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00:00E nessa edição do Meio Dia em Brasília, eu estou aqui com o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro.
00:05Presidente, seja muito bem-vindo. Uma boa tarde para ti.
00:08E vamos falar um pouquinho sobre política, né?
00:11Afinal de contas, o Novo tem um projeto amplo para 2024,
00:15que passa por uma, inclusive, uma candidatura ousada para a Prefeitura de São Paulo.
00:19Boa tarde, presidente.
00:21Boa tarde, Wilson. Boa tarde a todos os espectadores do protagonista.
00:25É um prazer estar com vocês.
00:27Presidente, deixa eu começar logo com metas.
00:30Qual é a expectativa do Novo em 2024?
00:33É eleger quantos prefetos? Tem um número?
00:36Ou isso não passa na cabeça dos senhores?
00:39Não, nós trabalhamos com o número de cidades
00:41onde nós gostaríamos de estar presente nessas eleições, Wilson.
00:45Porque em 2020, o Novo caminhava ali para a sua primeira eleição, de fato,
00:52com possibilidade de expansão, né?
00:54Nós tivemos nossa primeira eleição municipal em 2016,
00:57mas lançamos em pouquíssimas cidades, porque o Novo tinha sido recém-criado.
01:02Mas depois do sucesso, que foi em 2018, havia uma janela de oportunidade para o partido se expandir,
01:08crescer aí para centenas de municípios.
01:10Mas, infelizmente, por uma estratégia errada da direção à época,
01:14o Novo acabou tendo um crescimento muito conservador, né?
01:17Muito restritivo.
01:19E isso impediu que o Novo conseguisse montar suas bases por todos os rincões do país.
01:24Isso, inclusive, teve um impacto nas eleições de 2022.
01:27Não tínhamos base, não tínhamos vereadores, não tínhamos prefeitos
01:30para mostrar, levar a mensagem do Novo e tornar o Novo mais conhecido.
01:33Nós queremos rever esse erro, corrigir esse erro agora em 2024,
01:38indo para o maior número de municípios possível, né?
01:41Nossa expectativa é agir em torno de 350 e 400 municípios.
01:46Não importa o tamanho do município, né?
01:48Havia uma regra no passado que o Novo só iria para cidades grandes,
01:51regiões metropolitanas, mas não importa.
01:53A única coisa que importa é o tamanho da vontade das pessoas
01:56que estão lá naquele município de levar o partido, de fazer a diferença.
02:00Então, essa é a nossa meta hoje, 350 a 400 municípios para disputar
02:03ou com candidaturas a vereador ou também com prefeito.
02:08Ah, então vai mesclar.
02:09Não é necessariamente 350 candidaturas a prefeito, né?
02:11Vai depender muito de cada cidade, da circunstância em cada cidade.
02:15É isso, não é?
02:16Exato.
02:17Depende muito do contexto, da formação da chapa,
02:19do contexto político, principalmente, né?
02:22Se faz sentido uma candidatura ou não.
02:23Geralmente, cidades que têm um turno só,
02:25isso pode favorecer um candidato que é muito pior
02:27do que é aquele que nós, eventualmente, não gostaríamos de apoiar,
02:30mas, enfim, isso tudo vai depender muito das lideranças locais
02:32e da opção local.
02:35Presidente, uma característica do Novo em outras eleições
02:41é que o partido não se coligava com algumas outras siglas
02:45como tradicionais, citadas como tradicionais,
02:49como MDB, enfim, PP, PL, PP, etc.
02:53Para 2024, abre-se a possibilidade de se coligar com o PT,
02:59com o MDB, com o PL,
03:01ou essa premissa ainda aguarda uma deliberação futura
03:06ou vai se analisar cada caso?
03:08Com o PT, certamente não, né?
03:10Um partido que é completamente diferente do Novo
03:13e nós não estaremos coligados com ele em nenhum momento da história.
03:17Mas, em 2022, nós já fizemos uma coligação.
03:20Foi a coligação para a reeleição do governador Zema.
03:22Foi muito bem sucedida.
03:24Eram partidos políticos que já estavam apoiando, em parte,
03:28o governo de Minas Gerais,
03:30o nosso primeiro governo, a nossa primeira gestão em Minas Gerais,
03:32e quiseram apoiar a reeleição do Zema,
03:35que permitiu, inclusive, que ele vencesse em primeiro turno
03:37e hoje tivesse uma base muito mais ampla na Assembleia.
03:41O Novo nunca proibiu,
03:42o seu estatuto nunca vetou as coligações.
03:45O que existia era um certo dogma
03:47de que o Novo só poderia se coligar
03:49com partidos que pensassem exatamente igual ao Novo.
03:53Só que, primeiro, que não tem nenhum partido
03:55que pense exatamente igual ao Novo,
03:56e, pelo menos do meu ponto de vista,
03:58se existe um outro partido que pense exatamente igual,
04:01a ideia não seria coligar.
04:02A ideia seria propor uma fusão.
04:04Porque a coligação pressupõe exatamente
04:07que nós somos diferentes,
04:09que nós pensamos eventualmente diferentes.
04:10mas temos um objetivo comum,
04:13um objetivo eleitoral de gestão específico
04:16para aquele município, para aquele estado,
04:17que faz sentido uma aliança naquele momento.
04:20É um pretexto lógico e legítimo.
04:24Então, o Novo sim vai trabalhar
04:27de acordo com as circunstâncias locais,
04:30as coligações,
04:30evidentemente que não vamos nos coligar
04:32com partidos de esquerda,
04:34mas estamos abertos para conversar
04:35com partidos de centro, de centro-direita,
04:38de direita,
04:38que tenham um projeto em comum
04:40para aquilo que nós gostaríamos de fazer
04:42para melhorar nossos municípios.
04:45Presidente, e o Deltan?
04:46Ele é recém-filiado?
04:48Como é que vai ser a participação do Deltan?
04:51Tem alguma chance de ele lançar alguma candidatura ou não?
04:55Existe a chance,
04:56até porque o Deltan não está ineligível.
04:59O Deltan tem,
04:59manteve seus direitos políticos para se candidatar.
05:03A questão é que hoje a vinda do Deltan
05:05é muito significativa para o Novo.
05:08Primeiro que eu acho que o Novo sempre foi a casa dele.
05:10Eu o convidei no passado,
05:12queria que ele já tivesse sido candidato pelo Novo em 2022,
05:16infelizmente, por outras circunstâncias,
05:18ele acabou indo para outro partido,
05:19mas voltou para casa
05:20e só a vinda dele deu uma exposição tão grande.
05:24Ele trouxe tantas pessoas novas,
05:25tantos filiados novos,
05:27que o Novo, em outubro,
05:28agora vai fechar com mais um recorde de filiações.
05:31Então, mostrando que, de fato,
05:33o Novo está no crescimento nos últimos cinco, seis meses,
05:35que a gente não via há mais de quatro anos.
05:38Isso mostrou que, de fato, nós estamos em outro patamar.
05:41E outra função específica do Deltan,
05:44além, claro, a figura dele, a imagem dele,
05:46o simbolismo dele,
05:48o que ele significa para nós, do Novo,
05:50e para a população brasileira,
05:51para o aspecto político que nós representamos,
05:54ele vai vir também como um mentor,
05:58uma pessoa que vai prospeitar, treinar,
05:59preparar as futuras lideranças,
06:02porque o Novo tem esse espírito de time.
06:04Nós queremos formar mais pessoas
06:06para ocupar os espaços e fazer a diferença.
06:08Ele vai ser uma das grandes lideranças
06:09que vão contribuir para isso.
06:12Presidente, eu queria só te abordar nesse sentido.
06:16A expectativa é que o Deltan possa,
06:20tem alguma possibilidade de se lançar candidato
06:21à Prefeitura de Curitiba?
06:22Seria o caminho mais natural?
06:24Existe essa possibilidade,
06:26mas quem vai tomar essa decisão
06:27é o diretório do Paraná e o diretório de Curitiba,
06:29e evidentemente o Deltan.
06:30Mas o mais importante é que
06:33ele tem os direitos políticos dele em vigor,
06:36mas ele vai, em conjunto conosco,
06:38do partido, com os diretórios locais,
06:40entender qual que vai ser a melhor função,
06:42onde ele vai ser mais útil para o Brasil,
06:44para o projeto do Novo para o Brasil.
06:46E essa decisão vai ser tomada por eles.
06:50Agropresidente, se falou muito do Moro,
06:52do Novo.
06:54Existe alguma coisa concreta nesse sentido,
06:56ou ainda é apenas um sonho do partido?
06:59Não, não há nada concreto.
07:00Nós temos um profundo respeito pelo senador Moro,
07:04sempre tento manter contato com ele,
07:07elogiá-lo pela postura que ele tem adotado
07:10no Congresso Nacional,
07:11como uma oposição muito responsável,
07:14com uma das grandes lideranças do Senado.
07:16Mas não há nada concreto,
07:17não há nenhuma conversa de migração.
07:20Ele está fazendo um ótimo papel na União Brasil.
07:23e nós esperamos que quanto mais pessoas,
07:25mais lideranças importantes,
07:27o nosso aspecto político ocupando esses espaços
07:29em outros partidos,
07:30isso vai ser ainda mais benéfico para o nosso país.
07:31presidente, Romeu Zema.
07:37Ele é apontado aí como uma espécie de terceira via,
07:41fugindo da polarização PT e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
07:47O Zema, em algumas manifestações,
07:51ele colocou um pé no freio.
07:53Olha, não me coloque para 26,
07:56eu acho que não é o meu momento.
07:58Mas, depois de dois mandatos,
08:02como governador de Minas Gerais,
08:04o terceiro maior colégio eleitoral do país,
08:06seria absolutamente plausível
08:07que o Novo lançasse a candidatura do Zema para 26.
08:11Ou, pelo menos, se formatasse um projeto do Zema 26.
08:15E aí, vai ter Zema em 26?
08:18Ou, por enquanto, pé no freio?
08:21O governador Zema,
08:22ele tem uma das virtudes mais raras na política,
08:26que quem conhece ele muito bem sabe,
08:29que é a unidade.
08:30E ele já falou,
08:32e é genuína a manifestação dele,
08:34que ele preferiria apoiar uma outra pessoa
08:37que tivesse mais chance.
08:39Mas, evidentemente,
08:40que com um primeiro governo muito bem sucedido,
08:43diante da situação que nós pegamos em Minas Gerais,
08:46que, enfim, era uma massa falida,
08:48e hoje está aí caminhando para passar o Rio de Janeiro
08:51e se tornar a segunda economia do país,
08:53muito graças à credibilidade
08:55e às reformas que foram feitas
08:57e à cultura de gestão que foi implementada
09:00no governo de Minas Gerais.
09:02Ele caminhando para um bom segundo mandato,
09:04se Deus quiser, muito bem organizado.
09:06Vão ter desafios até maiores do que no passado,
09:09que precisam ser elencados,
09:12e um governo federal com uma visão diferente
09:14de mundo, de Estado,
09:15do que havia na primeira gestão.
09:17Mas ele já foi provado como um bom gestor,
09:21como um bom político,
09:23uma pessoa séria,
09:24e é natural que ele seja colocado
09:27como um dos potenciais presidenciários.
09:30Agora, nós entendemos que o momento
09:32que o Brasil está vivendo,
09:33o cenário muda muito rápido.
09:35Nós passamos aí,
09:37estamos concluindo o primeiro ano
09:38da gestão do governo Lula,
09:39tem um chão pela frente,
09:41mas o nosso grande objetivo
09:43e a nossa conversa interna
09:46é a de buscar consenso
09:48em torno de um nome
09:49que represente o campo da centro-direita
09:52e da direita,
09:53que seja viável
09:55para podermos vencer o PT
09:56e tirar o PT do poder.
09:57Porque acho que essa é a prioridade absoluta
09:59do Novo nesse próximo ciclo eleitoral.
10:03Ou seja, no primeiro momento,
10:04você cria ali condições
10:06ou tenta uma colisão
10:07com algum partido desse de centro-direito,
10:09que provavelmente PL, PP,
10:11enfim,
10:12para se pensar num projeto maior,
10:14não necessariamente se lançar um candidato.
10:16Esse é o plano,
10:17pelo menos nesse primeiro momento aqui,
10:19no início de novembro, não é?
10:20Eu sempre defendi que todos os partidos
10:22deveriam apresentar seus candidatos.
10:24e o mais importante é ter a mesa aberta,
10:28as cadeiras à disposição
10:30para que se sente
10:31e a gente consiga discutir lá na frente.
10:33Isso não é uma discussão para agora,
10:34Wilson,
10:35porque muita coisa vai acontecer.
10:37Tanto os outros governadores
10:38que são cotados como presidenciáveis,
10:41a maioria são governadores,
10:43têm que gerir os seus estados.
10:44Você tem o Ratinho Júnior no Paraná,
10:47você tem o Tarcísio em São Paulo.
10:49O Ratinho já vem de um bom governo,
10:50o Tarcísio começando o seu governo,
10:52o Zema também,
10:53indo para o seu segundo mandato.
10:54Você tem outros presidenciáveis,
10:57o próprio Sérgio Moro,
10:58você tem Teresa Cristina,
10:59você tem outros nomes,
11:00Eduardo Leite, que é governador,
11:02que também estão sendo colocados
11:04como potenciais candidatos
11:07para enfrentar a máquina do PT
11:10nas próximas eleições.
11:12E eu acho que essa é uma conversa para frente.
11:15Agora, eu sempre defendi
11:16que os partidos têm que ter as suas lideranças.
11:18Tenho que indicar potenciais candidatos
11:21até para que a gente consiga sentir,
11:23entender da população
11:24qual que é a demanda naquele momento.
11:26E eu acho que nós temos que trabalhar
11:27para que o mais viável,
11:29dentro de princípios basilares,
11:32dentro de uma agenda minimamente comum,
11:35para que nós possamos sentar
11:36e construir uma alternativa.
11:37É isso que eu sonho,
11:38é isso que eu defendo,
11:38é por isso que eu estou trabalhando todos os dias.
11:40Presidente, quem me conhece aqui no meio-dia
11:43sabe que eu não sou muito de pegadinha,
11:45que eu não gosto de fazer pegadinha,
11:46porque eu acho que isso não contribui para o debate
11:49e também é uma falta de gentileza
11:53com os entrevistados.
11:55Eu sempre paro da premissa
11:56de que você pode fazer perguntas incisivas
12:00sem necessariamente atacar.
12:02Mas eu vou quebrar um pouco essa regra
12:04nesse programa,
12:07porque o senhor falou de vários nomes.
12:09Tassísio,
12:10Tassísio, Moro,
12:15Tereza Cristina.
12:19E aí?
12:20Se aparecesse um leque neste momento
12:23com esses candidatos,
12:26Tassísio, Tereza Cristina,
12:29o Ratinho Júnior,
12:31Eduardo Leite,
12:33o próprio Moro,
12:34o novo e apoiar quem?
12:38Seria muito temerário
12:40eu fazer essa definição agora,
12:43porque falta muito tempo.
12:44Eu acho que todos aqueles que de fato almejam,
12:47ou não necessariamente almejam,
12:48mas se veem com a responsabilidade,
12:50porque liderança,
12:51ela se constrói de fora para dentro.
12:54Então, é preciso dar tempo
12:56a essas pessoas que de fato queiram,
12:58sejam chamadas,
12:59sejam convocadas
13:00para construir essa liderança.
13:02E muita coisa pode acontecer.
13:04eu me sentiria confortável
13:05em estar com todas essas pessoas,
13:07qualquer que fosse hoje.
13:08E evidentemente que nós temos
13:10uma pessoa no nosso partido,
13:11que é o Romero Zema,
13:12que está dentro desse espectro.
13:14E nós vamos trabalhar,
13:15enquanto partido,
13:16que é o que cabe a nós nesse momento,
13:18construir a maior capilarização possível,
13:21a maior capilaridade possível,
13:23para que o novo possa contribuir,
13:25possa fazer a sua parte lá na frente.
13:27mas eu acho que da minha parte,
13:28seria muito temorável eu cravar o nome agora.
13:30Gosto de todos eles.
13:33Presidente,
13:33só mais duas perguntas para a gente encerrar.
13:35Primeiro,
13:35alguns críticos do novo,
13:38inclusive de alguns parlamentares,
13:39como o Eduardo Girão lá no Senado,
13:41e o Marcel Van Hatten lá na Câmara,
13:45alguns críticos falam que esses parlamentares
13:47simbolizam um novo que enveredou
13:50para o bolsonarismo.
13:51Pelo menos essa é uma crítica
13:53que a gente escuta muito nas duas casas.
13:55Como é que o senhor responde a esse tipo de crítico?
13:58Eu acho que essa é uma confusão muito comum
14:01de misturar o campo da direita,
14:05as pautas da direita,
14:06com o bolsonarismo.
14:07E esse é um erro que acaba poluindo muito o debate,
14:11ele diminui muito a qualidade do debate.
14:14No centro foi um partido com pautas muito claras.
14:17Nós nunca abrimos mão de defender as nossas pautas.
14:20Se eventualmente algumas dessas pautas
14:23se sobrepõem com as pautas do Bolsonaro,
14:27dos seguidores do Bolsonaro,
14:28dos partidários do Bolsonaro,
14:31que bom, né?
14:32Então nós vamos conseguir aumentar ainda mais
14:33o leque de aliados.
14:35Mas não é por isso que nós vamos abandonar
14:37as pautas que nós sempre defendemos.
14:41E evidentemente que justamente
14:43pela forma como os nossos parlamentares atuam,
14:46sempre muito incisivos, independentes,
14:49sem rabo preso,
14:51eles acabam tendo mais exposição.
14:54E hoje, especificamente,
14:55diante do governo do PT,
14:56que é o completo oposto daquilo que o novo defende,
14:59nós somos completamente antagonistas do PT
15:02em absolutamente tudo.
15:03A nossa visão de luta é completamente diferente da deles,
15:06a nossa visão de Estado, de economia,
15:07é completamente diferente da deles.
15:09Então é evidente que essas críticas vão aumentar
15:13e vão continuar até o fim.
15:15Eu tenho plena segurança de dizer
15:18que o novo é o único partido
15:19que certamente será oposição
15:20até o final desse governo.
15:22Embora nós hoje estejamos um partido pequeno,
15:26com uma representatividade ainda militada na Câmara,
15:28mas nós conseguimos fazer muito barulho,
15:30nós conseguimos fazer de fato oposição,
15:33não só no Congresso,
15:34mas também por meio de ações judiciais,
15:36tentando contestar os absurdos e os abusos
15:38do governo do PT.
15:39Eu não me importo com esse tipo de comparação,
15:42porque eu acho que ela é uma comparação muito limitada.
15:45De novo, nós não vamos abandonar as nossas faltas
15:48por causa disso.
15:50Presidente, só para encerrar,
15:51a sua gestão foi muito criticada
15:54por conta daquela decisão,
15:56acho que foi do Diretório Nacional,
15:58acho que foi de uns três, quatro meses atrás,
16:01regulamentando o uso do fundo partidário.
16:04O novo, quando foi criado,
16:07ele não usava o fundo partidário
16:08e agora passou a utilizá-lo.
16:13Por que o partido mudou essa postura, presidente?
16:17Não era mais fácil manter aquele princípio
16:19ali do novo, de não,
16:20não vamos usar o fundo partidário,
16:22vamos tentar ser de fato algo diferente na política,
16:26ou no final das contas,
16:27a questão financeira de manutenção de estrutura
16:29acabou pesando para essa decisão?
16:30Se as regras para os outros partidos não mudassem
16:34ao longo dos anos,
16:35eu concordaria que sim,
16:36que a gente não deveria abrir mão.
16:38O princípio sempre foi o respeito ao dinheiro público.
16:41O não uso do fundo partidário
16:43era uma forma, um simbolismo de mostrar
16:45que, olha, é possível sim manter um partido
16:48sem usar o fundo partidário.
16:50Acontece que é o seguinte, Wilson,
16:52em 2011, quando o partido foi fundado,
16:55o fundo partidário era apenas uma fração do que é hoje.
16:58As emendas parlamentares eram uma fração do que são hoje.
17:01Era possível se ter as doações por pessoa jurídica,
17:05não havia limitações de doações de pessoas físicas,
17:08e o fundo eleitoral nem sequer existia.
17:10Olha o que aconteceu ao longo dos últimos 10 anos.
17:13Foi proibido a doação de pessoas jurídicas.
17:16Há uma limitação, há um teto de doações de pessoas físicas.
17:20O fundo partidário aumentou mais de quatro vezes.
17:23As emendas parlamentares aumentaram de forma exponencial.
17:26E o fundo eleitoral, que nem sequer existia,
17:30hoje já está sendo discutido para ser 6 bilhões de reais.
17:34E evidentemente que isso teve um impacto muito grande,
17:36não só na manutenção do partido,
17:38mas especificamente nas eleições.
17:40porque quando você sai para captar recursos para a sua campanha
17:45e o seu adversário já larga com sete dígitos na conta,
17:50você desestimula, você desincentiva as pessoas a contribuírem, a doarem,
17:55porque elas não sentem que você vai ser competitivo.
17:57Então foi uma opção do partido que nós demos dois passos para trás.
18:01Bom, diante do cenário,
18:03diante de tantos recursos públicos para partidos políticos,
18:06lembrando que o Brasil é o país do mundo que mais
18:08coloca recursos públicos em partidos políticos,
18:12em campanhas eleitorais,
18:12é disparado, é muito na frente do segundo colocado, que é o México,
18:16nós olhamos entre nós e decidimos,
18:19bom, nós podemos continuar firmes em não usar os recursos públicos
18:23e muito provavelmente não seremos mais competitivos,
18:26ou nós optamos por usar esses recursos,
18:29e o pessoal gosta muito de usar a analogia de como é que você vai
18:32para uma arma enfrentar um exército com tanque de guerra,
18:36caças e navios com garfo e faca, né?
18:40Não dá, não vai ser competitivo.
18:42Então vamos trabalhar para usar esses recursos,
18:44ser competitivo, ocupar os espaços,
18:47sem abrir mão das pautas de sempre reduzir e buscar a extinção no longo prazo,
18:52que é muito difícil, mas buscar a extinção no longo prazo,
18:55mas para isso é preciso ocupar os espaços,
18:57é preciso eleger pessoas.
18:58Então foi essa lógica reversa e o partido aprovou
19:01por praticamente unanimidade e isso já é uma questão pacificada
19:05dentro do partido.
19:07Tá certo.
19:08Eduardo Ribeiro, presidente do Novo,
19:09obrigado pela sua participação aqui no Meio Dia em Brasília
19:12e espero contar com a sua participação em outras edições aqui do nosso programa.
19:16Muito obrigado.
19:17Te agradeço e até mais.
19:28Obrigado.
19:29Obrigado.
19:30Obrigado.
19:31Obrigado.

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