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Transcrição
00:00Gente, as eleições municipais acontecem só em outubro do ano que vem,
00:04mas já está todo mundo pensando nesse cenário eleitoral.
00:08O deputado federal Alexandre Ramagem, ex-abim,
00:10deve ter uma conversa hoje com o líder do PL no Senado,
00:14o Carlos Portinho, para tentar chancelar a sua candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro.
00:19Ramagem tem o apoio de Bolsonaro, mas Portinho também pretendia disputar o cargo.
00:24Na conversa, o líder do PL do Senado deve pedir a Ramagem
00:29apoio ao projeto de reeleição de sua base parlamentar na Câmara Municipal Fluminense,
00:35mais especificamente aos vereadores Alana Passos, Jeremias de Caetês e Newton Caldeira.
00:42O Ramagem também tentará apoio do PP lá no Rio de Janeiro.
00:46Já em São Paulo, o nome que passa a ser apoiado agora pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
00:51é o de Guilherme Derriti, secretário de Segurança Pública do governo de Taciso de Freitas.
00:56Derriti é visto como um personagem, como um político menos radical que Ricardo Salles
01:03e com uma capacidade de conseguir unir partidos como o Republicanos e o PP.
01:08O problema é que o MDB de Ricardo Nunes tem atuado nos bastidores para também atrair essas siglas,
01:17o PP e o Republicanos.
01:18Alê, é um jogo político que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenta comandar,
01:25tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.
01:27Ele tenta colocar dois candidatos dele para disputar esses cargos das duas cidades mais importantes do país,
01:35mas não é um processo de composição política fácil,
01:37porque você precisa, primeiro, convencer de que, de fato, esses dois candidatos são competitivos.
01:43E, segundo, que você tem também outros partidos que podem entrar no bolo.
01:47No caso do Rio de Janeiro tem o PSD, que deve lançar o Eduardo Paes,
01:51e no próprio, em São Paulo, tem o Ricardo Nunes, que tem a base do MDB
01:56e tem um caminho consolidado para tentar a reeleição.
02:02É, o Ricardo Nunes está passando por um momento de muita impopularidade,
02:06porque São Paulo começou a fazer muita obra, o trânsito virou um caos,
02:10e você teve aí esse apagão da energia elétrica, tem um monte de problemas aí.
02:15Ricardo Nunes, que já não era uma figura carismática,
02:17já não era uma figura ali do coração do bolsonarismo, que seria a base dele, né?
02:22Ele entraria, vamos dizer, pelo lado direito do eleitorado paulistano,
02:27mas ele mostra muita dificuldade.
02:30Então, volta àquele ponto que eu estava falando antes, Wilson,
02:33onde a gente está, um ano antes, com alguns nomes aí sendo testados,
02:37mas ainda de uma maneira muito incipiente.
02:39O PL, ele tem essa lógica que você mencionou,
02:43e é bom a gente nunca esquecer que o PL, ele tem o Jair Bolsonaro,
02:48evidentemente, com essa estrela da grande liderança,
02:52do segundo homem mais popular do Brasil,
02:54do homem que ficou apenas 2 milhões de votos atrás do Lula na eleição do ano passado.
02:58Enfim, apesar de estar inelegível, mas é uma força política muito grande,
03:02mas o PL tem dono, chama-se Valdemar Costa Neto.
03:05E o Valdemar não é bobo, o Valdemar não é um cara para ser atropelado,
03:10por exemplo, como o Luciano Bivar, do PSL, foi atropelado pelo Bolsonaro lá atrás,
03:15em 2018, 2019.
03:17O Valdemar é bom de briga.
03:18O Valdemar sabe e o Bolsonaro sabe disso.
03:21O Bolsonaro respeita a inteligência, a sabedoria, a quilometragem do Valdemar.
03:29Então, os dois podem discordar pontualmente aqui ou ali,
03:34mas, no final, eles tendem a se acertar,
03:36porque um precisa do outro, um respeita o capital do outro.
03:40Então, o que a gente vê nas grandes capitais, mas em todos os lugares,
03:44é onde vai haver uma convergência entre Bolsonaro e Valdemar.
03:51Porque Valdemar tem seus candidatos, tem a máquina, tem os seus preferidos,
03:55Bolsonaro também tem os seus.
03:57E eles vão aí tentar chegar a algum tipo de acordo.
04:02A gente vê isso em todos...
04:03Por exemplo, o Alexandre Ramagem é o nome do Bolsonaro,
04:06não é o nome ainda do Valdemar.
04:10Bolsonaro, antes de vender Ramagem para o eleitor,
04:13ele tem que vender Ramagem para o Valdemar.
04:15E isso você vai ver em todas as grandes disputas.
04:19Então, por isso é que a gente olhar um ano antes é importante,
04:22claro, a gente está sempre acompanhando,
04:24mas existe nos bastidores toda uma negociação que envolve Valdemar e Bolsonaro.
04:31E é dessa negociação, antes mesmo de perguntar para eleitor,
04:34é dessa negociação que sai realmente o nome para a disputa do ano que vem.
04:39Porque eles confiam muito no taco do Bolsonaro,
04:43em termos de transferência de voto, na força política dele.
04:47Então, eles acham que na reta final,
04:48quem o Bolsonaro apontar, o eleitor bolsonarista vai atrás.
04:53Então, você estava falando, por exemplo, do senador Carlos Portinho,
04:55que nem tinha sido eleito, ele foi um suplente que subiu ao cargo,
05:01enfim, que agora tenta ter um voo próprio e tentou,
05:06eu acompanhei isso, como aqui no Rio de Janeiro ele tentou se viabilizar como candidato.
05:10Mas, se o Bolsonaro falar é o Ramagem,
05:12ele só tem que convencer o Valdemar.
05:15Convencer o Valdemar é o Ramagem e não tem conversa.
05:17É, no caso específico do Ramagem, é importante que tenha também esse detalhe,
05:22o Flávio Bolsonaro já endossou o nome do Ramagem.
05:25Então, aí é basicamente o Portinho, nesse momento, tentando conter os danos.
05:29Tá bom?
05:30Matheus, solta a vinheta.
05:31Oi?
05:32Só um ponto importante, existe esse racha na família Bolsonaro,
05:36que é uma coisa interessante.
05:37Você tem um grupo que é o Flávio e a Michele,
05:40e um outro grupo que é o Carlos e o Eduardo.
05:42Então, é interessante quando a gente acompanha esses movimentos também,
05:46porque onde está a Michele, está o Flávio,
05:49onde está o Eduardo, está o Carlos.
05:51Então, com o Ramagem, estão, a princípio, fechando todas as aulas.
05:56Se ele conseguir realmente isso, o bolsonarismo pode caminhar junto.
06:12Obrigado.
06:13Obrigado.
06:14Obrigado.
06:15Obrigado.

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