Lula amenizou o assassinato do brasileiro Michel Nisenbaum, mantido refém pelo grupo terrorista Hamas em Gaza.
Em declaração nesta segunda-feira, 3, cerca de 10 dias após a confirmação da morte de Michel, o petista usou a palavra “falecimento” para citar o ocorrido.
“Foi com grande pesar que recebemos a notícia do falecimento do brasileiro Michel Nisenbaum”, disse o presidente, durante coletiva de imprensa na Croácia.
Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:
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00:00E agora a cereja do bolo, ainda falando sobre a guerra entre Israel e o Hamas, Lula, ele mesmo, lamentou o que chamou de falecimento do brasileiro Michel Nisenbaum, omitindo que ele foi assassinado pelo grupo terrorista.
00:16Eu ainda não vi esse vídeo, eu só li a respeito, o que já me causou a indignação que eu estou manifestando aqui naturalmente.
00:25Eu vou ver pela primeira vez junto com vocês, para ver em que tom que ele falou isso, mas essa palavra já soa absolutamente imprópria e inadequada para dizer o mínimo. Vamos acompanhar.
00:37No caso de Gaza, o Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas.
00:51Foi com grande pesar que recebemos a notícia do falecimento do brasileiro Michel Nissebaum.
00:59A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e tem vitimado milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças.
01:09É fundamental que a comunidade internacional trabalhe para a solução dos dois Estados, vivendo lado a lado, em segurança.
01:18O recente reconhecimento do Estado palestino por Espanha, Noruega e Irlanda é um passo importante nessa direção.
01:27É realmente deplorável.
01:34É o presidente do país e ele está se referindo ao assassinato de um cidadão como um falecimento.
01:42E depois, reparem, a primeira expressão que vem depois é a violação cotidiana do direito humanitário.
01:49Ele não diz por quem.
01:51É quase como se ele fizesse uma insinuação de que Israel não estaria fornecendo ajuda humanitária, como já acusou várias vezes o governo brasileiro em relação às autoridades israelenses.
02:02Obviamente contrariando uma série de evidências que nós mostramos aqui do esforço de Israel para levar ajuda humanitária.
02:11Então, o Lula se refere ao assassinato de um cidadão brasileiro no dia de um massacre que vitimou outros.
02:22Em 1999, na verdade, em 1200, porque já tinha sido computado em 1200, quando depois veio a revelação dessa morte nesse dia, junto com outras, inclusive.
02:31Então, foram mais de 1200 assassinatos em 7 de outubro, além do sequestro de 239.
02:37É como se o sujeito tivesse morrido ali, é de causas naturais, como se ele tivesse tropeçado em algum lugar, ou como se ele tivesse passado fome, porque, sei lá, algum país aí não ajudou.
02:52Não, é o Hamas que o matou, o Michel Nizembal, cuja sobrinha, Ayala, eu conheci em Israel e conversou com o grupo que eu integrava.
03:02E tem as imagens registradas aqui no meu filme, o Trauma de Israel, é só colocar na busca do YouTube, Felipe Moura Brasil e Israel.
03:09Quem assistiu ao Papo Antagonista já viu essas cenas, ela tinha esperança de que o seu tio fosse encontrado vivo, é o único irmão da mãe dela.
03:17E ela mostrava que o governo brasileiro, o governo Lula e o próprio presidente nunca deram a menor bola.
03:25Na vez que o Lula recebeu lá em dezembro a família, foi por pressão, porque a família estava em Brasília,
03:31num tour que veio fazer para mostrar a realidade do terrorismo aqui na América do Sul, incluindo outros países, chegou lá em Brasília.
03:37E houve um pessoal, inclusive, o Rodrigo Azanur, que eu entrevistei aqui, que estava representando as famílias,
03:45que fez pressão ali no senador Jacques Wagner, e o Lula percebeu que se desgastaria muito se não recebesse,
03:50se recusasse, abria a porta para a família de um refém brasileiro, abriu a porta para tirar uma foto.
03:55E depois, nunca mais quis saber diretamente, nunca mais mencionou, não manifestou com o devido tom a preocupação com o drama dessa família.
04:12Tanto que os próprios integrantes da família apontaram a indiferença, o descaso do governo Lula.
04:17E agora ele fala em falecimento, que aí é para acabar mesmo, né?
04:21Que aí realmente é para insultar o que restou, é para insultar a história dessa família.
04:29É deplorável que um presidente possa ser tão cínico em razão de uma agenda internacional que o conecta ao chamado eixo do mal,
04:39com os ditadores do resto do mundo, inclusive esses do Irã, que patrocinam o terror tudo.
04:43É isso, são alguns segundos do Lula falando e a gente vê alguns erros graves que já são até erros do governo brasileiro,
04:52do Itamaraty, do Lula, que ele está lendo o texto dele.
04:56Ele fala em falecimento, as notas do Itamaraty também às vezes falam de morte, mas nunca falam de assassinato.
05:03É um absurdo isso, tinha que mostrar realmente a realidade da coisa.
05:09Ele fala também ali de que os mortos são sobretudo mulheres e crianças, isso é falso, isso é a narrativa do Hamas.
05:18Até um órgão da ONU que precisou rever as estatísticas dele,
05:24Ocha, eles dizem isso, não tem motivo para acreditar que a maior parte dos mortos são de mulheres e crianças,
05:31Afinal, essa guerra está sendo travada entre soldados, principalmente homens jovens dos dois lados.
05:38E nós desmascaramos esses números desde o começo, mostrando que eles não eram confiáveis,
05:42e mostramos aqui o vídeo, inclusive, de um jornalista, felizmente um,
05:45depois de meses e meses de guerra, questionou o porta-voz da ONU,
05:50e ele se enrolou todo porque houve uma revisão dos números para baixo
05:53e não havia nenhum elemento que baseasse aquele dado que não a narrativa do Hamas.
06:00E outro erro que o Lula tem cometido bastante é,
06:04eu não vou assistir o discurso inteiro dele, mas eu sei que esse erro aconteceu,
06:10que é nunca chamar o Hamas de grupo terrorista.
06:13Eles só falam, ah, o Hamas cometeu atos terroristas, mas jamais...
06:18Não falam mais, né?
06:19É.
06:19Só se for muito provocado.
06:21Mas é uma infelicidade, o Lula não aprende e continua repetindo os mesmos erros.
06:26É, é porque eu não chamaria isso de erro, né?
06:29Isso é o método do Lula, é o método do Celso Amonim,
06:32é a posição oficial deles de aliviar a barra do terror
06:37e usar essa postura de país que busca estabelecer o diálogo entre as partes
06:46como pretexto para fazer isso.
06:49Quer dizer, porque você está buscando diálogo entre as partes,
06:52você não vai reconhecer um assassinato como tal?
06:55Você vai fingir que a pessoa faleceu?
06:58Faleceu?
06:59Como se fosse um idoso que tivesse morrido,
07:02porque, enfim, já está muito velho?
07:06Como se alguém, enfim, tivesse uma doença grave
07:09e tivesse morrido, lamentavelmente,
07:12com pesar, aqui, o falecimento, registrar o falecimento.