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Transcrição
00:00O fato é que esse tema, no caso, o Mariel Franco, ele inclusive é a capa da revista Cruzoé.
00:05E aí deixa eu trazer aqui o nosso Guilherme Mendes, que é um grande repórter da revista Cruzoé,
00:10pra gente falar sobre esse e sobre outros assuntos que recheiam a revista dessa semana.
00:14Gui, seja muito bem-vindo ao Meio Dia em Brasília nessa Sexta-feira Santa.
00:17E aí, já preparou aí o teu cardápio da Sexta-feira Santa, Guilherme?
00:22Meu bacalhau já tá no forno.
00:25Luilson, boa tarde a todos, boa tarde a você que acompanha o Meio Dia em Brasília.
00:32Agora, a capa da cruzada dessa semana, Guilherme, a gente aborda matéria,
00:37desde que você fale também do nosso Carlos Greve,
00:39fala sobre as consequências, sobre as repercussões do caso Mariel Franco.
00:45E se faz um questionamento específico.
00:49Essa história seria uma oportunidade do poder público finalmente se debruçar
00:54sobre um dilema no Rio de Janeiro, que é a que tem uma relação direta com as milícias.
00:59É bom lembrar que o Domingos Brazão e o Chiquinho Brazão,
01:03ele já vem sendo apontados como integrantes de grupos milicianos há muito tempo.
01:08O próprio relator da CP das milícias, do Marcelo Precho, já apontava isso há algum tempo.
01:15Na tua opinião, Guilherme, você acredita que essa pode ser, de fato,
01:17uma oportunidade de o poder público finalmente se debruçar sobre esse tema?
01:21Ou a gente ainda vai ter que esperar muito para que, de fato, se coloque o dedo na ferida
01:26em uma questão tão sensível que é lá no Rio de Janeiro,
01:30que é essa questão desse envolvimento, dessa situação entrelaçada entre política e a agenda criminal?
01:38É, Wilson, a matéria de vocês agora aqui na capa da Cruzoair aponta que, de fato, é uma chance de ouro.
01:48De fato, o poder público tem aí, principalmente, com a entrada da adelação premiada do Rony Lessa,
01:58que é considerado o assassino da Marielle Franco,
02:02que, inclusive, forneceu a adelação que levou o Domingos e o Chiquinho Brasão,
02:08o Domingos, deputado federal Chiquinho Brasão,
02:11no Tribunal de Contas do Estado, do Rio de Janeiro,
02:18levou os dois para a cadeia.
02:19E essa adelação do Rony Lessa é uma espécie de ponta de um novelo
02:25que, pela primeira vez, o Ministério Público, obviamente, a sociedade tem a possibilidade
02:32de puxar e saber por onde anda essa relação entre crime organizado, milícias e o poder público.
02:41Já há algum tempo se discute se o crime é o Estado no Rio de Janeiro,
02:47dado a maneira como as milícias, o próprio tráfico está dentro,
02:52está relacionado com o poder público.
02:54Então, assim, essa adelação do Rony Lessa,
02:57ela é, assim, a ponta de um novelo que aparenta ser muito, muito grosso.
03:04Tem que acompanhar esse processo como um todo.
03:07Agora, falando de coisas mais leves, né, Guilherme?
03:10Enfim, hoje é sexta-feira e você traz uma entrevista deliciosíssima nessa edição,
03:17falando sobre a família real britânica.
03:20Momento The Crown, na edição da Cruzoé.
03:23Explica isso pra gente.
03:25No nosso momento Fatos Diversos da semana,
03:29eu entrevistei o professor Renato de Almeida Vieira e Silva,
03:33que, pra quem não conhece, é o melhor e um dos poucos especialistas
03:39em família real britânica no Brasil.
03:43Ele é doutor na área e explica um pouco pra gente
03:46não só a história da crise de imagem mais recente da família real,
03:53envolvendo aí aquela imagem adulterada da princesa Kate Middleton,
03:57que apareceu algumas semanas atrás,
03:59como também um pouco sobre o anúncio dela
04:03de que, na verdade, ela estava com câncer,
04:05por isso que ela não estava aparecendo muito publicamente.
04:10A tese que o professor defende pra gente nessa entrevista
04:14é uma tese muito interessante,
04:16que é a monarquia britânica, a casa de Winsor,
04:20que são, enfim, o Charles, o Harry, a Meghan,
04:24enfim, todas as figuras reais, elas são muito importantes
04:29pro Reino Unido, por mais que o Reino Unido não goste muito
04:33ou, às vezes, não queira ter uma família real.
04:36Isso porque ajuda o Reino Unido a manter o chamado soft power
04:41em relação ao mundo todo, que é aquele poder de influência.
04:45A gente não deixa de discutir a família real,
04:48mesmo a gente não tem o rei ou rainha no Brasil,
04:50e, enfim, a gente gosta de discutir,
04:53e isso mantém o Reino Unido na pauta no mundo todo.
04:56Então, assim, é uma entrevista muito interessante,
04:58o professor traz dados, assim,
05:00interessantíssimos pra gente fazer essa discussão.
05:04O Gui, dá pra gente citar algum dado específico
05:07sobre essa entrevista, só pra gente dar aquela
05:09pincelada boa pro nosso espectador?
05:12Claro, claro.
05:13É, assim, é importante a gente dizer
05:16que a tese dele é o seguinte,
05:18o Império Britânico já foi o maior império do planeta
05:23no século XIX, quando esse império estava expandido
05:27pro mundo todo.
05:28Ele ocupava quase um terço do que se entende
05:31como mundo conhecido.
05:32Então, assim, tinha aquele ditado
05:34que nunca anoitece,
05:36sempre meio-dia em algum lugar do Império Britânico,
05:39que era, de certo ponto, quase verdade.
05:43E, com o passar do tempo,
05:44esse império foi diminuindo, diminuindo,
05:46e hoje só existe, em tese, o que é o Reino Unido, né?
05:50Inglaterra, Escócia,
05:52a Irlanda do Norte, o País de Gales.
05:54Porém, a rede de influência
05:57da família real britânica, ela ainda existe.
06:01E hoje, por exemplo, o Charles,
06:03ele é, aqui vocês estão ouvindo algumas buzinas aqui,
06:07de morar no centro de São Paulo, mas, enfim.
06:10O Charles...
06:10Guilherme, Guilherme, acontece.
06:14Fique super tranquilo.
06:15Quando você, quando a gente trabalha em casa,
06:19em regime de home office,
06:20esse tipo de coisa acontece.
06:22Olha, poderia ser pior.
06:24O problema não é nem a buzina do trânsito de São Paulo,
06:27que é absolutamente normal.
06:28O meu medo é aparecer aí um ser,
06:31enfim, estranho na sua porta,
06:33mas sei que isso não vai acontecer.
06:34Enfim, vamos que vamos.
06:35Não, tô trancada, trancada às sete chaves.
06:39Mas, assim, é importante a gente,
06:41voltando ao assunto, é importante lembrar
06:43que o Charles, ele não só é o rei da Inglaterra,
06:45como ele ainda é o chefe de Estado
06:47de 16 outras nações ao redor do mundo,
06:51da chamada comunidade das nações.
06:53Por exemplo, o Canadá, hoje, ele é uma democracia,
06:57o primeiro-ministro é o Justin Trudeau,
06:59mas toda lei, por exemplo, que passa no Canadá,
07:02ela tem de ser apresentada ao chefe de Estado.
07:04E o chefe de Estado do Canadá
07:06ainda é a monarquia inglesa.
07:10Então, as leis ainda são apresentadas
07:12ao rei Charles III e, em tese, ele tem poder de veto,
07:16que é uma coisa que ele não faz.
07:18Mas ele ainda é chefe de Estado de 16 Estados
07:22e esse poder de influência, digamos, suave,
07:27ele existe de diversas maneiras.
07:29Os casamentos reais, eles ainda são
07:31alguns dos eventos não esportivos,
07:34os mais assistidos do mundo,
07:35o enterro da rainha Elizabeth,
07:37o enterro da princesa Diana, em 97,
07:40foram todos grandes exemplos de audiências colossais
07:43no mundo todo.
07:45E outros exemplos, por exemplo,
07:47ele cita que a rainha Vitória,
07:49que comandou a Inglaterra no início do século XX
07:52ou no final do século XIX,
07:53ela foi a primeira pessoa a popularizar se casar de branco,
07:58porque não era acostumada a casar de branco.
08:01E ela resolveu usar um vestido branco no casamento dela,
08:03que pegou tanto na moda que, hoje em dia,
08:05a gente não consegue imaginar noivas que não casam de branco.
08:09Então, assim, é esse o tipo de influência,
08:12de malemolência, digamos assim,
08:15que a família real britânica ainda exerce no nosso dia a dia.
08:22E algo muito, muito além das temporadas de The Crown
08:25que a gente assiste na Netflix.
08:45E a gente assiste na Netflix.

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