- hoje
Após o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, da União Brasil, ser indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa, Lula afirmou que o integrante do seu governo tem o direito de provar que é inocente.
O petista deu a declaração em Genebra, na Suíça, onde participou de uma conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em outro momento, Lula disse que só Juscelino “sabe a verdade” e que, se o ministro não cometeu um “erro”, deve “brigar pela sua inocência”.
Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:
Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:
https://bit.ly/planosdeassinatura
Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.
Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.
https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...
Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.
Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
O petista deu a declaração em Genebra, na Suíça, onde participou de uma conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em outro momento, Lula disse que só Juscelino “sabe a verdade” e que, se o ministro não cometeu um “erro”, deve “brigar pela sua inocência”.
Felipe Moura Brasil e Carlos Graieb comentam:
Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:
https://bit.ly/planosdeassinatura
Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.
Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.
https://whatsapp.com/channel/0029Va2S...
Ouça O Antagonista | Crusoé quando quiser nos principais aplicativos de podcast.
Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, após o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, da União Brasil, ser indiciado
00:05pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e organização criminosa, Lula afirmou
00:09que o integrante do seu governo tem o direito de provar que é inocente.
00:14O petista deu a declaração em Genebra, na Suíça, onde participou de uma conferência
00:18da Organização Internacional do Trabalho, OIT.
00:22Aliás, ele deu várias outras declarações sobre diversos assuntos que a gente vai comentar
00:28aqui no programa. Aliás, de novo, o título dessa transmissão ao vivo ficou As Asneiras
00:33de Lula. Então vocês imaginam o que ele soltou por lá. Vamos acompanhar o que o Lula disse
00:40sobre o caso do Juscelino. Pode soltar.
00:42Eu estava fora. Quando o Brasil tiver condição de falar, eu acho que o fato do cara estar
00:52indiciado não significa que o cara cometeu erro. Significa que alguém está acusando e a
00:57acusação foi aceita. Agora eu preciso que as pessoas provem, sabe, que são inocentes
01:03e ele tem o direito de provar que ele é inocente. Eu não conversei com ele ainda, vou conversar
01:08hoje e vou tomar uma decisão sobre esse assunto.
01:12Muito bem. Vamos deixar uma coisa clara em primeiro lugar. O Juscelino não foi acusado
01:20pela Polícia Federal de ter cometido um erro. Foi o que o Lula disse, um erro. Não. Ele foi
01:28acusado de ter cometido um crime. Na verdade, três. Corrupção passiva, organização criminosa
01:36e fraude em licitações. É disso que se trata. Então, assim, erro é quando a gente fica indignado
01:43com uma fala dessa, balança o braço e derruba um copo e espatifa no chão. Isso é erro.
01:50Quando o sujeito torra milhões de reais de dinheiro público em emendas parlamentares,
01:55que são simplesmente uma designação técnica para dinheiro do povo, numa estrada que dá na fazenda
02:01da própria família dele, lá em Vitorino Freire, no Maranhão, o sujeito não cometeu um simples erro.
02:08Ele, de acordo com a Polícia Federal, cometeu um crime. E ele nem sequer consegue negar o uso
02:15dessa verba para pavimentação daquela estrada. Ele faz uma sopa de letrinhas lá, daquele lero-lero
02:21que político, quando é pego com a boca na botija, solta. Fazamentos seletivos, fatos antigos, etc.,
02:27como a gente mostrou ontem aqui no programa. Por quê? Porque o fato já estava devidamente
02:33noticiado e detalhado pela própria imprensa. A Polícia Federal está ali fazendo a sua parte
02:38formal de enquadrar aquilo num tipo penal, em três, e dar andamento ao processo.
02:45Dito isso, é preciso fazer uma distinção bastante óbvia, que o Lula não faz, porque ele tem toda
02:51essa malícia aí para manipular a opinião pública. Uma coisa é o direito que ele tem
02:59de provar que é inocente, para usar a expressão que o Lula usou, perante a justiça. Sendo que,
03:06repito, o caso já foi bastante detalhado, a gente já pôde ver que há ali uma série de elementos
03:18que mostram a natureza patrimonialista do Juscelino Fih. Então, assim, uma coisa é a defesa dele
03:25perante a justiça, inclusive para não ter uma pena tão alta, se for o caso. Porque a justiça pode
03:31decidir pela culpa, mas a defesa, de qualquer modo, ela defende para que o sujeito, se não ficar livre,
03:40se não ficar absolvido ou impune, que ele, pelo menos, tenha uma pena curta. Uma coisa,
03:48então, é a defesa perante a justiça. Outra coisa é a administração pública se tornar
03:54púlpito de defesa, como se o sujeito tivesse o direito de provar que é inocente perante a justiça
04:01no exercício de uma boquinha ministerial. Quer dizer, você tem o rebaixamento da administração
04:07pública a esse patamar de púlpito de defesa. Então, uma coisa é uma coisa, a outra é outra.
04:14A administração pública exige lisura, exige atenção, existe foco, inclusive, no planejamento,
04:21na execução de políticas públicas. O sujeito que está lá todo enrolado com a justiça
04:26não pode ser ministro. E isso deveria ser algo implementado por diversos presidentes,
04:34mas você tem populistas à esquerda, à direita, etc., que sempre dão um jeito de enrolar.
04:40A gente não está lidando aqui com corte de vídeo sobre piadinha de prisão de festa junina
04:47que gerou uma denúncia. Não, a gente está lidando com uma investigação antiga, jornalística e policial,
04:53que esniuçou todos os detalhes e que mostram lá o uso dos milhões de reais
04:57para a estrada, para a fazenda dele, pavimentação, asfaltamento, essas coisas,
05:04na cidade comandada pela irmã dele, que, como o antagonista mostrou, também está enrolada com a justiça.
05:09E numa investigação que engloba um empresário da Counter Service, uma empresa que, junto com ele,
05:16estaria provocando desvios na Codevás, a chamada estatal do Centrão.
05:20Então, tem uma série de elementos negativos suficientes para que o presidente,
05:25pela cautela, pela prudência que a administração pública exige, afastasse esse ministro.
05:32Mas não é aquilo que o Lula faz, porque o Lula não faz aquilo que é o moralmente certo
05:38antes de avaliar os seus interesses.
05:40Então, essa é uma outra questão para a gente colocar em seguida.
05:44Mas a gente tem também uma fala, segunda fala do Lula, a respeito desse episódio.
05:49Ele diz que o Juscelino, que só Juscelino sabe a verdade, que se o ministro não cometer um erro,
05:55ele repete o eufemismo.
05:58Deve brigar pela sua inocência.
06:00Ah, eu vou também comentar isso.
06:01Pode soltar.
06:02O ministro Juscelino, teve já uma conversa com ele?
06:06Eu não tive, eu não tive.
06:08Fiquei sabendo ontem.
06:10Obviamente que eu também não tenho essa pressa dele, sabe?
06:12Quando eu votar, depois do G7, eu vou sentar e vou descobrir o que aconteceu de verdade.
06:20Se ele, e uma conversa franca com ele, porque eu digo para todo mundo, só você sabe a verdade.
06:26Se você cometeu um erro, reconheça que cometeu.
06:29Se não cometeu, brigue.
06:30Brigue pela sua inocência.
06:33Esse é um lema, sabe, que eu tenho dito para todos os ministros.
06:36Só ele sabe a verdade.
06:38Ninguém mais.
06:39Não é bem assim, porque a gente já conhece o Lula há muito tempo
06:44e sabe que ele defende que se brigue,
06:48mesmo quando se sabe que cometeu o erro.
06:51Isso, inclusive, ele disse na TV, em fevereiro de 2023,
06:55quando estava se referindo ao caso do José Dirceu.
06:58E ele falou, ah, ninguém tem que ficar pagando pelo resto da vida, etc.
07:02E eu comentei na ocasião, não é pelo ficar pagando pelo resto da vida,
07:06é que o Dirceu ficou impune, ele não pagou.
07:09No caso do Mensalão, ele foi condenado, chegou a ser preso,
07:11mas aí foi solto por indulto de Natal de Dilma Rousseff.
07:14E no caso do Petrolão, foi solto duas vezes pela segunda turma do STF.
07:19E em vários processos, foi aliviado.
07:22Ainda resta aí condenação sobre o Dirceu.
07:24Mas ele estava tratando como alguém que tem que brigar.
07:28Olha a declaração que ele deu.
07:30O Dirceu não tem que andar escondido, tem que colocar a cara para fora e brigar.
07:34Você tem que brigar para construir uma outra narrativa na sociedade brasileira.
07:40Então, essa é a postura, é a filosofia, entre aspas, do Lula para esses casos.
07:47É o que ele usou no próprio caso,
07:50quando foi acusado de receber propina sob forma e reforma de imóveis,
07:54no caso do Triplex do Guarujá e do Citiatibai.
07:57E ele ficou aí brigando e briga até hoje para tentar controlar essa narrativa,
08:02para impor a sua versão dos fatos.
08:04E a sociedade brasileira, em boa parte, sabe que decisão judicial não apaga os fatos acontecidos.
08:11Então, muita gente lembra como as coisas aconteceram.
08:15Graeb, o que chamou sua atenção nessas declarações e na poeta sobre o Juscelino?
08:20Felipe, o Lula mostra aí que não sabe, ou que finge que não sabe, né?
08:31Existe uma diferença, como você bem observou, entre justiça e política.
08:36Para ele, tudo é política.
08:39Quando ele diz que só você, Juscelino, sabe a verdade,
08:43o que ele está querendo dizer?
08:45Que a investigação policial, que o processo judicial não são capazes,
08:53ou não têm, vamos dizer assim, competência para estabelecer o que é fato socialmente?
09:07Mesmo que o eventual criminoso negue?
09:10Mesmo que o eventual criminoso negue?
09:12Quantos milhões, milhares de casos, enfim, não levam à condenação com o culpado,
09:24o condenado, dizendo de pé justo, não, não fiz, não fiz, não fiz, negando até o final.
09:29Mas foi pego com a arma na mão, foi gravado no vídeo, atirando na pessoa, estão lá.
09:37Ou seja, não dá para estabelecer, nesses termos que o Lula faz, essa distinção.
09:46Existe, sim, uma verdade objetiva que pode ser obtida por meio da investigação,
09:57da polícia, do MP, do processo legal.
10:01É para isso que existe processo legal.
10:04O cara que atirou, puxou o gatilho e matou 10 pessoas, pode até dizer,
10:08não, não, não fiz assassinato, minha verdade é essa, eu não fiz.
10:13Mas isso não serve, não pode servir socialmente.
10:17O que tem que servir, servir socialmente, é a verdade objetiva,
10:21e é muito melhor aquela verdade objetiva estabelecida segundo um processo judicial.
10:26Então, é um absurdo esse negócio do Lula, e mostra essa perigosíssima mania
10:36que ele tem de desvalorizar a justiça, de relativizar a importância da justiça no país.
10:47Porque ele acha que tudo é político.
10:51Exatamente.
10:51Bom, em relação ao Juscelino, é óbvio, óbvio o Lulante, como diria o Nelson Rodrigues,
10:59que ele tem todo o direito de correr atrás, de demonstrar que é inocente.
11:05Faça isso, Juscelino, num processo.
11:09Mas precisa esperar a condenação definitiva para fazer um julgamento político da pessoa?
11:17Não precisa.
11:20Não precisa.
11:21Aí é uma escolha.
11:24Aí é uma escolha política.
11:27É a escolha política entre você dizer
11:30eu não acho bom que pessoas acusadas de corrupção participem do meu governo,
11:38eu não acho bom que o ministro divida a sua atenção entre a defesa num processo difícil
11:47e o trabalho difícil de comandar o ministério,
11:53portanto, sem prejulgar, sem dizer que ele é culpado,
11:59diante dos olhos da justiça brasileira,
12:04eu falo, diante dos olhos do meu governo
12:07e pensando no que é melhor
12:11para as políticas públicas, para a população,
12:15acho melhor que essa pessoa se afaste.
12:18Isso não significa um pré-julgamento judicial.
12:23Isso significa uma escolha política.
12:25Eu não quero, não acho bom ter gente alvo de processo por corrupção dentro do governo.
12:33O Lula não está fazendo essa escolha.
12:35Ele está falando tudo jóia.
12:36Fica aí, Juscelino.
12:38Por quê?
12:40A gente sabe por quê.
12:42Porque ele não quer comprar briga com a União Brasil,
12:45que é o partido do Juscelino.
12:48Ele já tem uma porcaria de uma articulação política,
12:52ele já tem minoria no Congresso Nacional,
12:56ele sua sangue para conseguir aprovar as coisas,
13:00e ele está com medo de que tomar a decisão correta
13:04do ponto de vista do olhar no cidadão brasileiro
13:08vá ser a decisão errada do ponto de vista dos políticos,
13:12que só pensam no próprio umbigo.
13:14Não é isso.
13:17O cara que só pensa em termos políticos,
13:21desvaloriza a justiça,
13:23desvaloriza a moral,
13:25e só faz aquilo que lhe parece o mais conveniente.
13:29Eu acho,
13:30eu acho que ele vai pagar caro por isso.
13:33Eu acho que ele vai pagar caro.
13:35Porque o processo contra o Juscelino Filho
13:37não é qualquer coisinha assim
13:41que você tire do ombro com um safanão.
13:48Depois do indiciamento,
13:51é muito provável
13:52que venha uma denúncia pelo Ministério Público,
13:57é muito provável que ele se torne réu.
14:00Certo?
14:00E daí fica aquele negócio,
14:04não é a primeira vez
14:05que o petismo e o Lula
14:08se veem às voltas
14:10com corrupção.
14:14Não só de terceiros,
14:16própria, pessoal,
14:18intransferível,
14:19inclusive do senhor Lula.
14:22Então as pessoas já não têm mais boa vontade
14:24quando olham para o Lula
14:26e veem a palavra corrupção ali
14:29borboletando em volta dele.
14:32As pessoas já sabem
14:33o que ele fez
14:36e o que o partido dele fez.
14:39Então eu acho que isso vai acabar
14:40cobrando um preço
14:41que ele está achando
14:42que vai ser baratinho agora,
14:44mas eu acho que não vai ser não.
14:46É, já tem um histórico de desgaste
14:48que pode transbordar aí
14:49com esse caso mais recente.
14:53Olha, eu escrevi artigo
14:54a respeito disso,
14:55corrupção para Lula
14:56é no máximo um erro
14:58que pode ser apagado,
14:59está disponível em
15:00o antagonista.com.br
15:01e ali eu lembrei
15:03que o indiciamento
15:04eventualmente muda
15:06a postura de ministros
15:07do STF
15:08sobre determinados casos.
15:11O Dias Toffoli,
15:12em 2016,
15:15ele tinha uma posição
15:17sobre a prisão
15:18após condenação
15:18em segunda instância
15:19e depois teve outra.
15:20Quer dizer, em fevereiro,
15:21ele declarou ao jornal mineiro
15:23mineiro o tempo
15:25que era a favor da prisão
15:26após condenação
15:28em segunda instância
15:28que não via necessidade
15:30da espera
15:30dos recursos
15:31aos tribunais superiores,
15:33STJ e STF.
15:35E aí, em agosto,
15:36a Polícia Federal
15:37indiciou o Lula
15:37no caso do Triplex,
15:39era corrupção,
15:40lavagem de dinheiro
15:41e falsidade ideológica,
15:42um item que caiu depois,
15:44ele acabou condenado
15:44por corrupção
15:45e lavagem de dinheiro
15:46antes de toda a barredura
15:49do STF
15:50para debaixo do tapete.
15:51E, em outubro,
15:53dois meses depois
15:54do indiciamento,
15:55o Toffoli votou contra
15:56a prisão em segunda instância,
15:57que, meses antes,
15:59ele dizia defender.
16:00O que aconteceu
16:01entre a entrevista
16:02e o voto
16:03foi justamente
16:04o indiciamento do Lula.
16:05Só que, naquele momento,
16:06em 2016,
16:07a prisão em segunda instância
16:09acabou sendo aprovada.
16:11O Toffoli foi voto vencido.
16:12Por quê?
16:12Porque o Gilmar Mendes
16:14votou a favor.
16:16E por que o Gilmar
16:16votou a favor?
16:17Porque a Lava Jato
16:18ainda não tinha atingido
16:19o PSDB,
16:20ainda não tinha atingido
16:21os tucanos.
16:23Quando atingiu,
16:24em maio de 2017,
16:26o então senador
16:27Aécio Neves,
16:28o Gilmar começou a dizer,
16:29e eu apontei,
16:30está registrado
16:31no então Twitter,
16:32que poderia mudar
16:34a sua posição
16:35sobre essa medida.
16:37E aí,
16:38a Lava Jato
16:39não só atingiu
16:40a Aécio,
16:40como outros tucanos.
16:42Teve operações
16:42contra a Aécio
16:43em maio de 2017
16:46e depois em 2018
16:47e 2019.
16:49Uma delas,
16:50em outubro
16:51de 2017,
16:52na verdade,
16:52não uma operação,
16:53mas um relatório
16:54que foi divulgado,
16:55mostrou 43 chamadas
16:56entre o Aécio
16:58e o Gilmar.
16:58Inclusive,
16:59uma no dia
16:59em que o Gilmar
17:00suspendeu
17:01um depoimento
17:01do Aécio.
17:03É o mesmo Gilmar
17:04que acusa
17:04a Lava Jato
17:05de colunio,
17:06etc.
17:06Pois é.
17:07Aqui,
17:08a gente não esquece
17:09a história,
17:10independentemente
17:11de decisões judiciais,
17:13de tribunais
17:14eminentemente políticos.
17:17Aliás,
17:17no caso da prisão
17:18em segunda instância,
17:18o próprio Gilmar
17:19recentemente
17:20confessou
17:21que fez
17:21uma leitura
17:22política
17:23da situação
17:24naquele momento.
17:26Então,
17:26o Gilmar
17:27em 2019
17:28acabou mudando
17:30a sua posição,
17:31o tema foi rediscutido
17:32no plenário
17:32por pressão
17:33de ministros
17:34como ele
17:34e aí houve
17:36o desempate
17:36contra a prisão
17:38em segunda instância
17:39e o Lula
17:40então foi solto
17:41porque ele estava
17:42preso,
17:42condenado
17:42em segunda instância,
17:44pôde responder
17:44ao restante
17:45do processo
17:45em liberdade
17:46e depois
17:47houve
17:49a declaração
17:50de incompetência
17:51da 13ª Vara Federal
17:52de Curitiba,
17:53a suspeição
17:54do Sérgio Moro
17:55que o Gilmar
17:55tinha engavetado
17:56por mais de dois anos
17:57e conseguiu emplacar
17:59e aí o processo
18:00foi para Brasília
18:01onde acabou extinto
18:02por término
18:03do decurso
18:03do prazo
18:04para o Estado
18:05punir o réu,
18:06ou seja,
18:07por prescrição.
18:09Vamos lembrar
18:10aqui a história
18:10como aconteceu.
18:11Por isso tudo
18:12que eu estou
18:12resumindo aqui
18:13com alguns elementos
18:15de destaque
18:16é que o Lula
18:17trata,
18:17como o Garayab
18:18bem falou,
18:20é tudo como política,
18:21inclusive a justiça,
18:22porque a justiça
18:23foi absolutamente
18:24politizada,
18:26demonstrou a sua
18:27politização
18:27no próprio caso dele.
18:30Então ele se sente
18:30muito à vontade
18:31para politizar tudo,
18:33para falar
18:33é o político
18:34que sabe a verdade,
18:36se fez tem que confessar,
18:37se não fez tem que brigar,
18:38mas que a gente entende
18:40que mesmo quando faz
18:41o Lula entende
18:43que é preciso brigar,
18:44porque para ele
18:44o que importa
18:45é a narrativa.
18:46Ele mostrou isso
18:47e tem trecho
18:48na vinheta aqui
18:49do programa,
18:50quando o Nicolás Maduro
18:51veio ao Brasil,
18:52você tem que
18:53construir uma narrativa
18:54e ele falou isso
18:58no caso do Maduro
18:58e no caso do Dirceu.
19:00Então o antagonista
19:01apurou que o Lula
19:02também deve conversar
19:03com outros integrantes
19:04da União Brasil
19:05antes de bater
19:05esse martelo
19:06sobre o futuro
19:07do Juscelino,
19:08que foi chamado
19:09de craque do Centrão
19:10pela Transparência
19:10Internacional Brasil.
19:12Só queria destacar
19:14também
19:14que o relator
19:16do caso no STF
19:17é o Flávio Dino,
19:18que era ministro
19:19do governo Lula,
19:20da Justiça e Segurança Pública,
19:21colega, portanto,
19:23do Juscelino Filho,
19:24que é ministro
19:25das Comunicações
19:26do mesmo governo.
19:29O Flávio Dino
19:30havia acenado
19:31a interlocutores,
19:32como registrou
19:32o jornal O Globo hoje,
19:34meses atrás,
19:35na época da indicação
19:36e tal,
19:37que ele se declararia
19:38suspeito
19:39no caso do Juscelino.
19:41Agora a turma dele
19:43já está mudando,
19:44relativizando,
19:45não é o caso
19:45de suspeição, etc.
19:46Quer dizer,
19:48o Dino quer poder,
19:49ou pelo menos
19:50a turma do Dino
19:51quer que ele possa
19:52decidir sobre esse caso.
19:54E aí a gente vai precisar
19:55monitorar,
19:56ficar de olho,
19:57para ver se não vai ter
19:58mais politização.
20:02Então,
20:02vamos aguardar aí
20:03esse acerto
20:04entre o Lula
20:05e a União Brasil
20:05e o ideal seria
20:07que o SCF
20:08ficasse de fora,
20:09desse grande acordão.
20:11Mas,
20:12dado o histórico,
20:13os brasileiros
20:14nunca sabem.
20:16Vamos relembrar agora
20:16no Papo Antagonista
20:17quem é que legitima
20:19essa postura
20:20do Lula,
20:21entre outros políticos
20:22que o Brasil já teve.
20:24Mas,
20:25vamos registrar.
20:26O Lula falou que
20:27não quer dizer
20:28que ele cometeu um erro,
20:30simplesmente foi acusado,
20:31mas tem o direito
20:32de provar
20:34sua inocência
20:35e tal,
20:35que é que dizia
20:36uma coisa muito parecida.
20:38Pode soltar.
20:39Mas o pessoal vai.
20:40Ele votou
20:41para absolver o Lula.
20:42E se tiver que votar
20:44para absolver o Lula
20:44no processo,
20:45que vote.
20:46Ou tudo
20:47quando se acusa
20:48uma pessoa,
20:48tudo do que ela é acusada
20:50é para ser verdadeira?
20:51E quando se acusar
20:54uma pessoa,
20:55tudo que ela é acusada
20:57tem que ser verdadeira e tal.
20:59Se tiver que votar
20:59para o mando do Lula,
21:00que vote.
21:00O Cássio Lunes Marris,
21:02que foi o primeiro ministro
21:03que Jair Bolsonaro
21:04colocou no Supremo Tribunal Federal.
21:07Então, vejam que
21:07a postura de Lula e Bolsonaro
21:09nesse sentido
21:10é igual.
21:12Eles
21:13têm
21:15toda essa postura
21:17defensiva,
21:18vamos dizer assim.
21:18porque volta e meia
21:21são acusados
21:22de alguma coisa
21:22ou pelo menos
21:23têm os seus familiares
21:24acusados,
21:25não é mesmo?
21:26E tanto é assim
21:27que a gente também
21:28separou um tweet
21:29da Gleisi Hoffman
21:30de 2019
21:31sobre o governo Bolsonaro.
21:33Vamos mostrar
21:34mais semelhanças.
21:35Pode mostrar, produção?
21:37Bolsonaro amanheceu
21:38com o ministro do Turismo
21:39indiciado pela PF
21:41no esquema
21:42do Laranjal do PSL.
21:44Marcelo Castro
21:44é suspeito
21:45de desvio
21:46de dinheiro público
21:47com candidaturas
21:48de fachada
21:49e está sendo
21:50poupado pelo chefe.
21:52Está aí
21:53comentário
21:54de Gleisi Hoffman
21:55citando ali
21:55a matéria da Folha
21:56a respeito
21:58desse indiciamento
21:59do então
22:00ministro do Turismo
22:01Marcelo Castro
22:02no governo Bolsonaro.
22:03E aí o
22:04Deltan Dallagnol
22:05ironizou,
22:06mas não quer dizer
22:07que isso alivia
22:07para o Bolsonaro,
22:08só quer dizer
22:09que Bolsonaro e Lula
22:10têm muito em comum.
22:11Não são iguais,
22:13completamente iguais.
22:14Tem diferenças
22:15entre eles.
22:15Mas olha só
22:17como é muito parecido.
22:19Bota o tweet
22:19do Deltan.
22:21Lula amanheceu
22:22com o ministro
22:22das Comunicações
22:23indiciado pela PF
22:24no esquema
22:25de desvio
22:25de verbas
22:26da Codevax.
22:26Juscelino Filho
22:27é suspeito
22:28de participar
22:28de organização
22:29criminosa
22:30que desviou
22:30dinheiro público
22:31de emendas
22:32e está sendo
22:32poupado pelo chefe.
22:34Quer dizer,
22:35parodiou,
22:36parafraseou
22:37a presidente
22:38do PT
22:38Glaze Hoffman
22:40e o Brasil
22:40continua assim.
22:42Grae,
22:42com toda essa
22:43complacência
22:44de populistas
22:45à direita
22:45e à esquerda
22:46em relação
22:47a esquemas
22:48não-republicantes.
22:50Pois é,
22:50Felipe,
22:51o político
22:51brasileiro
22:52tem uma relação
22:53das piores
22:54com a justiça
22:55de maneira geral.
22:57Quando não estão
22:57enrolados
22:58com a justiça,
22:59estão dizendo
22:59coisa errada
23:00a respeito
23:01da justiça.
23:02como o Lula
23:03hoje com essa
23:04história
23:04de que
23:05só quem sabe
23:07quem errou
23:08é quem fez
23:09a coisa.
23:10A polícia,
23:12o Ministério Público,
23:13o juiz,
23:13não tem nada a ver
23:14com essa história
23:15de descobrir a verdade.
23:17Pelo amor de Deus.
23:18Eu queria só acrescentar
23:19uma coisa
23:19em relação
23:20ao Flávio Dino,
23:22né,
23:22Felipe?
23:24Como,
23:24para a gente ver,
23:25já cedo,
23:27na estadia dele
23:28lá no STF,
23:29como é perversa
23:31essa história
23:32de você pegar
23:33um cara
23:33enfiado na política
23:35até o pescoço
23:36e enfiar
23:37e pôr no STF.
23:40Porque é inevitável
23:41que surjam
23:43as indagações.
23:45Ele já parte
23:46de uma posição
23:47de dúvida
23:48sobre a isenção dele.
23:52Ele vai
23:53aceitar
23:57a denúncia
23:58contra o Juscelino?
23:59filho,
24:00caso essa denúncia
24:01aconteça?
24:03Uma vez
24:03aceita a denúncia,
24:05ele vai encaminhar
24:06esse processo
24:07de maneira
24:08celere
24:09ou vai
24:09enrolar?
24:12Cozinhar.
24:13Cozinhar.
24:14O Flávio Dino,
24:16além de ter sido
24:17ministro
24:18junto
24:18com o Juscelino
24:19no gabinete
24:21do Lula,
24:22é do mesmo
24:23Estado,
24:23o Maranhão.
24:25É.
24:26Será
24:27que por qualquer
24:29interesse político
24:31local,
24:33será
24:34de vantagem
24:36para o grupo
24:37político
24:37do Flávio Dino
24:40fazer andar
24:41depressa
24:42ou atrasar
24:43o andamento
24:43desse processo?
24:45Será que a política
24:46maranhense
24:47não pode acabar
24:48influenciando
24:50no andamento
24:51da investigação
24:54sobre o Juscelino
24:54no STF?
24:57Não dá
24:58para saber.
24:59Mas olha aqui,
25:00o cara foi só
25:01indiciado
25:02pela PF
25:03e já estamos
25:04nós aqui
25:04às voltas
25:05com essas dúvidas.
25:07Eu preferia
25:08não ter que ficar
25:09com essa dúvida.
25:10E a gente...
25:11A gente tem que expor
25:12toda a desconfiança
25:14que é legítima
25:15porque há uma série
25:16de decisões
25:17que mostram
25:18conflitos de interesse
25:20no histórico
25:21do sistema
25:22de justiça
25:23brasileiro
25:23e se a gente
25:26não expõe
25:28as autoridades
25:29ficam mais à vontade
25:30para passar a caneta
25:31conforme os interesses
25:32políticos.
25:34Então, assim,
25:34é preciso
25:34constranger
25:36no bom sentido
25:37do termo
25:38pela transparência
25:40a autoridade
25:41a fazer aquilo
25:41que é certo.
25:43E olha,
25:43eu digo isso
25:44embasado
25:45num fato histórico.
25:47O Ricardo Lewandowski
25:49foi flagrado
25:50na época
25:52do julgamento
25:52do Mensalão
25:53dizendo que
25:55a imprensa
25:56deixou o tribunal
25:57com a corda
25:58no pescoço,
25:59que a tendência
25:59era amaciar,
26:01mas como tudo aquilo
26:02foi posto
26:04à luz do dia,
26:05ficou complicado
26:06para os ministros
26:06amaciarem.
26:07E eles acabaram
26:08tendo que aceitar
26:09ali a denúncia
26:10contra o José Dirceu
26:12abrindo a ação penal.
26:13Depois aliviaram
26:14em diversos itens,
26:16mas naquele momento
26:16tiveram de aceitar.
26:17Então,
26:18aquela história,
26:19ela é ilustrativa
26:20disso,
26:21que a gente pratica,
26:23que é a imprensa
26:24trazer os fatos
26:25à luz,
26:26mostrar
26:26as ligações
26:28políticas,
26:29as conexões
26:30entre as autoridades
26:31julgadoras
26:31e os
26:33potenciais réus,
26:35e tentar
26:37pela transparência,
26:39pela informação,
26:40pelo jornalismo
26:41de qualidade,
26:42constranger as autoridades
26:43a fazer aquilo
26:43que é certo,
26:44a decidir
26:46e votar
26:46tecnicamente
26:47com base
26:48nas provas,
26:49com base
26:49na jurisprudência,
26:50com base
26:51naquilo que é
26:52moralmente certo.
26:53Então,
26:54esse é o nosso dever.
26:56Agora,
26:56se vai ocorrer assim,
26:58a gente
26:59precisa esperar
27:00para ver.
27:01Agora,
27:02esperar
27:02vigiando.
27:03É esse que é o ponto,
27:05porque muitas vezes
27:05eles ficam medindo
27:06a temperatura,
27:07ganhando tempo,
27:08e aí,
27:08quando todo mundo
27:09está distraído,
27:09vai.
27:11É só o que fazem.
27:12Só ficam ali
27:13com a mão no pulso
27:14para ver,
27:14ah,
27:15acelerou,
27:15não acelerou.
27:17Exatamente.
27:19Augusto Ares,
27:20o rei
27:20da apuração preliminar
27:22para vestiar elementos
27:24para investigar depois.
27:25Aí,
27:26todo mundo se distrai,
27:26não há não.
27:27Já,
27:27o pessoal falou
27:29que não tinha nada.
27:31Não,
27:31não fez isso nada.
27:32Então,
27:32tá bom,
27:32desculpem,
27:33incomodado.
27:35Opa,
27:36desculpa,
27:36né?
27:37Nossa vinheta.
27:37Opa,
27:38né?
27:40Opa,
27:41opa,
27:42Legenda Adriana Zanotto
Recomendado
30:13
|
A Seguir
19:26
16:54