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Lula afirmou nesta terça-feira, 2, que a alta constante do dólar faz parte de um jogo "especulativo de interesse" contra o real. O petista deu a declaração em entrevista à Rádio Sociedade.
Em outro momento, Lula disparou contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em razão da taxa de juros, atualmente em 10,5%. O petista disse “achar” que o economista “tem um viés político”.
Durante evento em Portugal, Campos Neto rebateu as críticas de Lula ao seu trabalho no Banco Central, afirmando que suas ações são “técnicas”.
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Em outro momento, Lula disparou contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em razão da taxa de juros, atualmente em 10,5%. O petista disse “achar” que o economista “tem um viés político”.
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NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, o que não falta hoje é pauta econômica para o Rodrigo comentar, mas sempre com aquela perspectiva do mundo político, do comportamento humano que a gente traz no nosso jornalismo vigilante.
00:11Lula afirmou nessa terça-feira que a alta constante do dólar faz parte de um jogo especulativo de interesse contra o real.
00:19Em entrevista à rádio Sociedade, o petista também disse que vai ter uma reunião em Brasília sobre o tema nesta semana. Vamos assistir.
00:26O mundo não pode ser vítima de mentiras. A gente não pode inventar as crises. A gente não pode jogar a culpa. Eu vou te dar um exemplo.
00:40A semana passada, eu dei uma entrevista no UOL. Depois da entrevista, alguns especialistas começaram a dizer que o dólar tinha subido por conta da entrevista do Lula.
00:54E nós fomos descobrir que o dólar tinha subido 15 minutos antes da minha entrevista.
01:03É um absurdo, veja. Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. Há uma especulação. Há um jogo de interesse e de especulativo contra o real nesse país.
01:13E eu tenho conversado com as pessoas. O que a gente vai fazer para tomar? Eu estou voltando quarta-feira, vou ter uma reunião.
01:21Porque não é normal o que está acontecendo. Não é normal.
01:25E eu acho que a minha visão sobre o Banco Central não é uma visão teórica. É uma visão de um presidente que já foi presidente, que teve o Banco Central sob o meu domínio durante oito anos e com total autonomia.
01:38Rodrigo Oliveira, o nosso Mr. R, que se refere ao Lula como Mr. L, por isso a gente brinca.
01:46Nós já comentamos que saiu até a tabela com o preço do dólar minuto a minuto antes, durante e depois da entrevista do Lula.
01:55Então havia ali, evidentemente, uma perspectiva de que ele falaria, repetindo o mesmo discurso contra o corte de gastos, sempre contraliando ali o direcionamento rumo ao equilíbrio fiscal.
02:08Então, já os operadores foram se acertando para aquilo que estava prestes a acontecer. E depois só piorou.
02:17Então, o Lula insiste nessa mesma narrativa que já foi devidamente refutada com tabela e tudo, Rodrigo. É isso?
02:24É exatamente isso. O interessante disso, Felipe, é o seguinte. O Lula se apegou a esse negócio dos 15 minutos antes, etc.
02:32Mas isso é uma fala, é uma desculpa que não faz muito sentido. É como se fosse você estar jogando futebol com um amigo e quebra uma vidraça.
02:42E aí o seu pai chama todo mundo e fala, olha, quem quebrou a vidraça? E você conta, não, foi o fulano. Ele quebrou, inclusive chutou com o pé direito.
02:50E aí o fulano fala assim, não, eu chutei com o pé esquerdo. Como se isso não tivesse causado a quebra da vidraça.
02:57Então, no fim das contas, o que o Lula está fazendo é dar uma desculpinha para tentar desconstruir tudo o que ele tem feito, o que ele tem causado.
03:05Que é, desde aquela, essa entrevista que ele fala era uma sexta-feira, mas isso começou lá na terça-feira, quando o Lula abriu a campanha municipal que ele tem feito.
03:16E começou com esse proselitismo sem fim e sem cabimento. Isso trouxe o dólar para onde está hoje, 6, 5,68, 25 ou 26 centavos, desde aquela terça-feira,
03:31quando o Lula começou a falar, a criticar o Banco Central, criticar o corte de gastos e outras coisas mais.
03:37Mas é uma desculpa que não faz nenhum sentido. E quando o Lula fala, eu vou à Brasília, sem querer, quando o Lula fala, eu vou à Brasília resolver esse problema,
03:47o problema para ser resolvido é fácil. Basta parar de falar. É simples. Pode falar de outras coisas.
03:55Basta não fazer parecer que há um problema que o Banco Central tem que intervir ou que alguma outra coisa tem que ser feita.
04:03Basta o Lula ficar na dele e falar sobre política, que ele faz muito bem, inclusive.
04:08Aliás, o título da nossa transmissão no canal no YouTube é a campanha infinita de Lula.
04:13Porque ele está dando entrevista todos os dias, repetindo as mesmas falas, as mesmas narrativas.
04:18E isso não parece governar. Isso parece uma atuação de podcaster.
04:24Algo assim, o Lula parece que está achando que governar é ficar falando o tempo todo e apontando o dedo,
04:30que é coisa que ele insiste em fazer, para os outros.
04:33O pessoal brinca, a gente já ironizou aqui, que a culpa é do Lula, ele coloca em quem quiser.
04:38Então, em relação ao equilíbrio das contas públicas, ele tem responsabilidade.
04:42Ele se posiciona contra o corte de gastos.
04:45Ele tenta trazer um eufemismo, chamar gastos de investimentos,
04:50muitas vezes sem que haja o retorno devido,
04:53quando você tem aí um governo que gasta mais do que arrecada.
04:57E isso vai gerando todo aquele efeito dominó.
04:59Quem também falou sobre a alta do dólar foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
05:04O petista atribui o movimento da moeda a ruídos e falou em comunicar melhor os resultados econômicos
05:10que o país está atingindo.
05:13Parece que essa é sempre a saída do governo.
05:15Quando tem algum tipo de desgaste, de impopularidade, mesmo que em determinados segmentos da sociedade,
05:21eles dizem que está faltando alguns ajustes de comunicação.
05:24Estão faltando. Nunca é a entrega mesmo do resultado.
05:29Vamos acompanhar o que disse o Haddad.
05:30Apesar da desvalorização ter acontecido no mundo todo de uma maneira geral,
05:35aqui aconteceu que ela foi maior do que nos nossos pares.
05:40Colômbia, Chile, México também tiveram...
05:42Eu atribui muitos ruídos.
05:46Eu já falei isso no conselho.
05:49Eu não falei disso.
05:52Você comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo.
05:58Rodrigo, é como se a população não estivesse entendendo a grandeza do governo
06:04e tudo o que o governo tem feito em seu benefício.
06:08Esse é o cenário no Brasil?
06:09Segundo o Haddad, sim.
06:11Mas o Haddad está numa sinuca de bico.
06:13O que acontece?
06:14Ele fala que é ruídos.
06:15Os ruídos a gente sabe de onde vieram.
06:17Os ruídos são o próprio Lula.
06:20Quem que está sendo ruidoso?
06:22É o Lula.
06:23Quando o Haddad diz que tem que melhorar a comunicação,
06:26ele está se referindo ao Lula.
06:28O Lula tem que melhorar a comunicação.
06:31Não dá para o Lula ficar nessa história de que há um ataque especulativo.
06:35Quem é o agente provocador do ataque especulativo?
06:38Porque para ter especulação, você precisa ter alguma coisa que desestabilize antes da especulação.
06:44Alguma coisa crível.
06:46E é crível o presidente da república, que eu não sei ainda...
06:50Eu acho que está faltando tomar posse.
06:52Virar presidente da república.
06:54Em vez de ficar candidato um ano e meio.
06:56Mas, assim, é crível o presidente da república dizer, olha, precisa ter intervenção,
07:02tem gente especulando contra o Brasil e a gente precisa fazer alguma coisa.
07:07Não precisa gastar reserva cambial.
07:10Basta parar com esse discurso, porque ele não faz nenhum sentido.
07:14É básico.
07:15É, agora, não é nem uma questão de melhor comunicação.
07:18É óbvio que você está sendo irônico.
07:20É porque não há ajuste possível de comunicação para o posicionamento errado,
07:26que tem gerado toda essa série de ruídos.
07:28Então, é preciso mudar o posicionamento.
07:30É preciso reconhecer a necessidade de equilíbrio das contas públicas
07:35e fazer o dever de casa, né, Rodrigo?
07:37É basicamente isso.
07:38O Lula se recusa a tratar de gastos.
07:40Teve até um rumor circulando de que, como o Lula não aceita a desvinculação da saúde
07:48e da educação da receita corrente líquida, que é o sistema para corrigir os gastos
07:55ou as despesas com saúde e educação, eles vão mudar o que é a receita corrente líquida.
08:01Então, o governo sempre se atrapalhando, né, ele cria como se fossem novas definições
08:06para as mesmas coisas, para que aquilo dê o que a gente costuma chamar aqui
08:11de que a matemágica funcione, né?
08:15E não tem como funcionar.
08:18Hoje, tinha uma matéria no Jornal de Grande Circulação falando,
08:21olha, o CARF mantém a previsão de arrecadação de quase 60 bilhões com voto de qualidade
08:28e até hoje ele teve zero adesão.
08:33Então, seis meses se passaram, você continua mantendo isso que é uma coisa fictícia
08:39nas receitas e despesas.
08:42Então, você continua considerando que você vai conseguir arrecadar isso,
08:45mesmo que metade do período já tenha ido embora e você tenha arrecadado zero.
08:51Zero.
08:52Não é um pouquinho de 60 bi.
08:54É zero.
08:54Então, é isso.
08:57Essa obra de ficção está começando a cobrar o próprio preço.
09:01O mercado começou a olhar para isso com um pouco mais de cuidado
09:04e está vendo que a conta não vai fechar.
09:06O CARF é ali o tribunal do fisco, né?
09:07Isso.
09:08Onde você tem todos aqueles litígios em relação a disputas
09:11sobre questões de impostos, de pagamentos
09:15e o governo eventualmente fica com uma quantia, acaba vencedor ou não.
09:19Teve toda uma disputa, inclusive, sobre o mecanismo de votos.
09:22Isso.
09:23O desempate ficou agora com a Receita, né?
09:25Ou com a Procuradora-Geral da Fazenda da União,
09:28que é quem normalmente ocupa ali a presidência do CARF.
09:30E aí o governo achava que, fazendo isso, ele conseguiria empurrar mais gente
09:37para pagar ou antecipar essa dívida ou esse contencioso
09:43Para entrar mais dinheiro no caixa.
09:44Com desconto, para entrar mais dinheiro com mais velocidade
09:46e tentar fazer a conta fechar.
09:49Mas isso não está sendo suficiente para a conta fechar.
09:51Não está nem andando.
09:53Não está nem andando.
09:54Muito bem.
09:54A ministra do Planejamento, Simone Tebet,
09:56foi questionada sobre o que pode ser feito para conter a subida do dólar.
10:00Vamos assistir a resposta, porque vale a pena.
10:03Depois a gente vai fazer algum contraste aqui.
10:05Pode soltar.
10:06Essa é uma pergunta que tem que ser feita para a política monetária.
10:09Eu não faço parte do Banco Central e nem dos diretores,
10:13mas a política monetária tem alguns mecanismos que podem ser acionados
10:18de acordo com a necessidade, o entendimento técnico do Banco Central.
10:23Da nossa parte, nós estamos mostrando claramente para o mercado
10:27que eu e o ministro Haddad estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal.
10:32Nós temos uma meta esse ano que é a meta zero.
10:35Nós estamos focando no centro dessa meta zero.
10:38Ou seja, não podemos continuar gastando mais do que arrecadamos.
10:42Rodrigo, foi bom a gente mostrar o Haddad antes e agora a Simone Tebet,
10:49porque ela fala eu e o Haddad.
10:53Eu e o Haddad estamos cuidando disso.
10:55Quer dizer, ela não coloca o Lula.
10:57Ela, embora fale nós, etc.,
11:00quando ela nomeia, ela fala dela,
11:02ministra do Planejamento e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
11:05O Lula parece ser um fator complicador aí nessa combinação.
11:08O Lula é o ruído, né?
11:10Eu quero insistir nisso porque o Lula é o ruído.
11:13E esse é um problema.
11:14Ninguém consegue conter o Lula.
11:16E isso tem...
11:18E, assim, é uma demonstração para o mercado financeiro, principalmente,
11:22de que, em dúbio, o Lula vai optar pela ala política do PT.
11:28Ele vai optar por ser um cara mais próximo do eleitoral do que do técnico.
11:36Ou o Lula monetarista que a gente viu lá no Lula 1,
11:39que não existe mais.
11:40Esse Lula se perdeu em toda essa confusão dos últimos anos do Lula.
11:46Tudo que remete àquela agenda ideológica do PT,
11:48do desenvolvimentismo, do Estado como motor da economia.
11:51E que a gente sabe onde vai dar, né?
11:53Na crise econômica que explodiu no governo Dilma Rousseff, basicamente.
11:57Agora, vamos fazer o contraste em relação à declaração da Simone Tebet,
12:00porque, em 2022, essa mesma Simone Tebet atribuiu a subida do dólar
12:05a quantidade de vezes que o então presidente Jair Bolsonaro falava besteira.
12:11Então, é curioso, porque, naquela ocasião, o ruído era o Bolsonaro.
12:15E agora? Não é mais?
12:17Vamos ver o tweet.
12:19Olha aí.
12:19Falou isso num programa de TV e foi reproduzido na conta de rede social dela.
12:40Não cabe hoje, perfeitamente, esse discurso, Rodrigo?
12:43O presidente, né? O presidente...
12:45Já que não está nem nomeado ali na mensagem.
12:47Exato. É o presidente. Eu acho que cabe.
12:50E a Simone, obviamente, o Lula tem sido muito sensível a críticas.
12:56Então, o que a gente entende é que ninguém consegue se aproximar do Lula
13:02para criticá-lo ou para acender uma luz de alerta e falar
13:05Lula, olha, é o seguinte, se continuar desse jeito,
13:08isso que você está fazendo é mais um tiro no pé.
13:11De terça-feira da semana passada para cá,
13:13o Lula já está virando uma centopeia de tanto tiro no pé que ele tem dado.
13:18É, tem gente declarando aí que é tiro no coração, né?
13:21Quer dizer que ele caminha para uma futura derrota eleitoral
13:24se continuar com esse posicionamento.
13:26Em outro momento, o Lula disparou contra o presidente do Banco Central,
13:30Roberto Campos Neto, disparou aqui em sentido metafórico, claro,
13:33em razão da taxa de juros, atualmente em 10,5%.
13:37O petista disse achar que o economista tem um viés político.
13:42Ele tem feito essa acusação de maneira recorrente,
13:45parece que é da entrevista todo dia,
13:47para apontar o dedo para o Roberto Campos Neto como culpado.
13:51Nós já falamos muitas vezes, e é preciso registrar,
13:54que o Lula indicou quatro diretores para o Banco Central
13:57que votaram junto com o Campos Neto pela manutenção da taxa de juros.
14:01Foi uma goleada, uma votação por unanimidade, 9 a 0.
14:04Mas isso ele não mostra. Vamos acompanhar.
14:06O Banco Central tem uma função, sabe,
14:09que é cuidar da política monetária desse país,
14:13que é cuidar, sabe, de atingir a meta da inflação,
14:16e por isso nós acabamos de aprovar a meta de inflação de 3% ainda,
14:19vai continuar com 3% e nós vamos tentar buscar isso.
14:24Agora, o que não dá é para você ter alguém dirigindo o Banco Central
14:28com viés político.
14:32Definitivamente eu acho que ele tem um viés político,
14:33que agora, veja, eu não posso fazer nada,
14:36porque ele é o presidente do Banco Central,
14:37ele tem um mandato, ele foi eleito pelo Senado,
14:39eu tenho que esperar terminar o mandato e indicar alguém.
14:43Aliás, o Campos Neto afirmou nessa terça,
14:45durante evento em Portugal,
14:46que o ruído fiscal e monetário colaborou
14:49para a interrupção de cortes na Selic.
14:52Abre aspas.
14:52Isso tem muito mais a ver com os ruídos que foram criados
14:56do que com os fundamentos.
14:58Os ruídos estão relacionados a dois canais.
15:01Um é a expectativa sobre o caminho da política fiscal
15:03e o outro é a expectativa sobre o futuro da política monetária.
15:08Fecho aspas.
15:10Também durante o evento,
15:11Campos Neto rebateu os ataques de Lula
15:13ao seu trabalho no Banco Central,
15:14afirmando que suas ações são técnicas.
15:17Vamos assistir.
15:17You have fought hard for the central bank's independence
15:22in Brazil,
15:23and yet now you are the subject of many attacks
15:26from President Lula.
15:28I think he called you an adversary and an enemy.
15:32Yes, well, I think as a central banker,
15:36we have to get away from the political arena
15:39and try to go on with the technical job.
15:44And I think what we did, I think, is a living proof
15:48that everything that was done was very technical.
15:51So during the elections in which Lula was elected,
15:54the incumbent president,
15:57in his last year of mandate,
15:59we increased rates in a cycle
16:01that went from 2% to 13.75%.
16:05That's the biggest increase in rates
16:08in an election year
16:09in the history of any emerging markets.
16:11So if that is not a proof that you are independent
16:15and you acted autonomously,
16:19it's difficult to find another example like that.
16:22So I think all this narrative
16:23that the central bank has been political,
16:26I think we have to get away from that
16:28and explain what we're doing.
16:29And I think what we're doing has been very technical.
16:32The last decision was unanimous,
16:34and we now have four members in the board
16:36that were chosen by the current president.
16:40And I think what we need to separate
16:42is what is the political narrative.
16:44Well, I think that's what I was going to say
16:48and that we've talked about in the last program,
16:50four directors were indicated by the Lula,
16:53it was a vote for 9-0,
16:55it was, they were voted together with him himself.
16:57And he also spoke about,
17:01now I'm going to go to another point,
17:03I'll remember, but Rodrigo Oliveira,
17:04what do you highlight of this debate?
17:06I think it's been very easy for Roberto Campos Neto.
17:09Ah, another point, perdão,
17:10another point was the remembrance of him
17:12the taxa of juros during the governor of Bolsonaro,
17:15including in the electoral period,
17:16that was in 13,75%.
17:19It was maintained,
17:20even after the election,
17:22but still in the governor of Bolsonaro,
17:24it was high.
17:25And it was from 2% to 13,75%.
17:28It was a huge leap.
17:30And he says this to show
17:31the technical act of the central bank.
17:34Exactly.
17:34I have a critique for Roberto Campos Neto,
17:38I think that he didn't,
17:39the price of independence
17:41do Banco Central,
17:42the autonomy of the Banco Central,
17:44is that the members of the autarquia
17:46don't participate.
17:48Like we condemn here,
17:50or we call it,
17:51the participation of the ministries of the STF
17:53in events with employees
17:55that are being judged,
17:56sometimes.
17:57It's the UNUS.
17:57Exactly.
17:58And this UNUS,
17:59the Banco Central also has to have.
18:01The Roberto Campos Neto
18:03should not have been,
18:03for example,
18:04to a churrasco in the house of Lula
18:05in the last year,
18:07so as it should not have been
18:08ruído ao jantar
18:10na casa do Tarcísio,
18:11if not me falha a memory.
18:12It's like a photo
18:13with Ciro Nogueira,
18:14it's like a vote of
18:15the red and yellow,
18:16it's like,
18:16it's like,
18:17it's like,
18:17for this type of exploration
18:19and this, obviously,
18:21it's like,
18:21it's difficult to explain
18:21this work of explaining
18:23the part of the tech.
18:23gerando ruído.
18:24But then you see
18:25what happens.
18:26It's like,
18:26it's easy for the Roberto
18:27because,
18:28at the end of the day,
18:29today,
18:29after he said,
18:30the dollar
18:31has been reduced.
18:32So,
18:33it's worse even.
18:34The Lula
18:34gets more
18:36uncomfortable.
18:36The Lula
18:37says,
18:37the dollar
18:38goes,
18:38the Robert Campos
18:39says,
18:40the dollar
18:40goes,
18:41then,
18:41the Teber
18:41is going to
18:42everything.
18:43But,
18:43at the end of the day,
18:45what we're discussing here,
18:47you can't
18:48discordant
18:49of what the
18:49Banco Central
18:50is doing,
18:50etc.
18:51but,
18:52it's very difficult
18:53to take this
18:55from context
18:56to say,
18:56look,
18:56this was
18:57political.
18:59You don't
18:59baixate
18:59the juros
19:00because it was
19:00political,
19:01even because
19:01you got
19:02the four
19:04undies,
19:06the four
19:06indicators
19:07by the
19:07Lula
19:07in the
19:08Banco Central.
19:08And I just want to
19:09destacate
19:09another point.
19:10The Lula
19:10is talking about
19:11the intervention
19:11of the
19:11Banco Central
19:12in the
19:12dollar.
19:13One thing
19:14that I think
19:14is important
19:14as people
19:15understand is
19:16that the
19:16director
19:17of the
19:17political
19:17monetary
19:18Gabriel
19:18Galipolo,
19:19who is
19:20the first
19:20indicado
19:20do
19:21Lula
19:21pro
19:21Banco Central
19:22e ex
19:22número
19:23dois
19:23do
19:23Ministério
19:23da
19:23Fazenda
19:24é a
19:25pessoa
19:25que
19:25tecnicamente
19:26pode
19:27indicar
19:28pro
19:28presidente
19:29e pro
19:29resto
19:29do
19:30colegiado
19:30essa
19:31história
19:31de
19:31olha
19:31a gente
19:31precisa
19:32ou
19:32não
19:32fazer
19:32uma
19:32intervenção
19:33e
19:33depois
19:34a
19:34decisão
19:35não
19:35é
19:35do
19:35Roberto
19:36Campos
19:36Neto
19:36é
19:36uma
19:37decisão
19:37do
19:38colegiado
19:38novamente
19:39então
19:39os
19:39nove
19:40diretores
19:40tem
19:41que
19:41sentar
19:41e decidir
19:42sobre
19:42isso
19:42então
19:43o
19:43Lula
19:50Ele se faz
19:52desentendido
19:53pra
19:54justamente
19:54não
19:55sofrer o
19:56desgaste
19:56com resultados
19:57econômicos
19:58insatisfatórios
19:59pra que a população
20:00pense que a culpa
20:00é de outra
20:01pessoa
20:01e não dele
20:02e o Lula
20:03também disse
20:03durante a entrevista
20:04à Rádio Sociedade
20:05ser favorável
20:06a taxar
20:07o que chamou
20:07de carne
20:08chique
20:08vamos assistir
20:09aliás
20:10já conversei
20:11isso com a Dade
20:12já conversei
20:12isso com
20:13o Galipo
20:14já conversei
20:15com o pessoal
20:15do Tesouro
20:16ou seja
20:17eu acho que nós
20:18temos que fazer
20:19uma diferenciação
20:20Silvana
20:20é o seguinte
20:21você tem
20:21sabe
20:22vários tipos
20:23de carne
20:24você tem carne
20:25chique
20:26de primeiríssima
20:27qualidade
20:27que o cara
20:28que consome
20:29ela pode pagar
20:30o impostozinho
20:31agora você tem
20:32um outro tipo
20:33de carne
20:33que é a carne
20:34que o povo
20:35consome
20:36né
20:37frango
20:38por exemplo
20:39você tem
20:39o frango
20:40faz parte
20:42do
20:42do
20:43do
20:43do dia a dia
20:44do povo brasileiro
20:45o ovo
20:45faz parte
20:46do dia a dia
20:47sabe
20:48então
20:48uma carne
20:49sabe
20:50um músculo
20:51uma cem
20:51colchão mole
20:52sabe
20:53tudo isso
20:53pode ser evitado
20:55eu não entro em detalhe
20:56porque tem muita gente
20:58importante
20:58trabalhando nisso
20:59mas eu acho
21:00que a gente
21:01precisa colocar
21:02a carne
21:02na cesta básica
21:03sim
21:04tá
21:05sem que haja
21:06imposto
21:06você pode
21:07separar a carne
21:08você pode
21:09selecionar a carne
21:10sabe
21:11você vai comprar
21:11uma coisa
21:12importada
21:12chique
21:13tem que pagar
21:13imposto
21:14eu tô falando
21:16imposto
21:16do povo
21:17brasileiro
21:17ou seja
21:17o povo
21:18mais humilde
21:18o povo
21:19trabalhador
21:20classe média
21:21baixa
21:22sabe
21:22essa gente
21:23que vai
21:23no açougue
21:24comprar um pedaço
21:25de carne
21:25não poderia
21:26pagar imposto
21:27sabe
21:28como se fosse
21:28sabe
21:29uma pessoa
21:30mais rica
21:31é possível
21:32fazer isso
21:32eu não sei
21:33mas tem que pagar
21:35imposto
21:36pra comprar
21:36blusinha
21:37no exterior
21:37né
21:38esse discurso
21:39do Lula
21:40não contrasta
21:41Rodrigo
21:41com aquela
21:42promessa
21:42de picanha
21:43pra todo mundo
21:43pois então
21:44a pergunta
21:45que ficou no ar
21:46é
21:46picanha
21:47é carne chique
21:48ou não é
21:49essa é a dúvida
21:50agora
21:51que o pessoal
21:51tá tendo
21:52pra fazer o churrasco
21:53no fim de semana
21:53merece toda uma
21:54reflexão filosófica
21:55nessa questão
21:56mas é
21:57porque
21:58o empresário
22:00que
22:00tá atuando
22:01com proteína animal
22:03como os irmãos
22:04Batista
22:05ele é que pode ser
22:06atingido
22:07com taxação
22:09mas não
22:09o eleitor
22:10como é que é
22:11esse raciocínio
22:11olha a coincidência
22:13o Lula
22:13volta
22:14aos ditames
22:17de outrora
22:18como diria
22:19o filósofo
22:21o Lula
22:22faz isso
22:23pra beneficiar
22:24a parte
22:24do
22:25empresariado
22:27e não
22:28da população
22:29pobre
22:29a população
22:30pobre
22:30pode por exemplo
22:31a gente
22:32na regulamentação
22:33agora da reforma
22:34tributária
22:34fazer com que ela
22:35receba esse dinheiro
22:36do imposto
22:37que ela pagou
22:38sobre alimentação
22:39pra gastar
22:39com outras coisas
22:40e não você
22:41dar um benefício
22:42tributário
22:43ao empresário
22:44porque quando você
22:45faz esse tipo
22:46de coisa
22:46você tá dando
22:47benefícios
22:47tributários
22:48ao empresariado
22:49que é o que o Lula
22:50gosta de chamar
22:51de rico
22:51então o empresariado
22:53tá ganhando
22:54e ele já tá
22:55apontando alguns
22:56setores
22:57como fizemos
22:58anteriormente
22:59lá no governo
23:00Dilma
23:00principalmente
23:00com os campeões
23:02nacionais
23:03pra tentar
23:04favorecer
23:05alguns
23:06e aí
23:07sempre
23:08entra
23:08nesse discurso
23:09que é
23:10pra favorecer
23:10o pobre
23:11quando na verdade
23:12tá favorecendo
23:12o empresário
23:13e não o pobre
23:14Muito obrigado
23:15Rodrigo Oliveira
23:16pela sua participação
23:17trazendo sempre
23:18uma análise leve
23:18didática
23:19e reverente
23:20e o Papa Antagonista
23:21vai ter muito
23:21a participação dele
23:22boa noite
23:23bom trabalho
23:23Boa noite
23:24Boa noite
23:26Boa noite
23:27Boa noite
23:28Boa noite
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