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NotíciasTranscrição
00:00E o governo Lula também não se ajuda, né? Vamos combinar.
00:05Deixa eu começar lá essa sexta-feira com a notícia principal,
00:10a notícia que tem agitado os bastidores políticos,
00:13que é a relacionada à desoneração da folha de pagamento.
00:16O presidente Lula vetou, na íntegra, o projeto de lei aprovado pelo Congresso
00:21que estendia até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
00:28A medida estava em vigor desde 2011.
00:32O veto atendeu a um pedido do ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:36e foi publicado ontem, edição extra do Diário Oficial da União.
00:40Assim, a desoneração da folha de 17 setores da economia perderá a validade em dezembro deste ano.
00:47O Congresso já fala em derrubar o veto.
00:50A proposta vetada por Lula mantinha a contribuição para a previdência social
00:54entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta,
00:58em determinados setores.
00:59Essa política beneficiava principalmente o setor de serviços.
01:05Antes de 2011, a contribuição correspondia a 20% da folha de pagamento.
01:11Os defensores da prorrogação da desoneração argumentam
01:15que ela é essencial para manter a competitividade das empresas
01:18e preservar empregos.
01:20Já os críticos afirmam que a medida traria impactos negativos para as contas públicas.
01:25Rodrigo Oliveira, vem para cá, porque esse assunto é um assunto longo,
01:30então eu vou precisar muito do seu conhecimento, da sua expertise.
01:34E sem querer, querendo, no programa de ontem, eu já tinha te convocado para o programa de hoje.
01:40Eu não tinha bola de cristal, não sabia se o Lula ia vetar ou não a questão da desoneração da folha,
01:46mas me parece que o Lula gosta tanto de você,
01:50parece que o Mr. L gosta tanto de você, que ele pensou
01:52eu vou criar um fato político só para que o nosso Rodrigo Oliveira
01:58seja mais uma vez a estrela do meio-dia em Brasília.
02:02Rodrigo, o governo Lula mais uma vez jogando contra o próprio governo, não é isso, querido?
02:08Boa tarde para você.
02:08Pois então, difícil. Boa tarde, Wilson. Boa tarde aí, o pessoal do chat.
02:14É difícil dizer que está jogando contra, né?
02:17É, assim, da minha parte inesperada, eu estive a falar aqui que achava difícil, quase impossível,
02:24né, que o Lula vetasse essa desoneração da folha de pagamentos, né?
02:33E é interessante, porque, assim, hoje eu acordei pensando nesse negócio, né,
02:39lendo algumas coisas, tentando buscar algumas informações antigas sobre isso,
02:44isso foi criado aí, você lembrou bem, em 2011,
02:47na época eram quatro setores, call center, TI, né, tecnologia de informação,
02:53caltados e vestuários.
02:54Eram quatro setores, a nossa querida e saudosa Dilma Rousseff,
03:02acompanhada ali daquela cabeça brilhante do nosso querido Guido Mântega,
03:08inventaram esse negócio, porque isso ia salvar os empregos no Brasil.
03:13Inclusive, mais para frente aí, a gente vai ver uma fala importante sobre isso,
03:18mas a gente comenta quando ela chegar.
03:20De qualquer maneira, isso foi criado em 2011, isso foi andando, né,
03:2417 setores, 56 setores, voltou para 17, um pouquinho menos, um pouquinho mais,
03:30com a ideia, você, em vez de cobrar o tributo na folha, isso é 20% sobre cada empregado,
03:39né, sobre o salário ali de cada empregado, você passa a cobrar sobre a receita bruta da empresa.
03:46Então, você pode contratar mais pessoas, você só vai pagar mais imposto se você estiver vendendo mais.
03:52Uma lógica razoável, e você passaria, então, em vez de 20% para a folha,
03:57para 1% a 4% na receita bruta, tá?
04:01Isso acabaria gerando aí uma economia nos tributos para as empresas,
04:05que ajudaria, então, essa é a ideia, ajudaria na geração de emprego
04:10e no crescimento das empresas e lucros, etc e tal.
04:13Essa é uma medida que o Haddad vai falar, e a gente até separou algumas falas do Haddad
04:22sobre essa situação, ele fala que existem estudos comprovando,
04:29de forma conclusiva, que não gera emprego, só gera custo fiscal e não gera emprego.
04:35O governo aí estime mais ou menos 25, 26, até 30 bilhões o custo fiscal disso,
04:43que seria aí mais ou menos uns 9 BIP, que a medida vai até 27,
04:49então, 9 vezes 8, 4, 6, uns 7 bilhões, mais ou menos, 6 a 7 bilhões ano,
04:55que o governo deixaria de arrecadar em função dessa desoneração.
05:00Mas é um pouco mais complicado que isso, não existe, assim, existe,
05:06o meu estudo é conclusivo, né?
05:08Eu só acho vários estudos conclusivos sobre as duas coisas,
05:14de que gerou emprego e outras de que não gerou emprego,
05:19o efeito não foi o que era esperado.
05:22Fato é que o governo Lula, o Lula, então, resolveu ouvir o Haddad
05:28e vetar por inteiro a desoneração.
05:34Havia uma expectativa de que, se ele fosse vetar,
05:37que ele vetasse só a parte que diminui a contribuição previdenciária
05:41lá dos municípios até 142, 146 mil habitantes.
05:45Mas não, ele vetou tudo.
05:47E aí, a gente vai ter que ficar com duas opções.
05:50Hoje de manhã, eu comentava isso com o pessoal da Scopus lá,
05:54que eu faço uma consultoria para eles,
05:56mas a gente comentava o seguinte, você fica com duas opções, né?
06:00Ou você tem que acreditar que o Lula passou a ser um cara responsável fiscalmente,
06:06então, ele realmente está olhando para o fiscal e vendo,
06:09não, não dá para a gente dar esse tanto de benefícios,
06:11porque isso vai atrapalhar as contas públicas.
06:14É uma opção.
06:15E a outra opção é isso, está sendo colocado aí como um veto a ser derrubado
06:21e mais um veto a ser negociado entre os tantos vetos
06:25que o governo tem que negociar com o Congresso Nacional daqui para frente.
06:29Lembrando, tem veto no marco de garantias, marco temporal,
06:34veto na lei do CARF, veto no arcabouço fiscal,
06:36tudo isso o governo tem que negociar.
06:38Já entregou o marco temporal, aparentemente,
06:42para garantir algum outro.
06:43Talvez esse veto tenha sido colocado lá só para ele negociar lá na frente a queda.
06:49Vai saber, né?
06:49Eu acho até...
06:51O Wilson comentava comigo agora,
06:54antes da gente entrar no ar,
06:57que o Efraim conversou com ele um pouquinho sobre esse veto da desoneração,
07:01e essa desoneração foi aprovada como sempre é,
07:06desde a criação, lá em 2011,
07:07com ampla maioria no Congresso Nacional.
07:11Não é isso, Wilson?
07:13Exatamente, Rodrigo Oliveira.
07:14Então, para a gente começar já essa rodada,
07:17porque esse assunto, eu dividi esse assunto em quatro etapas.
07:20Então, a gente vai dar uma notícia e depois a gente entra com o comentário,
07:24porque é um assunto longo para que você, em casa, consiga entender,
07:27consiga ficar muito bem informado.
07:29Mas, Matheus, solta a vinheta,
07:32porque temos aí a entrevista do Fernando Haddad,
07:34que depois eu quero que o nosso Rodrigo Oliveira
07:36dê aquele pedala-robinho no nosso Fernando Haddad,
07:39porque o Galo Andrade vai ter que acordar
07:41depois de mais uma das suas peripécias,
07:45se governou...
07:47Matheus, solta a vinheta.
07:48E Fernanda Haddad tentou, mais uma vez,
07:58explicar aí as peripécias do governo Lula,
08:03como fala aqui o nosso Rodrigo Oliveira,
08:05o nosso matemático Fernanda Haddad,
08:09tentando, mais uma vez,
08:10dar aí uma explicação plausível
08:13para uma medida que o governo Lula
08:16adotou ontem e foi extremamente criticado,
08:20inclusive pelas centrais sindicais.
08:22O Haddad falou, agora há pouco,
08:24em entrevista coletiva,
08:25que o governo federal pretende apresentar novas medidas
08:27para substituir a desoneração da folha de pagamento,
08:32que, como disse o Rodrigo Oliveira,
08:33é uma medida que começou,
08:36ela foi instituída em 2011,
08:38durante o primeiro governo da Dilma Rousseff.
08:40Matheus, solta o Haddad, por gentileza.
08:42Devemos terminar o ano aí em torno de 1,3%,
08:46lembrando que dentro desse número
08:49estão os esqueletos que nós estamos pagando
08:53da gestão passada.
08:56Estamos pagando uma parte considerável
08:57dos 30 bilhões de reais
08:59do acordo dos estados em relação a SMS
09:04sobre combustíveis do ano passado.
09:06Virou um rombo enorme nas contas dos estados.
09:08Os estados, só para que vocês tenham uma ideia,
09:11perderam 0,8% do PIB de arrecadação
09:14por causa da lei complementar no 9294 do ano passado.
09:18Então, essas distorções não vão nos ajudar
09:21a arrumar as contas públicas.
09:26Matheus, temos outra declaração do Haddad,
09:28não temos, Matheus?
09:29Vamos colocar no ar, por gentileza?
09:31Tem vários estudos, todos eles disponíveis,
09:33inclusive na internet,
09:34e todos conclusivos a respeito do impacto,
09:38do não impacto que teve
09:41na geração de oportunidades,
09:44conforme se imaginava à época.
09:47Nós estamos falando de uma coisa que foi tomada,
09:48uma medida que foi tomada 10 anos atrás,
09:51e que vem sendo, a cada ciclo,
09:54vem sendo prorrogada, prorrogada.
09:56Vamos, na volta, vamos apresentar para o Congresso
09:59o que nos parece uma solução adequada
10:02do ponto de vista constitucional e do ponto de vista econômico,
10:05inclusive enfrentando outras matérias
10:08que padecem do mesmo vício,
10:10e não gerar oportunidades econômicas,
10:13a não ser distorções no sistema econômico
10:16de uma maneira geral.
10:25Duas considerações rápidas
10:27sobre essa fala do Fernando Haddad,
10:28eu te entrego aqui, Rodrigo Oliveira,
10:29que eu estava pensando no momento em que o Haddad falava.
10:33Primeiro,
10:35a desoneração da Folha foi instituída
10:37no governo Dilma Rousseff, em 2011.
10:39Então, passou Dilma 1,
10:41passou Dilma 2,
10:43passou Temer,
10:44passou Bolsonaro,
10:46e hoje, 10 anos depois que foram entender,
10:49foram descobrir que não teve
10:50efetividade nenhuma,
10:53demorou 10 anos para que algum gênio
10:55tivesse essa descoberta, primeiro ponto.
10:56Segundo ponto,
10:59o Haddad, com essa fala,
11:01e aí eu entro no aspecto político,
11:03o Haddad, com essa fala,
11:05ele entrega a responsabilidade
11:06praticamente toda para o Congresso.
11:08Ele fala,
11:08olha, eu vou reonerar a folha de pagamento,
11:11mas Congresso,
11:12se virem aí para aprovar
11:14algumas medidas de caráter arrecadatório,
11:16nessa rétia final,
11:17inclusive a gente falou sobre isso
11:18ontem aqui no meio dia, né, Rodrigo?
11:20Então, assim,
11:21o Congresso,
11:22o que ele falou foi o seguinte,
11:23amigo, se vira,
11:26porque eu preciso arrecadar mais,
11:27porque eu estou tirando daqui,
11:28então se virem para aumentar
11:29a minha arrecadação,
11:31porque, olha,
11:32se não,
11:33eu não vou conseguir beneficiar
11:34empresário no médio e longo prazo.
11:36Também te pareceu um pouco isso,
11:38um gostinho de chantagem,
11:40nessa fala do Haddad,
11:42ou, Rodrigo?
11:43Tem muito, né?
11:45A gente está vivendo
11:46uma época de chantagem, né?
11:48Ontem com o STF chantageando
11:50o Congresso,
11:53com aquela história lá
11:54da PEC, né,
11:56que o Pacheco
11:56botou para frente.
11:58Hoje é o Haddad
12:01chantageando também,
12:02a gente precisa disso,
12:03precisa daquilo,
12:04e se isso não sair,
12:05aquilo não sai,
12:06etc e tal.
12:07Mas talvez seja do jogo, né,
12:10político,
12:10essa negociação.
12:12Não preciso disso,
12:12você precisa daquilo,
12:14e a gente vai achar
12:15um meio termo aí.
12:17Queria lembrar,
12:18a primeira fala do Haddad,
12:19ele falou em 1,3% do PIB.
12:22O que ele está falando?
12:22Que esse é o déficit
12:23previsto para esse ano.
12:28O que ele disse, né,
12:29que ele disse lá em junho
12:30que ia ser 100 bi,
12:32que ele disse em março
12:33que teria 50.
12:36Então, é aquilo que eu sempre falo, né,
12:39credibilidade, né,
12:40credibilidade é assim
12:40que a gente constrói.
12:42Eu falo que vai ser 50 bi de déficit,
12:44três meses depois eu falo
12:45que vai ser 100,
12:46quatro meses depois eu falo
12:48que a gente vai ter 130 bi de déficit.
12:55Mas, mas, descobri agora
12:58que o problema são os esqueletos
13:00do passado.
13:02E aí, alguns dos esqueletos
13:04que ele está falando, né,
13:06ele fala do Bolsonaro,
13:08com razão,
13:09Bolsonaro desonerou
13:10o combustível, né,
13:14isso afetou a arrecadação
13:15dos ministros dos estados,
13:17a arrecadação de ICMS.
13:19O governo vai ter que pagar
13:20essa conta em algum momento,
13:21porque é sempre assim que funciona.
13:23Mas tem que lembrar o seguinte,
13:24o Bolsonaro desonerou ali
13:25os seis meses de combustível,
13:28depois o governo Lula
13:29desonerou mais dois meses,
13:31e depois de março
13:33a junho,
13:34o governo Lula
13:36manteve parcialmente
13:38a desoneração.
13:39Então, parte desse rombo
13:41foi causado pelo próprio governo,
13:43que agora ele faz de conta
13:44que não existiu,
13:45assim como eles fazem
13:46todas as vezes,
13:47como se não tivesse existido nada,
13:50inclusive,
13:50como se essa história
13:52da desoneração da Folha
13:54não tivesse começado.
13:55lá em 2011,
13:57lá com a nossa querida
13:59Dilma Rousseff,
14:00brilhante e aguerrida,
14:04presidenta, né,
14:05que veio antes
14:06do presidente Temer.
14:09Afinal de contas, né,
14:10se não é,
14:11se não é,
14:11não é,
14:12então tem que ser o presidentor.
14:14E que depois tentou
14:15corrigir isso
14:16de algumas formas.
14:17E aí,
14:18só voltando agora
14:19para a desoneração,
14:21Wilson,
14:22é isso,
14:22mas todo mundo tentou.
14:24O Bolsonaro tentou,
14:25acabar com isso,
14:26não conseguiu,
14:27o Temer tentou,
14:28não conseguiu,
14:29e agora o Lula
14:31está tentando,
14:32eu também acho que
14:33não vai conseguir.
14:34Eu até separei um videozinho
14:36para a gente fazer
14:36aqui um react,
14:37não combinei com você,
14:39mas combinei com o Matheus,
14:40porque aqui é assim,
14:41a gente dá,
14:41é amotinados,
14:43nós somos amotinados.
14:44É porque você estava fazendo
14:46a entrevista com o Itraim.
14:50Mas deixa eu perguntar antes,
14:51antes de ter um vídeo...
14:52Eu tomo golpe nesse programa?
14:53Não.
14:54É,
14:54mas deixa eu só entrar,
14:56antes de você fazer a pegadinha comigo,
14:58como eu sempre tenho uma carta na manga,
15:01Matheus,
15:01Matheus,
15:03solta aí,
15:03porque a gente tem break news
15:04lá da guerra entre Israel e o Hamas.
15:08Solta rapidinho o break.
15:08Informação quentinha aqui em O Antagonista.
15:28A imprensa israelense destaca a partir de fontes
15:30que 13 israelenses mantidos como reféns pelo Hamas
15:34desde o dia 7 de outubro
15:36foram entregues à Cruz Vermelha.
15:39Eles teriam recebido atendimento médico
15:40e agora seguem em ambulâncias para Israel.
15:43O acordo começou a valer nessa sexta-feira,
15:4724, após a interrupção negociada dos ataques em Gaza.
15:50Israel concordou em libertar prisioneiros palestinos,
15:53muitos deles terroristas em troca.
15:56Informações daqui a pouco vamos trazer com mais detalhes aqui
15:59no meio-dia em Brasília,
16:01com análise de Duda Teixeira aqui no transcorrer do programa.
16:04Traz de novo aqui o nosso Rodrigo Oliveira
16:06para a gente voltar para a pauta econômica.
16:10Voltando à desoneração da Folha,
16:12Rodrigo Oliveira,
16:14você tem aí uma pegadinha para o seu amigo aqui?
16:16É isso mesmo?
16:17Não, não, é uma pegadinha para o seu amigo.
16:18Eu quero que você acompanhe.
16:19Eu quero que você acompanhe com a gente isso aqui.
16:21Coloca na tela aí, Matheus,
16:23o nosso querido Nobel de Economia
16:26que não recebeu, mas deveria,
16:29o nosso querido Guido Mantel.
16:30Olha aí, esse é bom.
16:33Uma reunião para discutir os impactos,
16:37os efeitos da desoneração da folha de pagamentos
16:40no setor produtivo brasileiro,
16:42indústria, serviços e comércio.
16:44O balanço foi muito positivo
16:46porque os objetivos que nós temos estabelecido
16:49foram alcançados.
16:51O objetivo era reduzir o custo da mão de obra
16:54sem diminuir salários,
16:56aumentando a competitividade da empresa brasileira,
17:00os produtos brasileiros,
17:01ficam mais baratos,
17:03não só aqui dentro, mas lá fora,
17:05porque essa desoneração é plena para as exportações.
17:09Eles não pagam nada no faturamento.
17:12Ajudou, portanto, a aumentar a competitividade
17:15das empresas brasileiras.
17:17São 56 setores produtivos...
17:19Pronto, vou parar, vou parar, Matheus, vou parar.
17:22São 56 setores na época do nosso querido Guido
17:29e da nossa querida Dilma.
17:31Então, esse problema que a gente está resolvendo hoje
17:34não caiu do céu.
17:39O Haddad está resolvendo os problemas
17:41que eles mesmos criaram.
17:43está aí o nosso querido Guido Mântega,
17:47que é um dos grandes...
17:49Inclusive, estava naquela reunião agora há pouco
17:52para defender o déficit zero.
17:54Eu fico imaginando o Guido Mântega
17:56defendendo o déficit zero.
17:58Você já sabe que as coisas não vão dar certo
18:00quando é o Guido que está defendendo esse tipo de coisa.
18:03Então, assim, em 2014...
18:05Matheus, pode tirar o Guido,
18:06porque essa fisionomia é congelada do Guido.
18:09Eu acho que o nosso espectador não merece
18:13na hora do almoço, o camarada lá.
18:15Eu acho que eu não lembrei quem foi.
18:17Depois eu corrijo aqui.
18:18Eu não sei se foi o Walter C,
18:20ou se foi o outro Zé Sérgio.
18:22Enfim, eu não sei qual foi
18:23dos nossos espectadores aqui
18:25que outro dia a gente estava saboreando
18:27uma macarronada com linguiça calabresa, entendeu?
18:30Então, imagina você comer macarronada com linguiça
18:33e ter essa cara do Mântega
18:35no seu smartphone, na sua Smart TV.
18:37Mas, enfim, prossega, Rodrigo.
18:39Mas, Renan, o que eu estou tentando lembrar...
18:42Vocês estão me ouvindo aí?
18:43Que deu uma travada aqui, eu acho.
18:45Não, estamos te ouvindo. Perfeito.
18:46Beleza.
18:48Eu estou tentando lembrar disso,
18:50porque essas coisas,
18:51quando a gente fala em esqueleto,
18:52a gente tem que voltar, então,
18:54nos esqueletos todos, né?
18:56E esse é um esqueleto criado, originado,
18:59gestado e promovido
19:01pelo governo Dilma Rousseff,
19:05que sucedeu aí o nosso governo Lula
19:08e teve como grande mentor
19:10o nosso querido Guido Mântega,
19:12que até hoje circula aí
19:14nos corredores do Palácio do Planalto
19:17e outras casas afortunadas de Brasília,
19:21como, inclusive, um possível presidente da Vale.
19:25Então, para você ver,
19:26que ele continua sendo ouvido,
19:28continua sendo importante.
19:30Então, quando o Haddad fala isso,
19:32é bom ele abrir a mente
19:36e lembrar que, na verdade,
19:38quem criou esse problema aí
19:40de 30 bilhões de reais ano,
19:43segundo ele próprio,
19:45foram eles mesmos.
19:47Então, e eu não estou tirando aqui o mérito
19:50de se isso gera ou não gera emprego.
19:53O fato é que tirar isso agora
19:56vai ser um problema.
19:57não deveria ter sido feito
19:58e agora que foi feito
20:00vai ser um problema para tirar.
20:02Por que é que nem acabar com...
20:04É que nem acabar com a CPMF
20:06por um pouquinho e depois voltar.
20:07Algumas coisas, amigo,
20:08você não consegue retomar depois.
20:11Esse problema da desoneração
20:12da folha de pagamentos
20:13é um deles, né?
20:15A sorte que a gente teve
20:16é que aqueles 56 setores
20:18não ficaram desonerados,
20:20voltou a 17,
20:21pelo menos aqueles que são considerados
20:23ou são definidos pelo governo
20:25como aqueles que mais geram emprego
20:28ou que têm maior custo
20:29de mão de obra.
20:30Isso facilitaria a contratação
20:33e até a produção, né?
20:35Já que você contrata mais,
20:37produz mais
20:37e não precisa aumentar o preço
20:39porque o seu custo variável ali
20:42não está aumentando tanto.
20:44Tá bom?
20:44Então, era isso que eu queria lembrar
20:46dessa história,
20:47porque isso é importante
20:49que a gente tenha em mente
20:50quem é culpado pelo quê.
20:52E, no fim das contas,
20:53a gente vê fácil.
20:54Todo mundo é culpado
20:55por quase tudo
20:55desse pessoal aí.
20:57Do governo passado,
20:59Bolsonaro, Temer, Dilma, Lula,
21:04Fernando Henrique Cardoso,
21:06Itamar Franco,
21:07Collor e José Sarney.
21:11Enfim, depois aí você pode pegar
21:13todos os militares também
21:15durante a ditadura.
21:16Isso tudo que a gente vive hoje
21:17foi plantado lá atrás.
21:19Como diz o filósofo,
21:21a sombra que você tem hoje
21:22é porque alguém resolveu
21:23plantar uma árvore lá atrás.
21:25Então, não caiu do nada,
21:28não é sobre quem fez
21:29e quem não fez,
21:29e sim como é que a gente resolve
21:31e se vale a pena
21:32ou não resolver,
21:33se não é só uma busca
21:35por mais arrecadação.
21:37Esse é o ponto.
21:39E só para a gente lembrar,
21:40Rodrigo,
21:40deixa eu colocar aqui
21:41uma arte que o nosso Matheus
21:42Rodrigues fez para a gente
21:45sobre os 17 setores
21:46que foram,
21:48que são beneficiados,
21:49que podem perder esse incentivo fiscal.
21:53Confecção em vestuário,
21:54calçados,
21:54construção civil,
21:56call center,
21:57comunicação,
21:57empresas de construção
21:58e obras de infraestrutura,
22:00couro,
22:01fabricação de veículos
22:02e carroçarias,
22:04máquinas e equipamentos.
22:05Setor de proteína animal,
22:07texto,
22:07tecnologia da informação,
22:08tecnologia de comunicação,
22:11projeto de circuitos integrados,
22:13transporte,
22:14metro ferroviário de passageiros,
22:15transporte rodoviário coletivo
22:18e transporte rodoviário de cargas.
22:20Quer dizer,
22:21são 17 setores
22:21e está aí a lista completa
22:23dos setores
22:24que podem perder esse benefício.
22:27Rodrigo,
22:28vamos para o próximo bloco
22:29porque aqui tem mais repercussão
22:31e aí a gente já entra
22:32com uma entrevista
22:33com o Efraim Filho,
22:34que foi o relator da proposta
22:36e está trabalhando duro
22:37para que esse veto
22:39seja derrubado
22:39já na próxima sessão do Congresso,
22:41que deve acontecer
22:43na terça
22:43ou na quarta-feira
22:44da semana que vem.
22:44Legenda Adriana Zanotto
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