- anteontem
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na tarde desta terça-feira, 11, que vai devolver parte da medida provisória que limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins. O texto editado pelo presidente Lula (PT) foi elaborado como forma de compensar as perdas na arrecadação com reoneração gradual da folha de pagamento para alguns setores da economia.
A devolução por parte do presidente do Congresso representa uma derrota política para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que defendia a medida provisória como forma de compensar os efeitos das desonerações. Antes da decisão, Pacheco se reuniu com o presidente Lula para externar o descontentamento do Congresso com a medida.
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A devolução por parte do presidente do Congresso representa uma derrota política para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que defendia a medida provisória como forma de compensar os efeitos das desonerações. Antes da decisão, Pacheco se reuniu com o presidente Lula para externar o descontentamento do Congresso com a medida.
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NotíciasTranscrição
00:00Só para a gente lembrar, o presidente da República editou uma medida provisória
00:05alterando a metodologia de uso de créditos de PIS e COFINS.
00:09A medida não caiu nada bem, o empresariado chiou, setor produtivo chiou,
00:19Rodrigo Pacheco falou, olha, presidente, ou vocês me apresentam uma alternativa
00:25ou eu vou devolver essa medida provisória.
00:27E dito e feito, ontem, Rodrigo Pacheco simplesmente devolveu parte da medida provisória.
00:35Matheus, temos aí o momento em que o Rodrigo Pacheco fala justamente da devolução da medida provisória?
00:44Portanto, o que se observa em parte dessa medida provisória e na parte substancial dela
00:49que há uma inovação com alteração de regras tributárias
00:53que geram um enorme impacto ao setor produtivo nacional
00:57sem que haja a observância dessa regra constitucional da noventena
01:03na aplicação, sobretudo, dessas compensações do PIS e do COFINS.
01:10Dessa forma, com base nessa observância muito básica,
01:17é muito óbvia até por parte do Congresso Nacional
01:20e com absoluto respeito à prerrogativa do Poder Executivo,
01:25de sua excelência o presidente da República, na edição de medidas provisórias,
01:30o que se observa em relação a essa medida provisória,
01:33no que toca a parte das compensações de PIS e COFINS,
01:37de ressarcimento de regras relativas a isso,
01:40é o descumprimento dessa regra do artigo 195, parágrafo 6º da Constituição Federal,
01:48o que impõe a esta presidência do Congresso Nacional
01:52impugnar esta matéria com a devolução desses dispositivos à presidência da República.
01:59Escutem aí o ministro da Economia, Fernando Haddad,
02:06falando sobre a decisão do Rodrigo Pacheco de devolver a medida provisória.
02:12O Senado assumiu uma parte da responsabilidade por tentar construir uma solução,
02:19pelo que eu entendi da fala do próprio presidente Rodrigo Pacheco.
02:24Mas nós vamos colocar toda a equipe da Receita Federal
02:27à disposição do Senado para a gente tentar construir uma alternativa,
02:32uma vez que tem um prazo exíguo e que precisa encontrar uma solução.
02:37A FAD ainda não tem uma proposta, então o plano B...
02:40Não, não temos.
02:43Não tem plano B, Rodrigo Oliveira.
02:47Na verdade, não era nem para ter plano A,
02:49porque é aquilo que eu venho falando aqui nesse espaço.
02:52Se o governo Lula tivesse um pouquinho de sensibilidade,
02:57ele iria perceber que editar uma medida provisória dessa,
03:02que mexe com o setor produtivo,
03:05que mexe com o planejamento tributário das empresas,
03:08ia dar problema.
03:10Não precisa ser gênio, não precisa ser o gênio da lâmpada,
03:13não precisa ser o cara mais inteligente da terra.
03:16Era óbvio que ia dar ruim.
03:19E deu ruim, não é, Rodrigo Oliveira?
03:21Deu ruim. Boa tarde, Wilson.
03:23Boa tarde, pessoal do chat.
03:26Boa tarde para o Márcio Amaral,
03:27que está dizendo que está assistindo a gente direto da Sala VIP
03:30do aeroporto de Brasília.
03:31Você conhece a Sala VIP lá, Wilson?
03:33Meu amigo, eu não tenho cartão de crédito para isso.
03:36Meu cartão de crédito ainda é aquele...
03:38Meu cartão de crédito é daquela empresa roxinha
03:42que faz propaganda no Jornal Nacional.
03:44Entendeu?
03:45Vamos.
03:46Por favor, né?
03:47Ô, Empresa Roxinha, se você quiser,
03:49vamos patrocinar o Rodrigo Oliveira?
03:51Acho que seria bom aqui um bloco econômico by Roxinho.
03:55Olha aí, olha a dica, olha a dica.
03:57Não, não tenho essas facilidades.
03:59Eu não tenho essas facilidades e nem sou parlamentar
04:02para ter acesso à Sala VIP.
04:05O Haddad errou, ele já sabe que errou,
04:08ele já reconhece que errou.
04:10Ele ainda está inventando desculpas, né?
04:13Para, ah, não, é porque eu não estava em Brasília
04:19quando apresentaram a MP,
04:21senão eu tinha corrigido, ia fazer todo mundo entender.
04:24A verdade é que a MP criou, talvez,
04:26a primeira crise real do governo Lula
04:30com o empresariado brasileiro.
04:33Nenhum episódio anterior até agora
04:36tinha colocado tanta gente do setor produtivo
04:41contra o governo Lula, né?
04:43O presidente da CNI interrompeu a viagem com o Alckmin.
04:47O presidente da CNA,
04:49Confederação Nacional da Agricultura,
04:51foi à Brasília,
04:53mas não quis ir encontrar o presidente Lula
04:57se posicionando fortemente,
04:59contrário ao governo.
05:01O Congresso Nacional,
05:03as frentes parlamentares se uniram
05:05contra essa medida.
05:06Então, tudo que podia dar errado
05:08com essa história do Pisco Fins,
05:11deu.
05:12O Lula criou uma situação ali
05:15para o Pacheco devolver,
05:16para não ficar muito mal.
05:17Afinal de contas,
05:18o Haddad fica cada vez mais enfraquecido
05:21com essa história.
05:23Não se espantem se nos próximos dias
05:27o Lula pegar o Haddad pela mão
05:29e falar,
05:29não, aqui o meu companheiro Haddad,
05:31estamos juntos,
05:33vamos fazer as contas fecharem e tudo mais.
05:38Não é exatamente verdade,
05:40mas deve acalmar um pouquinho
05:41o mercado financeiro
05:45e o setor produtivo como um todo.
05:47Todos os agentes econômicos
05:49ficaram extremamente incomodados
05:51com essa ideia
05:52que ela tinha duas funções.
05:55Vamos lá,
05:55ela compensava
05:56a desoneração neste ano,
05:59mas lembrem-se,
06:00a partir do ano que vem
06:02a desoneração começa a ser reonerada
06:05e essa medida continuaria valendo.
06:08Então, essa medida
06:09ajudaria o governo
06:11a colocar um pouquinho mais de dinheiro
06:15nas receitas,
06:17na arrecadação
06:17para poder tentar fazer
06:19o tal do déficit zero
06:21para o ano que vem.
06:22Muito bem,
06:23não passou,
06:24não vai passar
06:25e nem tão cedo
06:26vai se conseguir.
06:27Vocês vão lembrar
06:28que o Rubens Ometo
06:29é grande empresário
06:31e bilionário brasileiro
06:32chegou a dar uma declaração
06:35durante um evento
06:36na sexta-feira
06:37falando que
06:38está óbvio
06:39que chegamos ao limite
06:41do que pode ser arrecadado,
06:44do tanto de imposto
06:45que a gente consegue pagar.
06:46O André Esteves,
06:48dono do BTG,
06:49CEO do BTG,
06:51pactual,
06:53amigo de longa data,
06:54de primeira hora
06:55do governo Lula,
06:55também chegou a dizer
06:58que, olha,
07:00parece que chegamos
07:01num limite aqui
07:03de tributação.
07:05Agora é hora de olhar
07:06para as despesas.
07:08E aí,
07:10você tem toda a crise
07:11formada.
07:12A ala mais ideológica,
07:13mais política
07:14do PT,
07:15aí vou personalizar
07:16na Glaze Hoffman,
07:19que não quer
07:22esse ajuste
07:24pela forma
07:25como o Haddad
07:26tem,
07:27como é que se diz,
07:29tem dado dicas,
07:31ele tem
07:31colocado aí
07:33de vez em quando
07:33que, olha,
07:34a gente tem que travar
07:35as despesas
07:37com previdência social
07:38e as despesas
07:39mínimas obrigatórias
07:40com educação
07:41e saúde.
07:42E isso é muito difícil
07:43de você fazer.
07:44é uma bandeira
07:45histórica
07:47do PT,
07:48inclusive,
07:49e vai ficar
07:49muito complicado
07:50do Lula
07:51topar isso.
07:52Qual é o problema
07:53com isso?
07:54Esses gastos
07:55são obrigatórios,
07:57mas eles são indexados
07:58ao ganho
07:58de arrecadação.
07:59Então,
07:59quanto mais você arrecada,
08:01mais você tem que pagar.
08:03E aí,
08:03você comprime
08:04todas as despesas
08:06discricionárias.
08:07O que isso quer dizer?
08:08Que o tal do PAC
08:09pode afundar
08:11antes mesmo
08:12de começar a boiar.
08:13e o Haddad
08:15até conversou
08:16sobre isso
08:17naquela história
08:18da sexta-feira,
08:19uma reunião
08:20fechada
08:21com o CEO
08:22do Santander,
08:23economistas
08:24de outras corretoras
08:25e etc.
08:27Pegou mal
08:28pracas,
08:29mostrou
08:29que o Haddad
08:30não consegue
08:31ser o fiador
08:32do governo Lula
08:33porque ele não
08:34está conseguindo
08:36convencer
08:37o presidente
08:37de que
08:38alguns
08:39são necessários.
08:41O mercado reagiu
08:41mal na segunda,
08:42reagiu mal
08:42hoje também.
08:44Dois tweets.
08:45Depois,
08:46quando a gente fizer
08:46o giro dos mercados,
08:47eu mostro como é que está.
08:48Mas dois tweets
08:49importantes.
08:50Um da Glaze Hoffman
08:52recomendando,
08:53quem diria?
08:54Uma leitura.
08:56Um artigo
08:57de um rapaz
08:58do UOL
08:59e,
09:00bom,
09:00vocês leiam lá
09:01se vocês quiserem,
09:03mas defende
09:05que você
09:05não devia
09:06limitar
09:07gastos com previdência,
09:09etc.
09:09e tal,
09:09e aí conversa
09:10aquela conversa
09:11toda de super rico.
09:12Ele mesmo,
09:12no meio do texto,
09:13fala,
09:13não serve para nada
09:14taxar super rico,
09:15mas, poxa vida,
09:17que sacanagem
09:17é a palavra
09:18que ele usa,
09:19que sacanagem
09:20não taxar
09:21o super rico,
09:22seja lá o que for
09:23que isso significa.
09:25E o outro tweet
09:26é o Lula
09:27naquela tentativa
09:29de dar uma forcinha
09:31para o Haddad.
09:32A gente até separou aí,
09:33eu pedi para o Matheus
09:33separar,
09:34olha lá,
09:35o Lula falando,
09:36estamos arrumando a casa
09:36e colocando as contas públicas
09:38em ordem
09:38para segurar
09:39o equilíbrio fiscal.
09:41O aumento,
09:42essa é a frase,
09:43o aumento da arrecadação
09:45e a queda
09:46da taxa de juros
09:47permitirão
09:48a redução,
09:49quer dizer,
09:50não viu nada,
09:51presidente?
09:5318 meses,
09:54o senhor não enxergou nada,
09:56continua falando
09:57a mesma coisa,
09:59o juro já não vai cair mais,
10:01a arrecadação
10:02chegou no limite.
10:03Não é possível.
10:08Que mundo é esse?
10:09Que Brasil é esse
10:11que o presidente Lula está?
10:13Estou começando a achar
10:14que ele está andando
10:15com o Biden por aí,
10:18que também está
10:19cheio de vitalidade.
10:21Tem alguma coisa errada
10:22nesse raciocínio.
10:24Eu juro,
10:24eu espero,
10:26sinceramente,
10:27que seja só
10:28um problema
10:29de comunicação,
10:30como o governo está falando.
10:31Então, quem cuida ali,
10:32porque vocês sabem
10:32que o Lula
10:33não escreve tweet, né?
10:35Então, quem cuida ali
10:36da conta do X
10:38do Lula
10:39ficou
10:39meio maluquete
10:41e colocou essa frase aí.
10:42O que aconteceu, amigo?
10:44Está tudo
10:45indo para o beleléu.
10:46O dólar já passou
10:47de 5,40.
10:48E é só o começo.
10:51É,
10:51deixa eu aproveitar
10:52já para trazer
10:53para a conversa aqui
10:54o deputado federal
10:55Alceu Moreira,
10:56do MDB
10:56do Rio Grande do Sul,
10:57que é presidente
10:58da Fundação
10:59Ulisses Guimarães,
10:59braço de formação
11:00política do MDB,
11:01integrante
11:02da Frente Parlamentar
11:03do Agro,
11:04empresário
11:05e uma das vozes
11:09mais atuantes
11:09do Congresso Nacional.
11:11Eu sei, deputado,
11:12que a entrevista
11:12estava marcada
11:13para a gente falar
11:13sobre outro assunto,
11:14que eu já vou aproveitar,
11:15vou puxar aí em seguida,
11:16mas eu queria realmente
11:18lhe ouvir
11:18sobre a devolução
11:20da medida provisória
11:21do...
11:22ontem,
11:23pelo presidente
11:23do Senado,
11:23Rodrigo Pacheco,
11:24porque eu sei
11:24que o senhor
11:25foi um dos deputados
11:26que trabalhou muito
11:27pela devolução
11:27dessa MP,
11:28porque o setor empresarial
11:31de fato
11:32reclamou muito
11:34dessa medida
11:35porque afeta
11:35diretamente
11:36nos cofres
11:36das empresas.
11:38Deputado,
11:38seja bem-vindo
11:39ao Meio de Brasília,
11:40obrigado pela participação
11:41mais uma vez.
11:43Foi mais uma derrota
11:44do governo?
11:44O governo não enxergou
11:45que uma medida
11:46como essa
11:47tinha todo o universo,
11:51tinha toda a possibilidade
11:52de ela ser devolvida,
11:53de o governo
11:53ser derrotado
11:54em mais essa
11:54iniciativa?
11:56essa iniciativa?
11:57Boa tarde, deputado.
11:59Boa tarde, Wilson.
12:00Boa tarde
12:01aos teus queridos
12:01participantes do programa.
12:04Olha,
12:05na minha visão,
12:07parece uma coisa
12:08meio barbeiragem,
12:09meio infantil,
12:11porque fazer uma proposta
12:13dessa
12:14que é capaz
12:15de fazer
12:15unir todo mundo
12:17contrário a ela,
12:18grande parte
12:19dos apoiadores
12:20do próprio presidente
12:21contrário a isso,
12:22e depois fazer
12:23uma argumentação
12:24absolutamente
12:25sem fundamento.
12:27Dizer que
12:28PIS e COFIS,
12:29quando compra
12:30de produto
12:31desonerado,
12:32ele acaba
12:33tendo um privilégio,
12:34como privilégio,
12:36meu irmão?
12:37No produto
12:37que nós compramos,
12:38no saco de adubo,
12:39no saco de soja,
12:40no saco de milho,
12:42naquilo que nós compramos,
12:43tem o tributo
12:44da luz,
12:45do combustível,
12:46do trator,
12:47da peça,
12:49de tudo
12:49que nós compras,
12:50nós pagamos.
12:51No Brasil,
12:52não tem sistema IVA,
12:54é tudo
12:54por dentro
12:55o imposto.
12:57Então,
12:57quando se faz
12:58um lucro,
12:59quando se faz
13:00um tributo presumido,
13:02presume-se que
13:02naquele produto,
13:04quando eu compro,
13:05já compro embarcado
13:06nele o volume X.
13:08Bom,
13:09o meu negócio
13:10inteiro,
13:11a construção
13:12do meu negócio
13:13é feito
13:14contando
13:15com esse,
13:16com esse,
13:16com esse modelo.
13:18No meio da história,
13:19com contratos
13:20de exportação
13:21já feito,
13:22gente comprando
13:23e vendendo
13:23em todos os lugares,
13:25um cidadão
13:25brilhante
13:26da fazenda
13:26resolve
13:27que ele vai
13:28fazer uma interferência
13:29e vai tomar
13:304,
13:315% desse negócio
13:32se essa margem
13:33tivesse disponível,
13:34é um lucro
13:35malavido,
13:36as pessoas
13:36não podiam contar.
13:37Não,
13:38no arranjo
13:39negocial
13:39de todos
13:40os executores
13:41estava isso.
13:42Então,
13:43a trade
13:44não consegue
13:44mais financiar,
13:45por quê?
13:46Porque se ela
13:46tiver que aceitar
13:47essa proposta,
13:48no dia seguinte
13:49ela vai ter que pegar
13:49empréstimo,
13:50ou sacar dinheiro
13:51do caixa livre
13:51para pagar imposto
13:53e aquele tributo
13:54do PIS
13:55fica um imposto
13:56podre,
13:57fica lá
13:57amontoado
13:58e ela nunca
13:58vai poder usar.
13:59Quer dizer,
13:59é algo
14:00absolutamente
14:02descabido,
14:03não se quer
14:04observa a noventena,
14:06mas precisa,
14:07na verdade,
14:08a anualidade,
14:09o que nós estamos
14:09fazendo aí
14:10é uma mudança
14:11no modelo tributário,
14:13nós estamos
14:13assaltando
14:14bolso das pessoas
14:15sem prévio aviso.
14:17Com certeza
14:18tinha que ser devolvido,
14:19foi a medida
14:20mais correta
14:22a ser tomada,
14:23mas o rombo
14:25que cai,
14:25que isso causa
14:26na confiança
14:28do governo
14:29para o setor
14:30empresarial
14:30é gigantesco.
14:32Todas as pessoas
14:32vão ficar pensando
14:33o seguinte,
14:34até quando vai acontecer
14:35a próxima?
14:36Então,
14:37isso é muito ruim
14:38para o país,
14:39muito ruim.
14:41Tenho a impressão
14:41que o cérebro
14:42da casa viviu
14:43lá em cima
14:44no governo
14:44não está funcionando
14:45adequadamente
14:46para fazer a avaliação
14:47correta
14:48antes de assinar
14:49a publicação
14:49de algo
14:50tão estapafúrdio.
14:52Agora,
14:52deputado,
14:53me surpreende,
14:54e aí eu não sei
14:55se a minha avaliação
14:56é a massa correta,
14:57e aí eu queria
14:57sempre a sua correção,
15:00mas o que me chamou
15:01a atenção nesse caso
15:02é que o Haddad
15:04medita uma medida provisória
15:06justamente no momento
15:07que o governo
15:08fala de rearranjo político
15:10para você tentar
15:11arrumar a casa
15:11e no momento
15:12em que o próprio governo
15:13fala o seguinte,
15:14olha,
15:14eu não vou entrar
15:15na pauta de costumes
15:16porque eu vou ser derrotado,
15:18eu vou focar apenas
15:18na pauta econômica.
15:20Me parece,
15:21e essa foi a sinalização,
15:23esse foi o sinal
15:23que o governo deu
15:24ao editar
15:25essa medida provisória,
15:26que nem na pauta econômica
15:28o governo parece
15:28que quer acertar,
15:30porque não é possível.
15:32É que na verdade
15:33é o seguinte,
15:36Wilson,
15:36eu não sei o nome
15:38do teu entrevistado anterior,
15:40se ele pudesse
15:41lhe dar o nome
15:41só para mim.
15:42Não,
15:42é o nosso análise de economia,
15:44o nosso Rodrigo Oliveira,
15:45que inclusive ele vai...
15:45O Rodrigo estava falando
15:47sobre isso.
15:47Se ele quisesse...
15:48Rodrigo,
15:49inclusive assim,
15:50se você quiser
15:51interpelar o nosso deputado
15:53para fazer alguma pergunta,
15:54fique à vontade,
15:54tá amigo?
15:55O Rodrigo,
15:56na verdade,
15:57estava fazendo uma análise
15:58e estava dizendo o seguinte,
15:59nós chegamos do teto,
16:02daí para frente,
16:03se tu inventar
16:03de fazer maior tributação,
16:05a base foge de baixo,
16:06ela não consegue suportar.
16:08Nós já temos erros gigantescos
16:11de achar que tributando
16:13alguns produtos seletivos,
16:15como bebida, cigarro,
16:17nós vamos arrecadar mais.
16:19Não,
16:19acabamos arrecadando
16:21muito menos.
16:22Quando tu bota
16:2280% em cima do cigarro,
16:24o cigarro de contrabando,
16:26a pessoa fica rica,
16:26ela faz uma fábrica
16:27embaixo do solo brasileiro,
16:29produz com as máquinas
16:30três meses
16:31uma marca de cigarro
16:32e está rico.
16:33então o desvio,
16:35o descaminho,
16:36faz com que o produto,
16:38uma base tributária
16:39muito pesada sobre ele,
16:41ele foge.
16:42Isso está acontecendo
16:43com as bebidas,
16:44tu encontra bebida
16:46contrabandeada
16:46em todos os lugares,
16:48é um erro.
16:49Mas mais do que isso,
16:50tem o devedor contumaz.
16:53Com a história do PCC,
16:54com esse mundo de postos,
16:55de gasolina,
16:56para tudo que é lado,
16:57a mistura do biodiesel,
16:59por exemplo,
17:00não é feita.
17:01Ah, bom, mas daí
17:03a agência que tinha que fazer isso,
17:05a agência não tem recurso,
17:06porque o governo
17:07não repassa recurso para a agência,
17:08ela não tem fiscal.
17:10Quando ela encontra,
17:11pura e simplesmente,
17:12o cara troca de CPF,
17:13ele é devedor contumaz.
17:15Mas, meu Deus,
17:15a Polícia Federal
17:17anda aí agora
17:18prendendo gente
17:19porque achou
17:21que apenas a galinha
17:22não tinha a cor correta.
17:24Por que não vai atrás
17:25do devedor contumaz?
17:27Aí, certamente,
17:28nós temos bem mais
17:28de 100 bilhões de reais.
17:30observem comigo,
17:32nós temos a forma
17:33de botar um QR Code
17:34num produto,
17:35na plateleira do supermercado,
17:36e qualquer consumidor
17:38pode, com a tela do celular,
17:39ler sua rastreabilidade.
17:41As plateleiras do supermercado
17:42estão em ramadas
17:43de produtos falsificados,
17:45que não tem rastreabilidade,
17:48e ninguém quer trabalhar com isso.
17:50Mas dá troco de quê?
17:52Então,
17:52o governo tem vizinhança
17:53com o desmando,
17:55tem vizinhança
17:55e parceria
17:57com o PCC,
18:00tem vizinhança
18:00e parceria
18:01que ninguém faz
18:01produto falsificado.
18:03Por que com tecnologia
18:04disponível
18:05a gente não faz
18:06como a marca
18:06do governo
18:07obrigar
18:07que tenha
18:08possibilidade
18:09do consumidor
18:10rastrear
18:11qualquer produto?
18:13Por que
18:13que não bota
18:14rastreabilidade,
18:15inclusive,
18:15nessa lei
18:16que estão aprovando agora
18:16do biocombustível
18:17e do combustível do futuro?
18:19Nós, daqui do parlamento,
18:20foi eu,
18:20no projeto de lei,
18:21coloquei
18:21rastreabilidade.
18:23Quando o caminhão
18:24der problema
18:24em qualquer lugar,
18:25para,
18:26vê de onde foi
18:27o último abastecimento
18:27e vê por que parou.
18:29O consumidor brasileiro
18:31tem direito
18:31à integridade,
18:33mas essa integridade
18:34geraria para o governo,
18:35junto com o devedor
18:36quanto mais,
18:37a possibilidade
18:37de aumentar a arrecadação
18:38em 300 bilhões de reais.
18:40E eles não falam nisso
18:41e vão lá
18:42no ponto certo,
18:44interferir no setor produtivo,
18:46que quem toca
18:46essa máquina,
18:47setor produtivo,
18:48ele não paga imposto,
18:50ele arrecada
18:50e transfere.
18:51Se nós quebrar
18:53o setor produtivo,
18:54quebramos a galinha
18:55dos ovos de ouro.
18:56Eu não entendo
18:57a razão do governo,
18:58quer dizer,
18:58não existe como fazer
19:00num governo,
19:01num país capitalista
19:02como o nosso,
19:03um viés socialista.
19:04Essa coisa híbrida
19:05não funciona.
19:07Querer comprar arroz
19:08e botar marca
19:09no governo
19:09para botar na prateleira
19:10é modelo cubano,
19:12modelo de Venezuela.
19:13Isso não funciona,
19:14isso é gambiarra.
19:16Isso, na verdade,
19:17é trampa.
19:18A gente tem que acabar
19:19com isso.
19:19O governo,
19:20se ele quiser realmente
19:21conquistar o Congresso,
19:22ele vai ter que fazer
19:23uma volta
19:24e ter capacidade
19:26para ter credibilidade.
19:28Assaltando o bolso alheio
19:30para fazer aumento
19:31da receita,
19:32tributo da receita,
19:33para ir fazer controle fiscal,
19:34não vai conseguir.
19:35Nós estamos aqui prontos
19:36para fazer a reforma administrativa.
19:38Mande para nós.
19:40O Estado que nós temos
19:41é do mesmo tamanho
19:42de quanto nós tínhamos
19:43a máquina de datilografia.
19:45Aquele barulho
19:45ser o descedor
19:47do dedo das pessoas.
19:48Pois é,
19:49naquela sala
19:49não tem mais nenhuma máquina,
19:51nada.
19:52Tem um computador
19:52que resolve tudo
19:53que eles fazem
19:54em 20 dias
19:54em fração de segundo,
19:56mas a sala continua
19:57com luz acesa
19:59e completamente
20:00cheia de gente.
20:02Esse é um Estado
20:02que não tem que ser
20:03mínimo nem máximo,
20:04tem que ser o necessário.
20:06E o Estado necessário
20:07tem que se instalar,
20:08porque a tecnologia
20:09substituiu o fazer
20:10de muitas pessoas
20:11com grande eficiência.
20:12Então tem que reduzir
20:13o tamanho do Estado,
20:14mas não é por questão
20:15ideológica,
20:16é por questão tecnológica.
20:18Então tem que ser feito isso,
20:20tem que reformar a Previdência,
20:21tem que reformar,
20:22meu irmão.
20:23Quando se tem que fazer cirurgia,
20:24a gente sabe que é dolorosa
20:25para salvar a vida
20:27se sofre a dor da cirurgia.
20:29O governo que não tem
20:29coragem de fazer isso
20:30não vai conseguir
20:32fazer equilíbrio fiscal
20:33fazendo um arcabouço fiscal
20:35que é manco,
20:35que é capenga,
20:36sem condição de cumprir
20:38o que foi proposto.
20:40O senhor trocou,
20:42o senhor só vai fazer
20:42uma perguntinha rápida, Wilson.
20:44O senhor tocou
20:45num ponto aí
20:46que é um ponto
20:47que deve trazer
20:48bastante discussão
20:49agora nas próximas semanas
20:51e meses,
20:52que é as despesas
20:54previdenciárias,
20:56o mínimo obrigatório
20:57com saúde, educação.
20:59O Haddad tem dito
21:00que está preparando
21:01alternativas para o Lula
21:02dizer se valem ou não
21:05para ele apresentar
21:06para o Congresso
21:07que desvinculariam
21:09a Previdência Social,
21:10por exemplo,
21:11do salário mínimo,
21:13das correções
21:14do salário mínimo
21:15e a saúde e educação
21:17da receita líquida
21:18do governo.
21:21O senhor é a favor
21:21dessa medida?
21:22Eu sei que estou colocando
21:23o senhor numa saia justa
21:24aqui por enquanto,
21:25mas o senhor é a favor
21:26de uma mudança
21:27nesse tipo de cobrança,
21:29de gasto?
21:30Nós já votamos
21:32a reforma da Previdência
21:33anterior.
21:34Aliás, uma coisa
21:35bastante estranha,
21:36meu querido Rodrigo Oliveira,
21:38nós fomos votar
21:39a reforma da Previdência
21:40do governo Temer
21:41e quase perdemos
21:42o mandato,
21:43nós atacamos
21:44em todos os lugares
21:44que nós tivéssemos
21:45feito alguma coisa
21:47que fosse um assalto
21:49à redução
21:50de direitos
21:50da população.
21:51A mesma reforma
21:53da Previdência
21:53veio no governo Bolsonaro
21:55e aí quem era contra
21:56ficou a favor.
21:56as pessoas têm que perceber
21:59o seguinte,
22:00eu tenho 70 anos,
22:02uma pessoa com 55,
22:0460 anos,
22:0540 anos atrás
22:06era uma pessoa velha.
22:07Hoje uma pessoa
22:08com 70 anos
22:09tem a saúde
22:09que eu tenho hoje
22:10e tenho meus colegas
22:11todos aqui na Câmara.
22:12Nós estamos vivendo mais,
22:14pessoal,
22:14não dá para mistificar isso.
22:17Não adianta ficar
22:18querendo cobrir o sol
22:19com a Previdência.
22:19Nós vivemos muito mais,
22:21nós somos ativos
22:22muito mais tempo.
22:24Logo,
22:24a Previdência
22:25pela contribuição
22:26que poucos contribuem
22:28para muitos receberem,
22:29ela tem que ter equilíbrio
22:31e para isso
22:32a gente não tem
22:32que ter medo de fazer
22:33se é a cirurgia
22:34que tem que ser feita.
22:35Se mandar para cá
22:36qualquer coisa
22:37que seja absolutamente justa,
22:39mesmo que seja impopular,
22:40nós estamos disponíveis
22:41para votar.
22:42Não tenha dúvida disso,
22:43mas isso tem que vir
22:44do governo federal.
22:46Esse equilíbrio
22:46tem que vir de lá
22:47porque os cálculos
22:48acompanham isso, né?
22:49Os cálculos previdenciários
22:50acompanham isso
22:51com números
22:52que são irrefutáveis.
22:54Nós podemos fazer
22:55os números irrefutáveis
22:56para dizer o seguinte,
22:56qual é a média de vida
22:57das pessoas,
22:58quantos contribuem,
22:59com que valor contribuem,
23:01se não esse déficit
23:02se acumula
23:02de tal maneira
23:03que quando chegar
23:04o momento
23:04nós vamos estar
23:05com o país
23:05de insolvência.
23:07A receita é uma só.
23:09O Poder Judiciário
23:10gasta de maneira
23:11nababesca,
23:12não se ninguém
23:12controla nada.
23:14Todo mundo acerta
23:15que tem direito
23:16para receber
23:16600 mil,
23:17500 mil,
23:18800 mil.
23:19O cara viaja para cá,
23:20volta à primeira classe,
23:21não tem controle.
23:22Mas a Barrosa
23:23é a mesma,
23:24meu,
23:24para tirar leite.
23:25Se nós não tiver
23:26controle sobre isso,
23:27se cada um pode fazer
23:29o que deseja,
23:30porque na verdade
23:31tem do outro lado
23:32alguém que lhe deve
23:33favor,
23:34a República não anda.
23:35Então,
23:36tem que ter clareza
23:37com relação a isso
23:37e em algum momento
23:38nós vamos ter que sentar
23:39para fazer esse conserto.
23:53e aí
23:58E aí
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