo Vitorino.
21:55Ô, Marcelo,
21:56eu olhei aqui pelo Twitter,
21:58pelo menos pelo X, na verdade,
22:00a Câmara não tinha reconhecido
22:01a vitória ainda do Trump.
22:03Não, ainda não.
22:05Isso não aconteceu, né, Alê?
22:07Não, ainda não.
22:08Olha aí.
22:09Muito parecido com a Hillary.
22:13A Hillary também demorou,
22:15foi só durante o dia,
22:16de uma maneira meio envergonhada, velada.
22:19Ontem à noite,
22:21o chefe,
22:21o porta-voz
22:22da campanha
22:24da Kamala Harris,
22:25ela mandou as pessoas para casa.
22:27Você deve lembrar,
22:28Wilson,
22:28eu comentei isso no nosso grupo,
22:30inclusive.
22:31Foi exatamente o mesmo roteiro
22:32do Joe Podesta
22:34e fala com aqueles militantes
22:36todos reunidos
22:37para o que seria
22:38uma festa da Hillary
22:39e fala,
22:39gente, vai para casa,
22:41ainda não perdemos,
22:43mas vai para casa,
22:44vão dormir,
22:45que amanhã vai ser um longo dia
22:46e nós continuamos na batalha.
22:47muitos veículos de comunicação
22:49falaram a mesma coisa
22:50em 2016 e ontem,
22:53que eu acompanhei
22:53usando as mesmas palavras.
22:55Olha,
22:56ainda tem jogo,
22:57vamos lá,
22:58amanhã e tal,
22:59uma torcida se aberta.
23:00E o chefe da campanha
23:03da Hillary agora
23:04na Universidade Howard,
23:05que é um lugar
23:07muito simbólico,
23:08na Filadélfia,
23:09ali onde,
23:10perto ali de onde
23:11o Rock Balboa
23:13correu lá,
23:13enfim,
23:15é onde a Kamala Heron
23:16estudou,
23:17onde ela fez
23:17o curso dela,
23:18ele foi lá
23:19e falou as mesmas palavras,
23:20pessoal,
23:21vai para casa,
23:22está tudo bem,
23:23vamos lá,
23:23amanhã ainda tem chance,
23:25vamos acompanhar,
23:26mas pode ir para casa.
23:27E pelo jeito parece
23:28é o código
23:29que se usa para dizer
23:30que a gente perdeu,
23:31mas não está afim
23:31de reconhecer.
23:33Duda,
23:34então,
23:34com base nesses números,
23:36a impressão
23:37que eu tenho é a seguinte,
23:38o Trump volta,
23:39volta com força
23:40e volta com força total,
23:41né amigo?
23:42Ele vai ter
23:44muito mais facilidade
23:45para executar políticas,
23:48então,
23:49tem uma agenda ali
23:50de corte de impostos,
23:53aumentar impostos
23:54de importação,
23:56principalmente em relação
23:57a produtos chineses,
24:00investir na exploração
24:04de petróleo,
24:05de gás de xisto também,
24:07petróleo de xisto,
24:10então,
24:10ele vai ter liberdade
24:12para fazer o que quiser,
24:13dizem até que ele pode
24:14rever algumas decisões
24:16de governos anteriores,
24:17tipo,
24:18aquele plano de saúde
24:19do Obama,
24:20o Obama Care,
24:22não se sabe ainda muito
24:24o que de fato
24:24ele vai tentar,
24:25ele prometeu também
24:26deportações
24:28de milhões de imigrantes
24:29ilegais,
24:30mas isso daí,
24:32sempre a implementação
24:33é mais difícil,
24:35não existe essa polícia
24:36federal americana
24:38que pode pegar,
24:40prender um monte de gente
24:41e botar no avião,
24:42os estados,
24:44nos Estados Unidos,
24:44tem muita autonomia,
24:46então,
24:47algumas coisas
24:48serão mais difíceis
24:49que ele faça,
24:51agora,
24:52que ele vai ter
24:53mais poder,
24:54sim,
24:54vai ter poder também
24:55para indicar
24:56quem ele quiser
24:57para as agências federais,
25:00para as cortes
25:01de justiça,
25:02e ele vai poder
25:06fazer isso tudo
25:07também sem qualquer chance
25:08de alguém
25:09tentar
25:10impeachá-lo,
25:12né,
25:13o Trump,
25:14no passado,
25:15a Câmara
25:16dos Deputados
25:17sempre tentou
25:18duas vezes
25:18um processo
25:20de impeachment dele
25:21que morreu
25:22no Senado,
25:23dessa vez,
25:24os democratas
25:25nem isso vão conseguir fazer.
25:27Duda,
25:28quero aproveitar
25:28também e falar
25:29do artigo
25:30que você publicou
25:30agora um pouco
25:31aqui na Cruzoé,
25:32falando que 70 milhões
25:34de americanos
25:34não querem destruir
25:35a democracia.
25:37Por que o Duda
25:38tocou nesse assunto?
25:40Eu acho que é um ponto
25:40importante.
25:41Matheus,
25:41coloca por gentileza aí
25:42o switch
25:44da revista
25:45Rolling Stone,
25:46que aí,
25:47depois da
25:47confirmação
25:49da vitória do Trump,
25:50parte da esquerda
25:51já falou,
25:51nossa,
25:52os Estados Unidos
25:52foram entregues
25:53ao fascismo,
25:54não sei o quê.
25:54Pode colocar aí,
25:55Matheus,
25:55desce um pouquinho,
25:56porque tem uma imagem
25:57importante da Rolling Stone.
25:58Desce,
25:59desce mais,
25:59Matheus.
26:00Pode ir descendo.
26:00Isso.
26:01Tá aí a imagem do Trump
26:02embaixo.
26:04Tá aí.
26:05O futuro fascista,
26:08em tradução livre.
26:09Duda.
26:11E aí eu já vi de tudo.
26:13Já vi gente comparando
26:14o Trump
26:15a Hitler,
26:17a nossa,
26:17os Estados Unidos
26:18vão virar uma Alemanha
26:19nazista.
26:20Olha,
26:21não é esse cenário
26:22caótico
26:23todo
26:23que a esquerda
26:25tem pintado,
26:26não é, Duda?
26:26Eu acho que,
26:27nesse momento,
26:28me parece que
26:29é necessário
26:31que...
26:32Aí, de novo,
26:33vai o exercício
26:33para a esquerda.
26:35A esquerda
26:35precisa mudar
26:36um pouco
26:36esse discurso,
26:37porque não está colando.
26:38E o Trump,
26:39eu acho que,
26:39de fato,
26:40ele confirma
26:40que esse discurso
26:41de cultura
26:42Volk,
26:43identitário,
26:45etc,
26:45etc,
26:45etc,
26:46ele não cola,
26:48não está colando
26:48e vai ser difícil
26:49colar nos próximos anos.
26:50Eu só acordei de manhã
26:53hoje,
26:54fui ler os jornais,
26:55os grandes jornais
26:56americanos,
26:56ali,
26:57em busca de notícias,
26:59e era o fim do mundo,
27:01né?
27:01Todo mundo falando
27:02que a democracia americana
27:04vai acabar
27:05assim que o Trump
27:06começar o próximo
27:07mandato dele.
27:08E aí,
27:09eu falei assim,
27:09meu,
27:09o que eu vou ler?
27:10Eu não aguento mais
27:11essa história.
27:13E aí,
27:13a conclusão foi,
27:14o importante é ler
27:15o antagonista, né?
27:16Peguei ali as notícias
27:17que o Alexandre
27:18tinha publicado
27:19na madrugada
27:19e fiquei super bem informado
27:21e que cansa, né?
27:24Esse discursinho
27:25de que o Trump
27:27é um fascista,
27:28um nazista,
27:29isso tem sido usado
27:32muito lá
27:33pelo Partido Democrata,
27:34mas o Lula também
27:35ecoou essa história,
27:38ele que deu apoio
27:39a Kamala Harris,
27:41porque o Lula,
27:42como um grande defensor
27:42da democracia,
27:43só pode apoiar
27:44a Kamala Harris,
27:45porque o Trump,
27:46olha,
27:46o Trump mandou
27:47os apoiadores
27:48lá no Capitório
27:49e sendo que também
27:51não tem nenhuma ordem
27:52do Trump
27:52mandando as pessoas
27:53lá para aquela confusão
27:54no Capitório
27:55no dia 6 de janeiro.
27:57O que eu boto ali
27:57nesse artigo
28:00é que,
28:00poxa,
28:01o Trump
28:02está vencendo
28:03no voto total,
28:05então,
28:06são 71 milhões
28:07de americanos
28:08que foram votar nele,
28:10isso é uma demonstração
28:11de que essa gente
28:12quer fazer parte
28:13da democracia,
28:15que eles valorizam,
28:16que eles querem alguém,
28:17que eles acham
28:18que vai ajudar
28:20a resolver
28:20os problemas deles,
28:22isso é democracia,
28:23essa gente não votou
28:24no Trump
28:25porque quer
28:26que o Trump
28:27destrua a democracia,
28:29não faz sentido.
28:30Agora,
28:30as pessoas que têm
28:31esse discursinho
28:32do fim do mundo,
28:34esse discursinho
28:34apocalíptico,
28:36apocalíptico,
28:36o que eles falam
28:37é que esses eleitores
28:38do Trump,
28:39na verdade,
28:40têm um preconceito
28:42muito grande
28:43em relação a essa gente,
28:44o Biden chamou eles
28:47de lixo,
28:48a Hiller chamou eles
28:49de um bando
28:51de deploráveis,
28:53teve colunista também
28:54essa semana aqui
28:55que dizia,
28:56olha só,
28:57meio que é um bando
28:58de ignorantes
28:59porque como é que
29:00esses latinos
29:00vão votar
29:01num cara
29:02que vai deportar
29:03milhões de latinos,
29:05então,
29:05tipo,
29:05eles vão contra
29:06o próprio interesse,
29:07meio que é gente
29:09que não pensa direito,
29:11e aí,
29:12não faz,
29:13isso é preconceito,
29:14nervoso,
29:15né,
29:15as pessoas,
29:15existe um certo
29:16esnobismo
29:17que está muito
29:19dentro da academia,
29:21na imprensa,
29:23o Lula pensa assim também,
29:25e achar que essa gente
29:26que vota
29:27no Trump,
29:28por exemplo,
29:29não tem valor,
29:30é ignorante,
29:32ou não gosta
29:33de democracia,
29:34e na verdade,
29:35a demonstração
29:36que a gente teve
29:37ontem
29:38dessa gente
29:38votar,
29:39e muita gente
29:40que se diz
29:40independente
29:41foi votar,
29:42é uma porcentagem
29:43grande em relação
29:44a anos anteriores,
29:46gente votando
29:46pela primeira vez,
29:48essa gente,
29:48na verdade,
29:49quer, na verdade,
29:51participar da democracia,
29:52porque valoriza
29:53a democracia.
29:54Mas, gente,
29:57agora deixa eu
29:57só mudar um pouco
29:58a página,
29:59porque eu estou ali,
29:59o assunto está tão bom,
30:00e quando o assunto
30:01é bom,
30:01o programa passa assim,
30:02rápido,
30:03deixa eu falar rapidamente,
30:04oi,
30:05oi,
30:05Ale,
30:05é a última
30:07que eu falo
30:07desse assunto,
30:08eu estava explicando
30:09a história da Universidade
30:10de Howard,
30:11e as pessoas
30:11no chat,
30:12eu estava vendo,
30:12elas entenderam
30:13Harvard,
30:15são duas coisas
30:16diferentes,
30:17tá,
30:17gente,
30:17a Harvard é a primeira
30:18e mais famosa
30:19universidade americana,
30:20fica em Boston,
30:21é outra coisa,
30:22a Universidade de Howard,
30:23que é a universidade
30:24onde a Kamala Harris
30:25estudou,
30:25onde teve o evento,
30:27é em Washington,
30:28tá,
30:28então são duas
30:29universidades diferentes,
30:30H-O-W-A-R-D,
30:32Howard,
30:33não é Harvard,
30:34tá,
30:34são duas coisas
30:34diferentes.
30:35Perdão.
30:36Tá,
30:36tranquilo,
30:37Ale,
30:38obrigado,
30:38querido.
30:39Matheus,
30:39solta a vinheta
30:40para a gente falar
30:40sobre a repercussão
30:41da vitória de Trump
30:42aqui no Brasil.
30:49Like,
30:50acione as notificações,
30:51compartilhe o nosso
30:52conteúdo e as eleições
30:55nos Estados Unidos
30:55acho que deram
30:56uma lição
30:58para um certo
30:59presidente da República.
31:01Amigo,
31:02não se fala o que não deve
31:04em hora inapropriada.
31:05Matheus,
31:06solta um certo vídeo
31:07da semana passada
31:09do presidente Lula
31:10dando pitaco
31:11nas eleições
31:12nos Estados Unidos.
31:14Olha,
31:15eu não,
31:15eu não,
31:16não posso
31:17dar palpite
31:19sobre as eleições
31:20de outros países,
31:21porque seria
31:22uma ingerência
31:23indevida
31:24minha.
31:25Ora,
31:26eu sou amante
31:27da democracia.
31:30Eu acho
31:30que a democracia
31:31é o melhor
31:32sistema de governo
31:34que a humanidade
31:35conseguiu construir.
31:37Somente
31:37através da democracia,
31:39um torneiro
31:40mecânico,
31:41sem diploma
31:41universitário
31:42como eu,
31:43poderia chegar
31:44à presidenta
31:44da República
31:45durante três mandatos.
31:48Então,
31:48a democracia,
31:49para mim,
31:50ela é o espelho
31:50fiel de um sistema
31:51político que permite
31:53os contrários,
31:55permite os antagônicos,
31:57permite a disputa
31:58civilizada
31:59entre a humanidade
32:01na discussão
32:02de ideias,
32:03sem violência.
32:04Então,
32:04eu acho que a camada
32:05ganhando as eleições
32:06é muito mais seguro
32:08da gente fortalecer
32:10a democracia
32:10nos Estados Unidos.
32:12É muito mais seguro.
32:13Nós vimos
32:14o que foi
32:15o presidente Trump
32:16no final do seu mandato,
32:17ou seja,
32:18fazendo aquele ataque
32:20ao Capitólio,
32:21uma coisa
32:22que era impensável
32:23acontecer nos Estados Unidos,
32:24porque os Estados Unidos
32:25se apresentavam
32:27ao mundo
32:28como modelo
32:28de democracia.
32:30E esse modelo
32:31ruiu.
32:32Então,
32:33nós agora
32:33temos o óido
32:34destilado
32:35todo santo dia,
32:36temos as mentiras
32:37destiladas
32:37todo santo dia,
32:39não apenas nos Estados Unidos,
32:40mas na Europa,
32:41na América Latina,
32:42em vários países do mundo,
32:44é o fascismo
32:45e o nazismo
32:46voltando a funcionar,
32:48sabe,
32:49com outra cara.
32:50E como eu sou amante
32:51da democracia,
32:53acho que a democracia
32:54é a coisa mais sagrada
32:55que nós, humanos,
32:56conseguimos construir
32:57para bem governar
32:59os nossos países,
33:00eu, obviamente,
33:01que fico torcendo
33:02para a cavala
33:03ganhar as eleições.
33:04Isso foi na semana passada.
33:08Hoje,
33:08com a vitória de Trump,
33:10o Lula foi obrigado
33:11a publicar esse tweet.
33:12Ou esse tweet.
33:13Coloca aí, Matheus.
33:14Gente,
33:14eu ainda preciso me acostumar
33:15com essa coisa
33:16desse tweet,
33:17de X,
33:18depois de tantos anos
33:19de Twitter.
33:20Meus parabéns
33:21ao presidente Donald Trump
33:22pela vitória eleitoral
33:23e retorno
33:24à presidência
33:25dos Estados Unidos.
33:26A democracia
33:27é a voz do povo
33:28e ela deve ser
33:29sempre respeitada.
33:30O mundo precisa
33:32de diálogo
33:33e trabalho conjunto
33:34para termos mais paz,
33:36desenvolvimento
33:37e prosperidade.
33:39Desejo sorte
33:40e sucesso
33:40ao novo governo.
33:42Uma fala bem protocolar,
33:44porque
33:44o Celso Amorim,
33:47ele fez um,
33:48ele deu uma declaração
33:49para o Jornal Globo,
33:50Matheus,
33:51coloca para a gente
33:51lês aí
33:52a aspas do Celso Amorim,
33:54falando que, olha,
33:55é cedo para falar
33:56se o Trump
33:57vai ter ou não
33:58uma postura
33:59protecionista.
34:00Candidato falar
34:01muita coisa,
34:02depois tem que pensar
34:03direitinho
34:04como vai fazer.
34:05Somos contra
34:06o protecionismo,
34:07mas a verdade
34:08é que esse protecionismo
34:10não foi estabelecido
34:10totalmente nem
34:11parcialmente
34:12como nos últimos anos.
34:13É preciso ter calma
34:14e o Celso Amorim
34:15
34:16tendo uma visão
34:18mais pragmática
34:19da diplomacia brasileira.
34:21Traz para cá,
34:22porque quem
34:23celebrou
34:24do outro lado
34:25a vitória
34:25foi ele,
34:26Jair Messias Bolsonaro.
34:27Coloca aí o tweet
34:28na tela,
34:29Matheus,
34:29por gentileza,
34:30porque o ex-presidente
34:31aproveitou e até
34:32publicou um vídeo,
34:34enfim,
34:36lembrando
34:36de alguns momentos
34:37dele em passagens
34:39do ex-presidente
34:40na Casa Branca
34:41e ele falou,
34:41hoje testemunhamos
34:42o ressurgimento
34:43de um verdadeiro governo,
34:45um homem que mesmo
34:46após enfrentar
34:46um processo eleitoral
34:47brutal em 2020,
34:48uma injustificável
34:49perseguição judicial
34:50regueu-se novamente.
34:53Uma mensagem
34:53um pouco longa.
34:55E aí, Matheus,
34:56coloca só para a gente
34:57encerrar aqui
34:57a parte das repercussões,
34:59a Glaze Hoffman.
35:00Dá para colocar
35:01rapidamente aí, Matheus?
35:02Para a gente poder
35:03entregar para os nossos
35:04homens
35:05da análise?
35:07Porque a presidente
35:08do PT,
35:09a Glaze Hoffman,
35:11fez o seguinte comentário,
35:12a eleição de Trump
35:13é um sinal de alerta
35:14para o campo democrático
35:15no mundo todo.
35:16A polarização
35:18se mantém
35:19como uma realidade
35:20e temos
35:20de nos preparar
35:21para enfrentá-la
35:22também aqui no Brasil,
35:25onde a
35:26extrema-direita,
35:27aspas dela,
35:29já se assanha
35:29com o resultado.
35:32Meus caros,
35:34a bola que eu quero
35:34levantar para vocês,
35:35eu sei que vai ser difícil
35:36a gente resumir
35:37esse assunto em
35:37três minutos,
35:39que é o tempo
35:39que a gente tem aqui
35:40para discutir
35:41esse assunto,
35:42mas o fato
35:44é que
35:44a eleição
35:45de Trump,
35:46ela também,
35:48ela tem
35:48esse condão,
35:49Duda,
35:49de mexer algumas peças
35:51aqui no Brasil.
35:52Há uma esperança
35:53do Jair Bolsonaro,
35:54também da direita,
35:55de que ele,
35:56Trump,
35:57possa influenciar
35:58no processo eleitoral,
35:59não sei se teria
35:59condição de fazer isso,
36:01sendo bem honesto
36:01com os senhores,
36:03mas
36:03esse vento
36:06à direita,
36:07ele, de fato,
36:07ele anima
36:08essas forças políticas
36:09no Brasil
36:10e, de fato,
36:10preocupa a esquerda,
36:12não só no Brasil,
36:12como no mundo,
36:13não é, Duda?
36:14Sim,
36:15e nós tivemos também
36:16essa vitória da direita
36:17na eleição municipal
36:19aqui no Brasil,
36:21então,
36:22é óbvio que anima
36:23e também
36:24manda algumas mensagens,
36:25né,
36:25então,
36:26essa pauta
36:28muito identitária,
36:29essa pauta woke,
36:30ela não ajudou
36:31a Kamala Harris,
36:34a campanha
36:34que ela fez
36:35para o aborto
36:36também
36:36não ajudou,
36:38então,
36:38tem coisas
36:39que aconteceram
36:40por lá
36:40e que a gente
36:41pode imaginar
36:42que no mundo
36:44que está indo
36:44para a direita
36:45funcionam
36:47aqui também,
36:48o Amorim
36:49fala ali,
36:49ah,
36:50protecionismo
36:50não vai rolar,
36:51não,
36:51provavelmente
36:52vai ter, sim,
36:53medidas protecionistas,
36:55esse imposto
36:56de importação
36:57que o Trump
36:58pretende colocar
36:59é meio que dado
37:00como certo
37:01e aí o Brasil
37:02vai ter que negociar
37:03muito e gastar
37:04muita lábia,
37:05então,
37:05o Lula fez agora
37:06essa postagem,
37:08parece ali
37:09uma coisa
37:09mais serena,
37:10mais sóbria,
37:12menos partidária,
37:14não tem ali
37:15partidarismo
37:15algum,
37:16ele está ali
37:17tentando ser
37:18um estadista,
37:20que é uma coisa
37:20que ele quase
37:21nunca é,
37:22agora,
37:24na época do Trump,
37:25no primeiro mandato,
37:26tinha muito de,
37:27o Trump decretar
37:28alguma medida
37:30protecionista
37:31e o Brasil
37:31saía lá
37:32correndo
37:32e tentava
37:34reverter
37:35usando um pouco
37:36a amizade
37:36que ele tinha
37:37com o Bolsonaro,
37:39agora,
37:39esse tipo de coisa
37:40vai ficar mais difícil
37:41porque o Lula
37:42realmente não tem
37:43essa entrada
37:43com o Trump.
37:45Ale,
37:46para a gente
37:47encerrar,
37:47para a gente
37:48arrematar,
37:48esse assunto
37:49nós ainda vamos
37:49repercutir
37:50nos próximos programas,
37:51mas eu preciso,
37:53mas a gente,
37:53lógico,
37:54vamos emilçá-lo
37:55com mais calma
37:55nas próximas edições.
37:58Ale,
37:58por hoje,
38:00vamos dar
38:00aquela arrematada
38:01nesse assunto
38:02que sem dúvida
38:03nenhuma
38:03tem um impacto
38:04importantíssimo
38:06para a gente.
38:08Bom,
38:09sobrou um pedacinho
38:10de tempo,
38:10então,
38:11rapidamente,
38:12esse pessoal do PT
38:14é engraçado,
38:14porque eles falam
38:15que eles são
38:16democráticos
38:17e chamam
38:18os adversários
38:19de nazistas,
38:20fascistas,
38:20blá, blá, blá.
38:21Então,
38:21quer dizer,
38:22existe democracia
38:23desde que você vote
38:25em quem eu estou
38:26mandando você votar.
38:27Se você resolver
38:28votar em alguém
38:28diferente,
38:29você é malvadão,
38:30então,
38:32eles são,
38:33de certa forma,
38:34os autoritários
38:35da equação,
38:36porque o democrata
38:37aceita o resultado
38:38das eleições,
38:39ele aceita a escolha
38:40popular.
38:41Então,
38:41assim,
38:42o Donald Trump
38:43já foi presidente
38:44por quatro anos,
38:45então,
38:46não existe nenhuma
38:47justificativa
38:48para chamar ele
38:48de Hitler,
38:49seja lá o que for,
38:51ele foi irresponsável
38:52no 6 de janeiro,
38:53acho que foi,
38:54poderia,
38:56se tivesse mais tempo,
38:57poderia explicar
38:58o que aconteceu
38:58naquele dia,
38:59mas era o dia
39:00da diplomação
39:01do seu adversário,
39:01do Joe Biden,
39:02e aí ele pega
39:03uma turba enfurecida,
39:05vocês imaginam,
39:06uma torcida organizada
39:07que acha que o time
39:08foi roubado em campo
39:09no campeonato,
39:10e fala para aquele pessoal
39:12lá da, sei lá,
39:13da Gaviões,
39:14da Mancha,
39:14do sei lá o do quê,
39:15e fala para aquele pessoal
39:16o seguinte,
39:17olha,
39:17vão caminhando
39:18pacificamente
39:19para a sede do clube
39:20ou para a porta
39:21da casa do juiz
39:22e protestem
39:23pacificamente.
39:24então ele não mandou
39:25fazer quebra-quebra,
39:27mas ele mandou
39:28que uma turba
39:29alucinada,
39:31revoltada,
39:32fosse para um lugar
39:33para fazer um
39:34protesto pacífico,
39:36e me parece
39:37que era impossível
39:38aquelas pessoas
39:39fazerem um processo,
39:40um protesto pacífico.
39:41Então,
39:42nesse sentido,
39:42que desde aquele dia
39:43eu disse,
39:44perdi um monte de amizade
39:45por causa disso,
39:46quando eu falei,
39:47olha,
39:47esse discurso,
39:48eu não acho
39:48que foi um discurso
39:49com a intenção
39:51de fazer uma sublevação.
39:53Eu não tenho como
39:54medir isso,
39:55mas dá para ver
39:57que houve uma certa
39:57irresponsabilidade
39:58quando você pega
39:59aquela massa de pessoas
40:01e mandam para um lugar
40:02e dizer,
40:02olha,
40:03vai lá,
40:03mas seja pacífico.
40:04É como se você mandasse
40:05aqui o, sei lá,
40:06um bando de bolsonaristas
40:07revoltado,
40:08vai para a porta
40:09da casa do Alexandre de Moraes,
40:10pacífico.
40:12Vai para a porta
40:13do colégio da filha
40:14do sujeito,
40:16pacífico.
40:17Entendeu?
40:17Você está se arriscando,
40:19você está assumindo
40:20o risco
40:21daquelas pessoas
40:22irem,
40:23mas não serem pacíficas
40:24quando chegarem lá.
40:25Tudo bem,
40:26mas isso não diminui
40:27que ele foi presidente
40:28durante quatro anos
40:29e nos quatro anos
40:30ele fez um bom governo,
40:31a economia,
40:32ela se desenvolveu,
40:34ali já era aquele limbo
40:35entre o mandato
40:37efetivamente
40:38está terminando,
40:39faltavam dias
40:40para o mandato terminar,
40:42era o dia da diplomação
40:43do adversário,
40:44no 6 de janeiro,
40:45o Joe Biden
40:46assume dia 20,
40:48algo como
40:49duas semanas depois,
40:50então não tem
40:53justificativa,
40:54não tem desculpa
40:54para chamar o Trump
40:55de fascista
40:56e de nazista.
40:58Isso é
40:58uma maneira autoritária
41:00desse pessoal da esquerda,
41:01desse pessoal do PT
41:02de apontar
41:03para o eleitor
41:04e dizer
41:04eu vou ficar te xingando
41:06e eu vou ser um idiota
41:08se você votar
41:09no cara que eu acho
41:11que você vai votar,
41:11você tem que votar
41:12na pessoa que eu estou
41:13mandando você votar
41:14e isso é tudo
41:15menos democracia.
41:17Então a minha esperança
41:18é que a esquerda
41:19no mundo inteiro
41:20e nos Estados Unidos
41:21elas aprendam
41:22de uma vez por todas
41:23que isso não funciona mais,
41:26isso não funciona.
41:28Respeite,
41:28tenta entender
41:29por quê,
41:31é como se a esquerda
41:31tivesse tomado
41:32um pé na bunda
41:33do namorado
41:33da namorada.
41:34Entendeu?
41:35Em vez de ficar xingando
41:36o ex, a ex,
41:37tenta entender
41:38será que você não contribuiu
41:39nada para o fim
41:40do relacionamento?
41:41Entendeu?
41:41Será que você não fez
41:42nada errado?
41:43Será que você
41:43não pode levar
41:45algum aprendizado
41:50para o próximo relacionamento?
41:51Se você conseguir fazer isso,
41:53talvez você se torne
41:54um parceiro melhor.
42:03Tchau, tchau.
42:04Tchau, tchau.
42:05Tchau, tchau.
42:06Tchau, tchau.

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