- anteontem
O ministro da Defesa, José Múcio,afirmou, em evento na terça-feira, 8, que o governo Lula interferiu em um processo de licitação da pasta por ideologia contrária a Israel.
O Antagonista apurou que ele se referiu à compra de 36 blindados israelenses. Quem travou a licitação foi o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais e ex-chanceler Celso Amorim, segundo o UOL.
Múcio também mencionou o caso do veto à venda de munições de tanque à Alemanha em 2023 por receio de seu uso pelo Exército da Ucrânia na guerra contra a Rússia.
Felipe Moura Brasil, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:
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O Antagonista apurou que ele se referiu à compra de 36 blindados israelenses. Quem travou a licitação foi o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais e ex-chanceler Celso Amorim, segundo o UOL.
Múcio também mencionou o caso do veto à venda de munições de tanque à Alemanha em 2023 por receio de seu uso pelo Exército da Ucrânia na guerra contra a Rússia.
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00:00O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou em evento na terça-feira, 8, que o governo Lula interferiu em um processo de licitação da pasta por ideologia contrária a Israel.
00:11Múcio também mencionou o caso do veto à venda de munições de tanque à Alemanha em 2023 por receio de seu uso pelo exército da Ucrânia na guerra contra a Rússia,
00:21o que poderia afetar a negociação do governo brasileiro com os russos, com Vladimir Putin, o ditador, em relação a fertilizantes.
00:30Vamos acompanhar as falas do ministro que estão dando o que falar e o antagonista registrou ontem à noite ainda.
00:37Teve, inclusive, artigo hoje do Ricardo Kertzmann que já já vai estar com a gente para debater essa questão. Pode soltar.
00:43Mas nós precisamos ter uma defesa forte não para atacar ninguém, mas para ter força de dizer não.
00:50Aqui não entra. Nós somos donos do maior patrimônio desse continente.
00:56Tudo nós temos aqui. Tanto que nós até esbanjamos, não sabemos nem que temos.
01:02Nós, por exemplo, importamos potássio do Canadá quando nós temos a segunda maior reserva de potássio aqui.
01:08Mas por questão ideológica, a Constituição prevê, mas como está embaixo da terra dos índios, nós não podemos exportar, nós não podemos explorar o nosso potássio.
01:18E assim outras coisas. A questão diplomática interfere na defesa.
01:23Houve agora uma concorrência, uma licitação, venceram os judeus, o povo de Israel.
01:30Mas por questão da guerra, do Hamar, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta,
01:36mas por questões ideológicas nós não podemos aprovar.
01:38O TCU não permitiu dar o segundo colocado e nós estamos aguardando que essa circunstância passe para que a gente possa se defender.
01:47Então, qual é o maior desafio que nós temos?
01:49O desconhecimento do que é a defesa no Brasil, que são os funcionários mais rápidos, mais à disposição,
01:56sem dia para trabalhar, sem hora extra, sem insalubridade, trabalhando dia e noite para servir ao país imediatamente.
02:04O presidente telefona, precisa de 5 mil homens em qualquer lugar do planeta.
02:10Está aí. Quer dizer, ele diz que os judeus venceram, mas por questões ideológicas não pudemos aprovar.
02:16E o TCU, se referindo ao Tribunal de Contas da União, não deixou entregar ao segundo colocado.
02:23Quer dizer, fica muito claro que o governo Lula não negocia com os judeus, pelo menos ele se refere, assim, ao Estado de Israel,
02:31mas negocia com a Rússia, do ditador Vladimir Putin.
02:35Múcio não deu detalhes a qual licitação se referia, mas o antagonista apurou em cima do lance, ainda na noite de ontem,
02:42que ele se referiu à compra de 36 blindados israelenses.
02:46Quem travou a licitação foi o assessor especial da presidência.
02:49O exército ficou descontente com a iniciativa de Celso Amorim,
02:53porque o equipamento israelense foi muito superior aos concorrentes nas avaliações técnicas.
03:00Quer dizer, o exército brasileiro está interessado numa tecnologia que Israel fornece
03:03e o governo Lula, em razão do chefe do Itamaraty Paralelo, interfere nessa questão
03:11para impedir a negociação por razões ideológicas.
03:15Quer dizer, pela posição anti-Israel que o governo vem tendo há muito tempo.
03:20E é o Estado Democrático de Direito que luta contra teocracias e grupos terroristas no Oriente Médio
03:26para defender o seu povo e a sua presença no mapa do mundo.
03:29Duda Teixeira, primeiro a sua avaliação e eu já chamo o Ricardo Kertzmann para essa roda.
03:34Felipe, seria um absurdo nessa história fazer a compra da empresa que chegou em segundo lugar nessa licitação.
03:43Os equipamentos de Israel é um canhão que fica em cima de um blindado, de um caminhão.
03:49A empresa israelense mostrou os melhores, trouxe o melhor valor, os melhores blindados.
03:58Também tinha ali, no meio da negociação, uma proposta de transferência de tecnologia
04:04para produzir esses blindados aqui no Brasil.
04:07Então, isso seria bom para a nossa indústria brasileira.
04:12E, é claro, a lei não permite que você escolha o segundo colocado.
04:17O Brasil tem relações diplomáticas com Israel, então tem que escolher a empresa israelense.
04:21O que acontece nessa história é que o Celso Amorim, que tem ali uma influência enorme com o Lula,
04:29acha que aquela história de Israel ter declarado o Lula persona non grata,
04:34faz com que o Brasil, então, não possa comprar blindados de Israel,
04:38porque, puxa, eles disseram que o Lula é persona non grata,
04:41como é que a gente agora vai lá e compra blindados deles?
04:44É uma coisa completamente pessoal.
04:46Ele está transformando o problema pessoal do Lula num problema nacional
04:50e puramente, totalmente ideológico.
04:54Ele é petista das antigas, tem essa visão super anti-americana contra Israel
05:01e o interesse brasileiro é que vai para o ralo nessa história.
05:05Essa visão petista, antiga, de época de Guerra Fria,
05:09coloca ali Israel como um expoente dos Estados Unidos no Oriente Médio
05:13e topa defender qualquer país ou grupo.
05:19É difícil a gente até dizer diretamente nesse país em que tem tantas decisões autoritárias,
05:25mas o governo brasileiro, na verdade, fica do lado do Irã,
05:27que patrocina os grupos terroristas.
05:29Então, as conclusões são bastante óbvias.
05:32Então, qualquer ditadura ou teocracia, regime autocrático,
05:36que tenha um componente de narrativa, de retórica e de posição prática anti-americana,
05:45vai ser um grupo, vai ser um país aliado do governo Lula,
05:49independentemente da opressão que os seus próprios governantes ou ayatolais
05:54façam sobre o próprio povo.
05:57Aqui, na Venezuela, o povo oprimido foge até para o norte do Brasil, para Roraima.
06:05E, no entanto, o governo Lula é aliado desse regime
06:07e o Lula, quando é contestado, fala
06:08por que eu tenho que falar da Venezuela em todo lugar
06:10e fica atacando Israel, que está lá muito mais longe
06:12e sobre o qual não tem influência alguma o tempo todo.
06:16Ricardo Kertzmann escreveu hoje o artigo
06:18O governo Lula assume que não negocia com judeus,
06:22que ficou entre as matérias mais lidas do site
06:25durante um bom período, em primeiro lugar, inclusive,
06:28e foi certeiro ali na sua análise.
06:30Boa noite, mais uma vez, bem-vindo aqui ao Papo Antagonista.
06:33Ricardo, o que você destaca dessa história?
06:36Boa noite, Felipe. Boa noite, Duda.
06:38Boa noite também para todos os nossos queridos antagonistas.
06:42Eu queria retroagir, eu queria voltar a dois passos, Felipe.
06:45Há alguns meses, o presidente Lula, lá na Etiópia, se não me engano,
06:50ele deu uma declaração para a Lá de Infeliz,
06:52dizendo que a defesa de Israel, o contra-ataque de Israel,
06:58se assemelhava ao que o Hitler fez no nazismo com 6 milhões de judeus.
07:04Aquilo por si só já foi um absurdo tão grande
07:07que eu, particularmente, acho que todo mundo,
07:10jamais poderia esperar que o presidente fosse repetir
07:13algo minimamente parecido.
07:16Ontem, Felipe, o presidente Lula voltou a se referir a Israel nesses termos,
07:21de uma forma um pouco mais suave.
07:23Eu vou abrir aspas para ele.
07:25O que está acontecendo em Israel é um genocídio.
07:28São milhões, são milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas.
07:32E não estão morrendo soldados, estão morrendo mulheres e crianças dentro do hospital.
07:37Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio.
07:41Fecha aspas para o presidente.
07:42Bom, já que ele não sabe, deixa eu tentar explicar o que é genocídio.
07:48Genocídio é o extermínio deliberado de um povo,
07:51normalmente por questões étnicas, nacionais, raciais e religiosas.
07:57É isso, presidente, que se chama genocídio.
07:59Dizer que a legítima defesa de um povo, que é o que está acontecendo lá agora,
08:04ainda que colateralmente e infelizmente cause tanta destruição ou morte,
08:08o que é trágico.
08:10Comparar uma coisa com a outra é muita ignorância ou é muita má fé intelectual.
08:16Felipe, ele também disse que ele é a favor da criação de um Estado palestino livre e soberano.
08:22Isso ele disse já daquele jeito, quando ele gosta de enfatizar, mostrar alguma indignação,
08:28ele leva um pouco o tom de voz, se mostra teatral.
08:31Então ele disse isso dessa forma.
08:33Pois seja bem-vindo, presidente, porque Israel também quer o que o senhor quer.
08:38Também quer um Estado palestino soberano e livre, mas livre do Hamas.
08:43E aí o senhor tem que avisar para os ayatollahs iranianos.
08:47O senhor tem que avisar para o Irã, cujo governo brasileiro mantém relações diplomáticas estreitas.
08:53O vice-presidente Geraldo Alckmin recentemente foi lá, a posse do novo presidente do Irã.
08:59Olha, Felipe, é muito triste dizer isso, mas o presidente Lula se tornou, infelizmente,
09:03uma espécie de porta-voz informal do Hamas.
09:07Porque tudo que o tal do Ministério da Saúde do Hamas diz, ele repete.
09:12Quem não se lembra daquele episódio do hospital, em que ele e Lula repetiam a mentira
09:17que Israel bombardeou um hospital e matou centenas de pessoas.
09:21As imagens mostraram depois que foi um foguete disparado pelo próprio grupo terrorista
09:26que caiu num estacionamento ao lado do hospital, que não tinha nada a ver com Israel,
09:30mas ele nunca veio a público para poder desmentir o que ele mesmo disse.
09:35Felipe, ele já disse também que Israel assassinou deliberadamente, foi esse termo que ele usou,
09:41milhões de mulheres e crianças, mas Gaza inteira, tem dois milhões de habitantes.
09:46Outro dia a gente comentou isso aqui, o governo soltou uma nota dizendo-se,
09:50entre aspas, para o governo, preocupado com a escalada de violência no Oriente Médio,
09:55fecha aspas, depois do Irã disparar quase 200 mísseis penalísticos contra Israel.
10:01Como assim preocupado?
10:03Porque se não fosse o sistema de defesa israelense, quantos milhares não teriam morrido nesse ataque?
10:08Mas antes, com Israel numa ação cirúrgica, quase sem causar vítimas civis,
10:13eliminou dezenas de terroristas, naquelas explosões dos pagers,
10:16o governo federal, o governo brasileiro correu e condenou com veemência.
10:22Isso depois dos 10 mil foguetes lançados quase diariamente durante um ano inteiro contra Israel,
10:29que outro dia num campo de futebol a gente noticiou isso, matou crianças.
10:33Então, Felipe, não me surpreende isso que veio à tona ontem,
10:38uma declaração, uma confissão, eu poderia dizer assim,
10:41de culpa, uma confissão do governo brasileiro de que, deliberadamente,
10:47prejudica ou não faz, ou não configura, ou não pratica,
10:52relações comerciais com Israel simplesmente por serem judeus.
10:56Foi esse termo que, infelizmente, o ministro Múcio utilizou.
10:59Pois é, Ricardo, eu sempre registro aqui, porque eu acho que muita gente deveria se aprofundar
11:07nesse episódio citado pelo Ricardo, que é o episódio do Hospital Awali.
11:10Eu acho que é um case que deveria ser apresentado didaticamente,
11:14eu sei que não vai ser, porque, lamentavelmente, as cátedras aí,
11:18as cadeiras universitárias estão ocupadas por muitos militantes à esquerda,
11:22mas deveria ser apresentado, ensinado nas faculdades sobre como não se fazer jornalismo.
11:28Então, eu fiz um artigo, que é um capítulo, um case,
11:34a respeito dessa explosão que aconteceu no estacionamento do hospital
11:38e que foi encarada como um bombardeio de Israel que teria derrubado o hospital
11:41e matado 500 pessoas e eram três mentiras juntas,
11:44numa grande fake news que ficou estampada nas manchetes dos principais portais do mundo
11:49e, claro, da imprensa brasileira, que também repercute os portais,
11:53que repercutem as agências, que repercutem o Ministério da Saúde de Gaza,
11:57que é o Hamas, que é o grupo terrorista,
11:59mas a gente atua no nosso jornalismo com a fonte primária,
12:03a gente verifica a informação, a gente vê de onde está vindo aquele elemento.
12:09E se não está vindo de nenhuma fonte com credibilidade,
12:13de nenhuma documentação, de nenhum material documental específico,
12:19a gente não publica e a gente teve esse cuidado.
12:22E depois as investigações mostraram que a gente fez o certo.
12:25Então, o meu texto sobre esse caso é a retratação, entre aspas, da imprensa
12:29pelo maior vexame na cobertura de Gaza.
12:32Quem puder, leia, porque vale a pena,
12:35a escalada da mentira, de como ela dá a volta ao mundo
12:39antes que a verdade, duas vezes, antes que a verdade venha à tona.
12:45E em relação às declarações do Lula, a gente tem visto aí como ele fica sempre muito bem alinhado
12:50ao eixo do mal, como os israelenses costumam chamar,
12:54o primeiro ministro Benjamin Netanyahu tem se referido assim,
12:57ao Irã e aos seus proxys, aos seus braços, aos seus aliados ali no Oriente Médio.
13:02E tem, a gente precisa destacar essa infelicidade do José Múcio,
13:08que é dizer essa frase que está aí no Caracteres aí, né?
13:12Judeus venceram a licitação.
13:14Quem venceu a licitação foi uma empresa, a Elbit System, né?
13:19Você pode dizer, bom, uma empresa de Israel.
13:22Israel é um país em que a maioria da população é da etnia judaica, né?
13:29O judeu você pode definir de diferentes maneiras,
13:33tanto pela religião, quanto pelos costumes, mas enfim,
13:36a maioria é de judeus, mas você tem 20% da população que é árabe,
13:41você tem os drusos, você tem os cristãos.
13:44Então, quando ele fala os judeus venceram,
13:47ele está equiparando os judeus a uma empresa, né?
13:52Ou a população, a todo o estado de Israel.
13:55Quando ele fala ali o povo de Israel, parece que ele erra de novo,
13:58porque essa é uma expressão muito comum na Bíblia, né?
14:02O povo de Israel, ele pode falar uma empresa israelense,
14:06mas enfim, está tudo errado, né?
14:08Mas aí o meu, a minha desconfiança, Felipe,
14:11é que ele está expressando o tipo de conversa que ele escuta
14:16no Ministério da Defesa, ou no Governo Federal,
14:19ou no Itamaraty, né?
14:21Provavelmente as pessoas que hoje estão fazendo essas reuniões
14:25no Palácio do Planalto, ou na Esplanada,
14:29se referem a Israel ou a uma empresa israelense como os judeus.
14:36E aí eu acho que tem um ranço,
14:38eu até perguntei para umas pessoas que entendem de antissemitismo
14:41se isso é claramente uma declaração antissemita,
14:44a turma aí tem dúvida, mas assim,
14:48dá ali uma indicação de que as coisas que ele está ouvindo
14:51lá dentro do Governo Federal,
14:52que essas coisas são problemáticas.
14:55É, e tem a questão da interferência também.
14:58Muito se falou, e nós falamos,
15:00e nós não temos duplo padrão durante o governo Bolsonaro
15:03em relação à interferência do então presidente
15:06na Polícia Federal,
15:08quando ele quis trocar o diretor-geral Maurício Valeixo
15:10pelo Alexandre Ramagem,
15:11que acabou de ser derrotado pelo Eduardo Paes
15:13na corrida à Prefeitura do Rio de Janeiro.
15:17É um aliado, inclusive disse com todas as letras,
15:20ao longo da campanha,
15:22que o líder dele é o Bolsonaro.
15:24E era alguém muito próximo da família,
15:26que foi policial ali de escolta,
15:28depois que o Bolsonaro foi eleito,
15:30até a posse,
15:31e acabou passando o Réveillon com o Carlos Bolsonaro.
15:34Tinha foto deles em momentos ali
15:36de amizade muito próxima.
15:40E o Sérgio Moro saiu do governo naquele momento,
15:42o Alexandre de Moraes, no STF,
15:44acabou suspendendo a nomeação por todas essas suspeitas.
15:47E depois o Bolsonaro colocou outros diretores-gerais.
15:50E, de fato, as investigações que atingiam aliados,
15:53muitas delas, acabaram prejudicadas do mesmo jeito.
15:59Ou, enfim, demoraram um pouquinho mais para serem prejudicadas.
16:02Ou não conseguiram prejudicar todas.
16:04Mas tentaram.
16:05E aquela interferência foi exaustivamente apontada,
16:09inclusive pela imprensa, naquela ocasião.
16:12Então, agora a gente está apontando a interferência do governo Lula
16:15nas decisões do âmbito das Forças Armadas.
16:20O ministro da Defesa,
16:21que está aí numa posição de ascendência
16:25sobre as Forças Armadas,
16:28está dando com a língua nos dentes,
16:29em razão da insatisfação
16:31de dentro do Exército,
16:34com essa interferência do governo
16:36numa negociação
16:37que poderia ser favorável ao Brasil,
16:40que poderia ser favorável à força
16:42que ele está ajudando ali
16:45na parte administrativa,
16:47das suas relações comerciais.
16:50Então, assim, é algo que realmente demanda
16:52uma ação parlamentar.
16:54Aliás, nós noticiamos em primeira mão
16:56que vai haver convocação do ministro José Múcio,
16:59pelo menos iniciativa parlamentar
17:01para que ele seja convocado,
17:03para se explicar a respeito disso.
17:06E certamente está havendo puxão de orelha,
17:08está havendo treta interna no governo
17:11em razão dessas declarações
17:12que pegaram mal,
17:13embora o governo tenha
17:14boa parte das emissoras de TV
17:16do lado dele
17:17para não repercutir
17:19com esse sinal de gravidade,
17:21esse tipo de declaração
17:23que sugere essa interferência,
17:26pega mal.
17:27Então, vamos ver se o Múcio
17:29vai fazer algum tipo de acerto político
17:32com o presidente da república
17:34e depois vai dizer o que disse
17:36ou vai dizer apenas que se expressou mal, etc.
17:38E isso vai ficar para trás
17:40como tantos outros escândalos
17:42que são esquecidos
17:42nessa fábrica de escândalos do Brasil.
17:45Agora, Ricardo,
17:46tem um outro elemento
17:48que se fala
17:50a respeito de um interesse da Alemanha
17:53por munição brasileira
17:55fabricada no Brasil
17:56e que essa venda
17:58foi interrompida
17:59pela suspeita
18:00de que a Alemanha
18:01poderia passar,
18:02repassar essa munição
18:04para a Ucrânia
18:05se defender contra a Rússia
18:06e aí,
18:07veja só,
18:09se o Putin,
18:10porque no fim das contas
18:11é isso,
18:12se o ditador russo
18:13descobre
18:14que o Brasil
18:14forneceu uma munição
18:16para a Alemanha
18:17que repassou para a Ucrânia
18:18que ele está tentando derrotar
18:20numa invasão
18:21e conquista
18:21de um país vizinho,
18:23soberano,
18:23democrático,
18:24aí o Brasil
18:25pode ser castigado
18:27com a interrupção
18:29do fornecimento
18:30de fertilizantes.
18:32Então, assim,
18:32fica muito claro
18:33que o governo Lula
18:35ele é contra
18:37negociar com os judeus,
18:39que é como ele considera
18:40ali uma empresa de Israel,
18:42mas ele é a favor
18:44de negociar com o ditador,
18:45ele não tem problema algum.
18:47Quer dizer,
18:47é aquela postura americana,
18:50anti-americana,
18:51colocada ali como um,
18:55vamos dizer assim,
18:55uma diretriz de Estado
18:57da maneira mais enviesada possível.
18:59O que você destaca?
19:02Felipe,
19:03mais uma vez,
19:04o duplo padrão moral
19:05que é tão comum
19:06aos petistas.
19:08Quem não se lembra
19:09quando ainda no governo Bolsonaro,
19:11quando iniciou,
19:12quando a Rússia invadiu a Ucrânia
19:14e começou essa guerra
19:16que o Lula insiste
19:17em dizer que
19:18quando um não quer,
19:18dois não brigam?
19:20Como se restasse a alternativa
19:21à Ucrânia
19:21se não se defender da invasão?
19:23À época,
19:24os petistas,
19:25quando o presidente Bolsonaro
19:26foi lá
19:27e defendeu a invasão
19:28da Ucrânia também,
19:30ele usou o argumento
19:30de que era para garantir
19:31os suprimentos
19:32de fertilizantes para o Brasil.
19:34E aí,
19:34os petistas
19:35caíram de pau,
19:37dizendo que é absurdo,
19:38está trocando vidas
19:39por fertilizante,
19:41que é a mesma coisa
19:42do que a gente viu
19:42o ministro agora confessar
19:44que está com medo
19:46de comerciar
19:47as munições
19:48com a Alemanha
19:48e ter retaliação russa.
19:50Qual que é a diferença?
19:53Pois é,
19:53muitos criticaram
19:55Jair Bolsonaro
19:56pela proximidade
19:57com Vladimir Putin,
19:58por ter ido lá
19:59na véspera da guerra,
20:00quando os tanques russos
20:01já estavam na fronteira,
20:02por ter, inclusive,
20:03passado pano
20:04para o Putin,
20:05ofereceu solidariedade
20:07à Rússia
20:08no momento em que
20:08a Rússia se preparava
20:10para atacar
20:11a Ucrânia.
20:13Depois,
20:14quando começaram
20:14os ataques,
20:15ainda disse,
20:16isso Jair Bolsonaro,
20:18que não,
20:19que o Putin
20:19não estava cometendo
20:21massacre,
20:22nada disso,
20:23quando foi questionado
20:24a respeito,
20:25e nós criticamos aqui
20:27cada uma dessas atitudes,
20:28cada uma dessas falas.
20:30Agora,
20:30tinha muita gente
20:31do campo da esquerda,
20:32do campo lulista,
20:33que estava criticando
20:34Jair Bolsonaro.
20:35E, no entanto,
20:36o Lula
20:36tem essa mesma posição,
20:38essa mesma bajulação
20:40do ditador Putin,
20:41essa mesma preocupação,
20:43em primeiro lugar,
20:44com o adubo,
20:46e não com as vidas humanas,
20:50e outras questões
20:51que poderiam ser decididas,
20:53pelo menos,
20:53com alguma coerência.
20:55Mas,
20:56a única coerência,
20:57entre aspas,
20:58que há,
20:59é do governo Lula
21:00ficar ao lado,
21:02inclusive comercialmente,
21:03de ditaduras,
21:05e não de estados
21:05democráticos de direito,
21:07que, inclusive,
21:07são atacados
21:08pelos seus próprios aliados.
21:10O Irã
21:11é quem está por trás
21:12dos ataques
21:13a Israel,
21:14e a Rússia
21:15está aí
21:16atacando
21:16a Ucrânia,
21:18um Estado democrático
21:18de direito
21:19que foi invadido
21:20e se defende
21:20de uma maneira
21:21diferente,
21:23com algumas
21:24similaridades,
21:25em relação
21:27a Israel,
21:27outro Estado democrático
21:28de direito
21:29ali no Oriente Médio.
21:31Muito bem,
21:31Duda,
21:32queria falar alguma coisa
21:33para encerrar,
21:33vamos para a próxima pauta.
21:34Tanto Lula
21:35quanto Bolsonaro
21:36são loucos
21:37para abraçar
21:38o Putin,
21:38isso é fruto
21:39de uma campanha
21:40de longo tempo,
21:41longo prazo
21:42que a Rússia
21:43tem feito
21:43no Brasil,
21:44tanto em relação
21:46à opinião pública,
21:47quanto também
21:48nessa questão
21:48diplomática,
21:50e é isso,
21:50hoje a gente tem
21:51um governo
21:51que vai lá
21:52e reclama,
21:52por exemplo,
21:53das sanções
21:53unilaterais
21:55à Rússia,
21:55essa é a postura
21:57oficial do Brasil,
21:58mesmo quando o mundo
21:59civilizado vai lá
22:00e castiga a Rússia
22:03por invadir a Ucrânia,
22:04a gente vai lá
22:05e reclama,
22:06é um absurdo.
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